Agosto 2022 archive

Querem passar professores efetivos a contratados

 

Professores da Escola Portuguesa de Luanda recorrem à justiça para não passarem de efectivos a contratados

Escola está sob gestão do Ministério da Educação. Docentes que contestaram novos contratos foram despedidos por e-mail num dia e readmitidos no outro, pelo mesmo meio. Não vão desistir de tentar alterar novo contrato de trabalho: “Estou a poucos anos da reforma. Só quero o meu emprego sem estar a preocupar-me todos os anos em saber se vou ser contratada ou não”.

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Reserva de Recrutamento 1 no dia 1 de setembro?

Já várias pessoas me questionaram quando sairia a Reserva de Recrutamento 1.

Até ao momento a DGAE ainda não pediu às escolas os horários para esta reserva de recrutamento, pelo que durante a próxima semana não irá sair nenhuma reserva de recrutamento.

O ano passado a Reserva de Recrutamento 1 (apenas com horários anuais, mas com incompletos) saiu no dia 1 de setembro tendo o pedido de horários sido feito no dia 23 de agosto.

É muito provável que o mesmo calendário aconteça este ano e que no início da semana seja feito o pedido de horários às escolas e no dia 1 de setembro as listas da Reserva de Recrutamento 1 sejam publicadas.

Por isso relaxem mais uma semana.

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Sinto-me Tentado a Concorrer a Isto

… para tentar acabar com os pagamentos para a ADSE sobre os subsídios de férias e natal.

 

Portaria n.º 207-A/2022

Presidência do Conselho de Ministros
Aprova o Regulamento do Processo Eleitoral dos Membros Representantes dos Beneficiários Titulares do Instituto de Proteção e Assistência na Doença, I. P. (ADSE, I. P.), no Conselho Geral e de Supervisão desta entidade

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À Atenção dos Técnicos Especializados Que Renovam Contrato

Na nota informativa sobre a Renovação e Prorrogação de Técnicos Especializados para 2022/2023 existe uma nota importante para estes técnicos que renovam os contratos para 2022/2023. O mesmo aplica-se também aos docentes que renovam contratos, visto que o seu período experimental ficou esgotado no primeiro contrato.

 

Denúncia

Os técnicos especializados cujos contratos foram renovados/prorrogados, ao denunciarem os mesmos, é-lhes aplicado o disposto no n.º 4 do art.º 44.º do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação em vigor, “A denúncia do contrato pelo candidato fora do período experimental impede a celebração de qualquer outro contrato ao abrigo do presente decreto-lei no mesmo ano escolar”.

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Redução de horários obriga a mais docentes

O Ministério da Educação anunciou, no dia 12, que tinham sido colocados 98% dos 13 101 horários pedidos pelas escolas, mas não contabilizou as reduções de horário a que os docentes têm direito mediante a idade. Estas reduções da componente letiva atingem as quatro horas por semana a partir dos 55 anos e oito horas acima dos 60 anos.

Redução de horários obriga a mais docentes

 

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Contratação de escola – Cabo Verde

Torna-se pública a abertura de procedimento concursal para contratação de pessoal docente.

Para aceder ao aviso de abertura, clique na etiqueta do Grupo de Recrutamento a que pretende candidatar-se.

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Renovação e Prorrogação de Técnicos Especializados

 

Encontra-se disponível a aplicação eletrónica que permite efetuar a renovação/prorrogação de Técnicos Especializados de Formação e Técnicos Especializados para desempenho de Outras Funções.

A aplicação estará disponível até às 18 horas de dia 26 de agosto de 2022.

Consulte a nota informativa.

SIGRHE – Renovação e Prorrogação de Técnicos Especializados 2022/2023

Nota Informativa – Renovação e Prorrogação de Técnicos Especializados 2022/2023

 

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Negociação coletiva para regulamentar as normas de execução do Orçamento do Estado para a Educação em 2022

 

 

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Alunos matriculados no 1.º ano de escolaridade (2000/01 – 2020/21)

Devido a uma breve paragem passou-me ao lado o Relatório da DGEEC – “Educação em Números 2022” que foi publicado no dia 29 de julho.

