O cargo de Director foi criado pelo Decreto–Lei Nº 75/2008 de 22 de Abril, que concedeu a essa figura um Poder praticamente ilimitado, incluindo a possibilidade de agir de forma autocrática, se for essa a sua vontade…
Com o protagonismo que foi outorgado ao cargo unipessoal de Director pelo mencionado enquadramento legal, é provável que muitos Directores se tenham deslumbrado com o seu próprio Poder, o que muitas vezes resultou em inflexibilidade e arrogância, quase sempre culminando na dificuldade de gerir convenientemente as relações interpessoais que obrigatoriamente têm que manter, todos os dias, com terceiros…
Ainda que a maior parte dos dirigentes escolares não prescinda de afirmar a sua condição concomitante de Professor, uma parte significativa da Classe Docente não costuma percepcionar os Directores como efectivos pares, nem comover-se com o seu alegado espírito de missão, nem reconhecer pretensos constrangimentos existentes no exercício de tal cargo…
Obviamente que os Directores não serão todos iguais, muitos deles contribuirão, certamente, para a existência de um bom ambiente de trabalho, agindo em função de uma liderança apaziguadora e com espírito democrático, assentes na confiança recíproca, na negociação e no comprometimento mútuo…
Mas, e apesar do anterior, em termos gerais, a relutância demuitos Professores em confiar nos Directores parece insanável e isso dever-se-á, sobretudo, ao facto de se considerar que grande parte das escolas é gerida de acordo com uma incondicional subserviência ao Ministério da Educação e aos seus desígnios…
E passados dezasseis anos desde a publicação do Decreto–Lei Nº 75/2008 de 22 de Abril não pode deixar de se reconhecer a existência de um fosso assinalável entre os dirigentes escolares e a Classe Docente, muitas vezes referido e assumido pelos próprios Professores, em diversas circunstâncias…
O Conselho das Escolas é um órgão consultivo do Ministério da Educação, composto por Directores…
No passado dia 5 de Dezembro, conheceu-se a Recomendação N.º 01/2024 do Conselho das Escolas, datada de 3 de Dezembro de 2024, nomeadamente o que preconiza esse órgão consultivo do Ministério da Educação relativamente ao Regime de Autonomia, Administração e Gestão e ao Estatuto do Diretor…
Após essa publicação, não tardaram as reacções de muitos Professores, quase todas no sentido de desaprovar e de censurar as intenções expressas na referida Recomendação…
E, mais uma vez, vieram à tona várias visões opostas e aparentemente inconciliáveis…
E, mais uma vez, parece ter-se aberto uma nova ferida, a juntara outras que, há muito tempo, teimam em não sarar,iminentemente incicatrizáveis…
E, mais uma vez, desavieram-se os Directores e os Professores, aparentemente sem hipótese de conciliação…
E, no fim, ninguém ganha… Perdem todos…
Perdem todos porque nenhum obterá o que realmente pretendia…
Perdem todos porque é o que geralmente acontece quando, num sistema como uma escola, os organismos que se encontram eminevitável e indispensável interdependência, entram em rupturaou em conflito, latente ou manifesto, ao ponto de colocarem em causa a sobrevivência recíproca…
Metaforicamente, a Recomendação recentemente emitida pelo Conselho das Escolas parece ser o exemplo paradigmático de algo cuja principal consequência acaba por ser a introdução demais entropia num sistema, já de si fragilizado e que, cada vez mais, se vê obrigado a lutar pela própria sobrevivência…
Lamenta-se essa entropia, tão insensata e prejudicial para a sobrevivência do próprio sistema…
E o fosso vai sendo alargado, tornando-se cada vez mais intransponível e irremovível…
Sarcasticamente: Boa sorte, sistema!
Paula Dias
36 comentários
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O cargo de Professor torna-se insuportável
O impune dire_tor e sua corte alpendrada em autarcas conselhios
A ava _li ação retorcida e discricionária
As manifestações “espontâneas” de lambecuzinho
A carneirada ao redor do pastor e cães solidários
A mim roubaram-me na avaliação. Mudei de escola e, quando mudei, tiraram-me o excelente a que tinha direito, porque não fiquei lá.
Não é só o diretor que tem culpa. As SAD têm muita cukpa no cartório.
Bando de energúmenos!
*culpa
É demasiada responsabilidade para uma só pessoa e talvez poucas pessoas tenham carácter adequado para, nessas circunstâncias, exercer o cargo de forma democrática, razoável e abrangente. Erro humano que emana das ideias peregrinas dos criminosos Sócrates e MLR (mais boçais Jorge Pedreira e Valter Lemos). Chamo, no entanto, a atenção para o facto de que a eleição universal de um Conselho Executivo/Diretivo não é, nem nunca foi, garantia de uma boa gestão ou sequer de se substituir o tirano na altura de novas eleições.
A democracia sem democracia existe
Ou há democracia ou vamos brincar com o chega chega
Ó Mainada, vamos fazer uma petição para que esses patifes todos (,MLR e seus comparsas), possam ser levados a julgamento e serem condenados pelos crimes que cometeram.
Essa gente deveria ter sido presa e julgada a sério!!
Sairam com tudo o que tinham direito … exceto a prisão!
MLR ainda foi condenada num processo em que entregou 1 milhão de euros para um estudo da treta que nunca foi feito, pelo irmão de Paulo Pedroso. Mas nada sofreu.
E ainda se arroga, como presidente do ISCTE, de não aplicar lá a avaliação, por considerar que não é adequada.
Os outros comparsas vivem à grande do sistema.
E nós a pagar!
Prisão com essa gentalha!!
O triste na Educação em Portugal é nunca se fazer uma análise série e independente ás experiencias pedagógicas e de administração escolar.
Se isso fosse feito, se fossemos um país sério muitas coisas que andam para aí já tinham acabado há muito tempo.
Diretores incluídos
Muito bem dito!
No início dos anos 90 não havia tanta…e tudo funcionava relativamente bem . A maior parte dos alunos aprendia e os profissionais da educação ainda tinham uma vida digna desse nome.
Completamente de acordo. Comecei a trabalhar em 83 numa grande periferia multicultural, difícil pelos problemas sociais que colocava à escola. Ganhava pouco, mas sentia me respeitado pelos pais dos alunos e amado pelos alunos. E muito acarinhado e apoiado pelos colegas mais experientes que me diziam como devia resolver alguns problemas disciplinares , pois tinha saído nesse ano da faculdade.
Nunca me senti discriminado por ser jovem. Davam me boleia porque não tinha carro. E
Almoçamos juntos e apoiavamo nos mutuamente.
O presidente do conselho executivo era um bocado torto. Mas no ano seguinte já não estava lá.
É assim que funciona a democracia. Quando o presidente e a equipa não servem e se desentendem com/ a comunidade vai à sua vida. Volta a ser prof naquela escola ou noutra.
Não se eterniza no poder, com a sua corte, contra a vontade do povo dos professores , como agora estes diretores do modelo vigente querem.
São ignorantes. Deviam ler as crônicas de Fernão Lopes e ver como na idade média já existia democracia.
Ou revejam, nas comemorações do aniversário
dos 100 anos de Soares, a vida deste homem tão lutador e democrata que nunca permitiu que a ditadura se instalasse em Portugal .
Por último: não sei o que o ministro vai fazer com este modelo de gestão mas já deve ter percebido pelo que lê que o povo dos professores não querem ser governados por diretores. Querem eleições diretas e democracia na escola.
Temos que fazer manifestações e concentrações contra este modelo.
É a nossa PX luta.
Encontremos uma praça Maiden.
Não sei do que os sindicatos estão a espera para desencadear esta luta
Não queremos tiranos e tiranas nas escolas.
Fora com os tiranos.💪
Vão governar a casa deles. Deixem as escolas, já!
Papa Francisco: vamos fazer uma petição para que esses patifes todos (,MLR e seus comparsas), possam ser levados a julgamento e serem condenados pelos crimes que cometeram.
Quando quiserem. Já. Esses sórdidos arrivistas vieram dar cabo da escola portuguesa e da vida profissional dos professores.
Nunca mais se endireitou. E nós endireitámos.
E a machadada final foi dada pelo Crato que aumentou o número de alunos por turma dispensando 15 mil professores mandando os emigrar .
Todos esses devem ser levados aos tribunais portugueses e depois ao tribunal europeu dos direitos humanos.
Deviam era ser levados ao Tribunal de Gaia como os criminosos nazis e como o sionista Netanyahu.
