Olhar para a lista de vagas publicada na ultima sexta-feira é um exercício de imaginação bastante árduo. Mais uma vez as necessidades das escolas não vêm impressas neste tipo de Portaria.
Os exemplos incompreensíveis ao olhar de um comum mortal são imensos, pelo menos no 1º ciclo, o meu grupo de recrutamento, logo, o que eu analisei ao pormenor passando agora a citar alguns exemplos que me têm vindo a chegar ou que me saltaram à vista. Como será possível que num determinado Agrupamento de Escolas depois de inseridos os dados para o cálculo das vagas a constar na tal lista tenha sido dada a indicação à direção de que abriria UMA vaga de QA, mas que nesse agrupamento estejam colocados 15 professores de QZP, sim 15, mais alguns contratados, não me conseguiram dar o número exato. Será que, e já só falo das vagas ocupadas por professores QZP, as outras 14 colocações são de vagas transitórias ou de professores colocados em Apoio Educativo? Segundo me foi dado a conhecer, não são. O mais caricato é que uma vez publicada a lista, esse Agrupamento de Escolas, aparece com um zero, redondinho, no que diz respeito às vagas para o grupo 110. Noutro Agrupamento de Escolas, segundo me foi relatado aconteceu o inverso, aquando o inserir de dados na plataforma foi dada a indicação de que, para o grupo 110, as vagas seriam negativas em -3, na sexta-feira constata-se que afinal de contas não é -3, mas sim -1.
Também fiquei, deveras, surpreso com um determinado Agrupamento de Escolas, lá para os lados da serra da Estrela, onde abriram, nada mais, nada menos, do que 27 vagas para o 1º ciclo, sim, também leram bem, 27. Será que nesse Agrupamento não havia professores de QA até agora, ou reformaram-se todos de uma só vez? Bem, poderá não ter sido nenhuma destas hipóteses, mas alguém que faça o favor de me explicar o que se passou por lá…
De facto esta lista não é algo que possamos usar como referência. Se não, analisemos os agrupamentos com 10 e mais vagas no 1º ciclo, sendo este grupo, aquele que neste e nos outros concursos têm sofrido a maior redução no número de vagas existentes, resultantes das politicas dos últimos governos e da baixa taxa de natalidade, como é que de repente, surgem vagas em zonas onde já não se viam há mais de uma década?
Será que estamos em ano de eleições?…
19 comentários
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“à mais de uma década” deve ser lido “há mais de uma década”
o mec não quer ter professores vinculados a uma escola/agrupamento. interessa-lhe que estejam em horário 0 ou qzp para mais facilmente colocá-los onde necessita… e quer continuar a despedir professores. este mec mal tomou posse já sabia quantos profs queria despedir (masdiziam que nada sabiam, sobre a situação… conversa para boi dormir!) e é isso que esta equipa ministerial tem vindo a fazer … esperem por 2016!!!!
Pois, senhor autor docente (“pelo
menos no 1º ciclo, o meu grupo de recrutamento”), veja lá como escreve!
E olhe que este erro nunca é “gralha de teclado”. Mas, esta já é: “às vagas par o grupo 110”.
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João
Se fosse um colega do 2º ou 3º ciclo talvez fizesse vista grossa… professor do 1º ciclo não pode errar? Pena não ter comentado e o essencial da narrativa,
Pode errar, todos erramos… mas há mais: “Mais uma vez as necessidades das escolas não se vêm impressas neste tipo de Portaria”. Verbo ver e não vir…
Engrassado! Estão para aqui a discutir a semântica mas não discutem o essencial, a mensagem, ou isso nãointeressa? Devem ser daqueles colegas que só estão satisfeitos quando os outros estão piores do que eles… Oque interessa discutir e comentar é que mais uma vez estamos a ser levados por lorpas e as consequência s disso podem ser nefastas para os colegas que tão bem sabem escrever. Deixem-se de acessório…
engrassado??? Estão a esquecer-se, talvez (ou não), de um pequeno(nino) pormenor, não são só professores a ler o que vai aqui escrito. Depois admiram-se (indignam-se) do que se ouve dizer (e se escreve) na comunicação social sobre os erros na PACC. Mais cuidado colegas.
Mas onde raio estão as gralhas?
Lololololololololol Maria, gostei do seu sentido de humor. E o mais “engrassado” é que ninguém soube responder à sua pergunta. Talvez por uma questão semântica? Não. Talvez sintática? lololololololololololol
Cada tiro cada melro… como é que pode falar em semântica quem assim escreve?
A primeira ação de formação que frequentei chamava-se “todos somos professores de português”. Acho agora que é melhor não…
Preocupem-se com as gralhas e esqueçam o conteúdo mais uma vez! Bahh… Não vêm que não vai entrar ninguém para os quadros de escola se os professores se lembrarem de começar a trocar de lugar! Teremos milhares na requalificação durante os próximos anos e o povo português ainda se vai rir dos postais ilustrados que nós somos. Uma cambada de chorões que tem privilégios e merece ser maltratada. Será assim que seremos vistos se não tomarmos medidas já… Os sindicatos são uns bananas e a maioria dos professores, além de saber corrigir erros de escrita, não sabe fazer nada! O governo sabe disso e atira-lhes chupa chupas para se entreterem enquanto prepara a desertificação do ensino. Estes 1400 que vão entrar agora nem vão aquecer o lugar!
Vamos ver o numero de colegas “bem escreventes” que para o ano vão entrar na lista de requalificação. Pois!!! Não julguem que o que se passou este ano se irá repetir, para o ano vai ser a doer. Os que se safaram à ultima da hora este ano para o ano têm o destino marcado, mas isso parece ser tabu, Está interligado com este concurso e com esta lista de vagas. como pergunta o autor, e pergunta bem, “Será que estamos em ano de eleições?”, pois lembrem-se para o ano não será ano de eleições, pelo menos legislativas, por isso preparem-se os críticos daqueles que pelos meios que lhe estão ao dispor falam, os não críticos que nada fazem a não ser deitar abaixo a própria profissão e aqueles que simplesmente se deixam estar, ou seja, todos.
Então, votem nos mesmos, não se esqueçam.
Enquanto verificam erros (os cães ladram), a mensagem do post é bem real e verdadeira. Está a acontecer em dezenas de agrupamentos e mexe com a vidas dos professores e suas familias. A porra desta portaria foi viciada (a caravana passa)
Fico impressionada com a quantidade de pessoas que estão preocupadas com os erros e não se preocupam em comentar esta grave realidade com que nos deparamos… Obrigada Rui Gualdino Cardoso por mais um excelente texto!
Obrigado pelos comentários em relação às “gralhas” que, propositadamente, existiam no texto. Futuramente abordarei a temática através de um texto que espero venha a libertar algumas consciências…
P.S. as gralhas já foram revistas.
Ó menino, propositadamente, “o caraças”!
As do “à” e “vêm” são analfabetismo puro!
Author
Pois são, e por isso a razão pela qual os escolhi para testar um próximo artigo. Mas o João Paulo verifique todos os outros artigos do autor e procure os erros semelhantes… Adianto-lhe já o tema do artigo em preparação, “A união também tem a ver com pedagogia na classe docente…”, talvez sirva para que muitos colegas metam a mão na consciência da próxima vez que afiarem a língua, o lápis ou os dedos…
[…] http://www.arlindovsky.net/2015/03/o-problema-de-sempre-as-vagas/ […]