Neste quadro verifica-se a acentuada queda de alunos matriculados no 1.º ano de escolaridade que tem vindo a acontecer em especial desde o ano letivo 2006/2007, onde pela primeira vez neste século o número de matrículas no 1.º ano do ensino básico se situou acima das 120 mil matrículas.

Desde 2013/2014 o número de matrículas baixou pela primeira vez das 100 mil e desde essa altura, com a exceção do ano letivo 2016/2017, tem vindo sempre a descer de ano para ano.

 

 

 

Alunos matriculados no 1.º ano de escolaridade (Portugal; 2000/01 – 2020/21)

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Audição Escrita

 

Encontra-se disponível a aplicação que permite aos docentes efetuarem audição escrita em conformidade com o disposto no art.º 18 do Decreto-Lei n.º132/2012, de 27 de junho, na redação em vigor.

SIGRHE – Audição escrita 2022/2023

 

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Os professores são a classe mais vilipendiada que há em Portugal

Andaram durante anos e anos a maltratar os professores. Vai daí, começou a haver falta de professores, pois ninguém queria ser docente. Agora, resolve-se o problema da falta de professores: qualquer licenciado pode dar aulas!

 

Os professores são a classe mais vilipendiada que há em Portugal

 

Li numa notícia que o Governo abre a licenciados pós-Bolonha (2006), sem formação pedagógica, hipótese de ensinar.

Andaram durante anos e anos a maltratar os professores. Vai daí, começou a haver falta de professores, pois ninguém queria ser docente. Agora, resolve-se o problema da falta de professores: qualquer licenciado pode dar aulas!

E a qualidade do ensino? E a componente pedagógica tão importante na sala de aula?

Parece que estamos a andar para trás. No século passado qualquer professor com o 12.º ano ou umas cadeiras da Universidade podia dar aulas.

Os professores são uma classe sem prestígio e respeitabilidade. É preciso que se perceba que ter conhecimentos não é o mesmo que saber ensinar!

Todos os obstáculos que se puseram aos professores: concursos em que tinham que ir para longe de casa; poderem efetivar-se; não saberem se no ano seguinte teriam emprego; não terem acesso a um horário completo; exercerem no meio de papéis e normas, em vez, de ensinarem; bloqueio da carreira; a não contagem do tempo de serviço; fama de que faltam muito; entre outros.

Tudo isto levou a que ninguém quisesse ser professor e os que estão no ensino não vêm a hora de se reformar.

A imagem dos professores sempre foi muito má, os políticos em período eleitoral lançam uns elogios hipócritas, mas não passa disso. Sabem que é uma classe muito numerosa e com alguma força.

Os professores são a classe mais vilipendiada e demonizada que há em Portugal. Todos querem ensino público, gratuito e de qualidade, mas ninguém quer pagar esse serviço, os professores têm um problema muito grande quando toca a salários por serem muitos.

Na vida dos professores tudo é questionado e toda a gente fala de educação sem perceber nada disso.

Os professores continuam com inúmeros problemas: aspectos importantes da aposentação; horários de trabalho e concursos; processo de municipalização da educação; democratização da gestão das escolas.

Uma sociedade que não investe na educação dos seus filhos não tem futuro.

Esta decisão do governo faz-me lembrar a peça teatral de William Shakespeare, ‘A Comédia dos Erros’, com muita farsa à mistura.

Coitados dos professores, só faltava agora esta. São mal vistos, maltratados, mal pagos, todos querem mandar neles, e agora, qualquer um pode voltar a ser professor.”

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Licenciados a dar aulas vão poder profissionalizar-se em simultâneo

Licenciados a dar aulas vão poder profissionalizar-se em simultâneo

 

O Ministério da Educação (ME) vai permitir que os licenciados pós-Bolonha possam dar aulas já no próximo ano letivo 2022/2023 e está a desenvolver a possibilidade de estes docentes poderem formar-se – ou seja, “fazer a sua profissionalização e a componente de formação pedagógica” -, enquanto dão aulas, apurou o JN junto do ME.

Em causa está o alargamento de um mecanismo que já está acessível aos licenciados pré-Bolonha – que podem dar aulas quando contratados por escolas, ainda que sem profissionalização – e que irá incluir os cursos pós-Bolonha. O ministério de João Costa assegura que a “habilitação de acesso à profissão é, e vai continuar a ser, o mestrado” e que esta é apenas uma solução temporária para fazer face à falta de docentes a determinadas disciplinas.

