‘Plano Marshall’ para a educação

“A situação é preocupante e vai ser preciso um ‘Plano Marshall’ para a educação

Nos próximos anos, vai ser preciso uma espécie de ‘Plano Marshall’ para recuperar as aprendizagens de todos os que “ficaram para trás”. Deverá ter em conta os alunos mais novos, mas não só. Deverá “racionalizar” conteúdos curriculares, “trabalhar” o “essencial”: no 1.º ciclo, a leitura e a escrita; no 2.º e 3.º ciclos, a leitura, os conteúdos da Língua Portuguesa, os das ciências. Os recursos terão de ser aumentados, mais professores, mais psicólogos, mais assistentes sociais, mais apoio personalizado e mais coadjuvações na sala de aula. Estas são algumas das preocupações e propostas do presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira, e do presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, em reacção aos resultados do diagnóstico feito pelo Instituto de Avaliação Educativa (Iave), destinado a aferir o impacto do primeiro confinamento nas aprendizagens.

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20 comentários

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    • Falar verdade on 30 de Março de 2021 at 10:23
    • Responder

    Como este conteúdo, mostra que somos um país de “analfabetos”. Ou seja não conseguimos fazer através do digital, aquilo que a maioria dos países iluminados europeus fazem, e não só europeus!
    O Plano Marshall poderá se necessário, mas não só devido à pandemia. Porque a educação está caótica, há muitos anos em Portugal e passa por muita coisa, inclusive na formação inicial de professores.
    Muito mais haveria para dizer, mas não venham com a conversa de que a pandemia produziu um caos nas competências e nas aprendizagens dos alunos, isto só mostra que cada docente não fez bem o seu papel.
    …..

      • Francesc Ferrer Y Guárdia Um Bocadinho Manco on 30 de Março de 2021 at 13:38
      • Responder

      … cite lá os países, por favor… É que os que têm um rendimento igual ao de Portugal , nas amostragens internacionais, apresentam resultados inferiores aos dos estudantes portugueses… E foi bem recentemente que os alunos portugueses mais jovens apresentaram resultados superiores aos dos países nórdicos , nomeadamente a Matemática… Se é necessário um Plano Marshall para educação não é pelos professores , mas pela péssima política educativa deste governo que com a flexibilidade curricular e a ”pastelada” da aprendizagem pelo projeto, (nem sei bem o que isto seja… ) fez baixar a exigência do conhecimento curricular para o nível zero… Mais , este ano, já será o segundo, que se farão avaliações como atos administrativos…

    • Patrocínio on 30 de Março de 2021 at 11:01
    • Responder

    Acho que o plano tem de ser feito para o mundo todo se o IAVE lá for testar. Dá jeito fazer mais uma comissão e colocar mais gente a sugar a Escola. Os professores são bons e experientes, as políticas educativas é que são de facilitismo e de faz de conta com permanente desautorização dos professores .
    A pandemia mostra que o que é necessário é escola para pais que não sabem brincar com os filhos nem impor regras básicas de trabalho como honestidades, pontualidade e assiduidade. Não incentivam à leitura e dão-lhes um telemóvel para as mãos ainda bebés. Mostra-se também que é preciso rever leis laborais que dêem tempo e rendimento para se criar dignamente uma família.

    • Nanda on 30 de Março de 2021 at 11:06
    • Responder

    Tem razão, não foi a pandemia que veio aumentar a ignorância dos nossos alunos, ma não tem razão quando diz que os professores não fazem bem o seu papel. Isto não é um problema que se limita à escola, é toda uma sociedade de ignorantes e essa ignorância vai agravar-se enquanto privilegiarmos as tecnologias. O problema de Português (leitura, interpretação…) prende-se com a falta de hábitos de leitura, hoje em dia oferece-se mais depressa um telemóvel do que um livro. E os alunos, o pouco que leem, são apenas mensagens de telemóveis, artigos fúteis e mal construídos, mal escritos que lhes aparece na net a toda a hora, muitos até são falsas notícias. São muito poucos os alunos que têm hábitos de leitura e são esses os melhores alunos a Português e, consequentemente, às outras disciplinas, pois sabem interpretar melhor. E os pais também não dão o exemplo, é mais frequente ver pais e filhos “enfiados” nos ecrãs dos telemóveis do que a ler um jornal ou uma revista.

