Dia 17 – VÓMITO – “A aprovação em votação final e global forçará o Governo a apresentar a sua demissão.”
Dez 17 2023
Calendário Escolar do Advento – Dia 17
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5 comentários
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Ser professor não vale a pena.
Trabalho desmesurado sem fim. Ao ponto de por em causa a saúde, a família, … tudo o que realmente é importante.
O salário é uma porcaria para as habilitações e as horas infindáveis de trabalho que se têm.
É uma inutilidade ser professor.
Acordem, jovens. Façam alguma coisa realmente útil para vocês.
Ser professor não é necessariamente uma coisa má. Torna-se penoso quando temos um governo que acha que a escola não serve para ensinar/aprender, mas sim para resolver “desigualdades”, fazer projetos e projetinhos e praticar a religião da inclusão. Quando se perde o foco da verdadeira finalidade da escola pública (pôr os alunos a trabalhar a ensiná-los a usar a cabeça), corremos o risco de transformar a escola em algo que ela não é, algo em que os professores são um corpo estranho e que não serve os interesses dos alunos (e do futuro do país). As mentalidades de esquerda andam há anos a corroer o bem-estar dos professores: a cultura de vitimização dos alunos, o facilitismo como paliativo para as “desigualdades”, a enorme carga burocrática (que apenas serve para subjugar os professores ao facilitismo), a desvalorização do mérito e do esforço (que a esquerda acha elitista), etc. No dia em que a escola voltar a ser um lugar de trabalho (para professores e alunos), será certamente um alívio para qualquer um de nós!
A Escola Pública não serve para resolver “desigualdades”, mas tem de ser mote para que o elevador social funcione.
O modo como alguns advogam que a Escola Pública deve ser é que coloca isso em causa, em particular os governos que temos tido.
Compreendo o que o colega que escreveu inicialmente disse. Aliás, não disse mais do que a realidade.
Mas também devo dizer que, pela experiência que tive em várias escolas por onde passei, boa parte da responsabilidade é dos professores, que são os primeiros a boicotar o trabalho dos outros, a dizer mal uns dos outros ou a passar rasteiras reles e ordinárias a outros colegas.
Também conheço vários que tratam os alunos como lixo, e que passam as aulas a falar com os vizinhos do lado, em vez de dar a aula propriamente dita.
Isto e muito mais passa-se nas escolas, e não apenas nas públicas.
Com professores assim, mal estão os verdadeiros professores que pensam nos alunos e na Escola acima de si proprios, prejudicando-se. E, já agora, não vejo estes a serem valorizados. pelo contrário, são dos primeiros a ficar em último em tudo e ainda a serem achicalhados pelos outros.
As avaliações apenas aumentaram esta realidade, que já existia mas era bastante menor.
Daí achar que o colega que escreveu ao início não deixa de ter razão.
O que os colegas dizem é bem verdade.
Mas de realçar que não se passa nas escolas públicas ou privadas. Passa-se nas escolas onde os colegas não sabem ser nem estar.
Por outro lado, o sistema que temos e foi incrementado por uma tal de Maria de Lurdes Rodrigues, que rebentou com a Escola Pública e com a carreira e autoridade dos professores, é propício a isto.
Agradeçam a esta “senhora” e aos que se seguiram, sendo que os seus “herdeiros” estão lá agora e fazem o mesmo.
Os governantes apenas governam para o espetáculo e para ganharem votos.
Este degradação da educação é assustadora. Wuem está por trás? Não sabemos se são os teóricos da pseudo inclusão, se os neoliberais ferrenhos, pois a estes também interessa ter consumidores imediatistas não pensantes. A escola tem-se transformado em assistencialismo e desvalorização do saber: interessa ter gente pouco expedita dependente e distraída, sempre mais manipulável.
Actualmente o mundo ocidental dá prémios aos políticos que seguem estes objetivos de destruição da escola. É só ver para onde vão políticos que perderam a vergonha toda e que servem de nós: cargos internacionais!
A escola foi transformada em “sopa dos pobres”, em casa de banho arco-iris e em grelhado de professor indigente e subestimado. A escola deixou de ter a função de escolarizar e de ensinar. É um depósito e um antro de atividades sem nexo e sem sentido para mero entretenimento de gente que se quer sem massa crítica. Em torno dela pululam negociatas e interesses locais, Digital à força por ser tudo mais imediato, menos pensado, menos analisado e mais redutor do desenvolvimento do pensamento. Editoras a ajudar à festa, bem como teóricos que nada sabem fazer senão infernizar a vida aos professores e viver à custa das teorias que vendem: os pais e mães da burocracia digital que mata!
A escola é também hoje um mini mercado de vaidades vãs de gentinha prepotente sempre pronta ajudar a implementar estas “reformas” prejudiciais.
O que resta aos professores? Fugir ou alinhar alienadamente nestas intenções sem escrúpulos. A alienação tem sido o escape de muitos. A fuga também tem sido a opção de muitos.
Já não se consegue encontrar sentido neste país onde a corrupção se instituiu. A soberania perdeu-se e o acto de ensinar já não existe, por isso ou se foge ou se é zombie.
Noutras paragens, bem mais favoráveis à disciplina e ao conhecimento escolar, há crescimento económico: China e Índia, por exemplo. Não serão propriamente modelos de democracia, mas a verdade é que crescem e dominam o ocidente tão fofinho e facilitista que já perde para eles ao nível da ciência e da tecnologia. Estará o Ocidente a cavar a sua própria sepultura através da escola que criou? Para quê? Qual a intenção? Quem paga aos políticos ocidentais que dão a cara por esta deriva?