9 de Setembro de 2023 archive

Não É Só Lisboa Que Tem um Arrendamento Caro!

A zona do Porto já tem preços pouco convidativos para o ordenado de um professor.

 

Governo quer habitação com rendas acessíveis para professores

 

O ministro da Educação disse hoje, em Torres Vedras, que está a trabalhar em medidas para resolver a falta de professores, como habitação com rendas acessíveis para professores deslocados e estágios remunerados para alunos do mestrado de ensino.

“Vamos ter também um trabalho com a Caixa de Previdência, que também tem prédios disponíveis em Lisboa, e estamos a protocolar para os converter em arrendamento acessível para professores”, disse aos jornalistas João Costa, à margem da inauguração do Centro Escolar do Ramalhal, no concelho de Torres Vedras.

O governante adiantou que os ministérios da Educação e Habitação estão igualmente a trabalhar para “passar a disponibilizar cada vez mais oportunidades de alojamento a custos acessíveis”, admitindo que “os preços da habitação em Lisboa estão impossíveis seja para quem for”.

No ano letivo passado, a tutela lançou o primeiro concurso para atribuir apartamentos em Portimão e Lisboa, reconhecendo que “são ainda muito poucos” para as necessidades.

João Costa anunciou que o ministério vai “brevemente” colocar em consulta pública alterações ao modelo de formação de professores, fazendo regressar os estágios remunerados para os alunos do atual segundo ano do mestrado em ensino.

Estão também previstas outras “modalidades de formação mais intensiva” para professores licenciados sem formação pedagógica.

“Não faz sentido fazê-los voltar ao início de um percurso, ao início da licenciatura, portanto, vamos também a agilizar modalidades de formação para poder acelerar estes percursos formativos”, justificou.

Segundo o governante, a falta de professores “é um problema localizado”, a sul do país, onde, “nas últimas décadas, a formação de professores, que se manteve no norte do país, foi muito desmantelada”.

“Estamos a trabalhar com o Ministério da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior para dar capacidade às universidades para terem mais vagas nos mestrados em ensino, porque, ao contrário do que se tem dito, que é ninguém querer ser professor, nós estamos com uma procura muito grande dos mestrados em ensino e a as universidades com pouca capacidade de responderem à procura que têm”, explicou João Costa.

Em Lisboa, exemplificou, uma das universidades com mestrado em ensino abriu 15 vagas e teve 90 candidatos.

A curto prazo, exemplificou, a tutela tem vindo a reduzir o tempo de substituição de professores, a acelerar a contratação de escola quando tal não é possível, a alterar os escalões remuneratórios e a autorizar o preenchimento de lugares por professores recém-formados, que não concorreram nos últimos concursos ou não profissionalizados “em último caso”.

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O Grupo 210 Cada Vez Perde Mais Horários e É uma Grande Preocupação Para Estes Docentes

Deixo a preocupação dos docentes do grupo 210 – Português/Francês do 2.º ciclo que a cada ano que passa vão tendo cada vez mais dificuldade em conseguir colocação devido ao desaparecimento da disciplina de francês no 2.º ciclo.

 

“Os professores do grupo de recrutamento 210, do 2.º ciclo, têm vindo a perder vagas em todos os concursos de professores, ao longo de vários anos. Tendo em conta que a sua formação inicial previa a lecionação das disciplinas de Português e Francês, uma vez que esta última deixou de funcionar como opção para os alunos do 2.º ciclo, uma grande parte das direções das escolas opta por atribuir, maioritariamente, a disciplina de Português aos professores dos grupos 200 (Português e História e Geografia de Portugal), 220 (Português e Inglês) e, muitas vezes ao 300 (Português, 3.º ciclo). Por esta razão, muitos professores que fizeram formação para a lecionação de Português estão marginalizados, impossibilitados de lecionar no grupo para os quais forma formados, aumentando a lista de “Não colocados” no grupo a que pertencem, numa época em que se fala tanto da falta de professores, nomeadamente da disciplina de Português.
Por esta razão, estes professores sentem-se lesados e ludibriados, pois as suas expectativas na realização profissional para a qual fizeram o seu percurso académico foram goradas, pelo facto de as “regras do jogo” terem sido alteradas sem qualquer discussão, sem qualquer legislação que as sustente, sem qualquer consulta aos professores, nomeadamente os envolvidos nesta causa.
Assim, os professores do grupo 210 vêm solicitar que seja revista a sua situação no que diz respeito aos concursos de professores, sugerindo que, à semelhança do que foi estipulado no 3.º ciclo, sejam criados grupos disciplinares de uma disciplina apenas: Português, Inglês e História e Geografia de Portugal, e cada professor fará a sua opção de acordo com a sua formação/preferência, permitindo uma igualdade de oportunidades no concurso de todos os docentes com habilitação profissional para a lecionação da disciplina de Português.”

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Falta médicos e faltam professores, mas as medidas de combate do (des)governo são diferentes

 

Faltam médicos por todo o país. Nas negociações com o Ministério da Saúde é proposto um aumento de mais de 900€ de aumento para esses profissionais.

Faltam professores por todo o país. Nas negociações com o Ministério da Educação é proposto baixar o nível de habilitações para dar aulas.

A precaridade é solução para a educação.

A diferença entre a saúde e a educação é a distancia temporal das consequências a que o desinvestimento leva. Na saúde o desinvestimento pode levar a consequências imediatas para os doentes. Na educação as consequências demoram anos a sentir-se. Mas o desinvestimento na educação, é desinvetimento no futuro do país. A economia vai sentir ao longo de décadas este desinvestimento.

O desinvestimento na educação está estritamente ligado à economia.

A maioria dos intervenientes politicos está preocupado com o momento atual, mas o problema será muito mais à frente.

Não invistam num aumento das condições de trabalho e na carreira dos professores e no futuro não terão médicos para lhes oferecer aumento de 900€.

Não motivem os jovens com um vencimento que lhes permita ter uma vida digna e fazer face às despesas inerentes à profissão e continuarão a baixar o nível de habilitações até aos níveis do pós-25 de abril.

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Quase três mil docentes colocados, mas escolas têm ainda 1.300 horários vazios

Quase três mil docentes foram colocados esta sexta-feira, a maioria contratados, em resultado da segunda reserva de recrutamento, mas as escolas ainda têm cerca de 1.300 horários vazios, sobretudo em Lisboa, Setúbal e Algarve.

Quase três mil docentes colocados, mas escolas têm ainda 1.300 horários vazios

Depois de, na semana passada, terem sido colocados perto de três mil docentes, a segunda reserva de recrutamento permitiu às escolas preencher outras tantas vagas.

No total, foram colocados 2.924 professores. “Foram colocados 2.355 contratados e 589 professores do quadro”, explicou à Lusa o professor Arlindo Ferreira, especialista em estatísticas da educação.

Não foi, no entanto, suficiente para colmatar as necessidades dos estabelecimentos de ensino e, esta sexta-feira, havia ainda cerca de 1.300 horários em contratação de escola, o último recurso disponível para a contratação de professores.

Até às 19:40, os diretores já tinham publicado hoje cerca de 560 horários, muitos dos quais ficaram por preencher na segunda reserva de recrutamento, e, à semelhança da semana anterior, é nas zonas de Lisboa, Setúbal e Algarve que parecer ser mais difícil contratar.

De acordo com a análise feita por Arlindo Ferreira, foram pedidos hoje 220 horários para escolas em Lisboa, 103 em Setúbal e 59 em Faro.

Entre os horários colocados hoje a concurso, a maioria é para Português do 3.º ciclo e secundário (61) e pré-escolar (55), o que mostra que as dificuldades em encontrar professores para Informática são cada vez menores, explicou o diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, Póvoa de Varzim.

A propósito da segunda reserva de recrutamento, Arlindo Ferreira sublinhou ainda que, nesta fase, há 135 professores vinculados em quadros de zona pedagógica sem colocação, a maioria de Educação Física (29) e Biologia e Geologia (24) e do quadro de zona pedagógica 1, que abrange o litoral norte.

Por outro lado, a maioria dos professores de quadro que conseguiram um lugar, em resultado da reserva desta semana, foram colocados em horários temporários, uma situação que o diretor escolar diz ser pouco frequente, mas que poderá estar relacionada com o elevado número de professores que entraram nos quadros do Ministério da Educação este ano, através do novo mecanismo de vinculação dinâmica.

A falta de professores nas escolas, provocada em parte pelo envelhecimento da classe e pela pouca atratividade da profissão entre os mais jovens, levou o Governo a permitir às escolas que selecionassem docentes detentores de cursos reconhecidos como habilitação própria para a docência.

No entanto, para Arlindo Ferreira, o problema, que já se tornou habitual a cada arranque de ano letivo, é agora mais grave e os números registados a poucos dias do regresso às aulas são “muito elevados comparativamente a anos anteriores”.

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