Não são apenas os professores que estão em falta na função pública e existem outros setores com falta de funcionários, nomeadamente na área da educação onde faltam em muito locais Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos.
Uma solução imediata para colmatar algumas lacunas seria aumentar o horário de trabalho para as 40 horas, com o aumento do vencimento correspondente (15%, mas com isenção de contribuições para o IRS, CGA (SS) e ADSE sobre este valor acrescido).
No caso dos Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos um aumento de 5 horas de trabalho semanal permitiria de imediato um aumento na qualidade dos serviços.
No caso do Pessoal Docente um aumento de 5 horas de trabalho semanal poderia corresponder a um aumento da carga letiva em 3 horas semanais e mais duas para trabalho individual ou de estabelecimento.
Mas tudo isto de forma voluntária para quem quisesse trabalhar mais para ter um vencimento maior.
67 comentários
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Mas os docentes não trabalham já 40 e tal horas e que se prolongam pelos fins de semana?!
40 horas por semana? 50 h é o normal!! Ainda aumentar mais? É para levar os professores à loucura?
No caso dos professores isso já acontece, muitas escolas estão a distribuir horas pelos professores do grupo, quando é possível.
Não concordo, apenas resolve problemas de gestão de recursos humanos, para quem gere é mais eficaz, contudo para o trabalho real ( atividade letiva) seria mais desgastante para os docentes e menos produtivo.
Invistam nas horas extra como em qualquer empresa.
As horas extra têm uma carga fiscal muito grande. Não compensam.
Concordo. O problema são as taxas e escalões do IRS. isso é que tem de mudar para as pessoas ganharem justamente e não verem o salário comido por impostos.
A melhor solução seria colocar todos os elementos das direções, incluindo os diretores, a trabalhar com toda a componente letiva e a exercerem os cargos à noite e ao fim de semana. Isso sim, iria diminuir em muito os horários pedidos.
Não venham com essas peregrinas ideias. A dar ideias æ Tutela. Como no tempo do Crato que aumentaram o número de alunos por turma e dispensaram montes de professores.
É isso que querem? É com essas ideias ajudar a minimizar a falta de professores.
Bons colegas são vocês. Fretes a tutela.
Precisamos é de tempo para preparar aulas, de ler , etc para que as nossas aulas sejam mais criativas e com mais qualidade.
Ou querem ser professores de encher chouriços?
Vendem se ao diabo por umas patacas.
Concordo. Quem fez esta proposta não é decerto professor.
Aumentar o número de horas de trabalho a um conjunto de trabalhadores desgastados, desmotivados, desprestigiados e mal recompensados financeiramente é apressar as baixas médicas e as saídas para a reforma antecipada.
Claro.
É óbvio, exceto para quem não quer ver.
Enfim…
Ganhem juízo! Os professores já trabalham muito mais do que aquilo que deviam. As horas extra nem são compensadoras. Além de que já conhecemos bem a consideração que este governo tem pelos professores. Acabaria a cobrar muito e dar pouco em troca.
Desde sempre que trabalho muito mais do que as 40 horas que certo asno que infecta este blogue aqui refere (num comentário ordinário, como é seu costume, acima).
Nunca recebi horas extraordinárias por nada.
Não me parece que isto resolvesse alguma coisa. Até porque as horas extra são mal pagas. Alguns poucos colegas que conheço que as têm preferiam não as ter.
Essas ideias só servem para gerar mais confusão, descaraterizar e desrregular. São favores aos neoliberalismos selvagens que nada respeitam, nada criam e apenas devoram o pouco que há, na ânsia do lucro desmedido!
Guardem essas ideias naquele sítio! É o lugar delas.
Ilustre Arlindo, desta vez discordo, se um professor não faz mais é porque não pode.
Isso sim deveriam aumentar o ordenado para que tenha melhores condições, por exemplo já mandei reduzir a velocidade de internet para pagar menos, ao invés de ficar acordado e trabalhar até mais tarde, por ridículo que pareça vou-me deitar mais cedo para poupar o computador, papel, impressora e eletricidade.
Infelizmente não trabalho mais porque não consigo nem tenho condições financeiras para tal.
Eu vou deixar de trabalhar tanto em casa.
O que gasto em eletricidade …
Se querem que trabalhe mais, paguem eles.
Quem escreveu esta sugestão tem a noção do quanto já trabalha a maioria dos professores com mais de seis turmas (sete, oito, nove, dez, onze…) para além de todas as tarefas e obrigações não letivas? Para não falar das deslocações e da formação? Vejo que cada ano que passa estamos mais sobrecarregados e é essa a razão fundamental que me tem levado a “sair à rua gritar”. Muitos estão doentes (o famoso burnout é reconhecido pela OMS como uma doença do trabalho), no limite das suas possibilidades, sem tempo para família, cuidado próprio ou lazer!!!
