Educação e pandemia – Eduardo Marçal Grilo

 

Educação e pandemia

Muito tem sido dito e escrito sobre as consequências que a pandemia do coronavírus poderá ter na evolução dos processos educativos, designadamente nas formas como se ensina e aprende nos diferentes níveis de educação desde a educação pré-escolar até ao ensino superior. Trata-se, a meu ver, de uma falsa questão, que deriva certamente de se terem encetado experiências de ensino não convencional designadas como “Ensino a Distância” mas que, como disse o Professor António Mendes numa reunião do Conselho Geral da Universidade de Aveiro, deveriam ser consideradas como “Ensino Remoto de Emergência”.

Vivem-se hoje tempos muito conturbados, mas é nestas alturas que se tem de manter a serenidade e não tratarmos questões de fundo utilizando argumentos de circunstância.

A situação vivida nas escolas portuguesas nos últimos meses constitui uma experiência interessante com mérito indiscutível desde que a consideremos apenas como uma solução provisória e temporária para atenuar e minimizar os graves danos introduzidos pelo aparecimento de um fenómeno externo às escolas, que obrigou ao seu encerramento e ao confinamento de alunos e professores nas suas respetivas casas. Foi nestas circunstâncias que os responsáveis políticos encontraram um conjunto de soluções alternativas que, em certa medida, criaram condições para que pelo menos alguns dos alunos pudessem manter-se minimamente ativos e envolvidos em processos de aprendizagem com alguma utilidade.

Em minha opinião e depois destas experiências que foram realizadas com recurso à televisão e aos meios tecnológicos mais avançados dos computadores, dos telefones celulares e dos tablets, importa que se proceda a uma avaliação séria do que correu bem e do que correu menos bem, sendo certo que haverá seguramente uma conclusão que eu tiro de imediato: o ensino presencial não tem uma verdadeira alternativa nas tecnologias do ensino a distância.

Note-se que, na avaliação que deve ser feita relativamente a todas estas experiências, importa que professores, alunos e pais identifiquem os aspetos negativos, que em minha opinião deverão ser certamente muitos, mas importa também que sejam analisados os pontos positivos, que os há seguramente, os quais podem constituir ensinamentos relevantes não apenas para a melhoria do ensino presencial, mas sobretudo para se colocarem as novas tecnologias ao serviço da educação de uma forma mais interessante e eficaz.

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1 comentário

    • Luís Marques on 19 de Junho de 2020 at 16:54
    • Responder

    Marçal Grilo continua a insistir que as escolas não deviam ter fechado……

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