25 de Outubro de 2021 archive

Viseu tem 13 turmas em isolamento e aumento de casos “é preocupante”

O concelho de Viseu tem 13 turmas com pessoas infetadas com SARS-CoV-2, que provoca covid-19, assim como em empresas e instituições, disse hoje a delegada de saúde Conceição Casimiro, que considera a subida de infeções preocupante.

Viseu tem 13 turmas em isolamento e aumento de casos “é preocupante”

“Atualmente temos várias empresas e instituições com casos e também em estabelecimentos de ensino, desde jardins de infância a todos os ciclos de ensino, inclusive no Instituto Politécnico” de Viseu, afirmou a responsável.

Aos jornalistas, disse que, “no total, são 13 turmas com situações de casos de covid-19 e, em algumas delas, os respetivos colegas têm de estar em isolamento profilático”, sendo que a maioria das turmas são escalões mais baixos.

“As crianças mais pequenas, do primeiro ciclo para baixo, pelo nível etário tão baixo, têm a agravante de, para além de não estarem vacinados, também não usarem máscara e a proximidade ser maior e, realmente, temos aqui o maior número de situações”, especificou.

Conceição Casimiro explicou que também há “pessoal não docente em isolamento profilático, porque são casos”, uma vez que “quem tem a vacinação completa há mais de 10 dias e quem não tenha tido a doença nos últimos 80 dias, não fica em isolamento profilático, mas sim em vigilância, para controlarem os sintomas e, naturalmente, também fazerem o teste”.

 

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A inovação educacional Lusitana vista por um extra-terrestre…

A inovação educacional nas Terras Lusitanas, vista e comentada por um extra-terrestre, oriundo de um planeta ainda por descobrir, através de um Report, apresentado na 1ª Cimeira Educativa do seu planeta, tendo como participantes todos os “olheiros” de Educação destacados para o Sistema Solar e arredores:

Caros colegas, nas Terras Lusitanas apresentam-se e discutem-se frequentemente muitas teorias e expõem-se abundantes reflexões teóricas, que nós, neste nosso planeta por descobrir, costumamos designar por subterfúgios… Teorias têm eles muitas, o pior é a prática…

Bom, e a prática nas Terras Lusitanas parece-me ser esta:

Em nome da “inovação” educacional (enfatizando as aspas com um ilustrativo gesto), a tendência mais recente consiste na apresentação de chusmas infindáveis de projectos… Há projectos para tudo e para todos os gostos, menos para o que é essencial e básico… A esse ror de projectos sem nexo chamam “inovação”, nós apelidamos essa circunstância de repetição ad nauseam… Sim, nós também conhecemos as locuções latinas… (Risos abafados na plateia).

Os Dirigentes Educativos Lusitanos parecem estar em constante “delírio”, bem patente na frequente percepção perturbada e alterada da realidade e no desvario que costuma desnortear grande parte das medidas preconizadas por si, como qualquer colega “olheiro” de Saúde Mental, poderá comprovar na respectiva Cimeira… E, além de não terem consciência da realidade, fazem tudo o que podem para não se verem confrontados com ela… (Ouve-se um certo bruaá na plateia, incrédula perante tal facto).

Os seus pensamentos e as suas acções não apresentam coerência e as medidas educativas, fruto dessa inconsistência, costumam ser atabalhoadas e sem planeamento: em vez de servirem para resolver problemas, sim, para resolver problemas (pausa no discurso, olhando fixamente para a plateia), essas medidas destinam-se a negar a existência destes últimos, ou a inventar outros, como forma de escamotear os primeiros… Confusos? Pois, lamento, mas é precisa muita resiliência para não desistir de tentar decifrar estes Dirigentes…

Caros colegas “olheiros” de Educação, para clarificar, vou dar-vos um exemplo do que afirmei anteriormente: há alguns dias, o Governo das Terras Lusitanas avançou com a ideia de integrar o Ensino Pré-Escolar na escolaridade obrigatória.

Ora, acontece que o ensino obrigatório actualmente existente por aquelas Terras tem ainda tantos problemas por resolver que a sua enumeração obrigaria à realização de uma Cimeira exclusiva para esse fim… Não querendo massacrar-vos com tais vicissitudes, direi apenas que se o Governo Lusitano pretendesse genuinamente resolver esses problemas, não teria sequer tempo nem justificação para alvitrar qualquer alargamento do ensino obrigatório no momento actual… Mas o objectivo não passou despercebido: enquanto durar “o fogo de artifício” lançado pela possibilidade dessa integração, não se pensará nos outros problemas e vão-se distraindo as almas com suposições… Inventar problemas sem resolver os anteriores, parece ser uma prática corrente…

Digo-vos mais, caros colegas, há, até, muitas escolas onde uma verdadeira “inovação” seria:

– Ter casas de banho com condições dignas, sem lavatórios entupidos, sem torneiras desactivadas por falta de manutenção ou com autoclismos a funcionar adequadamente;