Afinal o diretor Arlindo com este texto demonstra ser um neo liberal que quer ficar bem no retrato da tutela .
Vá para o privado e monte uma escola e trabalhe 24 horas por dia se for necessário, deixe de ser dirigente numa escola pública onde nem uma turma leciona.
Muitos das direções chegam às 10 e saem as 4 e ainda vão tratar do pomar de cerejeiras e dar de beber ao gado.
A minha liberdade não tem preço nem se vende por tostões.
Não preciso de comprar cabras nem vacas para ter outro sustento. Sustento me com pouco mas com a dignidade de um profissional intelectual.
O diretor Arlindo e o Tavares Karamba partilham as mesmas ideias como se vê
nos comentários ao post..
São ambos diretores. Um no público. Outro no privado..Ou serão ambos a mesma pessoa com 2 personalidades diferentes para que haja contraditório no blog e os comentários chovam?
Caros colegas façamos um favor a esse narcisista(Tavares), vamos simplesmente ignorar a sua baixa autoestima! Tadito do sujeito que ….. , parece um disco de vinil riscado
Mais uma ideia de caca do Srº Dr da Mula Russa que quer meter os zecos escravos na escola enquanto ele sonha com o Montenegro que lhe dará o índice 370.
Se esta ideia é do Arlindo, lamento.
Converteu-se à comissário político a troco de 750€/mês e um vasto conjunto de mordomias.
Afinal é igual aos outros.
Por que não propõe 50% de componente letiva para os diretores?
Ou 75% mesmo! Dê aulas a 30 ao mesmo tempo para ver como é bom. E corrija pilhas de testes e trabalhos. E trabalhe durante a noite e aos fins de semana nos papéis da 2a secretaria que são as direções. Por que ali não há ideias. Só papéis. Administração. Administração.
Grande lata este post!
Não obrigado. Estamos fartos de ser desconsiderados, humilhados e roubados. Agora querem que sejamos escravos? Deem-nos mas é a aposentação, estamos fartos desta trampa de Educação.
Arlindo, proponho uma outra solução.
Que tal todas, mas mesmo todas as tarefas de um professor que se sabe não poderem ser feitas no horário normal de trabalho, serem pagas em horas extraordinárias.
Atendendo a que quase todos, ou mesmo todos, têm estas tarefas, parece-me que, isso sim, seria justo e permitia ao Estado e a este desgoverno perceber o que anda a poupar tratando os professores como escravos do sistema.
Uma outra sugestão para a falta de professores seria os diretores começarem a assumir turmas. Que tal 10 horas letivas?
Quando:
– TODO o tempo de serviço roubado for recuperado a todos;
– Acabarem os garrotes do 5.º e 7.º escalões, ou quaisuqer outros, que não existem em mais nenhuma profissão;
– as horas extraordinárias existirem de modo equiotativo para todos, e forem pagas a triplicar como acontece nos bons colégios privados (os grupos GPS e outros que tais, propriedade de pulhíticos e Tavares, marias e outros);
– os tempos pessoais e saúde dos professores forem respeitados, de modo a terem tempo para si e para as suas famílias;
– as formações obrigatórias forem pagas pelas entidades patronais (Estado neste caso) como o são em boa parte nos colégios privados;
quando tudo isto acontecer, pode-se pensar em amis alguma coisa.
Até lá, não brinquem com as pessoas. Já estamos fartos de gozo.
A luta dos professores não parará!
Esta proposta encerra uma lógica de ataque aos direitos dos trabalhadores. De obscurantismo mascarado de pragmatismo. Em vez de se propor que todos os trabalhadores tenham um horário de 35 ou menos horas – já que tal é manifestamente possível face ao desenvolvimento tecnológico e à brutal concentração de riqueza nas classes exploradoras- tenta-se defender o impensável: um retrocesso civilizacional nas vestes da sobrecarga horária de quem trabalha. Os trabalhadores precisam de mais e melhor salário, de mais tempo para o lazer e para a família. Os trabalhadores do sector público e privado precisam de aumento de salários, de serviços públicos condignos e da maior autonomia no local de trabalho. Quanto à tese de que não existe orçamento para tal fico-me pela lapidar questão: ” Quantos pobres são necessários para criar um rico?”
Nem mais.
Cuz, credo. Até me arrepiei com esta ideia.
Eu não sei qual o cenário de todas as escolas, mas daquelas que eu sei anda meia gente fortemente medicada, com tudo o que existe disponível, para se conseguir manter em pé.
Pelo que li nos comentários, preocupa-me a falta de respeito democrático pelas ideias. O Arlindo tem o direito constitucional de se expressar livremente… quem não concordar também. Agora, sem ofensas pessoais ou profissionais!