    • Termo Certo on 30 de Março de 2021 at 11:19
    • Responder

    Portugal está farto de ver assaltos a PRRs com gente medíocre à sombra do Estado e a bater sempre nos mesmos (aqueles que realmente mantiveram o o país a funcionar durante a pandemia). Acabem com diretores eternos, Arianas suga suga, escuteirinhos do facilitismo e munícipes encavalitados na escola. Devolvam seriedade ao ensino, o tempo roubado aos docentes, escolas condignas e respeito a quem ensina, opera, constrói…

    • joao on 30 de Março de 2021 at 11:50
    • Responder

    a culpa é dos professores

    acabem com a ferias dos professores e alunos

    eles precisam é de 11 meses e meio de aulas e 15 dias de universidades de verão

    VIVA VIVA o nosso grande lider

    • Zaratrusta on 30 de Março de 2021 at 12:22
    • Responder

    E o deus IAVE fez algum diagnóstico aos alunos do 12º ano, com dois anos de ensino bastante deficiente, antes de fazer os exames imprescindíveis para o sucesso do país? Ou partiu do principio que estes alunos ficaram imunes à balburdia que se verificou nestes dois anos?

    • João Almeida Pinto on 30 de Março de 2021 at 13:30
    • Responder

    “Plano Marshall para a Educação [e seus Profissionais]”.
    É preciso não esquecer os Profissionais da Educação que todos os dias, independentemente do regime de funcionamento do ensino (online e/ou presencial), dão ‘o corpo ao manifesto’ em prol dos seus utentes. O mesmo se verificou na Saúde, tendo originado um recuo da entidade patronal, leia-se Ministério da Saúde, mais precisamente das invectivas dirigidas a esta classe, a qual, graças ao enorme brio e abnegação, evitou que o SNS tivesse colapsado.
    Já quanto ao ME, de 1 ministro inexistente a 1 Sec. de Estado ansioso por lhe suceder no lugar, os ataques aos seus profissionais são o que se conhece:
    – 6 anos e meio de tempo de serviço roubado (em Portugal continental)
    – Novo congelamento de carreiras (4º e 6º escalões) – único na Função Pública e com aplicação, somente, em Portugal continental
    – Regras do concurso de docentes alteradas 1 dia antes do seu início
    – Descredibilização contínua da profissão docente, tornando-a cada vez menos atrativa para novos profissionais.

    • Manuel on 30 de Março de 2021 at 13:51
    • Responder

    Já “começaram muito bem” a implementar o programa, mesmo sem ouvir a dita equipa de especialistas.
    Depois de dois anos de confinamento, com problemas de aprendizagens não realizadas, com constrangimentos demonstrados este ano letivo para proceder à recuperação das aprendizagens do ano letivo anterior, o que resolveram já:
    – Em ano de pandemia, promover concursos de professores.
    Tudo estaria perfeito se no país existisse normalidade. Não existe e todos sabemos que não, devido à pandemia. Com alteração do calendário escolar, com a alteração à época de exames, deslizando para o início de mês de setembro, nada melhor do que por milhares de professores a circularem por esse país, incluindo regiões autónoma… – Inacreditável!
    No início de setembro vamos ver professores à procura de alojamento em localidades fora da sua zona de residência, vigilância e correção de exames, conhecer a nova comunidade educativa, conhecer os projetos educativos, conhecer as suas turmas, pares pedagógicos, equipas multidisciplinares, direções, alunos, colegas de trabalho, apoderarem-se das principais dificuldades dos seus alunos e ainda, conhecerem todas as aprendizagens não realizadas nos últimos anos letivos.
    Quando tomarem conhecimento, na sua plenitude, de todos estes assuntos estarão preparados para elaborarem um plano sério para procederem à verdadeira recuperação de aprendizagens. Isso deverá, sendo otimista, ocorrer na melhor das hipóteses, em meados do próximo segundo período.
    Não se entende!
    Nestes anos excecionais, medidas excecionais, recondução de professores por mais um ano e depois sim, por em prática o plano de recuperação de aprendizagens. De outra forma parece-me, parece-me um pouco “precipitado” (para ser simpático).

    • ...estranha-se mas entranha-se... on 30 de Março de 2021 at 14:34
    • Responder

    A pandemia!!!!!
    Boa desculpa para ilibar as arianas e os domingos fernandes deste país!!!!!
    Mais professores?
    Ponham os diretores a dar aulas. Eles até são TODOS excecionais, avaliados com 10.

