17 de Dezembro de 2023 archive

Calendário Escolar do Advento – Dia 17

Dia 17 – VÓMITO – “A aprovação em votação final e global forçará o Governo a apresentar a sua demissão.” 

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Realização de exames em formato digital está em risco

Com computadores avariados e já fora de garantia, escolas dizem não ter condições para aplicar exames. O custo do arranjo dos equipamentos terá de ser assumido pelas famílias, mas há quem não tenha recursos para o fazer.

Realização de exames em formato digital está em risco


No final deste ano letivo, os alunos de 9.º ano farão, pela primeira vez, os exames nacionais de Português e Matemática em formato digital. As provas, com ponderação na nota final das disciplinas, podem, contudo, não se realizar, a não ser que se avance para a aplicação em formato papel. É esta a convicção de vários diretores de escolas, contactados pelo DN. “É um enorme erro avançar já este ano com provas exclusivamente online, atendendo que as mesmas contam para a avaliação final do aluno e não é possível colocar os alunos em situação de igualdade”, conta Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, Póvoa de Varzim.

No referido agrupamento, diz o responsável, “devido à avaria de muitos equipamentos, não existem computadores em número suficiente para todos os alunos que vão ter de realizar as provas de aferição ou as provas finais”. Arlindo Ferreira esclarece ainda que os primeiros computadores entregues aos alunos tinham uma garantia de dois anos (terminou em 2022) e os equipamentos da Fase 2 ficaram sem garantia em abril de 2023. Com o elevado número de equipamentos a precisarem de reparações, o responsável acredita que se os exames fossem realizados neste momento, “não seria possível a não ser que os portáteis dos alunos fossem partilhados”.

Arlindo Ferreira garante que o número de estudantes sem computador não é residual, havendo “muitos alunos sem condições para realizar as provas”. O diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio pede ao Estado para que, “com urgência, estenda a garantia dos computadores de forma a que seja possível a sua reparação”. “Enquanto as escolas não tiverem condições para a realização das provas em formato digital, as provas devem continuar a ser feitas em formato papel”, conclui.

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Um conto de Natal – João André Costa

 

É Natal e independentemente de ser Natal as crianças a terem de comer todos os dias e já agora os pais também mas os preços não param de subir, qual Pai Natal num foguetão de renas, e portanto enumeremos os supermercados e demais restauração cujos actos beneméritos pretendem alimentar uma nação durante o período natalício.
Dia 22 de Dezembro, Sexta-feira e primeiro dia de férias escolares e por uma libra apenas cada um dos meus filhos tem direito a uma sandes, um sumo e uma peça de fruta. Basta dirigir-me a qualquer café da cadeia de Supermercados Asda e já agora trazer o avô e a avó e por mais uma libra cada um o respectivo croissant e prato de sopa.
Ao jantar – partamos do princípio das duas refeições por dia – vamos todos ao Morrisons, outra cadeia de supermercados onde cada adulto paga 4.5 libras para cada criança ter direito a uma refeição gratuita.
Sábado, dia 23, a caminho do Fridays (parece um contra-senso mas não é) cujos restaurantes oferecem uma refeição gratuita a cada criança conquanto cada adulto pague por inteiro. Basta ter dinheiro.
À noite vamos ao Sainsbury’s, mais um supermercado onde por cada 5.2 libras gastas por adulto cada criança janta por uma libra apenas.
Domingo, véspera de Natal e por ser véspera de Natal vamos almoçar ao Gordon Ramsay, sim, isso mesmo, sopa dos pobres mas com estilo onde crianças até aos 8 anos não pagam para ao jantar, ergo apenas até às 7 da tarde e num Sizzling Pub, cada criança pagar uma libra por cada adulto pagante.
Dia de Natal e o pequeno almoço de campeões no Beefeater e a gratuitidade para cada 2 crianças acompanhadas por um adulto.
E por ser segunda-feira, somente e apenas à segunda-feira, o Hungry Horse oferece refeições por uma libra às crianças com o respetivo adulto a consumir.
Boxing Day, dia de troca de prendas no Reino Unido e o almoço no Pausa Cafe bastando a cada adulto despender 4 libras para uma criança ter direito a um mini prato, dois “yummy snacks” – comummente designados por pacotes de batatas fritas – e uma bebida.
O jantar é no Preto, restaurante brasileiro, e as crianças até 10 anos sem pagar.
Quarta-feira, dia 27, e como na Bella Italia as crianças pagam uma libra de segunda a quinta-feira, aqui vamos nós mas descansem pois o jantar vai ser mais comedido no Ikea à base de esparguete com molho de tomate por menos de uma libra para cada criança e ainda direito a um sumo.
E caso nos apeteça passar a noite num hotel, o Premier Inn oferece pequenos almoços por 9,99 libras e os dois petizes a comer de borla. Já no Travelodge a mesma promoção custa 8.99 libras e já marquei a estadia para quatro: vale a pena.
Dia 28 vamos almoçar a um horto, o Dobbies, e as crianças não pagam para ao fim do dia resgatar os avós atafulhados em croissants e sopa no Asda desde Sexta-feira e repetir tudo outra vez: dia 8 de Janeiro as crianças voltam à escola e não sei se é o liberalismo mas sei e é mesmo o liberalismo e neste país até para se ser pobre é preciso ser rico.