O despacho não se vai “circunscrever a licenciados”, mas também a doutorados, exemplificou o ministério em resposta escrita ao JN. Ao contrário dos professores profissionalizados, estes docentes não podem concorrer ao concurso nacional pois apenas têm “habilitações próprias”.

Em paralelo, e numa tentativa de atrair mais professores, um grupo de trabalho nomeado pelo ME e liderado pela professora Carlinda Leite está a trabalhar para que estes professores façam a “sua profissionalização e a componente de formação pedagógica ao mesmo tempo” que dão aulas.

Os créditos académicos (ECTS), sistema reconhecido na Europa, serão avaliados para averiguar se os candidatos têm uma formação científica sólida que os habilite a lecionar determinada disciplina. Com um número suficiente de créditos em informática, que virá a ser especificado pelo despacho, um licenciado em Biologia estará apto para lecionar disciplinas na área das TIC, por exemplo.

Sindicatos divididos
Enquanto a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) lamentou que a alteração ao despacho não tenha sido negociada, mas não aponta críticas a esta possibilidade, outros sindicatos teceram críticas ao ME e à medida adotada por entenderem que desvaloriza “ainda mais” a classe docente, disse o Sindicato de Todos os Profissionais de Educação.

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Média de Tempo de Serviço dos candidatos a vincular pela Norma Travão

Em média, os candidatos que reúnem condições para vincularem no QZP 1 pela norma travão têm mais de 19 anos de tempo de serviço, enquanto para vincular no QZP 7 esse número não chega a 10.

Nalguns grupos essa diferença é ainda mais acentuada, como por exemplo no grupo 200 – Português e Estudos Sociais/História, onde os candidatos que reúnem condições no QZP 1 têm perto de 30 anos de tempo de serviço e no QZP 9 esse número não chega aos 4 anos.

Ficam os dados:

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LISTA DE COLOCAÇÕES – CONCURSO INTERNO DE AFETAÇÃO

LISTA DE COLOCAÇÕES DOS CANDIDATOS AO CONCURSO INTERNO DE AFETAÇÃO PARA O ANO ESCOLAR 2022/2023

 

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Dar aulas é diferente de entrar na carreira docente – Luís S. Braga

 

