Enquanto o SE da Educação fala em como o E@D foi um remendo, dadas as circunstâncias, para que o ano letivo não terminasse na Páscoa, o ministro da Economia fala em revolucionar tecnologicamente a Educação. Avançar com o Plano de Educação Digital parece que é uma prioridade. Será que depois de tudo o que se fez até agora à custa dos professores e alunos, vão dar-nos condições de trabalho? Espero bem que sim. Que isto não seja mais um plano para “inglês ver”, sugando os professores e alunos, tal como desenvolvendo fossos sociais entre a comunidade educativa.
Nas ultimas declarações do primeiro ministro sobre o assunto, o mesmo anunciou que, para combater as desigualdades, pretende que todos os alunos tenham acesso a equipamentos e internet. Para alguns alunos será um “esforço” para breve, mas a medida será “universal” no próximo ano letivo. Resta saber se o governo e a escola vão continuar a viver à custa dos computadores dos professores…
Escola digital já no próximo ano letivo? O Governo diz que sim
O Plano de Educação Digital tem de ser acelerado no próximo ano letivo. O ministro Pedro Siza Vieira diz que o projecto está já em curso e não pode esperar mais, até para precaver uma eventual segunda vaga da pandemia de Covid-19.
4 comentários
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O ensino digital é uma catástrofe e um remendo. Prepara-se mais um plano, sobre uma coisa que, comprovadamente não serve, para encher os bolsos de uns quantos ligados à nova economia digital…
Para percebermos que não serve era preciso que alguns teóricos da treta digital lessem alguma coisa sobre como evoluiu o Homem, os milhares de anos que viveu como caçador-recolector, que a chamada ” Civilização” só apareceu com a agricultura… que isso, em termos evolutivos , é uma parcela temporal ridícula…
O facto de termos um polegar oponível também pode explicar muitas coisas… mas isso era pedir demais a pessoas que só dominam pedagogia da treta , leram pouco, não relacionam, e mandaram as ciências sociais , a antropologia, para os antípodas da sua massa cerebral!
Com uma dívida pública “Kolossale” e perspectivas de retrocesso económico com o consequente desemprego, não estou a ver muito bem onde irá o Governo implementar a digitalização do Ensino…
Será que estão à espera, mais uma vez, que sejam os professores a comprar os equipamentos?
E quanto às famílias, como se fará com que os alunos disponham das tecnologias mínimas e adequadas para acompanhar a dita “Escola digital”?
No tempo do Sócrates, com o programa e-Escola, houve, de facto, um apetrechamento de equipamento informático para as escolas, professores e alunos. Embora, como sempre se faz por cá, faltou desenvolver as destrezas pedagógicas adequadas para explorar todo esse equipamento em contexto educativo.
Nessa altura havia, alegadamente, dinheiro a rodos, até culminar na bancarrota.
Hoje ninguém sabe se estamos na bancarrota, pois a resposta que nos dão é um sorriso cínico e meias-palavras.
E muitas promessas.
Veremos…
Então que ofereçam computadores aos professores, ou pelo menos facilitem a sua compra, porque as plataformas digitais, esforçam muito os computadores a nível de placa gráfica, processador, bateria, etc.
E também facilitem o acesso à internet.
Medidas urgentes:
– computadores aos professores,
– acesso à internet