– Ter papel higiénico disponível em todas as casas de banho, sem o constrangimento de alguém, se ver obrigado a “mendigar” tal produto ou a ver-se coagido a ter que justificar a quantidade de que necessita;

– Ter computadores em número suficiente para alunos e professores e a funcionar plenamente;

– Ter uma rede de internet devidamente capacitada para fazer face às necessidades de utilização de todos os utentes, sem “solavancos” ou “apagões” frequentes;

– Ter salas de aula sem tectos e paredes corroídos por bolor, consequência de recorrentes e “seculares” infiltrações pluviais;

– Ter quadros eléctricos que não colapsem à mais pequena “sobrecarga” e que não tenham sido instalados à medida de edifícios decrépitos e disfuncionais;

– Ter salas de aula com janelas e com estores a funcionar adequadamente, permitindo controlar o arejamento e, em parte, a temperatura dentro dessas salas;

– Ter salas de aula onde não se registem 39ºC nos meses estivais e -2ºC nos de Inverno ou ter ventoinhas/aquecedores em número suficiente para todas essas salas, de forma a atenuar as amplitudes térmicas (e já nem falo da “loucura” e da fantasia quimérica que seria para os Lusitanos desejar ter ar condicionado nessas salas);

– Ter uma rede de esgotos eficaz e que não entupa assim que ocorram chuvadas mais intensas (não confundir com dilúvios), provocando inundações nauseabundas nas casas de banho ou em alguns corredores dos edifícios escolares;

– Não ter que “mendigar” fotocópias e telefone, imprescindíveis à realização de algumas actividades intrínsecas a determinadas funções e não ser tratado como um “oportunista”, por recusar utilizar os meios próprios em contexto de trabalho…

Isso, sim, seriam verdadeiras inovações…  

Pelas Terras Lusitanas, o essencial e o mais básico continuam por fazer há anos e parece que o esforço é sempre no sentido de esconder a existência desse tipo de problemas e encontrar os mais diversificados “fait-divers”, com o objectivo de desviar as atenções…

Quando algum “bem iluminado” visita determinadas escolas, em certos dias, costuma estar tudo tão “perfeito” e a “funcionar tão bem” que se torna impossível vislumbrar a penúria e a degradação existentes nos restantes dias do ano…

Nessas ocasiões, uns escondem os “podres” e os outros agradecem por assim ser, evitando confrontar-se com situações iminentemente desagradáveis… E como, para todos, seria muito inconveniente estragar a “festa”, impõe-se sempre a ditadura do politicamente correcto e da polidez…

Estes Lusitanos são, realmente, seres muito estranhos e o seu comportamento daria um verdadeiro “estudo de caso” interplanetário…

A começar pelas ilustres figuras que integram o Ministério da Educação das Terras Lusitanas, há quem não faça a menor ideia das carências materiais existentes em grande parte das escolas… Mas, caros colegas, por desagradável que possa ser falar sobre aspectos tão terrenos e mundanos, não nos esqueçamos da sua importância e do que poderão representar no dia-a-dia das escolas, em termos de constrangimentos, limitações e ineficácia…

E, já agora, escusamos de fazer de conta que as coisas terrenas e mundanas não são importantes porque isso não é verdade… Veja-se o exemplo paradigmático do papel higiénico: aparentemente tão básico e tão comezinho, é afinal muitíssimo valorizado por todos os Lusitanos, como se comprovou há alguns meses atrás…

Mas parece que para eles, nós é que somos os “extra-terrestres”…

Pelo que me foi dado a conhecer, deixo esta conclusão: o Governo das Terras Lusitanas acredita e aposta na resignação e na apatia incondicionais dos seus concidadãos e serve-se dessa prerrogativa para os ludibriar… E o mais estranho é que os cidadãos Lusitanos, paulatinamente, deixam que isso aconteça e que tudo passe… Enfim, cada Povo tem o Governo que merece… (“Muito bem!”, ouviu-se repetidamente na plateia).

Seguiram-se muitas palmas e ovações de pé, sobretudo agraciando a imensurável paciência e o estoicismo demonstrados pelo extra-terrestre “olheiro” de Educação nas Terras Lusitanas… Outros teriam rapidamente sucumbido, sem conseguir concluir a sua missão, incapazes de suportar tantas incongruências e tamanhos disparates…

Por fim, um colega “olheiro” de Educação destacado para outro planeta, afamado pela sua boa disposição, pediu a palavra e proferiu a seguinte alegação:

Se as medidas educativas das Terras Lusitanas fossem aplicadas em Marte obter-se-iam resultados verdadeiramente fantásticos: ninguém seria prejudicado por elas! (Risos alardes na plateia)…

 

(Às vezes, também me sinto como um extra-terrestre, oriundo de um planeta por descobrir…).

 

(Matilde)

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