“A pandemia está a causar vários choques nos jovens. Não só está a destruir os seus empregos e as suas perspetivas de emprego, mas também está a perturbar a educação e formação, e a ter um sério impacto no seu bem-estar mental. Não podemos deixar que isto aconteça”, referiu o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.”
De acordo com este estudo “Youth and COVID-19: impacts on jobs, education, rights and mental well-being”, 65% dos jovens afirma ter aprendido menos desde o início da pandemia devido à transição da sala de aula para as aulas online durante o confinamento. Apesar dos esforços para continuar a estudar, metade destes jovens acredita que os seus estudos irão ficar atrasados e 9% pensa que podem vir a reprovar, como consequência destas dificuldades.
Bem a norte da Europa, a Escócia abriu esta terça-feira a maioria das suas escolas e cerca de 700 mil crianças escocesas voltaram a um espaço onde já não iam há melo menos meio ano. Ministros e líderes de conselho escoceses decidiram reabrir as 2.500 escolas do país por fases. Em algumas áreas, os mais novos voltarão primeiro. Em outras, as escolas usarão o alfabeto para separar as crianças pelo sobrenome, com metade dos alunos a irem à escola num dia e a outra metade no outro, alternadamente. Algumas escolas alteraram o início das aulas, mas a 18 de agosto todas as escolas da Escócia estarão de volta em tempo integral.
Os sindicatos dos professores e grupos de pais são unânimes em considerar que o retorno à escola em tempo integral após cinco meses de isolamento é essencial para a educação, o bem-estar e a saúde mental das crianças.
Há temores de que o vírus se possa espalhar se as regras de distanciamento físico não forem seguidas e se os planos para testes de vigilância não forem suficientes. Principalmente, o que está em causa é perceber-se se a decisão do governo escocês de abandonar os seus planos iniciais de usar aprendizagem combinada (uma mistura de ensino presencial e ensino online) a favor de um regresso completo à escola foi ou não correta.
Num dos comentários neste artigo percebi que a mudança publicada hoje em Diário da República foi sobre a Declaração de Retificação n.º 18-C/2020, de 5 de maio de 2020, sobre o diploma de 1 de Maio.
Acreditem que não é muito fácil acompanhar estas alterações legislativas todas.
Artigo 25.º -A[…]1 — Os imunodeprimidos e os portadores de doença crónica que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde, devam ser considerados de risco, designadamente os hipertensos, os diabéticos, os doentes cardiovasculares, os portadores de doença respiratória crónica, os doentes oncológicos e os portadores de insuficiência renal, podem justificar a falta ao trabalho mediante declaração médica, desde que não possam desempenhar a sua atividade em regime de teletrabalho ou através de outras formas de prestação de atividade.
E acabo de escrever a palavra Felizmente e sinto-me revoltada e com náuseas.
Mas que classe esta a minha…
Como posso eu escrever Felizmente, sabendo que tantos colegas meus, que trabalham tanto ou muito mais do que eu, alguns com mais idade e mais tempo de serviço, não pertencem a nada? Não têm vínculo nenhum?
Sendo filha de pais Professores, em miúda ficava a pensar porque diziam eles “que a classe dos Professores era muito desunida”.
Pois… agora entendo.
Para alguns colegas, que já pertencem a um QA, o virar costas e encolher de ombros é a forma mais fácil e cómoda de lidar com tudo o que se passa.
A única preocupação é ir vendendo umas aulitas, assim, sem grandes preparações e preocupações, fazer as ações exigidas e ir passando de escalão.
O resto? Têm mais que fazer. O deles já está garantido.
Os outros que se desenrasquem.
Manifestações? Greves? Assinar petições?
Para quê? O que é que eu ganho com isso?
Pois… assim fica difícil conseguir seja o que for.
Afinal somos todos Professores ou não? Estamos no mesmo barco, ou não?
Não trabalhamos todos para o mesmo?
