… a partir do minuto 52 começou a debitar aquilo que pode ser o Programa do PS.
Remeteu a recuperação do Tempo de Serviço dos Professores para uma futura reabertura negocial, tendo em conta a disponibilidade financeira do país.
Ou seja, NADA.
Fev 02 2024
… a partir do minuto 52 começou a debitar aquilo que pode ser o Programa do PS.
Remeteu a recuperação do Tempo de Serviço dos Professores para uma futura reabertura negocial, tendo em conta a disponibilidade financeira do país.
Ou seja, NADA.
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Fev 02 2024
Deixo aqui a Nota Informativa 2 do IGeFE sobre o processamento de remunerações em 2024.
Só por curiosidade esta nota informativa está datada de 14 de janeiro de 2024 (DOMINGO),
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Fev 02 2024
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Fev 02 2024
Estão disponíveis para consulta as listas definitivas de admissão/ordenação, colocação, não colocação e de exclusão do Concurso extraordinário de docentes do ensino artístico especializado das artes visuais e dos audiovisuais para o ano escolar 2023/2024.
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Fev 02 2024
Convidam-se todos os interessados a enviar sugestões de melhoria e salienta-se a importância da participação de todos nesta discussão e reflexão. Os contributos daí resultantes deverão ser enviados à DGE, até ao dia 16 de fevereiro de 2024, através do seguinte endereço eletrónico: dseeas.consulta.publica@dge.mec.pt
O documento pode ser consultado AQUI
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Fev 02 2024
Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Listas de Colocação Administrativa- 20.ª Reserva de Recrutamento 2023/2024.
Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 05 de fevereiro, até às 23:59 horas de terça-feira dia 06 de fevereiro de 2024 (hora de Portugal continental).
Consulte a nota informativa.
SIGRHE – Aceitação da colocação pelo candidato
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Fev 02 2024
Após uma leitura e análise dos resultados da prova de Aferição de História e Geografia de Portugal de
2023, o Conselho de Docentes da disciplina demonstrou uma real preocupação, dado que os resultados
apresentados denunciam um desempenho negativo e nada tem a ver com o desempenho da avaliação
interna (avaliação contínua). Por essa razão considerou-se importante fazer uma análise exaustiva e
pormenorizada. Dessa forma decidiu-se diagnosticar algumas causas que se passa a descrever:
– A falta de conhecimento do formato da prova, pois os alunos nunca tinham feito este tipo de prova, com
o tipo de questões colocadas e a forma como deveriam responder. O formato da prova pode ter
desorientado os alunos e influenciar de forma negativa o seu desempenho. De relembrar que os alunos
nunca tiveram acesso a nenhuma prova modelo (ou exercícios modelo) de História e Geografia de Portugal
como aconteceu à disciplina de Português.
– A dificuldades no uso da plataforma e a sucessivas faltas de conexão vieram afetar negativamente o desempenho dos alunos, revelando alguma ansiedade, acabando alguns por desistir de realizar o exercício em falta.
– A dificuldade de adaptação à prova, dado que raramente fazem testes em suporte digital e online, pois a escola não tem condições para tal.
– A dificuldade de aquisição do vocabulário específico da disciplina devido à ausência de pré-requisitos.
– O número de tempos letivos da disciplina no 5o ano (dois tempos) levou a uma abordagem dos conteúdos de forma superficial, acabando por nunca ser possível à sua consolidação, uma vez que o programa da disciplina do ano em causa é muito extenso.
Deixem lá de ouvir catedráticos e ouçam quem sabe…
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Fev 02 2024
Roubaram-me tudo, menos a minha vontade.
O movimento repetitivo dos dias deixou-nos suficientemente hipnotizados para, simplesmente, ficarmos cegos.
Absorvidos no trabalho diário, quando regressámos, encontrámos a nossa casa vazia.
As coisas iam desaparecendo.
Foram sendo levadas aos poucos e, sem nos darmos conta, ficámos sem nada.
Procurámos por toda a parte pelos nossos melhores anos. Onde estavam…?
Estavam no jardim… no jardim onde morreram os verdes anos confiscados pelos que esmagaram os sonhos, as ambições e os planos de futuro que um dia plantáramos.
A mesa deserta exibe nua e desolada todo o pão que nos tiraram.
Na sala, já não encontramos o sofá onde, um dia, nos iríamos sentar quando as pernas nos faltassem.
Apenas sobram, nas estantes, os livros que, no meio das suas páginas – não guardando dinheiro –, reservam a riqueza das palavras, do conhecimento e dos sentimentos de uma vida dedicada ao ensino e à cultura.
O olhar das pessoas, nossas queridas, que nos observam do outro lado das fotografias poeirentas que restam espalhadas pela casa, lembram-nos dos sacrifícios que, pelo país, pelos nossos alunos, pelos filhos dos outros e pelos outros, os fizemos passar.
Recordamo-nos de cada prato, cada cadeira, cada cortina, cada livro que para aqui trouxemos ou que construímos com a sementeira do nosso conhecimento e dedicação, conquistados com tanto suor.
Ao fim de todos estes anos, só agora reparámos que assaltaram a nossa casa e que pouco ou nada deixaram.
Durante tanto tempo em que trabalhávamos, iam roubando o pouco que ainda nos restava.
Arrancaram-nos anos de trabalho, anos de vida e o esperado fim de vida digno pelo qual descontámos e o qual achávamos merecer. Fomos tão tolos em acreditar e dar guarida a lobos com pele de cordeiro, a ladrões de vidas.
Esvaziaram a despensa, o mobiliário desapareceu, as lembranças foram apagadas, a vida resumiu-se a nada, transformaram-nos em utensílios sem alma nem dignidade, sem passado nem futuro.
Foram atirando pedras para o nosso caminho de regresso a casa para que desistíssemos de cá voltar e não dessemos conta de tudo o que levaram.
A nossa casa foi ficando sem telhado, sem portas, nem janelas onde nos pudéssemos abrigar nos dias frios do inverno que se avizinham. Mas dizem-nos que nada disso nos fará falta; que não é nada que, um dia, no frio inverno da vida, uma mantinha não possa substituir.
Essa gente que vive em casas com telhados que arranham um céu que nunca conhecemos; que desconhecem o papel com tantas histórias de vida escritas por tantas pessoas com que nos cruzámos, sendo-lhes apenas familiar o papel-moeda que veneram; que nunca pisaram o chão de angústias que trilhámos quando caminhámos ao lado de tantos a quem demos a mão; que nunca sentiram o aperto no peito de tantos a quem não foi possível ajudar, a todos que não pudemos acorrer, àqueles que não conseguimos salvar; que não sabem os bocados de nós que deixámos espalhados por tantos lugares e por tanta gente ao longo do nosso caminho e do que recebemos em troca que não nos encheu os bolsos, mas consolou um pouco a nossa alma.
Roubaram-nos anos de vida, assaltaram-nos o passado e hipotecaram o nosso futuro, para poderem ter o seu futuro dourado.
Esta é a nossa casa, um lugar quase vazio onde nos tiraram tudo o que ainda nos restava e a honorabilidade que ainda nos mantinha de pé.
Em todos os cantos desta casa abandonada, há gente prostrada. Olho para as rugas de desencanto e solidão lavradas nos seus rostos por rios de lágrimas que já secaram e só encontro angústia e deceção. Muitos já não conseguem andar, mas tentam, pois, muito ainda falta percorrer nessa estrada que prolongaram até ao infinito. Pelos traços nas suas faces, podemos ver que estiveram lá, num sítio onde todos temos estado e que só nós conhecemos. Para nós, este é só mais um dia no paraíso das casas sem telhado enterradas em céus desabitados.
E tudo isto aconteceu devido a um erro; o erro de confiança; o erro de termos acreditado em quem, unilateralmente, alterou as regras a meio do caminho.
Mas o erro de todos os que nos enganaram foi muito maior do que o nosso ao acreditarem que o nosso edifício era apenas tijolo, ferro e vidro; cometeram o lapso de nos subestimar; cometeram o imperdoável erro de julgarem que nós somos esse edifício quando, na verdade, o edifício, somos nós; nós e aquilo que nunca conseguirão roubar – a nossa força de vontade.
E tu, que não te contentas com o pouco que te deixaram e já te apercebeste que foste humilhado e despojado, ergue-te, foste convocado. Convocado para correr connosco atrás de tudo o que nos tiraram. Não és uma vítima que irá passar o resto dos seus dias a lamentar-se do seu destino. És um sobrevivente! Por isso, foste ressuscitado e alistado de entre os mortos e moribundos para lutares pela tua vida e por tudo o que dela ainda resta. Vais te bater pelo respeito que te devem, pela dignidade que te tiraram, pelo amor próprio que um dia levarás para o sono eterno com o sorriso intocável que te irá fazer orgulhoso pelo modo como gastastes os dias que te foram dados entre os mortais; o sorriso do dever cumprido na luta contra a podridão que te rodeia e que não mais te irá consumir a alma.
Podem ter esvaziado a tua casa, mas voltarás a encher a tua alma, resgatar tudo o que tiraram, preencher a casa da educação e restituir para ti o respeito e a dignidade que te pertencem e, então, voltarás a encontrar paz.
Carlos Santos
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