Deram cabo das escolas públicas portuguesas de qualidade e da vida do povo dos professores.
https://escolapublicablog5.com/2024/12/08/putins-da-escola-publica/
Ai Dr. Agostinho, Dr. Agostinho! Então V. Exa., que não perde nenhuma oportunidade para maldizer o Blog do Dr. Arlindo noutras paragens, comumente aliado ao seu comparsa “Padre Marx”, vem agora aqui para se auto – publicitar?
Ai essa falta de coerência, Dr. Agostinho. O Povo diz e com razão: “No melhor pano cai a nódoa”. Ai cai, cai. Ou talvez o Blog do Dr. Arlindo não seja assim tão mau.
Óh horse, o homem está a divulgar idria no espaço proprio. Qual é a tua?
Fecha ou apaga os comentários, como já tens feito!
https://www.youtube.com/watch?v=WV94N4XhAwE
https://www.youtube.com/watch?v=obRvgYfECXY
Os professores até têm medo de exercer a sua autonomia pedagógica consagrada em documentos legais e têm medo de se manifestar contra o modelo de gestão!
Há a visão de um diretor como um capataz. Foi isso que a MLurdes deixou e ninca foi condenada. Essa grande ditadora do PS!
O regime preconizado pelo Chega já está nas escolas graças a ela!
O meu diretor está fascinado com um colega contratado a quem deu o melhor horário do agrupamento.
Já lhe disse que se ele efetivar na escola no próximo ano terá sempre as melhores turmas e o melhor horário.
Fecha os olhos às humilhações que ele faz de quem já lá está há anos e ajudou a construir a escola.
Acham que isto é sério? Que raio de diretor é este?
O que é isto?!?!
Obviamente não tem consideração por vocês que já lá estão há mais tempo.
E cheira muito a favorzinho pessoal.
Um nojo!
Um diretor foi para a cama com a mulher e … mais não se diz porque é do foro íntimo.
Os diretores! Foi o início do fim da escola pública!!
Os diretores são o que sobrou do projeto do ex. presidiário ainda a contas com a justiça e do seu braço direito MLR que foi condenada em primeiro julgamento e inocentado no recurso por uma juíza que por sinal pertence ao PS… Dizia os Diretores são a sobra daquele projeto de aniquilação dos professores e da escola publica… Reproduziram nas escolas o modelo socialista do clientelismo, compadrio amiguismo, faz de conta e para dobrar os professores criaram um modelo de avaliação em conformidade dominado pelos diretores que premeia a subserviência e a mediocridade. Penalizam os professores que ainda querem uma escola de qualidade e, por isso, não lambem botas nem se juntam à carneirada. Pensei que o atual governo iria voltar a dar à escola publica a dignidade que esta merece mas pelo que vejo estou enganado, já passou muito tempo e tudo continua na mesma, nenhuma mudança à vista, o facilitismo e faz de conta continuam a ser o cerna da escola publica e a qualidade deixou de ser um critério face à primazia da subserviência aos diretores e suas equipas, caciques de apoio… Os sindicatos pouco fazem, parece que ficaram satisfeitos com a contagem de tempo… Fecham os olhos ao resto. As escolas publicas neste momento são lugares de grande conflitualidade que prejudica o trabalho colaborativo e se esgrimem subserviências cegas para se obter avaliações de mérito. O sucesso dos alunos, embora esteja a cair de ano para ano e tal se confirme nas provas internacionais, é sempre de 100% ou ,muito próximo…Não há exigência, Há subserviência e estratégia…. As escolas e os professores deviam ser avaliados coletivamente e não individualmente… Dou um exemplo da péssima pedagogia que acontece nas escolas, se um aluno do 8º ano não sabe ler, um professor lê-lhe as provas e ajuda na interpretação do Português… Isto, ano após ano… O normal seria ensina-lo a ler através de estratégias proativas do trabalho do aluno…Mas não…O que se quer é sucesso imediato para as estatísticas…
Nas escolas preocupam-se mais em avaliar professores do que em avaliar alunos.
Os resultados estão à vista.
Professores em burnout e alunos que não sabem nada.
O futuro é risonho.
Concordo plenamente, a minha escola é assim.
Este conselho de escolas deu um tiro de canhão nos pés. Desmascarou se totalmente. Não tiveram vergonha nenhuma em revelar as atrocidades que pretendem fazer aos professores.
