22 de Setembro de 2023 archive

Período Probatório 2023/2024

 

Encontra-se publicada a Nota Informativa – Período Probatório 2023/2024.

Nota Informativa.

 

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Da Impiedade do ME

Sou professora de português, licenciada no curso de Português/Inglês (ensino de) pela Universidade do Minho em 2002 e com anos de experiência dentro da sala de aula. 

 
Devido a uma situação familiar e um erro de minha parte na consulta das listas de colocação a 1 de Setembro, não vi o meu nome e não me apercebi que tinha sido colocada na RR1 num agrupamento de escolas de Oeiras. Uma colega ligou-me no dia seguinte ao prazo de aceitação do horário na plataforma. Fiz imediatamente uma audição escrita nos prazos legais e enviei um pedido de levantamento da penalização por esta via. Falei com a DGAE por telefone dentro das 48 horas após ter terminado o prazo e pedi encarecidamente que me deixassem aceitar o horário  para que me pudesse apresentar na escola e começar a trabalhar. 
 
Todos os pedidos foram indeferidos. 
 
Dirigi-me pessoalmente ao ME pedindo que me deixassem trabalhar, já que não recusei o horário, apenas não o aceitei em tempo útil. Disseram que a minha penalização se estendia até 31 de Agosto de 2024 e que, como eu, estão centenas de docentes penalizados por erros cometidos na aceitação de horários. (Que grande feito por parte da tutela!!!!)
 
Ontem fui contactada por cinco escolas de Lisboa para aceitar horários completos de português. 
 
Hoje mais uma (o dia vai a meio).
 
Hoje dirigi-me a uma delas para me apresentar tal como me foi solicitado por telefone no dia de ontem. Escola essa onde vários meios de comunicação social já estiveram a fazer reportagens e que estão a  sofrer uma carência de professores gravíssima, tendo turmas sem professores até 4 disciplinas. 
 
Já na escola deparei-me com a impossibilidade de celebrar o contrato devido à penalização. A Diretora contactou a DGAE, expôs a situação e manifestou a sua elevada preocupação, tendo sido instruída para continuar a chamar outros candidatos. Eu estou na lista em 4º lugar, os candidatos posicionados acima de mim foram contactados e não aceitaram. Os que se seguem têm habilitações suficientes (cursos que ou não estão ligados ao ensino nem à disciplina de português ou não estão completos, respeitando apenas o critério de créditos suficientes). Incluindo este horário uma turma de 9ºo ano e implicando exame nacional, a direção vê com elevada preocupação a preparação dos seguintes candidatos para assumir o cargo, ainda mais quando tem perante si uma candidata qualificada e disponível. O ME, de forma intransigente, disse que as regras são para cumprir. 
 
Dá-se preferência a pessoas sem qualificações científicas ou pedagógicas para não levantar a penalização a centenas de docentes que estão impedidos de trabalhar por meras falhas  administrativas. 
 
No ano passado e depois de milhares de alunos estarem sem professores a uma ou mais disciplinas, o ministério decidiu levantar todas as penalizações, sem mais, em Abril (sendo a época de exames em Junho/Julho já podemos deduzir a pertinência e eficácia de tal medida). 
 
 Eu já recorri a todos os instrumentos ao meu alcance, já apelei a todas as entidades. As escolas que me contactam manifestam todas a mesma preocupação: a falta de preparação (tanto científica como pedagógica) dos candidatos para assumir os horários. 
 
Continuo desesperada a tentar contornar a situação e a não conseguir compreender como se dá prioridade a pessoas menos qualificadas para assumir turmas de uma disciplina como é o português, a levantar uma penalização meramente burocrática e que prejudica gravemente a escola pública. Isto é digno de ser exposto na comunicação social e talvez assim o ME possa ser mais claro na defesa desta abordagem ao grave problema que está a assolar todo o ensino público. 
 
Talvez vocês consigam uma explicação plausível do ministério.
 
P.S. eu continuo a candidatar-me e a ser impedida de celebrar contrato embora esteja a ser selecionada por todas as escolas a que me candidatei até agora. Serei selecionada quando não houver absolutamente mais ninguém para o lugar. Antes de mim, serão colocadas pessoas com carências científicas e pedagógicas. Manter penalizações é mais importante do que ter pessoal qualificado na formação de milhares de crianças e adolescentes. 
 
Sem mais assunto de momento, espero que possam lançar este apelo e consigam ajudar pessoas, que como eu, querem trabalhar mas estão impedidos de o fazer pelo ME. 

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FNE quer professores colocados até fim de maio

Com o concurso interno anual é mais que viável que nesta altura os professores já conheçam a sua escola de colocação no ano letivo seguinte, mas isto se as necessidades das escolas forem dadas por excesso e não por defeito. Caso contrário vai haver sempre um elevado número de necessidades ao longo do mês de agosto e setembro.

 

FNE quer professores colocados até fim de maio

 

A Federação Nacional da Educação – FNE fez chegar hoje ao Ministério da Educação um ofício em que alerta para a necessidade de revisão do calendário que estabelece o processo concursal, defendendo a antecipação das colocações de professores e educadores até ao final do mês de maio.

A medida visa dar uma maior estabilidade aos docentes e às escolas, evitando os habituais prejuízos de uma definição levada a cabo apenas em finais de agosto. Para a FNE é essencial e obrigatória a alteração das datas de organização de cada ano letivo, de modo que todos os educadores e professores tenham o conhecimento atempado da sua colocação, para poderem organizar a sua vida pessoal e familiar sem angústias, dramas e precipitações.

Por outro lado, as escolas também devem saber o mais cedo possível com que professores podem contar, para conseguirem fazer atempadamente a distribuição de serviço e a organização dos horários.

Num momento em que urgem medidas de valorização no setor, a FNE assume que o conhecimento das colocações até final de cada mês de maio seria um grande passo numa melhor e mais efetiva organização do ano escolar e na melhoria das condições de vida e de trabalho dos educadores e professores portugueses.

Neste sentido, a FNE solicitou uma reunião urgente à tutela com o objetivo de se encontrar a solução mais justa e mais adequada para resolver esta questão.

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Português e Matemática são as disciplinas com mais alunos sem professor no 3.º ciclo e secundário

Português e Matemática são as disciplinas com mais alunos sem professor no 3.º ciclo e secundário

 

Nesta sexta-feira foram colocados mais 1227 professores. Pré-escolar entre as áreas com mais docentes em falta.

 

Português e Matemática são as disciplinas com mais alunos sem professor no 3.º ciclo e secundário
Ao fim da tarde desta sexta-feira, as disciplinas com mais alunos sem professor eram as de Português (5420) e Matemática (5340) do 3.º ciclo e ensino secundário, seguindo-se a Educação Pré-Escolar (4160). No total, o número de alunos nesta situação rondaria os 66.500, segundo os cálculos feitos pelo professor de Matemática e colaborador do blogue especializado DeArlindo, Davide Martins.

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1227 Contratados colocados na RR4

Foram colocados 1227 horários na Reserva de recrutamento 4, distribuídos de acordo com a tabela abaixo.

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“Trabalhamos o equivalente a cerca de 11 anos letivos a mais do que os outros colegas”

Professores em monodocência queixam-se do agravar das desigualdades em relação aos colegas de outros níveis de ensino. Garantem que já recorreram a todas as instâncias e têm propostas concretas para minimizar essas diferenças, mas têm esbarrado com uma barreira de silêncio

“Trabalhamos o equivalente a cerca de 11 anos letivos a mais do que os outros colegas”. Sem respostas, educadores de infância e professores do 1.º ciclo querem ser ouvidos pelo Governo

Paula Costa Gomes tem 59 anos e quase 40 anos de serviço como educadora de infância. Se as regras do jogo não tivessem mudado, já estaria reformada, uma vez que, até 2005, os professores em monodocência (únicos responsáveis por uma turma) beneficiavam de um regime especial de aposentações e podiam reformar-se mais cedo. Era uma forma de compensar as desigualdades que garantem prejudicar os educadores de infância e os professores do primeiro ciclo em relação aos colegas de outros níveis de ensino.

“Trabalhamos o equivalente a cerca de 11 anos letivos a mais do que colegas de outros ciclos. Temos 25 horas letivas semanais até aos 60 anos, sem redução”, queixa-se Paula Costa Gomes, uma das porta-vozes do movimento cívico Movimento de Professores em Monodocência.

É que além de terem mais horas de componente letiva, o tempo é contado precisamente em horas. São 25 horas, que dão um total de 1500 minutos em sala de aula. No caso dos professores do 2.º e 3.º ciclos e secundário, o tempo letivo é contado de maneira diferente: são 1100 minutos (24 unidades de 45 minutos ou 22 unidades de 50 minutos). Há uma diferença de 400 minutos de trabalho letivo, com os alunos em sala, excluindo todo o trabalho de preparação das aulas e de correção de testes, por exemplo.

Além disso, todos os professores têm direito à redução de horário da componente letiva, a partir dos 50 anos. Mas o artigo 79 do estatuto da Carreira docente não é aplicado da mesma forma para os professores em monodocência: “Podemos usufruir da redução dois anos, um aos 25 e outro aos 30 anos de serviço, antes dos 60 anos. Após os 60 anos, podemos ter redução de cinco horas.” Os outros professores podem requerer a redução da componente letiva em dois tempos, assim que atingirem os 50 anos de idade. Basta para isso terem 15 anos de serviço, mais dois tempos aos 55 anos e mais quatro aos 60 anos.

“Desempenhamos todos cargos, participamos nas mesmas estruturas, somos diretores de turma por inerência, já que somos os únicos responsáveis pela turma, exercemos cargos de coordenação, sempre sem redução de horários de componente letiva”, sublinha Paula Costa Gomes.

Criaram, por isso, uma petição que defenderam na Comissão de Educação do Parlamento, em janeiro de 2023. Enviaram para “todas as entidades possíveis” um pedido de revisão da inconstitucionalidade da lei, mas, até agora, não tiveram qualquer resposta positiva às suas reivindicações. “O presidente empurra para o primeiro-ministro, o primeiro-ministro empurra para o ministro, que não tem competência para pedir a revisão da inconstitucionalidade da lei”, queixa-se a educadora de infância numa escola de Beja.

Pediram agora uma nova audiência ao Ministro da Educação, João Costa, para apresentar propostas concretas para “colmatar as desigualdades”. Querem um regime de aposentação diferenciada, aposentação aos 60, sem penalização e uma alteração ao artigo 79 do estatuto da carreira docente, que reduz a componente letiva em função da idade e que essa aplicação seja feita “sem alíneas discriminatórias, igual para todos”. Aguardam por uma resposta do ministro para serem ouvidos. Resposta essa que teima em não chegar.

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Reserva de recrutamento n.º 04

Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e Listas de Colocação Administrativa – 4.ª Reserva de Recrutamento 2023/2024.

Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 25 de setembro, até às 23:59 horas de terça-feira dia 26 de setembro de 2023 (hora de Portugal continental).

Consulte a nota informativa.

SIGRHE – Aceitação da colocação pelo candidato

Nota informativa – Reserva de recrutamento n.º 04

Listas – Reserva de recrutamento n.º 04  

 

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Pais que estudam pelos filhos

Dizia-me uma mãe: “Não me posso demorar, tenho de ir gravar um resumo das aulas para o meu filho ouvir.” Esta mãe lê a matéria que o filho aprende na escola, resume-a, grava um áudio e o filho apenas tem de o ouvir.

Pais que estudam pelos filhos

Estará esta mãe a ajudar o seu filho?

Os pais que fazem as coisas pelos filhos (e não com os filhos) acabam por evitar que estes se confrontem com as dificuldades e os desafios próprios da vida – e falamos aqui da vida como um todo, e não apenas da vida escolar.

Será esta forma de exercer a parentalidade promotora de um crescimento saudável?

A resposta é não.

Muitos pais substituem-se aos filhos quando estudam e fazem os trabalhos de casa por eles. Diria que estamos perante um problema em confiar e uma enorme necessidade em assumir o controlo, acabando por proteger de uma forma excessiva e que não facilita o desenvolvimento das necessárias competências de trabalho e hábitos de estudo.

Estamos perante um problema em confiar e uma enorme necessidade em assumir o controlo, acabando por proteger de uma forma excessiva e que não facilita o desenvolvimento das necessárias competências de trabalho e hábitos de estudo.

Assistimos também, muitas vezes, a pais que vivem o percurso escolar dos filhos com elevada ansiedade, demasiado centrados no rendimento académico e na competição. Há pais que já se questionam sobre a universidade onde os filhos irão estudar, quando estes frequentam ainda o 1.º ciclo. Pais demasiado exigentes acabam ainda por potenciar estados de ansiedade nas crianças, que se manifestam quando têm de ir ao quadro, falar perante a turma ou realizar uma avaliação. Temos crianças que choram quando recebem um “Bom”, porque os pais querem (ou exigem) um “Muito Bom”. Crianças que crescem a acreditar que não são suficientemente boas, com o natural impacto negativo que isto tem em termos de autoestima e aceitação de si mesmas.

É fundamental que os pais ajudem os filhos a vivenciar a escola de uma forma construtiva e securizante, palco também de relações interpessoais e de aprendizagens informais. Não são apenas as notas dos testes e aquilo que é afixado na pauta que interessa.

Os pais devem ainda estimular a autonomia e a independência, orientar e guiar, mas permitindo o erro, a frustração e a desilusão que, afinal de contas, fazem parte da vida de todos nós.

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