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Quem acredita em unicórnios?

À vista de todos, o desempenho do Ministro da Educação, durante quase dois anos, terá sido sensivelmente assim:

– A acção do Ministro da Educação foi frequentemente pontuada por uma certa desfaçatez, traduzida, muitas vezes, pela pretensão de impor as suas próprias “verdades”, tentando substituir a realidade por determinados “factos alternativos”

– A acção do Ministro João Costa contribuiu, de forma determinante, para a descredibilização da Escola Pública, tais foram os devaneios e as fantasias, frequentemente confundidos com inovação educacional…

– A acção do Ministro da Educação mostrou a sua indisponibilidade para melhorar as condições de trabalho dos Professores, parecendo antes enveredar pelas “soluções” mais tortuosas, desleais e perversas…

– A acção do Ministro da Educação relevou-se, enfim, como um retumbante fiasco…

– Ao longo de quase dois anos, o Ministro da Educação não manifestou qualquer intenção de ceder perante as principais reivindicações da Classe Docente, nomeadamente a recuperação integral do tempo de serviço dos Professores, conforme demonstraram os simulacros de negociações com os Sindicatos de Educação, que se arrastaram por vários meses…

Em termos públicos, o argumento irredutível do Ministro da Educação para impossibilitar a recuperação integral do tempo de serviço dos Professores, foi sempre a inexistência de cabimento orçamental…

Estranhamente, o mesmo Ministro da Educação apareceu há poucos dias com um discurso muito bem encenado, muito delicodoce, admitindo, agora, a existência de margem para a recuperação total do tempo de serviço dos Professores:

– “Em entrevista à Renascença, em vésperas de eleições, João Costa – que é apoiante declarado de Pedro Nuno Santos à liderança do PS – espera que, com uma gestão “liderada por Pedro Nuno Santos enquanto primeiro-ministro”, seja possível “dar resposta” à reivindicação dos docentes, que é “justa e legítima“. (Entrevista à Rádio Renascença, em 5 de Dezembro de 2023)…

Estaremos, assim, perante um discurso completamente oposto, incoerente e dissonante daquilo que foi a prática governativa de João Costa, depreendendo-se que seja umaderradeira tentativa de angariar votos para o Partido Socialista junto da Classe Docente…

Estaremos, assim, perante um discurso que não poderá deixar de ser considerado como uma forma impostora de propaganda, feito à medida da mais elementar demagogia e da mais evidente hipocrisia…

Será este o discurso de um “lobo mascarado de cordeiro”?

Será este o discurso de quem verá os Professores como profissionais facilmente ludibriáveis e manipuláveis?

Tantas palavras bondosas, empáticas, comoventes e enternecedoras dirigidas aos Professores causam muita estranheza…

Tanta estranheza, que mais parecem uma armadilha ao serviço da propaganda…

Os Professores que sentiram na pele a acção governativa de João Costa estarão dispostos a conceder-lhe algum tipo de indulto e a confiarem nas suas suspeitosas palavras?

Em 13 de Dezembro passado, o Polígrafo perguntou:

– “Ministro da Educação defende agora a recuperação do tempo de serviço dos professores depois de braço-de-ferro de 2 anos?

– “O que está em causa? Foi no dia 5 de dezembro que João Costa admitiu em entrevista à rádio Renascença haver abertura para recuperação total do tempo de serviço e que isso o deixaria “muito contente e mais contentes ainda ficarão os professores”. A “abertura” de agora não deixou de surpreender. visto que o ministro esteve em braço-de-ferro com a classe docente nos últimos dois anos. Esta posição é contrária ao que defendia no passado?

E o Polígrafo respondeu: “Verdadeiro.”

Quantos Professores acreditarão nas palavras de João Costa proferidas no dia 5 de Dezembro passado, deixando-se cair no ardil: “Os unicórnios são nossos amigos”?

Quem acredita em unicórnios?

Paula Dias

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