Como Dar Paz às Escolas?

Para dar paz às escolas é necessário fazer mudanças e grandes mudanças. Mas qualquer mudança que se faça obrigatoriamente tem de quebrar a paz.

Na última década tem-se falado muito na autoridade do professor e até hoje essa autoridade está quase pior desde a altura que se começou a falar nela.

Depois vieram as políticas da promoção do sucesso escolar a “todo o custo” bem como a redução das taxas de abandono escolar. Estas são metas difíceis de alcançar até 2020, mas que precisam de ser alcançadas.

António Costa quer que as escolas se estabilizem nos seus objetivos educativos.

Acho pouco esse objetivo para pacificar as escolas.

Pacificar as escolas é retirar todos os processos burocráticos de cima da alçada dos professores, deixando-o livre para a sua função essencial, ensinar e aprender.

Qualquer outra coisa que não tenha este objetivo principal nunca irá pacificar a escola.

Pode vir um ou outro Ministro que faça os ajustes aos erros que se estão a cometer, mas qualquer um que seja próximo ministro da educação vai fazer mais do mesmo, mas com o seu cunho pessoal. E tenho receio que o próximo Ministro(a) venha com tanta vontade de mudar tudo de novo que possa ainda por tudo pior do que o que já está.

Porque não começar-se a pensar em mudar a Lei de Bases do Sistema Educativo de forma consensual entre todos os partidos da Assembleia da República?

Uma Lei de Base com quase 30 anos e com apenas três alterações merecem um novo debate público para a sua mudança e consolidação aos tempos atuais.

E depois sim, definir as políticas de cada partido às próximas eleições legislativas.

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1 comentário

    • revoltada on 26 de Março de 2015 at 11:59
    • Responder

    Mudar?! Aí vai a minha opinião como prof contratada do 110/910, mais vezes desempregada que colocada:

    1. Limitar a autonomia dos agrupamentos e impedi-la no processo de contratação de docentes e nunca pensar sequer em atribuir o mesmo às Câmaras Municipais pq se os agrupamentos funcionam através de cunhas, as Câmaras funcionam pior neste aspeto. Todos querem vender colocações e destroem de forma criminosa a vida de professores que já tinham a vida profissionalmente organizada.

    2. CRITÉRIO ÚNICO PARA COLOCAÇÃO DE PROFESSORES CONTRATADOS: GRADUAÇÃO (até porque os colegas dos quadros são colocados da mesma forma, logo não tem lógica inventar estratégias diferentes para colocar amigos alegando que se procuram os melhores professores).

    3.Fim de subcritérios e outros meios manhosos para contratar docentes.

    4.Sempre que um contrato termine após o processo dos concursos, ou seja, a partir de Junho, deixar permanecer o colega na escola em que se encontra. Não faz sentido mandar um professor para a rua numa fase em que não pode concorrer mas continua a ter de sobreviver e de manter os filhos.

    5. Acabar com as renovações de contratos que acontecem sistematicamente nas escolas autónomas, as quais colocam amigos, menos graduados, e nós mais graduados com mais tempo de serviço ficamos “a ver navios” e concorremos na 2.ª prioridade para os quadros.

    6.Permitir que todos os colegas façam um relatório acerca do seu trabalho nem que seja colocado por 30 dias num ano letivo, para poder ter alguma nota avaliativa do seu trabalho e dedicação.

    7. Acabar com a PACC, pq quem precisa de provar aos portugueses as suas capacidades são os senhores ministros de cada governo que ano após ano só revelam ignorância, azelhice, falta de conhecimento das matérias, falta de caráter e falta de honestidade criando leis que favorecem a corrupção.

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