Os resultados de uma eleição democrática têm que ser respeitados e, nesse sentido, a maioria absoluta alcançada pelo PS no último acto eleitoral não pode deixar de ser interpretada como a vontade livre e expressa pelo Povo…
Mas, e independentemente do anterior, não se auspiciam novos tempos, nem melhores tempos, na área da Educação:
– A Educação continuará refém da alucinação e do delírio…
– A Classe Docente continuará a ser desrespeitada e vilipendiada: a ADD prosseguirá nos moldes actuais; o tempo de serviço subtraído não será reposto…
– O modelo actual de administração e gestão escolar não será revogado…
– A municipalização avançará a todo o gás e com toda a pujança…
E nenhum profissional de Educação que agora tenha votado no PS, contribuindo para a respectiva maioria absoluta, poderá afirmar que a muito provável concretização do auguro anterior venha a ser uma surpresa ou algo de que ninguém estaria à espera… Muito pelo contrário…
Independentemente de quem vier a assumir o Ministério da Educação, desta vez, ninguém poderá afirmar que foi enganado ou ludibriado: os desígnios anteriores estiveram sempre bem à vista de todos e nem sequer houve o esforço do PS no sentido de os esconder, disfarçar ou negar…
Subsistirão, por certo, motivos para que os profissionais de Educação continuem a reclamar, mas desta vez as causas desse descontentamento estarão devidamente legitimadas pelos próprios ou, pelo menos, pela maioria dos próprios, acreditando que o sentido de voto desses profissionais tenha seguido a tendência nacional e contribuído de forma determinante para a maioria absoluta do PS…
O lado bom da ilusão é que nos torna mais felizes, o lado mau é que não é real…
(Matilde)
5 comentários
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Segue a “solução final” para os professores….
Até ao extermínio total.
Quem puder, fuja.
Os meus alunos serão alertados para as escolhas, é um dever de consciência…professores, nunca.
A felicidade não é menor pelo facto de “não ser real”!
A felicidade de um crente não depende da existência de Deus, pois não?
Sejamos felizes 😀
Se continuarmos “mansos” e não fecharmos as escolas, em greve, durante semanas… nunca mudaremos a situação atual e nunca teremos o que nos é devido.
“Tudo com dantes, quartel general em Abrantes”. Com a maioria absoluta será pior.
Sabendo do caos que está a Escola Pública e da humilhação perpetrada contra os professores pelo governo de A. Costa – chegou a ameaçar a demissão por causa da reposição dos nossos direitos, lembram-se? – quem votou PS e A. Costa votou contra os professores. Vergonha maior é ser professor e ter votado neste PS e neste 1º ministro.
Já sabemos que há muitos acomodados acima do 7º escalão que se deliciam com as tropelias, a ADD e a gestão autocrática lançadas e humilhantes sobre os outros. Dessas almas negras vendidas e não solidárias só restará pena e compaixão. Só não vê quem não quer.
Acho que estás confuso!
Ao dizeres isto:
“já sabemos que há muitos acomodados acima do 7º escalão que se deliciam com as tropelias, a ADD e a gestão autocrática lançadas e humilhantes sobre os outros”
talvez te queiras referir aos diretores, aos cnes, ao ce, às apavs, cofaps, ps, psd, jornalistas e a todos os oportunistas , invejosos e trepadores do país.
As greves, quem as aguentava até ao fim, eram sempre os mais velhos que tinham pena dos contratados quando diziam que 50 € a menos por dia de greve lhe iam fazer falta para alimentar os filhos com compras no supermercado. Os de meia idade queriam cadastro sem grevismo para não entrar nas más graças do diretor! Esta é a verdade que a mesquinhez não deixa ver.