17 de Junho de 2020 archive

B-Learning nas escolas da Madeira em setembro

Próximo ano lectivo na Madeira deve conciliar aulas presenciais com ensino à distância

Tudo vai depender do ritmo da pandemia por Covid-19. A Madeira pretende iniciar o próximo ano lectivo, em Setembro, como é hábito, mas deverá ter de conciliar as aulas presenciais com aquelas que são ministradas à distância, usando a Internet. A explicação é do presidente do Governo Regional, que a deu, na manhã de hoje, durante uma visita à Escola Francisco Franco.

Na deslocação àquele estabelecimento, que serviu para agradecer a funcionários e à direcção “o esforço realizado nos dias de pandemia e após”, Miguel Albuquerque admitiu que, independentemente do cenário que se vier a colocar, o mais provável é as escolas não abrirem com 100% de aulas presenciais.

Dentro de sensivelmente um mês e meio, em especial com a reabertura do aeroporto, o Governo fará nova avaliação da situação epidémica e tomará uma decisão sobre a reabertura das escolas. “Nós vamos aguardar mais um ou dois meses, para definir. Se houver, como nós esperamos, uma contenção da pandemia, teremos condições de reabrir as escolas com determinadas condições. Se surgir algum surto vamos reabrir, mas com outras condições.”

Num caso e noutro, haverá “sempre um regresso presencial. Mas se estivermos numa situação mais crítica, a ideia será assegurar uma rotatividade, até porque há escolas como esta, que tem cerca de dois mil alunos. Para manter distanciamento e regras de segurança no caso de evolução de pandemia (… implica adoptar) determinadas medidas.”

Para as definir, escola a escola, a Secretaria da Educação está a fazer um levantamento das condições de todas elas e as regras poderão ser diferentes consoante a realidade de cada uma. As maiores dificuldades vão para os estabelecimentos com mais alunos, de que Albuquerque deu os exemplos da própria Francisco Franco acrescentando a Levada – Dr. Augusto da Silva – e o Liceu de Jaime Moniz.

Sobre a rotatividade, a que se referiu, o presidente do Governo concretizou que consiste em “fazer uma parte via Internet, não presencial, e outra parte presencial. Será assim que se assegurará a rotatividade. Aquelas matérias que se podem fazer em termos não presenciais, com maior facilidade, vamos acentuar, e outras, que exigem, do ponto de vista pedagógico, a presença dos alunos e dos professores” serão assim.

“Não pode ser 100% presencial, mas é importante que os alunos ganhem o hábito de ir à escola (…). O ensino não é apenas uma questão racional, é também uma questão afectiva”.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/06/b-learning-nas-escolas-da-madeira-em-setembro/

Uma turma de 20 crianças terá contacto com mais de 800 pessoas ao fim de apenas dois dias

Una clase de Infantil de 20 niños

tendrá contacto con más de 800

personas después de sólo dos

días

O professor Eulogio Cordón, diretor do departamento de Organização Empresarial II da UGR, prevê que “sem vacina, a maioria das aulas provavelmente acabará por voltar a um cenário remoto ao longo da próxima queda quando os efeitos do COVID19 e da gripe sazonal convergem. Por isso, é muito importante que todos os agentes estejam preparados para esta possibilidade.”
As comunidades autónomas excluíram, na sua maioria, cenários mesmo mistos, incluindo presenciais e remotos, e também não parecem estar a fazer progressos substanciais na melhoria da aprendizagem à distância. No entanto, com o investimento limitado disponível, talvez estas opções pudessem facilitar mais estabilidade ao longo do curso.
Os peritos da UGR sublinham que as famílias já deveriam ter sido questionadas sobre a sua disponibilidade para cada sistema, a fim de melhor tentarem acomodar melhor os alunos cujas famílias necessitassem presenciais e fornecerem uma opção mista ou remota às famílias que desejaram, caso as escolas observassem garantias para o seu bom desenvolvimento. A falta de planeamento conjunto com as famílias e os professores é também uma limitação dos protocolos que têm existido até agora. Esta falta de diálogo pode ser compreensível para a resposta imediata do curso atual, mas é surpreendente quando se planeia o próximo curso e precisa de alterar substancialmente as condições de trabalho, pedagógicas e sociais do processo educativo.

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/06/uma-turma-de-20-criancas-tera-contacto-com-mais-de-800-pessoas-ao-fim-de-apenas-dois-dias/

A digitalização não resolve os problemas de Setembro, por Alberto Veronesi

 

A digitalização não resolve os problemas de Setembro

Soubemos por estes dias que o Governo tem intenção de injetar 400 milhões para a Universalização da Escola Digital. No documento, o Plano de Estabilização Económica e Social, particulariza-se assim (ponto 1.2) a medida: “Universalização do acesso e utilização de recursos didáticos e educativos digitais por todos os alunos e docentes. Numa primeira fase prevê-se: Ao nível infraestrutural, adquirir computadores, conectividade e licenças de software para as escolas públicas, dando prioridade aos alunos abrangidos por apoios no âmbito da ação social escolar; desenvolver um programa de capacitação digital dos docentes; incrementar a desmaterialização de manuais escolares e a produção de novos recursos digitais.”