Se eu tiver na minha escola algum daqueles diretores que assinou aquela pretensão, vou dizer lhe na cara na 1a oportunidade se não tem vergonha de ser déspota. Andavam encapotados. Assim que espreitaram uma oportunidade de se mostrar, aí estão eles no seu pior .
Mas os outros diretores não dizem nada.
Tenho a certeza de que alguns/ algumas que são bem formados e não têm medo de eleições diretas porque as pessoas gostam deles e delas vão demarcar se desta posição e dizer alguma coisa nos opxs dias…
E os sindicatos não dizem nada sobre a posição deste vergonhoso conselho ? As associações de professores?
Afinal sabe quem faz parte do conselho de escolas?
Alguém sabe dizer a sua constituição?
No site não encontro.
Para além do Castelo- branco, que sabe tanto de Educação como eu de engenharia eletrotécnica….
Gente que não sabe nada de nada. Políticos medíocres que não arranjam tacho de outra forma.
Veja-se o que aconteceu dois dias antes do fecho das escolas na pandemia.
O Conselho de Escolas era favorável a que tudo deveria permanecer aberto.
Dois dias depois as escolas estavam a fechar, pela primeira vez, porque a situação ia de mal a pior.
Esta gentalha não serve para nada. São uns labe-cus dos políticos das freguesias, câmaras e partidos.
https://www.publico.pt/2024/12/09/sociedade/noticia/estudo-metade-professores-sentemse-tristes-malestar-psicologico-2114867
Por que será?
Os diretores que coloquem a mão na consciência e vejam se não são eles os grandes causadores desta tristeza dos professores.
Pelo mau clima de escola que criam.
Pela não implicação das decisões que são cozinhadas no CP com os coordenadores escolhidos a dedo por serem acríticos. O senhor manda!
Pela ausência de trabalho colaborativo nos grupos e nos departamentos. Pela competição entre pares.
Como o artigo bem acentua os professores sentem se sozinhos. Isolados.
A solidão e o faz de conta nas relações imperam nas escolas.
As escolas tornaram se em desertos. Em farsas. Por causa do modelo de gestão e de avaliação de docentes.
As comunidades com laços de pertença que existiam antes de 2004 desapareceram.
É preciso repetir à saciedade?.
O diagnóstico está feito.
O que espera o ministro para encontrar soluções para o diagnóstico?
Por que teimam em tornar os professores infelizes e em dar cabo das escolas?
Deixem as escolas escolher o seu modelo de organização e gestão. Abra essa porta, senhor ministro!
Mudem o modelo de avaliação de professores. Integrem a avaliação dos professores na avaliação da escola. Tornem o modelo cooperativo, colaborativo. A escola só tem a ganhar com isso.
Todos ganham com isso. Não precisamos de andar a fazer caça às bruxas. Que foi no que o modelo se tornou.
Mas será que é assim tão difícil voltar a ter escolas pacificadas e pessoas a trabalhar com gosto?
Leiam os books da moderna gestão. Vem lá tudo, Sr. Ministro.
E já agora novamente sobre esta vergonhosa pretensão do conselho de escolas, um conselho: Vão estudar mais e não tomem decisões sem fundamentação teórica.
As vossas propostas já não se usam.
Ó Papa Francisco, daqui fala o teu irmão Papa Pio V.
Então tu queres tudo à “lá regardere”? Assim uma coisa na maior anarquia, todos a mandar em todos e ninguém a guiar o rebanho?
Ó Franxisco, Tu andas possuído pelo demónio, irmão!
Se sabes tão pouco não devias ter ido para Papa. Ficavas como ovelha.
Já percebi que precisas de pastores. Não sabes o que é uma equipa e trabalho colaborativo?
Já pensaram em fazer greve por causa dos diretores vossos colegas??
Podemos contar pelos dedos os diretores que compreendem o que é lecionar e qual a sua importância. Só quando o souberem darão valor à Escola e, aí sim, irão promoverão as condições para os professores desenvolverem um trabalho honesto e rigoroso que dê ferramentas aos alunos para contribuírem para um Pais realmente evoluido! Entretanto, a maioria dos diretores têm uma visão distorcida da realidade (ou querem ter), sendo coadjuvados por meia dúzia de lacaios ignorantes, deambulando (todos) numa bolha de ficção.
Infelizmente há Directores e também há DITADORES !
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