A linguagem é uma coisa lixada. E nas mãos de um linguista….
Esta reação noticiosa do governo é um truque de linguagem, que resulta de as questões técnicas da carreira docente serem, isso mesmo, técnicas e terem uma linguagem específica que, transmitida em público menos conhecedor, permite dizer asneiras e fazer de conta que se acerta.
O título desta notícia é para enganar. O título desmente o que não precisa de ser desmentido.
“Dar aulas” não é “entrar na carreira”.
O problema que se coloca não é sobre “entrar na carreira”.
É sobre dar aulas.
Era o que faltava que para se entrar na carreira profissional de professor se pudesse não ter a habilitação profissional. Por isso, o ministro vem desmentir o que não está em discussão.
O que está em discussão, e eu discuto e não me considero esclarecido, é o dimensionamento das habilitações ditas próprias.
Uma habilitação PRÓPRIA é aquela que não permite entrar na carreira, por falta de formação pedagógica, mas reúne todas as condições científicas para lá poder aceder (se fizer a formação pedagógica).
Antigamente ainda havia o conceito “inferior” de habilitação SUFICIENTE (hoje paralelo a um outro conceito, que existe na lei, de “habilitação adequada” que, na prática, nem está muito bem definido no concreto).
A lógica é clara (desde 2006):
1. O nível mais alto e preferencial de habilitação chama-se profissional e implica ou mestrado pedagógico ou licenciatura pré-bolonha com formação pedagógica (simplificando a descrição) – Nota: por isso, já HÁ (só) licenciados a dar aulas e que continuarão a dar até ao fim da carreira com habilitação profissional.
2. A seguir, em oferta de escola (que não ao concurso nacional, reservado a profissionalizados), podem concorrer os licenciados ou mestres de listas de graus que conferem habilitação própria (estão publicados). Mas não são cadeiras ou similares de formação: é a posse de um certo diploma titulado de determinada forma. Habilitação própria tem quem ter certo diploma que, até pela via do tempo de serviço acumulado, permite aceder a formação pedagógica para ser profissionalizado.
3. Antigamente, havia a chamada habilitação suficiente (pessoas que, não havendo quem desse as aulas, eram aceites como remedeios para não haver buracos de falta de professores). A dada altura, nos anos 80, tive por essa via professores com o 11º ano a dar-me francês ou professores com o 12º a dar-me geografia do 11º…. Foi bonito…
A habilitação suficiente acabou. E bem. O ministro quer ressuscitar o conceito (mas como é escandaloso dizer isso, diz que é habilitação própria que estamos a discutir).
Para dar aulas, ou se é profissionalizado, ou se tem uma licenciatura ou mestrado que, considerados como um todo (e não porque há lá umas cadeiritas) conferem habilitação própria. Por exemplo, quem não tiver grau nenhum mas tiver as cadeiritas escolhidas, vai poder dar aulas e “ir entrando” no sistema? No passado isto aconteceu e deu sarilho.
O que se quer fazer é, dizendo que é habilitação própria, permitir que “umas cadeiras” ou parte de licenciaturas (Pós-Bolonha ou não) passem a ser admissíveis para dar aulas. Enquanto durar a falta de professores.
Eu sei que a discussão até podia ser mais vasta: discutirmos a qualidade intrínseca da formação que se anda a fazer, desde que acabaram os estágios integrados de um ano (e se criaram mesmo nas ESE os cursos de educação básica, com mestrados atrelados).
Mas, sem entrar nisso, que era conversa longa, o ponto de partida que não admite discussão, é que habilitação é posse de um diploma mínimo, não de cadeiras soltas, que podem ser subjetivamente valoradas e nem ser comparáveis na duração e conteúdos.
Eu sei que a fome de disfarçar a b(u)orrada que se fez na gestão de recursos humanos docentes nas últimas décadas justifica meios muito expeditos e urgência, depois de se ter acordado da modorra preguiçosa de governar. Mas não se corrigem asneiras com asneiras. Esta mentalidade de bombeiro excitado em educação dá mau resultado.
E eu sei também que a vontade de acabar com o concurso nacional de professores é muita…mas batota não.
Até porque as habilitações tem de ser comparáveis em concursos públicos e como se vai comparar, com justiça, cadeiras “mesmo robustas” com cursos completos….
E ao dar certas liberdades às escolas ainda vamos ter o problema de supostos direitos adquiridos, que já temos nos Técnicos especializados, onde a desregulação já faz caminho e, tantas vezes, “ficam os que estão” de que “já se conhece o trabalho” (mesmo se, antes de trabalharem, a desculpa foi o currículo que outros até tem agora melhor mas não lhes serve agora de nada).
Volto a perguntar: obviamente ninguém me proporia ou consideraria para a carreira médica mas, com a minha ignorância clínica, o meu pavor de sangue e falta de precisão a cortar, alguém me deixaria fazer uma cirurgia, num hospital público, UMA QUE FOSSE?
Vale a pena ter um curandeiro só porque não há médicos?
Não será melhor pagar mais aos médicos que há? (esperem aí…..nos médicos não é isso que estão a fazer?!?)
Não acham curioso que nesta discussão não se fale de horas extraordinárias a quem já está nas escolas? (eu sei porquê mas agora ainda não digo…

 

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Afinal…

Afinal, só com mestrado em ensino é que se pode ingressar na carreira de professor, esclarece ministro

 

Despacho atualizado vai estabelecer critérios para licenciados pós-Bolonha poderem dar aulas com habilitação própria, sem habilitação profissional, se forem contratados diretamente pelas escolas.

Afinal, só mesmo quem tem um mestrado em ensino nas várias áreas do saber vai poder ingressar na carreira de professor, esclareceu o ministro da Educação na Rádio Observador. O despacho só vai ser atualizado para estabelecer os critérios com os quais um licenciado pós-Bolonha possa dar aulas em regime de “habilitação pessoal” com contratação direta pela escola, fora do concurso nacional.

“A habilitação de acesso à profissão, ou seja, para um professor poder ingressar na carreira docente, é e vai continuar a ser o mestrado”, assegurou João Costa.