    • Pintelho on 30 de Março de 2021 at 14:54
    • Responder

    “Os recursos terão de ser aumentados, mais professores, mais PSICÓLOGOS, mais ASSISTENTES SOCIAIS, mais APOIO PERSONALIZADO e mais COADJUVAÇÕES na sala de aula.”

    Eu acrescentaria: “Mais “Cidadanias”, “Educações Sexuais”, “Assembleias”, “Educações Ambientais”, “Desporto Escolar/pega lá uma bola e dá uns chutos”,…….

    Tudo isto é um ESCARRO…..daqueles que ficam semicolados e a escorrer pela parede abaixo………NOJO!……

    Isto a que chamam de “Escola Pública” não passa de um ALBERGUE de meninos e meninas filhos dos desgraçados da Vida. (filhos do RSI, filhos dos Desempregados, filhos do putedo, filhos de presidiários, filhos dos salários minimos de um País Miserável……..).

    A função ASSISTENCIALISTA ganha cada vez mais protagonismo e aqueles a quem chamam “professores” não o são na realidade. Aqueles a quem chamam de sitôras e sitôres são uns assistentes sociais desta lama social.

      • Phill on 30 de Março de 2021 at 16:21
      • Responder

      E qual seria a solução? O problema social existe, e a escola é de todos, independentemente da origem, cor, raça ou nacionalidade. Não há como separar o joio do trigo, como se fazia no tempo da ditadura, porque não é ético. Temos que perceber que nosso papel de professores mudou, hoje somos agentes sociais, faz parte da nossa profissão. O ensino puro e duro não depende mais somente do professor, é feito de muitas formas (online, por leituras, pesquisas online), e a escola é espaço central de socialização, mais do que de ensino de conteúdos.

        • Pintelho on 30 de Março de 2021 at 17:45
        • Responder

        Meu caro Phill

        “E qual seria a solução? O problema social existe…”

        O problema da MISÉRIA SOCIAL resolve-se a montante…..Reformas Estruturais….promovendo emprego mais bem pago com a (re)Industrilização de Valor Acrescentado; Aumentantando o Salário Minimo Nacional; Combatendo o RSI de muitos que vivem á custa daqueles que pagam Impostos; Combatendo a máfia da droga e da prostituição; Combatendo a cambada daqueles que tem Bom Corpo e não querem trabalhar; Responsabilizando os pais pelos seu Rebentos……..

        Aquilo que hoje designamos de “escolas públicas” não passam de Enormes CANTINAS SOCIAIS onde se dá de comer aos famintos desta vida.

        Aquilo que hoje designamos de “escolas públicas” não passam de Enormes ARMAZÉNS onde os progenitores, numa atitude da mais completa desrresponsabilização, depositam os seus Rebentos para poderem desenvolver as suas atividades lúdicas, criminosas ou outras.

        Aquilo que hoje designamos de “escolas públicas” não passam de um Enorme INTRETEM MENINOS onde se dá umas TRETAS como as “Cidadanias”, “Educações Sexuais”, “Assembleias”, “Educações Ambientais”, “Desporto Escolar/pega lá uma bola e dá uns chutos”…………

        Aquilo que hoje designamos de “escolas públicas” são hoje apendices das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) para sinalizarem os mais desgraçados de entre os miseráveis que por lá vegetam.

        Aquilo que hoje designamos de “escolas públicas” emitem DIPLOMAS a Verdadeiros ANALFABETOS (formais e funcionais). Isto é a “escola” emite diplomas a IGNORANTES. É bom não esquecer que a “RETENÇÃO TEM UM CARACTER EXCECIONAL”, ou seja, passa Tudo. O que vale é que o MERCADO é implacável e faz a seleção……Uma VERGONHA…….Um NOJO!…….

        Aquilo que hoje designamos de “escolas públicas” não passam, na sua esmagadora maioria, de espaços mal frequentados e mal cheirosos.

        Não chamem a estes espaços de “ESCOLAS”, porque efetivamente não o são…….Uma Escola é um espaço de Ensino-Aprendizagem e nada mais.

        Neste contexto, aquilo a que chamam de sitôras e sitôres não passam de uns ajudantes de assistentes sociais e, diga-se, que estão demasiadamente Bem Pagos para aquilo que lhes cabe fazer. Como é obvio para desempenhar estas funções bastaria alguem com o 12º ano bem feito ou com frequencia universitária (mesmo daquela á bolonhesa)……….. Agora são capazes de entender melhor a degradação do estatuto daqueles que efetivamente foram professores.

