10 de Agosto de 2020 archive

Nas escolas, tremer-se-á de frio este outono/inverno

 

O novo ano letivo está à porta e as preocupações dos pais quando se vive uma pandemia aumentam. Mas não é só o distanciamento e o uso de máscaras que pode ajudar a travar a propagação da covid-19. Há outras questões, como a ventilação e a qualidade do ar dentro da sala, que são importantes, refere Manuel Gameiro da Silva, professor catedrático da Universidade de Coimbra e especialista em qualidade ambiental nos edifícios.

“Se tiver boa qualidade do ar estou a diluir o vírus na sala de aula”

Como se pode manter a qualidade do ar dentro da sala de aula e diminuir o risco de contrair covid-19? Um especialista alemão defendeu aulas mais curtas para se poder renovar o ar…
É difícil atirar com uma regra geral quando temos realidades tão diversas com estabelecimentos de ensino com idades tão diferentes, uns com 200/300 anos, uns extremamente recentes, projetados, construídos e aprovados com legislações completamente díspares. Aquilo que podemos ter nesses edifícios é completamente diferente. Já cometemos o mesmo erro em relação aos transportes, tratámos tudo de forma igual quando não são de maneira nenhuma iguais. Temos de saber com o que estamos a lidar e isso significa fazer avaliações e isso faz-se usando métodos científicos, não é só por umas entidades dizerem que achavam que não estava bem. Isto não é uma coisa para se achar, é uma coisa para se analisar. O problema da gestão destes assuntos é que tem sido feita com muito pouca engenharia.

E como é que a engenharia pode entrar para ajudar a minimizar o risco?
Um dos pioneiros da qualidade do ar, um cientista alemão, dizia que o que importa é a dose. E a dose é o produto do tempo de exposição pela concentração média. Se eu tiver metade do tempo, posso ter a mesma dose, se a concentração for o dobro. Seja para contrair uma infeção seja para ficar intoxicado por um poluente químico, o que importa é a dose a que a pessoa está sujeita e, portanto, o que estava a fazer o professor de Berlim quando dizia que as aulas deviam ser de meia hora era tentar reduzir a dose. Mas, além de reduzir a dose, devemos reduzir a concentração.

E como?
A ventilar.

Como, quando a maior parte dos edifícios não têm sistemas para isso?
Pode fazer-se com alguma ventilação natural, mas também ainda há tempo de começar a pensar em instalar alguns sistemas de ventilação. Só consigo ventilar quando faço admissão de ar novo. O que estou a tentar fazer é diminuir a concentração do vírus num volume maior de ar. Imaginemos que tenho um bocadinho de vinho no fundo de um copo, se encher o copo todo de água aquele líquido vai diminuir.

O que é que tem mesmo de ser feito?
Não há uma solução única, tudo depende do que temos em cada tipo de edifício. Aliás, neste momento a pergunta mais importante, que não temos ainda respondida, é qual é o limiar de infecciosidade. Isto é, a que dose é que uma pessoa saudável tem de ser sujeita para ficar infetada? Porque será em função disso que devemos fazer o dimensionamento dos sistemas. Imaginemos que tenho uma sala de aula e nessa sala há uma pessoa infetada a libertar uma quantidade de vírus para o ambiente. As pessoas que lá estão ficarem ou não infetadas depende sempre de uma batalha entre os assaltantes que são o vírus e o sistema imunitário, que são os defensores…

Continuar a ler AQUI

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/08/nas-escolas-tremer-se-a-de-frio-este-outono-inverno/

“A última coisa que queremos é fechar as escolas”

 

Quem o disse foi o Boris, mas podia ter sido o Costa, um qualquer outro “politico”, economista, gestor, advogado, funcionário de escritório, artista ou pensionista. Todos sabem que a nossa sociedade está contruída em cima de pilares que não o permitirão novamente.

A nossa organização como sociedade está de tal forma interligada que o encerramento de um sector afeta todos os outros. A educação, como base dessa mesma sociedade, nunca poderá “encerrar”, a instituição responsável pela mesma é indispensável para o funcionamento do todo de forma a que a sobrevivência desse seja garantida.

A experiência do último período do ano letivo que terminou, não se voltará a repetir. A não ser que a sociedade se venha a encontrar num ponto de tal maneira crítico, à beira do abismo, que a única solução seja enfrentar uma mudança drástica na forma como sobrevive.

Quem ainda pensa que o ano letivo passado foi o pior da sua vida, desengane-se. O pior ano letivo da sua vida ainda não teve início, iniciar-se-á em setembro. A adaptação que tem vido ser feita à forma de agir perante a pandemia enquanto as escolas estiveram e estão encerradas, será um bom preludio do que se vai viver no próximo ano letivo. A educação escolar não se desenvolverá num ambiente de “normalidade”, se a educação e o civismo de cada um, como indivíduo, não se harmonizar enquanto membro da sociedade.

As escolas estão-se a organizar dentro das suas muitas limitações, mas se a colaboração entre os membros da comunidade educativa persistir nas lacunas do passado recente, pode ser que escolas fechem e que a sociedade se veja obrigada à mudança que todos parecem não desejar.

As escolas não fecharão, se todos nós as quisermos abertas. Não sei se irá pelo caminho certo, só sei que não poderá ir pelo mesmo de até aqui.