Só que, nos casos em que os professores são contratados, por exemplo, para substituições em escolas, só havia regulamentação para os licenciados pré-Bolonha. Por isso, “vamos fazer uma atualização do despacho de habilitações para a docência para poderem ser contratados também licenciados pós-Bolonha“, esclareceu o governante.

João Costa afirmou que há “um alarido desnecessário” em torno do tema dos requisitos mínimos para dar aulas, tudo “por causa de um título mal escrito”, considerou o governante. Neste momento, os detentores de licenciatura pré-Bolonha podiam dar aulas sem ter mestrado em ensino, com “habilitação própria”, se fossem contratados diretamente pelas escolas, sem passar pelo concurso nacional.
Essa exceção era exclusiva para quem tivesse tirado a licenciatura antes da reforma de Bolonha. Com este despacho, estabelecem-se os critérios para alguém com uma licenciatura pós-Bolonha poder também dar aulas excecionalmente com habilitação própria, sem a habilitação profissional.

Se o lugar continuar por preencher após terem sido esgotados todos os concursos nacionais, as escolas podem contratar diretamente um professor. E é nesta fase que podem chamar professores que têm habilitação própria, mas que não tinham habilitações suficientes para entrar nos concursos por não terem mestrado em ensino.

Desta maneira, procura-se colmatar a falta de professores nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve; e na área da Informática, que é a mais preocupante, segundo o ministro João Costa. Sobre o regime de recrutamento e colocação de professores, segundo o governante, vai haver negociação com os sindicatos a partir do próximo mês para rever as regras.

“Um dos principais problemas da carreira docente é a instabilidade com a colocação”, admitiu o governante: “Queremos acabar com esta eterna rotatividade dos professores que neste momento já não agrada ninguém”. Já há um calendário definido com os sindicatos — o ministério tem já três encontros agendados ao longo do primeiro período letivo para iniciar as conversações sobre o tema. João Costa espera ter um novo modelo construído até ao fim do ano.

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5.822 Docentes Retirados na Mobilidade Interna

Das listas da Mobilidade Interna foram retirados 5.822 docentes.

A grande maioria dos docentes foram retirados porque obtiveram colocação na Mobilidade por Doença (3.348). No entanto foram colocados 4.268 docentes em Mobilidade por Doença.
Fica o quadro geral dos docentes retirados na Mobilidade Interna  com os respetivos motivos.

 

 

 

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Caos – Santana Castilho

 

No último debate sobre o estado da nação, António Costa incomodou-se com o uso da palavra caos, para qualificar o que se passa nos hospitais públicos e no SNS. Caos significa desordem, balbúrdia, confusão.
1. Há um alarmante aumento do número de mortes, sem que os serviços esclareçam porquê. Cresce o fecho de urgências por falta de médicos e enfermeiros. Alguns hospitais começaram a pôr internos do 6.º ano a trabalhar como especialistas. As chefias demitem-se. Aumenta o número dos inscritos no SNS sem médico de família. As grávidas não sabem se no momento de dar à luz têm obstetra e sala de partos disponíveis, a distâncias razoáveis. Que é isto senão um caos?
2. Se a justificação inicialmente dada para introduzir alterações no regime de mobilidade por doença dos professores foi a confessada incapacidade prática, por parte do Ministério da Educação, para verificar eventuais irregularidades, com que lógica vem agora o mesmo ministério anunciar que vai promover, afinal, 7.500 juntas médicas? Fora esse o motivo e ficaria, então, provada a inutilidade da iniciativa. O que João Costa quis (e conseguiu) foi retirar a professores com doenças graves um direito constitucionalmente protegido e lançar a desconfiança sobre eles. Confirmou-o, implicitamente, o vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos, quando disse tratar-se de uma tarefa impossível, que apenas procura pôr em causa a honorabilidade dos docentes (e dos próprios médicos, acrescento eu). A iniciativa vai gerar um caos.
3. A palavra de João Costa continua a ser a palavra da propaganda e da adulteração da realidade. Em conferência de imprensa anunciou que 97,7% dos 13.101 horários pedidos pelas escolas já têm professores atribuídos (12.791) e que, por isso, o próximo ano começará quase sem alunos sem professores. Infelizmente é falsa a afirmação. Com efeito, uma coisa são os horários pedidos em Julho (a que João Costa se referiu), outra são os horários necessários. Vejamos porquê: havia pedidos para abertura de novas turmas, posteriormente autorizados, que não foram considerados; por imposição do próprio ministério, não foram contabilizados os docentes que se aposentariam depois da data do pedido de horários ou que se aposentarão já em Setembro; mesmo que as escolas tivessem disso boa nota, não foram considerados livres horários que, por razões diversas, deviam ter sido; foram atribuídas turmas a milhares de professores (cerca de três mil, pelo menos) que não poderão dar aulas e que, tão pronto quanto o ano se inicie, recorrerão a baixas médicas, que originarão milhares de alunos sem professores; em resumo, a noção exacta de quantos professores necessitam as escolas estava longe de ser conhecida quando João Costa falou. No início do ano voltará o caos da falta de professores.
4. Segundo João Costa, as habilitações científicas e pedagógicas necessárias para ensinar vão ser alteradas, para permitir aumentar o número de candidatos à docência. Em vez das normas vigentes, “olha-se para o percurso formativo dos candidatos”, esclareceu, eloquentemente. Olha-se? Teremos então “olheiros” para acrescentarem à filosofia Ubuntu e ao projecto MAIA uma nova concepção, que substituirá professores por entregadores de conteúdos. De tombo em tombo, nivelando por baixo, comprometendo o futuro e gerando o caos.
5. Pergunte-se aos médicos e aos professores o que seria preciso para se manterem no SNS e no ensino público. Pergunte-se aos que saíram o que seria necessário para que aceitassem regressar. A resposta seria a mesma: salário e condições de trabalho dignas. É isto que este Governo não entende. Marta Temido e João Costa, promovendo o caos, têm feito tudo para desvincular os respectivos ministérios da ligação com os seus profissionais e são hoje dois exemplos de como as maiorias absolutas geram ministros absolutistas e incapazes.
6. As funções que Medina, escandalosamente, atribuiu ao seu ex-patrão, Sérgio Figueiredo, são exactamente as que António Costa conferiu à entidade que criou em Março de 2021, o denominado Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospectiva da Administração Pública (PlanAPP). Andou mal António Costa ao não se querer atravessar no despudor de Medina. Ele que há pouco corrigiu com violência Pedro Nuno Santos, deixou agora um sinal, caótico, de que desistiu da coordenação política do Governo.

In “Público” de 17.8.22

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Vamos voltar ao tempo da habilitação suficiente e dos regentes escolares… Luís S. Braga

 

Vamos voltar ao tempo da habilitação suficiente (que sempre foi diferente de própria) e dos regentes escolares…
Daqui a meses, passam 50 anos que se extinguiram os regentes escolares e os postos escolares. Gente que fazia de professor sem ter formação quase nenhuma para isso.
O 1º ciclo foi o primeiro a generalizar a ideia de habilitação profissional. Nos outros ciclos, esse patamar surgiu já neste milénio.
Continuou a haver tabelas de habilitações próprias, mas acabou o recurso à chamada habilitação suficiente.
Os regentes, de que falo aqui, fizeram falta e até foram importantes em muitos locais, mas surgem num contexto de desvalorização política da docência e nunca deviam ter durado o que duraram.
Um diploma legal, que os extinguiu, assinado pelo Tomaz, tem melhor doutrina que umas ideias peregrinas, que a falta de previdência política, fez nascer na cabeça dos governantes de hoje. Dói constatar……
Muita gente está confundida a analisar o problema: o governo não está a dizer que vai permitir a licenciados em informática, ou até engenharia, leccionar informática (esses já têm habilitação própria e não faz falta mudar nada).
O que o governo propõe é que um licenciado em qualquer coisa possa dar qualquer coisa desde que tenha umas cadeiras de alguma coisa.
O PS, que foi de Sottomaior Cardia, que candidatou Nóvoa e que acolheu Veiga Simão e outros, acabar a ressuscitar os regentes escolares, para a informática e outras coisas, no meio do desígnio comovente da transição digital….. 🙄🤯
E tudo isto porque os políticos do ME estavam a dormir e não ouviram os avisos que soam há anos….