        Neste momento, já temos milhares de sitôras e sitôres (com 40 e mais anos de Idade) a auferirem salários abaixo do Salário Minimo Nacional e assim irá continuar a ser e a alargar-se

        • Francesc Ferrer Y Guárdia Um Bocadinho Manco on 30 de Março de 2021 at 18:15
        • Responder

        Inacreditável! Você ainda por cima acredita nisso e é professor! Mas se não fora a escola a ensinar alguma coisinha. O que profere é um hino à ignorância e uma renúncia ao conhecimento académico construído pela Humanidade ao longo de milénios. Mas acha que alguém aprende o Tractatus Logico-Philosophicus pelo Google????

    • joao on 30 de Março de 2021 at 14:58
    • Responder

    Região de Berlim suspende vacina AstraZeneca após nove mortes na Alemanha

    https://www.jn.pt/mundo/regiao-de-berlim-suspende-vacina-astrazeneca-apos-nove-mortes-na-alemanha-13516341.html

    • Falcão on 30 de Março de 2021 at 15:57
    • Responder

    CAMBADA DE PALHAÇOS!!! Esta gente que não dá uma aula desde os tempos dos testes e cópias a stencil é que sabe o que é preciso fazer, como fazer e por quanto tempo? A sério??! Quem sabe sou eu, e todos aqueles que como eu estamos todos os dias com a mão na massa, a dar o nosso melhor, e a cumprir de modo responsável e com elevado profissionalismo as obrigações que nos competem! Desde quando é que quem “está de fora vem rachar lenha”? Vão mas é apanhar caracóis e deixem-me trabalhar!!!

    • Rui Filipe on 30 de Março de 2021 at 17:16
    • Responder

    O que é preço é criar um plano guia de marcha para este governo, arrogante e insensível.
    Logo que termine a presidência europeia portuguesa, em junho, o Presidente deve promover um governo de iniciativa presidencial.

    • Falcão on 30 de Março de 2021 at 18:06
    • Responder

    Fecharam as escolas e, durante dez dias, ou lá o que foi, os incompetentes que governam este triste país impediram o arranque do E@D porque não estavam preparados para entregar os pc’s que tinham prometido há meses atrás e vêm agora falar em Plano Marshall descarregando responsabilidades para cima dos professores? Temos de aceitar esta merda e continuar a assobiar para o lado? Não contem comigo!!! Mais reuniões e mais articulações e mais planificações, tudo a carregar em cima dos professores sufocando-os ainda mais em burocracia e justificações? Vão dar banho ao cão e não chateiem mais, deixem os professores em paz, para que possam fazer o seu trabalho! E quanto aos diagnósticos podem bem metê-los no cú, pois se querem ser sérios, se querem mesmo resultados, se querem que os alunos aprendam e saibam, não passem a vida a aprovar legislação que permite a um aluno transitar com 7 e 8 e mais negativas! Ou que não aprovem legislação que impeça as reprovações no 2º ano, deixando que os alunos cheguem ao 5º ano, muitos deles sem saberem ler nem escrever! É um crime, é tudo uma hipocrisia, um faz de conta, uma palhaçada total!

    • A Vaca das big bobbies chamada escol on 30 de Março de 2021 at 18:34
    • Responder

    Sim , reformas estruturais ao nível económico e social. Mas isso não interessa aos oportunistas. Deixou de se respeitar o trabalho, o que importa é impressionar com RSIs a pintar a unha e as melenas. Interessa a alguns que exista isso para haver desculpas para integrar psicólogos (essa licenciatura em senso comum) e assistentes sociais. Eles que vão trabalhar para as juntas de freguesia que estão vazias e têm mais conforto que as escolas. O clientelismo político exerce-se através das escolas cujos dirigentes abençoam o coitadinhismo para se rodearem da aura de santos e instalarem todos aqueles que se penduram nas tetas da escola, essa grande vaca leiteira!
    Xô corram com psicólogos e assistentes sociais das escolas, vejam como se estão a abarbatar com PRR em nome dos afetos e emoções.
    Despoluam as escolas desse tipo de gente. Deixem-na em paz. Ela é para professores e alunos Menos tempo de permanência nela, mas a ensinar mesmo. O resto façam nos consultórios, no clube desportivo, na sopa dos pobres, no rancho folclórico, no ginasio comunitário .

      • Falcão on 31 de Março de 2021 at 10:02
      • Responder

      Não está mal visto… não está nada mal visto! É uma realidade em muitas escolas, sem dúvida!

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