Preocupações de um Contratado com a PACC

A ler com atenção pelos senhores do IAVE.

 

 

Em Março estou destacada para realizar a prova específica. E sim, passei na prova comum… e não, não fiz o ano passado, porque à data da prova encontrava-me internada.

O que me preocupa é que neste país alguém será sempre cobaia… e é assim que me sinto este ano: UMA COBAIA!

Que o experimentalismo do MEC já vem de há muitos anos, bem sei, e que o ano passado ninguém fez específica, também sei… por isso considero injusto que este ano para obter aprovação na dita cuja tenha que a fazer! Não há igualdade!

Mas mais preocupada fico, quando apenas sei que a prova será escrita e terá 90 min. Não há indicação da estrutura do exame, não há prova modelo, não há matrizes, cotações, critérios, objectivos, bibliografia obrigatória, ninguém sabe se é de escolha múltipla, ou de desenvolvimento… não há indicação do que quer que seja!

Contextualizando, sou professora de Educação Física, licenciada por uma reconhecida universidade pública. Durante a minha meninice e juventude, pratiquei Atletismo (mais de uma década) quando cheguei à faculdade tive exame de Atletismo – estudos práticos e de didáctica de Atletismo. Por muito que soubesse fiz questão de estudar. Valeu a pena tive 20 em ambas. Nunca fui para um exame sem me preparar. E não venham com o moralismo de que eu sendo formada devia saber fazer a prova específica sem ter que estudar. Haverão questões em que a minha prática diária me ajudará e certamente responderei rápido, mas também existirão outras em que a memória me irá atraiçoar… Qualquer pessoa que vá a uma entrevista de emprego com exame, prepara-se! Qualquer pessoa sujeita a testes psicotécnicos, prepara-se! Se não o fizer é da sua inteira responsabilidade, assumirá as consequências. Na minha opinião, se deseja obter o resultado que merece, terá de se preparar com antecedência. Será sempre uma opção pessoal e não imposta. Haja respeito e dignidade!

Ressalvo que não concordo com a PACC, sou licenciada por uma reconhecida universidade pública, estagiei um ano lectivo, já ultrapassei o período probatório e já exerci em várias escolas… Mas não façam de nós ainda mais cobaias! Veremos os próximos capítulos…

Grata pela atenção ao meu desabafo, com os melhores cumprimentos,

 

A

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2 comentários

  1. Partilho a mesma opinião colega. Já por diversas vezes postei aqui a minha indignação para com a tremenda injustiça da componente especifica, desta prova que não prova nada. Somos uma minoria nesta situação. Não nos fazemos ouvir, ou melhor, não nos querem ouvir, pois não interessamos…
    Este ministro é uma vergonha.

    • António Fernando Nabais on 3 de Março de 2015 at 23:37
    • Responder

    Também não concordo com a PACC, mas considero inaceitável que um professor escreva ou diga “Haverão questões…”.

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