Eu não entendo estas posturas mesuinhas e ressabiadas.
Em todas as profissões há bons e maus profissionais e, por norma, não são os mais competentes que têm as melhores avaliações e depois há os frustrados que, por não quererem sair de junto do seu círculo de conforto, ou por não precisarem, deixam de fazer piscinas de carro, comboio ou, no meu caso de avião (no meu caso, durante 16 anos) para depois terem uma colocação ( no meu caso em Lisboa, onde muitos críticos não querem andar a desbravar terreno e pagar um ordenado pelo cortelho onde vivem) e depois vêm aqui criar discórdia e meter nojo.
A este senhor, tristemente crítico, que tão mal fala dos professores do público, eu convido-o a vir dar aulas para junto de mim e fazer um retiro docente no mundo real, com direito a alunos e pais que, só por sorte não lhe amaciam as ideias, à pancada.
Tenha dó, seu inergumero. Está uma essoa a trabalhar como louco, não 40h, mas muito mais, pois para mim, nem nos fins-de semana consigo terminar todo o trabalho que tenho, já agora sou do 1.° CEB e trabalho como um cão, enquanto você, no privado, provavelmente está bem melhor que nós e não sei o trabalho que faz em casa.
https://duilios.wordpress.com/2023/09/06/o-ministro-nao-esta-preocupado-com-a-falta-de-professores/
Claro que ele não está preocupado. A quantidade de medidas que ele pode implementar para tapar temporariamente com a peneira a falta de professores e degradar ainda mais a escola pública é vasta:
– aumento do nº de alunos/turma
– redução de crédito horário
– eliminar/reduzir ao máximo apoios/tutorias
– forçar a aceitação de trabalho extraordinário
– redução das cargas semanais das disciplinas com mais falta de professores
– usar recorrentemente estudantes universitários que irão fazer um part-time à escola pública, para amealhar uns cobrezitos até rumarem para melhores portos.
– permitir que professores do mesmo departamento lecionem diferentes grupos disciplinares (medida à la carte – é como callhar- , tal como no ensino público inglês, onde parece que ainda não chegou o maravilhoso cheque-ensino tão defendido pelos neo-liberais, permitindo a todos o acesso livre à creme da la creme das instituições de ensino)
– eliminação de art 79º
– receção de braços abertos de profs que aceitem ser mal pagos de qualquer outro país de língua portuguesa (também à semelhança do que acontece no reino unido na baratinha escola pública que por lá é oferecida)
Em suma, tudo o que promova a privatização do ensino, aka – encher os bolso dos do costume, monetizando serviços básicos como a educação (entre outros).
Quem apresenta esta proposta trabalha como professor? Se sim, o que faz? Poucochinho, certamente. Vejamos: componente letiva e não letiva, sendo que esta se prolonga pela tarde fora e noite dentro, sem isenção de fins de semana. Oferta de insultos e pancadaria à discrição, nem é preciso pedir nem encomendar basta estar lá, idade a vergar a coluna vertebral e a secar a mente, e vamos mmificar mais rapidamente? Se se é jovem e o andarilho ainda está na loja….jovem?! Onde param eles? Por aqui agora, ali amanhã, acoli se os houver ainda. Tenho uma colega com 65 anos, no quarto escalão ( certo que entroubmais tarde), que está a tratar da reforma diz que não aguenta mais. Não se resume a dinheiro, não percebeu isso?
Mais um tiro no pé?
Não é para concordar, é para quem quiser. Uma possibilidade para quem quiser.
Vai dando ideias dessas e vais ver a passares a 40h sem pagamento nenhum. Já basta as reuniões e formações que damos de graça ao MEC. Horas extras pagas como aos médicos já resolve o problema. Eu recebi por horas extra menos de 8€/h, fora reuniões acrescidas que ninguém paga. Este ano já recusei uma hora extra. Ganhava mais a varrer escadas.
Qual a diferença entre horas extra numa escola e aceitar completar horário noutra?
Qual é mais vantajoso, ou, talvez, menos vantajoso?
Desta vez não concordo com essa ideia, Arlindo.
Porque não o contrário? Por exemplo, reduzir o número de horas das disciplinas e reduzir o tempo o horário que os alunos passam na escola? Para terem tempo para outras atividades tais como prática de desporto, artes, clubes, etc.
A proposta de trabalhar mais horas para responder à falta de professores faz sentido, mas se for aplicada aos que defenderam que havia professores a mais, desvalorizaram a carreira e denegriram a imagem da classe. A proposta faz lembrar os tempos de intervenção da troica e o governo da altura. Não foi isso o que fizeram? . Quem propos, neste blogue o aumento das horas de trabalho, quando se fala cada vez mais na semana de trabalho de 4 dias, só o pode ter feito para provocar as dissertações que aqui surgem.