17 de Setembro de 2023 archive

A fuga antes da implosão de um sindicato

Já se apela  “para que ninguém abandone o sindicato”.

Como podem os professores confiar num sindicato que internamente convulsiona com lutas de poder. Se as cúpulas não se entendem, como poderão os professores assistir sentados?

A organização interna de um sindicato diz muito daquilo que podem fazer pelos seus associados. Se a organização interna é posta em causa pelos membros da direção, os associados fogem, porque deixam de acreditar na organização externa da luta.

Houve um ministro que prometeu implodir o ME, agora parece haver uma tentativa de implosão de um sindicato.
Entre emails e reuniões, a coisa parece ir no caminho certo.

Há quem diga que os ratos são os primeiros a abandonar o navio, mas todos sabem que quem se deixa para último morre afogado.

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Histórias de Vida de uma Professora

A vida desta professora dava um filme. “Se o professor tem filhos é um problema arrendar quarto”

 

Desde 2004 que Susana Duarte tentava entrar para os quadros. Conseguiu este ano, mas para trás, ficam anos e anos de quilómetros, quartos onde não eram permitidos os filhos, e colocações em escolas que distam 200 quilómetros da sua área de residência. O desgaste e o receio permanecem.

 

Sempre quis ser professora desde pequenina, “era algo que queria mesmo”, recorda Susana Duarte, a viver no Fundão e colocada este ano no Agrupamento de Escolas A Lã e a Neve, na Covilhã, passando a estar vinculada ao Ministério da Educação.

Apesar de o momento ser de alegria pela conquista que desejava desde 2004, Susana confessa que não pode apagar todo o rol de experiências vividas desde 2004.

“O nosso ordenado não chega para fazer face às despesas, talvez um suplemento para as deslocações a partir de uns certos quilómetros, um apoio para a renda para os deslocalizados, como existe para os ministros, ajudas de custos”, começa por sublinhar a docente que acredita estar a dar a voz por muitos colegas.

“Estou a dar a voz por esta situação e a representar muitos colegas, espero não ter consequências”, afirma Susana Duarte, lamentando que muitas colegas já tenham desistido da profissão. “Conheço muitas colegas que tiveram de deixar o ensino. Foram para empresas de peças, por exemplo, horários certos, sem deslocações, sem ouvir comentários de encarregados de educação”, conta, destacando que o professor “tem vindo a perder poder”.

“Não temos autoridade sobre eles, qualquer ação tem de ser pensada várias vezes, porque podem vir consequências maiores, os encarregados da educação vêm à escola confrontar-nos”, assume Susana Duarte.

Da Pampilhosa até à Meda é um saltinho ou 177 quilómetros

É mais uma viagem para a professora Susana Duarte, que desde 2004 lutava por ficar vinculada ao Ministério da Educação. Este ano consegue e pela primeira vez, ficar perto de casa, do Fundão para a Covilhã, muito menos quilómetros, do que no ano letivo passado, em que conseguiu horário em duas escolas, Mêda e Pampilhosa da Serra, 177 quilómetros de distância.

“A nossa vida não é fácil, no início da minha carreira, sempre com horários incompletos, fiz um part-time de 11 anos para a Sonae. E nunca desisti da carreira, gosto de ensinar. Faço de tudo também para estar presente na vida dos meus filhos”, explica sobre a conciliação do trabalho com a vida pessoal.

O carro novo que comprou em 2018, e que está a pagar, já tem 180 mil quilómetros. “Faço revisões de dois em dois meses e mudo de pneus constantemente. Espero que o Ministro se coloque no terreno, a escola pode estar a 30km, mas é curva contracurva ou atrás de serra e em vez de demorarmos 30 minutos, demoramos uma hora. Mêda podia parecer próximo de Pampilhosa da Serra, mas não é”, adverte.

Crianças nos quartos arrendados? Nem pensar

Terminou o curso em 2004, e com 44 anos, só neste ano que se inicia, vinculou. Ainda não está estável, garante, e na história de vida desta professora, está também na memória a dificuldade em arranjar quarto onde pudesse permanecer com os dois filhos menores.

Em Loures, por exemplo, há três anos, teve de insistir.

“Foi a segunda vez que tive de levar os meus filhos. Procurei sempre um espaço em que os meus filhos se sentissem em casa. Era uma cama de casal e eu tive de pedir à dona da casa para arranjar um colchão mais pequenino que não tinha estrado, nem a espessura necessária. Eu dormia com a minha filha com 8 anos, e o meu filho, 11 anos, um pouco mais crescido, dormia no colchão, no chão. Pagava por aquele quarto 350 euros, sem recibo verde e vivia com a dona da casa. Se um professor tem filhos é um problema arrendar quarto, eu dizia sempre que era eu mais duas crianças, e não queriam porque perturbavam o ambiente. Há senhorios que não nos permitem levar os filhos. Vi-me sempre complicada para arranjar quarto para os meus filhos. Depois de me apresentar nas escolas ia sempre a chorar para casa”, recorda, emocionada, Susana Duarte.

Já teve outros trabalhos em part-time, para fazer face às despesas, e apesar de finalmente estar vinculada, Susana Duarte não acredita que possa respirar de alívio.

“Tenho agora a sorte de estar perto de casa, mas para o próximo ano letivo, provavelmente vou ter de concorrer para todo o país, se o Governo não mudar o que decidiu neste ano letivo. Quem entrou na vinculação dinâmica vai ter de concorrer a todo o país”, alerta a docente.

Susana Duarte recusa desistir da profissão, mas admite que tem sido uma aventura. “Quando entro na sala, esqueço a minha realidade, vi-me e desejei-me para aqui chegar. Conheço o nosso país e conheço todos os miradouros e passadiços. Mas espero que agora acalme aos 44 anos, já preciso de um bocadinho de paz e serenidade na vida. Já chega”, desabafa.

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Sr. Ministro da Educação, “seja Ministro” por um dia…

A luta para recuperarem os milhões de euros que António Costa e Mário Centeno roubaram aos docentes portugueses do continente e às respetivas famílias, em 2018, com a fórmula cobarde e desonesta que inventaram para o “descongelamento” da carreira docente, tem de entrar numa nova fase e tem de adotar novas formas.

Suponho que nesta ocasião já toda a gente percebeu que os dois argumentos mais usados por António Costa e por João Costa, a “falta de verbas no orçamento de estado” e a “injustiça em relação a outras carreiras da função pública”, para justificarem a não devolução do dinheiro que todos os meses continuam a roubar aos docentes portugueses do continente e às respetivas famílias, caíram por terra e já não são usados, tendo dado lugar, por falta de argumentos válidos, à narrativa do “é um assunto encerrado”. Por isso mesmo, pelo menos para mim, é urgente que todos os docentes e todas as organizações sindicais pensem em novas formas de luta. Já se provou que os argumentos deles eram falsos e enganadores. Por isso mesmo é que não podemos deixar que a recuperação do tempo de serviço efetivamente prestado seja “assunto encerrado”.

Os famosos cartazes, que estão a ser usados por alguns colegas nossos e que são realmente feios, ainda assim não são tão feios como o cinismo, a cobardia, a dissimulação, a desonestidade, a baixeza, a vilania do roubo que fizeram e continuam a fazer todos os meses às nossas famílias. Faço um apelo ao autor dos cartazes para que faça outros ainda mais feios, para vermos se os visados, se a opinião pública e se a opinião publicada percebe que estamos numa luta contra coisas realmente muito feias, muito mais feias do que ratazanas: a podridão e a desonestidade moral, a mentira dissimulada, a pequenez intelectual, a vingança mesquinha, o cinismo público e constante, etc… Considero que, até este momento, mesmo englobando os cartazes das ratazanas, temos sido muito bonzinhos e muito respeitadores em relação a quem não nos quer ouvir nem respeitar. Já tiveram os dois (Costas) mais do que tempo e oportunidades (políticas e financeiras) para reverem a sua posição e para nos devolverem o que nos roubaram. Assim sendo, declaro que estou disponível para formas de luta mais duras, mais irreverentes e mais radicais. Face ao cinismo, às cobardias, às mentiras e desonestidades de que fomos alvos ao longo deste processo, desde 2018, entendo que é o momento de mostramos a sério “o nosso direito à indignação”, proclamado por um verdadeiro e destacado socialista, em tempos oportunos, mas que os atuais membros do governo, por serem pouco socialistas ou por terem pouca memória, já não querem recordar, nem permitir.

O líder da FENPROF, Mário Nogueira, pediu, há dias, e bem, que o Ministro da Educação “seja Ministro” (https//:expresso.pt/sociedade/ensino/2023-09-11), numa tentativa de sublinhar que João Costa, com as suas atuações nesta e noutras matérias, não tem demonstrado o peso político que um Ministro a sério devia demonstrar para resolver muitos dos problemas das escolas públicas portuguesas. Eu acrescentaria: “seja Ministro” ou então deixe de ser, de uma vez por todas, e demita-se…. O pedido de demissão do Ministro tem de ser feito todos os dias a toda a hora, por todos nós… Nesta última semana o Ministro disse na televisão coisas deste género, a propósito da falta de professores nas escolas: “não se pode resolver em poucos meses problemas que têm muitos anos”. Esta é uma frase de quem não tem condições para continuar no cargo. “Em poucos meses”, Sr. Ministro? O Sr. está no governo há mais de oito anos!!!! Como é que é possível dizer uma barbaridade destas?!?!?!? E ainda falta a questão fundamental: Ó Sr. Ministro, o Sr. não está a “resolver” problemas. O Sr. está a desenvolver políticas que estão a “agravar” os problemas da escola pública em Portugal. Toda a gente diz, mesmo os que o querem proteger, que o Sr. será “boa pessoa”, mas reconhecem, em privado, que o Sr. não passa de um fantoche ou de um lacaio da sociedade António Costa e Fernando Medina.

Por tudo isto, “seja Ministro” por um dia e demita-se, dando lugar a alguém que queira efetivamente resolver as questões estruturais da Educação em Portugal e que tenha peso político para as resolver enquanto há condições políticas (maioria absoluta) e condições financeiras (contas públicas “demasiado equilibradas” para quem trabalha no setor da Educação) para o efeito. O seu colega da Saúde ainda esta semana conseguiu um aumento a rondar os 33% para os médicos que queiram optar pela “dedicação exclusiva” ao SNS. Ó sr. Ministro, eu e milhares de outros docentes portugueses do continente estamos, há décadas, em regime de trabalho de “dedicação exclusiva” em escolas públicas portuguesas, conseguimos nas duas primeiras décadas deste século a maior subida de um país nos resultados do PISA (OCDE), fomos roubados em 2018, com uma fórmula de descongelamento que nos continua a roubar todos os meses e o Sr. não tem peso político nem para exigir que nos devolvam o que nos estão a roubar, quanto mais para exigir aumentos de 33%. O que o Sr. tem de pensar é que, ao “agarrar-se com unhas e dentes” ao “lugar”, está a impedir que o país aproveite uma oportunidade e umas circunstâncias únicas para fazer as reformas estruturais (carreira docente, contratação e colocação de professores, autonomia financeira e pedagógica das escolas das escolas, etc…) que podiam, de facto, resolver os principais problemas que afetam e irão afetar no futuro a escola pública portuguesa. O Sr., ao manter-se no cargo, está a prejudicar as atuais gerações e as futuras gerações de alunos portugueses que estão a sofrer e que irão sofrer com os problemas que o Sr. não resolve, nem deixa que outros resolvam… Pense nisso… O Sr. não está a ganhar, com mentiras e com cinismos, uma guerra com os professores ou com os sindicatos. O Sr. está a hipotecar o futuro da Educação em Portugal. Um Ministro da Educação a sério tinha abandonado o cargo na primeira vez que António Costa mentiu publicamente sobre a questão da recuperação do tempo de serviço roubado aos professores… com os 1300 milhões de euros e com a habilidosa invenção da desigualdade em relação a outras carreiras da função pública.

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Para os Reinscritos na CGA – Alguns conselhos do AT

Para os Reinscritos na CGA – Alguns conselhos…

Consulta a tua área reservada na CGA Direta

https://cgadirecta.cga.pt/ – com chave digital ou senha das finanças

Verifica se o SERVIÇO já está atualizado…

Depois vai ao MENU – O MEU PEDIDO… consegues consultar o pedido submetido pelo teu organismo.

Muito importante!!!!
Se já pediste o tempo de serviço de ex-subscritor da CGA, já tens em tua posse a contagem de tempo e eventuais dívidas de tempo regularizadas. Sim, a CGA permite pagares o tempo intermédio de náo colocações….ex. um docente que só tenha ficado colocado em novembro, não descontou SET e OUT, para efeitos de reforma, aconselhamos vivamente a pagares já esse tempo! Vais pagar ao valor do escalão atual que te encontras 🙂 Não deixes para quando fores para a reforma… é um conselho!
 
Durante o período que estiveste a descontar para a SS – deves ter um histórico de remunerações/descontos emitido pela segurança Social! Podes portanto solicitar online na SS Direta ou presencialmente.
 
 
Nota: Se o teu serviço ainda não efetuou a reinscrição tenta saber o motivo, junto dos mesmos. Com educação!
 
O que está para trás…. é para aguardar! o importante é seres reinscrito agora!.
 
A CGA já validou imensas reinscrições, mas não terminou o processo de setembro! E não existe forma de confirmar pela parte da entidade patronal se a CGA validou a submissão, têm de aguardar…ou ligarem para a linha azul da CGA.
 
Se tiveres dúvidas avisa!
 
Recordamos de que a partir deste momento, já tens de usar o novo modelo de atestado médico, se precisares! Já não pedes o CERTIFICADO DE INCAPACIDADE emitido pela Segurança Social

Modelo em vigor é este 

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2.ª Fase de Acesso ao Ensino Superior

Na 2.ª fase, entraram mais 8190 estudantes no superior – e ainda sobram quase 4000 vagas

 

Entre os estudantes colocados, 38% ficou na primeira opção. Os cursos mais concorridos mantiveram médias elevadas e as vagas de Educação Básica, menos do que no ano passado, foram todas preenchidas.

 

Na 2.ª fase, entraram mais 8190 estudantes no superior – e ainda sobram quase 4000 vagas
Há mais 8190 estudantes que garantiram um lugar no ensino superior na 2.ª fase do concurso nacional de acesso. São menos 1288 do que há um ano (9478), o que representa uma descida de 13,6% num ano em que o número de vagas disponíveis para a 2.ª fase era também o menor dos últimos seis anos — 9952 lugares, de acordo com os resultados divulgados neste domingo pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES)​. Ainda assim, para a 3.ª fase, haverá ainda quase 4000 lugares para preencher em universidades e politécnicos públicos.

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