“Andar na linha é para os comboios”…
“Andar na linha”, segundo o Dicionário Popular, significa “agir de forma correcta, de acordo com convenções sociais ou obedecer a uma ordem recebida. É agir de acordo com as regras ou fazer as coisas da maneira certa para evitar problemas”…
“Andar na linha” é fazer sempre o que se espera de si e, sobretudo, obedecer e aceitar todas as ordens, sem questionar, sem objectar, sem contestar ou reclamar…
“Andar na linha” é não se fazer ouvir, sobretudo quando se discorda… É aceitar como natural a própria anulação e a vitimização silenciosa e ter que conviver com o cansaço, o desgaste, a asfixia e o definhamento decorrentes da auto-comiseração…
A acomodação ao ritual e o conformismo, como mecanismos de defesa, até podem ser uma manifestação do instinto de sobrevivência, mas não há coragem nisso…
“Andar na linha” é viver dias consecutivos sem intenções conscientes, ligado a uma espécie de “piloto automático”… É estar “adormecido”, guiado por automatismos comportamentais… É estar “preso” e auto-sabotar-se, sem se dar conta disso…
“Andar na linha” é tentar redimir-se pela reclamação “fingida”, mas agir muito pouco e sem qualquer efeito prático… É afirmar que “este comboio não presta”, mas não fazer nada para mudar de comboio ou de meio de transporte…
Que ganhos ou que prejuízos, pessoais e/ou profissionais se obtêm por “andar sempre na linha”?
“Andar na linha é para os comboios” que, segundo consta, não têm capacidade de auto-determinação nem liberdade de escolha… Vale mais ser “desalinhado” do que deixar-se apoucar…
E tanto faz que seja um “Train à Grande Vitesse” (TGV) como um Comboio a Vapor, esses são os únicos que gostaríamos de ver sempre na linha…
Quem quer continuar a “andar sempre na linha”?
(“Andar na linha é para os comboios” é uma afirmação roubada da internet, de autor desconhecido, mas plena de intencionalidade e muito a propósito…).
(Matilde)