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/08/a-ultima-coisa-que-queremos-e-fechar-as-escolas/

Blended Learning in School Education – Guidelines for the Start of the Academy Year 2020/2021

 

Blended learning in school education: guidelines for the start of the academic year 2020/21

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/08/blended-learning-in-school-education-guidelines-for-the-start-of-the-academy-year-2020-2021/

Posição da Fenprof Sobre o Anunciado Pelo ME Sobre a Mobilidade Interna

FENPROF reitera: colocação em concurso de mobilidade interna deve ser feita em horários letivos completos e incompletos

 

O Ministério da Educação (ME) enviou uma nota à comunicação social na qual informa que a partir do ano letivo de 2021/22, a colocação de professores dos quadros, em resultado do concurso de mobilidade interna, se fará apenas em horários completos. Baseia essa informação em acórdão do TCA do Sul, de abril de 2020.  Segundo a nota do ME, a decisão do TCA do Sul não se baseia na ilegalidade da colocação de professores dos quadros (Escola/Agrupamento e de Zona Pedagógica) em horários letivos incompletos, por via do concursos de mobilidade interna (vulgo, aproximação à residência),  mas sim em critérios de ordem economicista. Na informação enviada à imprensa, o ME explicita que da leitura do acórdão do TCA “resulta clara a necessidade de adotar uma solução que melhor sirva o sistema educativo, assente numa adequada gestão de recursos humanos docentes e na utilização de dinheiros públicos”.

Perante isto, a FENPROF reitera a sua posição, reforçada que foi pela decisão da Assembleia da República, promulgada pelo Presidente da República, de garantir a justa possibilidade de os docentes dos quadros serem colocados em horários letivos incompletos, mantendo, contudo, como determina a norma geral para toda a administração pública, o horário semanal de 35 horas.

Por outro lado, a FENPROF considera que o procedimento de preenchimento de horários deve respeitar o que está legalmente estabelecido no DL 132/2012, bem como na redação do DL 28/2017, designadamente nos artigos 25.º a 27.º, nos quais se clarifica que na satisfação de necessidades temporárias (art 25.º) os docentes são ordenados de acordo com a sua graduação profissional em prioridades, sendo uma das prioridades a correspondente aos “Docentes de carreira dos agrupamentos de escolas ou de escolas não agrupadas que pretendam exercer transitoriamente funções docentes noutro agrupamento de escolas ou em escola não agrupada” (art.º 26.º). Refere ainda o atual quadro legal (art.º 27.º) que “O preenchimento dos horários é realizado através de uma colocação nacional, efetuada pela Direção-Geral da Administração Escolar pelos docentes referidos nas alíneas do artigo anterior, seguindo a ordem nele indicada). Ao não explicar se essa colocação se faz em horário letivo completo ou incompleto, o legislador decidiu, e bem, não fazer distinção.

Também a Assembleia da República, através da Lei n.º 17/2018, de 19 de abril, estabeleceu no seu Artigo 5.º (Concurso interno antecipado) que “No âmbito do concurso de mobilidade interna são considerados todos os horários completos e incompletos, recolhidos pela DGAE, mediante proposta do órgão de direção do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada.”

Perante esta situação, a FENPROF considera que esta não é matéria encerrada, pois a decisão tomada pelo ME viola o quadro legal em vigor e que a decisão da Assembleia da República se aplica ao regime, em geral, e não apenas àquele concurso em particular (2017/18). Nas primeiras reuniões dos seus órgãos (Secretariado Nacional e Conselho Nacional) nos dias 2, 3 e 4 de setembro, a FENPROF analisará esta matéria e tomará decisões quanto às medidas a tomar. A FENPROF aguarda, também, a reação dos grupos parlamentares em relação a esta decisão do governo/ME.

Lembra-se ainda que a decisão tomada pela Assembleia da República aconteceu depois de não ter sido possível chegar a acordo com o Ministério da Educação em tribunal, na audiência realizada com a presença das partes, e depois de não haver qualquer abertura da parte do ME para negociar uma solução política. A decisão tomada foi, pois, a de, como referia nota da FENPROF de 8 de abril de 2018, “repor o concurso na sua forma original, isto é, em ano de concurso interno, a mobilidade interna é universal e as colocações devem fazer-se em horários completos e incompletos, em função da graduação profissional dos candidatos”.

O Secretariado Nacional

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/08/posicao-da-fenprof-sobre-o-anunciado-pelo-me-sobre-a-mobilidade-interna/

Recuperação do Tempo de Serviço (2 anos,9 meses,18 dias) 2.ª NOTA INFORMATIVA

 

Download do documento (PDF, Unknown)

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/08/recuperacao-do-tempo-de-servico-2-anos9-meses18-dias-2-a-nota-informativa/

% de docentes do sexo feminino pelas diferentes regiões do continente (entre 2009 e 2019)

O vídeo seguinte apresenta a % de professoras nas diferentes regiões do país, segundo dados da PORDATA.

O canal Matemática-ON apresenta diversas playlists:

  • dados estatísticos relacionados com Educação e Concurso de Professores;
  • ferramentas úteis para todos os professores;
  • conteúdos de matemática do 2º Ciclo;
  • desafios matemáticos.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/08/de-docentes-do-sexo-feminino-pelas-diferentes-regioes-do-continente-entre-2009-e-2019/

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: