Porque são muitas as solicitações para saber onde existem horários em concurso e onde faltam professores, deixo aqui a listagem dos 1238 horários em concurso ao dia de hoje por grupo de recrutamento e Distrito.
Educação pré-escolar está no topo do pedido de horários, e porquê? Porque a maioria deles são inferiores a 25 horas e até hoje nunca foi possível concorrer a este grupo na contratação inicial para horários inferiores a 25 horas. Mais um tremendo erro de planeamento do Ministério da Educação, como tantos outros erros.
De seguida os grupos habituais, Português, Matemática e Geografia nos Distritos habituais: Lisboa, Setúbal e Faro.
“A Mostra Cinema Sem Conflitos, especialmente dirigida a alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário, está de regresso aos Açores!”
Além das já reconhecidas temáticas – ambiente; amor e sexualidade; bullying; dilemas sociais; doença mental; drogas; família; racismo; relações interpessoais; religião e cultura; violência – esta edição pretende ampliar a discussão a novos temas bastante atuais.
À exibição das curtas-metragens, com uma duração total de 45 minutos, seguir-se-á um debate com moderação do professor especialista Paulo Miguel Martins e a psicóloga escolar Cristina Vilaça, onde os alunos são convidados a interagir e a expressar as suas perspetivas, num diálogo enriquecedor e estimulante.
Não fosse o governo do Pinóquio Sócrates que em 2005 destruiu a carreira docente e que continua agora com o seu adjunto ao leme do país e esta diferença servia bem para dar resposta à crise atual.
Tendo cumprido em 13 de fevereiro de 2021 os 1460 dias de permanência no 4.º escalão, recebi em 1 de junho de 2021 mais 339 dias da recuperação faseada do tempo de serviço. Porque obtive a avaliação de Bom fui integrado nas listas de acesso ao 5.º escalão com efeitos ao dia 1 de janeiro de 2022, na qual obtive vaga de acesso.
Primeira questão: o tempo de serviço de 14 de fevereiro de 2021 a 31 de dezembro de 2021 é recuperado para novo escalão?
Segunda questão: o tempo de serviço do último faseamento (339 dias a 1 de junho de 2021) é recuperado para novo escalão?
Arlindo Ferreira
A resposta da DGAE também muito clara e por isso a decisão de seguir para tribunal é a mais certa.
Exmo. Senhor Diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio
Dr. Arlindo Ferreira
Relativamente ao supra questionado, informa-se que no caso dos docentes que optaram pela recuperação do tempo de serviço de forma faseada, como é o caso do docente Arlindo Fernando Pereira Ferreira, Nº de Utilizador – 5643774259, e que se encontrou a aguardar vaga, no caso, ao 5.º escalão, o mesmo é contabilizado para efeitos de graduação na lista de acesso ao referido escalão e esgota-se aí, não podendo ser contabilizado para efeitos de progressão, nomeadamente, ao escalão seguinte.
Assim, tendo V. Ex.ª optado pela recuperação do tempo de serviço de forma faseada (DL n.º 65/2019) e tendo integrado a lista de acesso ao 5.º escalão em 2022, na qual obteve vaga a 01/01/2022, é posicionado nessa data no 5.º escalão, com zero dias, tendo que cumprir os requisitos cumulativos do art.º 37.º do ECD, para progressão ao escalão seguinte.
A FENPROF lançou um simulador que me diz que deveria estar no sétimo escalão é que a diferença se remuneração a que teria direito é de 501,93€ mensais.
Faz as contas e confirma qual o valor que todos os meses é retirado do teu salário por não ter sido recuperado todo o tempo de serviço que cumpriste.
Os professores e trabalhadores das escolas iniciam esta segunda-feira uma semana de greve, convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), pela recuperação do tempo de serviço e contra o que dizem ser várias injustiças no setor.
Após os primeiros dias de arranque do ano letivo, cerca de 1,3 milhões de alunos começam esta segunda-feira a primeira semana de aulas, mas alguns poderão encontrar os portões da escola fechados devido à greve de professores e funcionários.
A paralisação, que se vai prolongar até sexta-feira, foi convocada pelo Stop e é a primeira greve com impacto nas atividades letivas do ano 2023/2024, durante o qual os profissionais prometem manter a contestação do ano passado até verem as suas reivindicações respondidas.
Não, o Luís queria ser professor. E o Luís admite e confessa: nunca quis nem alguma vez teve na ideia uma carreira no ensino.
Inocente e ingenuamente, o seu sonho era ser biólogo, o próximo Jacques Cousteau e então vocês dizem:
– Jacques o quem?
E num repente as reminiscências da influência francófona ainda presente nos idos de 80 e aquela criança à frente do écran a desbravar oceanos maravilhado com a incomensurabilidade da natureza.
Não era suposto estar aqui a dedicar uma vida, a vida, à escola, como se nada mais fosse importante e às vezes não é.
-Casei com um professor! – diz a cônjuge exasperada de mãos no ar, mãos na cabeça.
Era suposto dedicar a licenciatura ao estudo da etologia, ergo o comportamento animal.
Infelizmente, e diz o Luís infelizmente de propósito, o único comportamento animal foi o seu ao investir os dois anos do tronco comum da Licenciatura em Biologia a faltar às aulas, os apontamentos de bandeja oferecidos pelas madrinhas, as saídas à noite, a boémia ébria e soberba, o grito do Ipiranga pós exames nacionais e 6 anos de estudo intenso, agora sou livre, agora longe, agora eu egoísta em pleno.
Ou então a pura consciência de não querer voltar a casa todos os dias ao fim do dia quando voltar a casa rimava com o abuso emocional de uma madrasta cujas primeiras palavras ao entrar pela porta foram:
– Agora vou-vos ensinar o que é a vida.
Sim, a madrasta ou o clássico misógino dos contos infantis politicamente incorrectos. E de facto, é evidente e o Luís tem de lhe tirar o chapéu, ensinou quando findo os dois primeiros anos do tronco comum e outras tantas noitadas pouco mais tinha para além de uma média de 12 valores, muito aquém quando as candidaturas se fazem em função da nota adquirida e portanto nenhuma vaga disponível no ramo Animal, Marinhos também não, Científico idem idem e a Genética é só para os “crânios”.
Conclusão: a haver vagas só em Ensino, a última escolha, o parente pobre ou o sinal já então óbvio de uma enfermidade sem cura à vista quando ninguém quer ser professor.
O Luís não queria. Mas já ciente da vergonha de passar um ano em casa, vulgo chumbar e o Luís nunca chumbou mais o pontapé no orçamento familiar e a família não merece, o pai não merece e aqui vai o Luís para o ensino.
A mais bela profissão do mundo. Sem aspas.
“Changing pupils’ lives”, disse prontamente quando interpelado sobre um mote para a escola mais o trabalho do dia-a-dia.
Mas foi preciso ir lá para fora. Foi preciso fugir ao desemprego e à desesperança, à vida com a mala às costas, os contractos temporários, os anos transactos sem trabalho, as contas para pagar, as contas por pagar, o olhar de lado de quem se diz amigo ou de sangue quando ser professor é ser um coitado, a degradação da escola pública, os “rankings”, a transição automática de ano, a instabilidade, os professores como bodes expiatórios de sucessivos governos e os malditos sindicatos, as reformas ininterruptas ao sabor dos Ministros da Educação, mais uma volta, mais uma viagem e cá fora tudo diferente e sobejamente partilhado, o reconhecimento, as horas passadas na escola em nome de crianças cujo verbo é rejeição e à procura de serem rejeitadas uma e outra vez e não são porque o Luís não se vai embora e o Luís não vai para lado nenhum, o Luís é um professor e os professores não desistem: “we change pupils’ lives”.
Vinte anos depois não é a sequela de “Os três mosqueteiros”, é a realidade bem presente e o sucesso governativo de mais de quatro décadas a denegrir a educação pública e o sonho fundamental de Abril numa vida melhor para os filhos.
Agora e até 2030 serão precisos mais 30000 professores e quem o diz é o Ministério. Curiosamente, e ironia do destino, os mesmos 30000 professores de há vinte anos e na altura o desemprego, o Luís no desemprego e tantos amigos e colegas também, entretanto empregados, distantes e de carreiras assentes e sem intenção de regressar. Mas abertos a propostas e aqui este convite, Sr. Ministro, para nos sentarmos à mesa e conversar.