O que muda são as condições em que o fazemos.
Porque é que os Professores que não são QA não podem ter certos direitos iguais?
Trabalham igual, ou mais. Estão longe de casa. Da família. Recebem menos porque muitas das vezes nem o horário completo têm. Não lhes é permitido faltar, porque são dias a menos no tempo de serviço. Pagam casa, quatro, luz, água, gás, alimentação, deslocações. São avaliados todos os anos. E todos os anos vivem a angústia da(s) incerteza(s).
E resistem… ano após ano.
Isto é justo?
Para quem?
Justo para mim era fazer-se e avaliar-se a qualidade e profissionalismo dos Professores.
Trabalhas bem? Tens empatia com os teus alunos? Os teus alunos gostam das tuas aulas e de aprender nelas?
Ótimo. És Professor.
Andas apenas a passear a pasta, com ar de enfado, como que por obrigação, vendes aulas e de má vontade, refilas por tudo e por nada e fazes cara feia quando sai mais uma ordem de serviço? Viras a cara quando a luta é dos outros, quando afinal os outros também és tu?
Lamento. Estás no lugar errado. Procura outra atividade.
Voltando ao início e para terminar, não posso dizer Felizmente, sem sentir um nó no estômago e um aperto no peito.
Porque como sou teimosa e ainda acredito no Pai Natal, assino petições e sou pela causa de todos.
Há colegas que já estão a preparar a luta em relação aos últimos desenvolvimentos sobre os concursos docentes. Pedem que os professores QZP preencham este inquérito para reunirem dados.
As câmaras da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega gastam oito vezes mais do que os municípios de Lisboa e Porto para garantir que as suas crianças residentes consigam ir à escola: 180 euros contra 20 euros, em média. As contas são feitas pelo Jornal de Notícias esta terça-feira, que alerta que os municípios do norte do país gastam bem mais do que os do sul em transporte escolar.
No novo ano letivo este fosso poderá piorar, se as rotas tiveram de ser mais frequentes e extensas.
Segundo dados da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), em 2017 e 2018, os municípios de todo o país gastaram um total de 183 milhões de euros para levar alunos à escola. Desta quantia, 69,1% destinou-se aos passes de transporte e circuitos especiais.
′′ Todos os alunos e funcionários que mostram sintomas compatíveis com o COVID-19 devem ser testados para a SARS-CoV-2 de acordo com a estratégia de teste do ECDC [6] e a atual orientação de teste laboratorial [9]. O Os sintomas incluem infeção aguda do trato respiratório (início súbita de pelo menos um dos seguintes aspetos: tosse, febre, falta de ar) ou início súbita de anosmia, idade ou disgeusia. O rastreio de contacto deve ser iniciado rapidamente após a identificação de um caso confirmado e deve incluir contactos na escola (estudantes, professores e outros funcionários), famílias e outras configurações, conforme relevante, de acordo com o ECDC ou orientação nacional [10]. Assintomático Pessoas identificadas como exposição de alto risco (próximos) contactos de casos (quadro 1) durante o rastreio de contacto podem ser consideradas para testes SARS-CoV-2 Isto permite um isolamento imediato de novos potenciais casos e rastreamento de contacto precoce dos contactos destes novos casos. Se a capacidade de teste for limitada, os seguintes grupos devem ser priorizados para testes:: estudantes sintomáticos e funcionários que corram alto risco de desenvolver doenças graves devido à idade ou condições pré-existentes (por exemplo, como doença pulmonar, cancro, insuficiência cardíaca, doença cerebrovascular, doença renal, doença hepática, hipertensão, diabetes e condições imunocomprometizantes) [9];]; Estudantes sintomáticos e funcionários em contacto regular com pessoas que correm alto risco de desenvolver doenças graves devido à idade, viver em instalações de cuidados de longo prazo ou ter as condições preexistentes acima mencionadas.”