 

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2072 vagas apuradas para a Norma Travão 2023 (após a CI)

Após a saída das colocações na CI, foi possível apurar 2072 vagas para a Norma Travão do próximo ano. Este número deverá ser maior se considerarmos os temporários equiparados a anual dos anos anteriores e as colocações das próximas reservas de recrutamento.

Após o início das atividades letivas publicaremos uma lista colorida com os candidatos que estarão em condições de vincular por este mecanismo.

A tabela apresenta essas vagas distribuídas por grupo de recrutamento e QZP.

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Para Já 2072 Docentes Vinculam em 2023

Com a publicação da lista da Contratação Inicial já conseguimos apurar o número de docentes que foram colocados em horários completos e anuais desde o ano letivo 2020/2021 até ao arranque das atividades letivas.

No concurso de 2020/2021 a listagem abrange os docentes colocados em horário anual e completo até à RR2. No concurso de 2021/2022 a listagem abrange as colocações até à RR3.

A listagem que está no link da imagem seguinte encontra-se ordenada por n.º de candidatura de todos os docentes que irão vincular em 2023 pela norma travão.

Em breve faremos a listagem por grupo de recrutamento e QZP.

 

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A justiça social no acesso ao quadro de escola – João A. Costa

 

 Agora que em Portugal se começa a discutir o acesso dos professores em início de carreira ao quadro de escola, deixem-me começar por falar de Earl Grey. Sim, Earl Grey, o famoso chá inglês de presença obrigatória onde quer que estejamos em terras de Sua Majestade. Este chá é um veneno, pelo menos para este que vos escreve, constantemente presenteado com o mesmo aquando das minhas primeiras entrevistas em solo britânico em meados de 2007. Misturado com leite, o seu efeito pérfido é exponenciado nas entranhas do entrevistado, acometido de um caso grave de moléstia das salinas com a consequente derrota finda a entrevista e as respectivas mãos atrás e à frente para tapar as vergonhas de quem ainda não tem emprego. Se prescindir do dito chá foi estratégia essencial para o sucesso, já as entrevistas nas escolas são desde sempre ponto obrigatório para quem procura exercer o ensino em solo britânico. E não, a candidatura directa às escolas não me foi imediatamente óbvia, ou não tivesse sido o Job Centre, vulgo Centro de Emprego, uma das minhas primeiras paragens na esperança de um sistema centralizado que, afinal, não existe nem nunca existirá numa terra cada vez mais liberal e onde a iniciativa privada se reflecte na resposta dada à chegada: “Vá à ”net“ e contacte directamente as escolas”. Esta é a verdade ainda hoje, onde a cada escola se atribui um orçamento em função do número de alunos mais a autonomia para a contratação dos respectivos professores e auxiliares sem que para isso haja qualquer intervenção do estado ou do município ao qual a escola pertence. A intervenção do estado, a existir, ocorre caso a escola falhe uma inspecção, inspecção essa recorrente em média a cada 4 anos. Fora isso, e cumprindo os objectivos definidos no currículo mais o ultrapassar dos obstáculos anuais inerentes à população escolar em mãos, de resto sobejamente conhecidos por qualquer docente, a cada escola é dada a liberdade e responsabilidade de por si só decidir o melhor rumo para as suas crianças. E se a estabilidade do corpo docente é uma premissa fundamental, no entanto a atribuição de um lugar no quadro a um professor em função de uma entrevista não é a regra. Basicamente porque ao professor cabe mostrar os seus galões, o seu valor e experiência numa nova escola e diante de alunos que nunca foram os seus. Até hoje. Nesta lógica, a atribuição de contractos anuais como primeiro passo é mais comum, sendo ainda mais comum a contratação de um professor a uma empresa de recursos humanos, professor esse pago à semana até prova em contrário. Não confundamos, no entanto, os contractos semanais com precariedade laboral. Chamemos-lhe antes liberalismo ou a liberdade da parte do professor e da escola em terminar o vínculo no prazo de 24 horas caso qualquer uma das partes assim o deseje. Se esta é uma prática comum? Não é, e poucos foram os exemplos vistos ao longo de já 15 anos de carreira. Por um lado porque às escolas interessa assegurar a estabilidade do corpo docente e por outro porque quem procura trabalhar em ensino já tem incutido o brio e o sentido de dever quando o público alvo são as crianças. E como dar prova do nosso valor é inerente não apenas ao ensino britânico mas à sociedade em redor, pede-se ao trabalhador o investimento de um ano e meio, em média, para fazer parte do quadro de uma escola, isto num sistema alicerçado na meritocracia e onde ao professor se dão as condições, a carreira e a estabilidade para formar o amanhã. Em Portugal, nos antípodas desta realidade, facilmente precisamos de trinta, ou mais, anos para entrar para um Quadro de Zona Pedagógica. Nestes termos, permitir agora o acesso dos professores ao quadro de uma escola não é apenas justo, é justíssimo. E não só para quem está em início de carreira mas para quem está no meio e no fim sem esquecer a devida ascensão na carreira em função dos anos exercidos. Os mesmos anos tidos em conta quando entrei para o quadro de uma escola britânica apesar de nunca ter leccionado no Reino Unido: bastou a apresentação da devida documentação e respectiva tradução certificada. Porque em primeiro lugar está a justiça social, a equidade, a equiparação mas também o reconhecimento, a integração, o ser colega e não mais estar de passagem. E a consequente união da classe docente. E o sistema inglês? Será o seu exemplo digno de implementação em Portugal? Nem pensar, pelo menos para já, e um passo de cada vez. Se a autonomia das escolas e a livre contratação de professores são exequíveis, em primeiro lugar está a tão desejada estabilidade laboral, a base da pirâmide de Maslow. Tudo o resto pode esperar.