Antes de dedicar algumas linhas à análise do ponto em si, quero referir que não deixa de ser surpreendente ter sido o ministro da Economia a falar pela primeira vez da Escola Digital. Continuamos sem ministro da Educação. Apenas o secretário de Estado João Costa, que tem assumido a “liderança”, tem dado algumas ideias, vagas, de como poderá ser o início do próximo ano letivo. Assumindo, inclusive, que o 3.º período foi um remendo e não uma solução de futuro. Em síntese, continuamos sem grandes planos, pelo menos visíveis, para o próximo ano letivo, mas já temos um número, 400 milhões.

Pela descrição que é feita no documento, o processo será desenvolvido por fases. Mas não havendo ainda calendarização, como seria necessário, fica tudo muito vago. Sabemos que todos terão um computador, sejam professores, sejam alunos, sabemos que serão distribuídas licenças digitais em substituição dos manuais escolares e sabemos que os docentes terão formações específicas. Mas não sabemos quando é que arranca esta “revolução”, rumo à Escola Digital.

Entretanto, parece-me que é preciso atentar a algumas questões.

Serão poucos os que não concordarão com a necessidade de dar este passo tecnológico. Mas arrisco-me a dizer que os mesmos consideram que, já para setembro, seria preferível outro tipo de medidas e, sobretudo, não tratando todos os ciclos por igual. Vejamos: o pré-escolar abriu a 1 de junho, mas só frequentam, segundo dados da Fenprof, 30% dos alunos. Como pretendem fazer em setembro, quando regressarem todos? Um computador para cada um?

No 1.º ciclo, onde a autonomia das crianças é reduzida, um computador para cada um também me parece uma solução necessária, mas curta. Nesse ciclo, sobretudo nos 1.º e 2.º, mas também nos 3.º e 4.º anos, são essenciais as aulas presenciais, ficando o ensino remoto apenas como complementar. Ora isso só se conseguiria se:

  • Reduzissem as turmas a, pelo menos, metade do estipulado no pré-covid-19;
  • Aumentassem proporcionalmente o número de professores;
  • Criassem turnos duplos (manhã/tarde) em todas as escolas;
  • Complementassem o presencial com o ensino remoto em turnos semanais.

 

Os outros ciclos, dos quais desconheço as dinâmicas aprofundadamente, teriam de ajustar processos à sua realidade.

Não me parece correto olhar-se para o todo e achar-se que, como que por magia, um computador resolverá o problema.

Cada ciclo tem as suas especificidades e por isso a revolução tecnológica deverá acontecer, como aliás escrevi aqui, e devemos aproveitar esta oportunidade, uma vez que conseguimos recolher dados nesta experiência, para a fazer. Mas devemos ser mais minuciosos na planificação.

Concluindo, Escola Digital é importante e deve acontecer, como tive oportunidade de sugerir aqui.

Sendo necessário evitar abusos, poderia o Ministério da Educação reforçar o orçamento às escolas públicas para que possam adquirir equipamentos para emprestar aos alunos.

No mesmo sentido, para os professores, a aquisição gratuita de equipamentos tecnológicos (sem esquecer as licenças dos Recursos Educativos Digitais) para desenvolverem o ensino remoto a partir da casa.

Aguardemos por tomadas de decisão.

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/06/a-digitalizacao-nao-resolve-os-problemas-de-setembro-por-alberto-veronesi/

Concurso AEC – Vila Nova de Gaia

 

Download do documento (PDF, Unknown)

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/06/concurso-aec-vila-nova-de-gaia/

Informação DGEstE – Conselhos de Turma do 3º Período

 

Ex.mo(a) Senhor(a) Diretor(a) de Escola /Agrupamento de Escolas

Ex.mo(a) Senhor(a) Presidente de CAP

 

Tendo chegado à DGESTE pedidos de informação sobre a realização dos conselhos de turma do 3.º período, encarrega-nos o Secretário de Estado Adjunto e da Educação de informar que, dadas as circunstâncias, as reuniões de conselho de turma de avaliação poderão, neste ano letivo, ser realizadas não presencialmente através de meios telemáticos de comunicação síncrona. Importará garantir que todos os docentes têm acesso à documentação necessária e que estão garantidas as condições que permitem não só a participação de todos os docentes, mas também a tomada de decisão colegial nos termos legais.

 

Com os melhores cumprimentos,

 

João Miguel Gonçalves

Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares

 

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2020/06/informacao-dgeste-conselhos-de-turma-do-3o-periodo/

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Seguir

Recebe os novos artigos no teu email

Junta-te a outros seguidores: