Desde sexta-feira que verifico alguma ansiedade pela saída das listas de colocações e de ordenação definitivas, tendo sido afirmado pelas redes sociais que as listas estariam prontas a sair.
Não digo que não esteja para breve, mas se saíssem agora ia cumprir-se um recorde histórico na redução dos prazos entre a publicação das listas provisórias e das definitivas.
Nos dados que analiso há alguns anos, apenas em 2013 se conseguiu baixar dos 50 dias entre a publicação das listas provisórias das listas definitivas, mais precisamente 49 dias. Hoje cumpre-se ainda os 42 dias após a publicação das listas provisórias. A não ser que o trabalho em casa possa influenciar o adiantamento dos prazos por parte da DGAE, pelas minhas contas só entre o dia 6 e 10 de julho deverão ser publicadas as listas definitivas.
Para que saíam a uma sexta-feira darei um pequeno desconto e quem sabe no dia 3 de julho estão cá fora. Se saíssem esta semana seria quase um milagre.
Fica aqui uma apresentação com a médias de idades dos docentes contratados colocados em horário anual e completo desde 2012/2013 nos grupos de recrutamento 100 – Educação Pré-escolar, 110 – 1.º Ciclo e 120 – Inglês do 1.º Ciclo.
Em breve serão apresentados os dados de outros grupos de recrutamento.
Estão a terminar as aulas a que pomposamente, e para dar um ar de que a malta facilmente domina estas coisas da tecnologia, chamamos de “Ensino @ Distância” (acho o pormenor da arroba delicioso). Podemos afirmar que a maioria de nós saiu viva deste período de tempo interminável em que se arrastou o fim do segundo período e este terceiro período. Sim, porque o ensino à distância (ou deverei dizer “a distância”?) teve o seu início nos últimos quinze dias do segundo período. Contudo, “ficou-me cá a parecer” que o senhor Ministro da Educação não acreditou muito nas suas próprias palavras (relembro a afirmação perentória do senhor ministro: “ninguém está de férias”) e vai daí decidimos alargar o terceiro período e o ano letivo, fazendo-o terminar precisamente quinze dias depois do que era previsto. Este aumento de quinze dias teve algum resultado positivo? Sou de opinião que não.
Efetivamente, terá sido neste 15 dias a mais que os alunos terão realizado todas as aprendizagens que ainda estavam pendentes? Obviamente que não. Penso que ninguém se terá lembrado, naquelas altas instâncias, que é precisamente no terceiro período que se costuma desenvolver uma maior quantidade de atividades lúdicas devido ao clima de cansaço e saturação que já se vive no meio escolar por essa altura. Mas, claro, este ano é um ano atípico (a frase que mais ouvimos ultimamente) e, por isso, vá de prolongar aquilo que para todos já é um suplício.
Contudo, o que importa no meio disto tudo, é que o ano letivo está a terminar e há que olhar para trás e pensar um pouco sobre como correu todo este “Ensino @ Distância”. Aquilo que vou ouvindo, por aqui e por ali, é que foi um sucesso. E não, não poderei dizer o contrário. Foi um sucesso porque, os alunos não ficaram um dia que fosse desocupados e sem aulas. Um sucesso porque rapidamente os professores se muniram da sua força de vontade e da sua capacidade de trabalho para colocar em andamento uma escola a que poucos estavam habituados. Um sucesso, e aqui só posso falar no meu caso, porque se conseguiu suprir, em tempo record, a falta de equipamento que alguns alunos tinham. (sei que não aconteceu assim em todos os Agrupamentos). Um sucesso porque se conseguiu que os alunos mantivessem uma rotina de trabalho em casa, que se mantivessem ativos, o que lhes manteve, tanto quanto possível, um clima de relativa normalidade (que era importante manter).
Mas o sucesso, relativo, ficar-se-á por aqui. Desculpem a sinceridade da questão mas tenho de a fazer: alguém acredita mesmo que se realizaram aprendizagens nestes meses?
Se a pergunta me for colocada a mim posso dizer que sim, que aprendi muito (e não, não falo das aprendizagens que realizei ao nível informático – que também foram muitas!)
Digo-vos que aprendi imenso sobre as vidas pessoais dos meus alunos – entrei pelas casas dentro de alguns que não tiveram qualquer pejo em mostrá-las: alguns trabalhavam nos seus quartos, sim, alguns poucos num escritório, e outros tantos em salas de estar e cozinhas. Aprendi a trabalhar com os meus alunos enquanto ouvia a Cristina Ferreira em som de fundo (que tenho neste momento certeza que deve ser dos programas mais vistos pela manhã). Aprendi também que muitos pais não perceberam que, de facto, os seus filhos estavam numa sala de aula, ainda que virtual. Como tal, assisti a discussões entre adultos que preferia não ter visto nem ouvido, sentindo-me a assistir a um verdadeiro Big brother.
Percebi que o uso de “linguagem colorida” é apanágio não só de alguns dos meus alunos e que a mesma é usada por alguns adultos que com eles convivem, usando-a sem qualquer preocupação com aqueles que possam estar a ouvir (por exemplo, o professor).
Estamos em tempos de exceção, da anormalidade vivida surgem dúvidas, expectativas, justiças e injustiças. Os pensadores/executores de serviço não são suprassumos, não conseguem projetar todos os cenários possíveis para todas as situações e daí têm surgido.
Uma delas é a dos alunos que, por estarem sujeitos ao regime de quarentena não poderão realizar os exames de acesso ao Ensino Superior ou de equivalência à frequência. Será que haverá uma segunda fase para esses caso ou serão tratados como nos anos anteriores?
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Encontra-se disponível a aplicação que permite aos docentes efetuarem a reclamação da candidatura ao concurso externo do ensino artístico especializado da música e da dança.
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O que pode vir a acontecer no próximo ano letivo… Fecho de escolas temporário.
Uma situação a ter em conte e para a qual todos temos que estar preparados. O E@D pode ser implementado temporariamnete assemelhando-se a uma cerca sanitária às escolas. Convém estar preparado.
As aulas presenciais da Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro, terminaram, depois de mais duas funcionárias terem testado positivo à Covid-19.
Francisco Soares, diretor do Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa, disse ao Sul Informação que «esta é uma medida preventiva» para «evitar contágios».
Assim, a próxima semana (a última de aulas) será apenas «de aulas à distância» para os cerca de 150 alunos do 11º e 12º anos.
Depois de ter havido um caso positivo na passada quinta-feira, dia 18, ainda foi tomada a decisão de continuar as aulas presenciais, mas na Escola EB 2,3 Neves Júnior que pertence ao mesmo agrupamento. Quanto à Pinheiro e Rosa, foi desinfetada na passada sexta-feira.
Agora, com mais estes dois casos confirmados, «vamos fechar tudo», explicou Francisco Soares.
As duas funcionárias, que testaram positivo e cujos resultados foram conhecidos hoje, «estão assintomáticas».
No total, segundo o diretor do Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa, já foram feitos «cerca de 40, 50» testes a funcionários e professores, 19 dos quais este domingo.
O presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, anunciou, este domingo, que as creches, os jardins de infância e a escola secundária vão encerrar “por precaução” a partir desta segunda-feira. Em causa está o surto de Covid-19 num lar de idosos do município, que já pode estar na comunidade.
A partir de amanhã irá fechar a escola secundária, os jardins de infância, as creches, as atividades de apoio à família. Isso está decidido que irá fechar a partir de segunda-feira”, informou José Calixto.