24 de Outubro de 2021 archive

Não se sabe quando chegarão 600.000 computadores às escolas

Para cumprir a garantia dada por António Costa em 2020, de que cada aluno teria o seu portátil, faltam ainda 600 mil computadores, a ser entregues por seis fornecedores. Mas sem Internet de qualidade não há escola digital que se aguente. Ministério garante que as escolas deixarão de ter uma rede “obsoleta” até 2023.

Ministério já comprou mais 600 mil computadores mas não se sabe quando chegarão às escolas

 

Os 600 mil computadores que falta ainda distribuir a alunos e professores foram já comprados pelo Ministério da Educação (ME), que, contudo, não avança prazos para a sua entrega. “Serão distribuídos à medida que forem sendo entregues pelos fornecedores, o que evitará também a forte sobrecarga sobre as escolas às quais compete a tarefa de distribuição dos equipamentos para os alunos”, indica apenas o ME em resposta ao PÚBLICO.

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Caderno de encargos do que é preciso mudar – Luís S. Braga

Caderno de encargos do que é preciso mudar imediatamente para mudar isto:

1. Remuneração dos professores (seja salário ou compensações em zonas com falta de docentes).
2. Perspetivas de carreira, sérias e exequíveis.
3. Condições de trabalho nas escolas (número de turmas por professor, burocracia, tamanho de turmas, reforço da autoridade do professor, etc)
4. Cálculo de horas dos horários de substituição, contagem para a segurança social, aumento da duração do tempo das substituições para as pessoas as aceitarem por troca com empregos mais estáveis.
5. Tornar as substituições atractivas como degrau para estabilidade futura (como já aconteceu no passado): acabar com a norma travão e vincular professores pelo tempo total de serviço e não pela sequência aleatória de contratos completos. Esta talvez seja a mais essencial…..

6. Colocar quem perceba a tratar do assunto e não os burocratas do ministério, desligados da ensinagem há muito, e que acham que horários determinados hora a hora são uma forma eficaz de gerir o sistema.

São os verdadeiros aproveitadores do farelo e estragadores da farinha…..

Em vez da política do género “isto é birra dos professores” e “o que interessa são as contas”, uma política de incentivos, para que os que acham a Mercadona ou outras atrativas como local de trabalho as troquem pela escola, e centrada no que interessa, que é “as crianças serem bem ensinadas.”

Este post tem uma natureza: talvez não seja totalmente claro a quem não é professor. E aí está um dos problemas do atual quadro: muitos dos que gerem também não entendem estas nuances.

Eu não falo de carreiras médicas porque não sei. Como há tanta gente a falar de carreiras docentes?

A gestão educacional é uma atividade especializada, que exige conhecimento técnico e estudo e não palpites, guiados por intuições básicas de contabilistas mal formados.

 

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Artigo do Expresso com números do blog

Com dados deste artigo de ontem.

Há uma forma de perceber melhor a dimensão das dificuldades que, pouco mais de um mês após o início do ano letivo, já existem na substituição de professores e que vão agravar-se, em particular nas escolas da região de Lisboa e Vale do Tejo. Basta olhar para a lista de docentes que manifestaram a sua disponibilidade para contratação e que ainda não foram colocados e verificar que há disciplinas para as quais já quase não existem nomes ou até que já esgotaram.

Professores disponíveis para trabalhar na região de Lisboa são cada vez menos

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