 

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Permutas

Permutas

 

Encontra-se disponível até dia 22 de agosto de 2022 (Portugal continental), a aplicação que permite aos docentes opositores ao concurso de mobilidade interna, efetuarem permuta.

Consulte a nota informativa.

SIGRHE – Permutas

Nota Informativa – Permutas

 

  1. Nos termos do n.º 1 e do n.º 2 do art.º 2.º da Portaria n.º 172/2017, de 30 de junho, estabelece-se que:
    • Aos docentes de carreira opositores ao concurso da mobilidade interna pode ser autorizada a permuta, desde que os permutantes se encontrem em exercício efetivo de funções no mesmo grupo de recrutamento e tenham o mesmo número de horas de componente letiva.
    • A permuta dos docentes vigora pelo período correspondente às respetivas colocações, sem prejuízo de cada um dos permutantes ser obrigado a permanecer no lugar para que permutou pelo período correspondente à sua colocação em plurianualidade nos termos do presente diploma.
    • A colocação em permuta reporta os seus efeitos à data de início do ano letivo.
  2.  A permuta só pode ser efetivada entre docentes colocados no mesmo grupo de recrutamento e cuja componente letiva, nos termos dos artigos 77.º e seguintes do ECD, seja idêntica.
  3. O pedido de permuta é formalizado exclusivamente por via eletrónica em aplicação informática.
  4. O pedido de permuta decorrerá entre os dias 16 e 22 de agosto 2022.
  5. Após o deferimento não é admitida a desistência da permuta.

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Aceitação da Colocação e recurso hierárquico – mobilidade interna

Aceitação da Colocação e recurso hierárquico – mobilidade interna

 

Encontra-se disponível a aplicação que permite ao candidato efetuar a aceitação da colocação em mobilidade interna, das 10:00h do dia 16 de agosto até às 23:59h de Portugal continental do dia 17 de agosto de 2022.

Caso pretenda interpor recurso hierárquico, a aplicação encontra-se disponível das 10:00h do dia 16 de agosto até às 18 horas de Portugal continental do dia 22 de agosto de 2022.

SIGRHE – Aceitação da Colocação e recurso hierárquico – mobilidade interna

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Aceitação da Colocação e recurso hierárquico – Contratação Inicial

Aceitação da Colocação e recurso hierárquico – Contratação Inicial

 

Encontra-se disponível a aplicação que permite ao candidato efetuar a aceitação da colocação em contratação inicial, das 10:00h do dia 16 de agosto até às 23:59h de Portugal continental do dia 17 de agosto de 2022.

Caso pretenda interpor recurso hierárquico, a aplicação encontra-se disponível das 10:00h do dia 16 de agosto até às 18 horas de Portugal continental do dia 22 de agosto de 2022.

SIGRHE – Aceitação da Colocação e recurso hierárquico – contratação inicial

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