Era Mais do Que Justo, mas…

… já duvido da honra na palavra dada.

 

Promessa do Governo vincula 10 mil docentes

 

 

António Costa prometeu quarta-feira, no Parlamento, acabar com a precariedade docente, declarações que fizeram aumentar as expectativas dos sindicatos para as negociações do novo regime de concursos, a decorrer com o Ministério da Educação (ME).

“Queremos estabilidade. Vamos negociar com os sindicatos de espírito aberto, para assegurar a plena cobertura das necessidades permanentes das escolas e assegurar estabilidade para os profissionais necessários e pôr termo a esta incerteza absoluta”, disse o primeiro-ministro no debate quinzenal, frisando ser possível prever 90% das necessidades permanentes e contratar a termo os restantes 10% para “situações eventuais”.

Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), espera que as palavras de António Costa tenham consequências. “Face a esta declaração, o ME tem a obrigação de apresentar uma proposta condizente”, afirma ao CM, acrescentando: “Somos capazes de convidar o primeiro-ministro para integrar a nossa delegação na reunião de dia 15 com o ME.

” Na primeira reunião negocial, em 30 de novembro, o ME propôs vincular apenas professores com mais de 20 anos de serviço, o que gerou muita contestação e levou a Fenprof a ameaçar com o regresso às greves.

Agora, Mário Nogueira considera que mais de 10 mil docentes podem entrar nos quadros. “Neste momento, temos uma precariedade na ordem dos 20%, com mais de 20 mil professores contratados.

Se, como diz o primeiro-ministro, passarem a ser contratados apenas 10% para situações eventuais, mais de 10 mil professores poderiam ser vinculados”, afirmou o dirigente sindical, frisando que a atual proposta da tutela permite vincular apenas uma centena de docentes e precisa, por isso, de ser muito melhorada.

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20 comentários

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    • José Bernardo on 11 de Dezembro de 2016 at 19:44
    • Responder

    …agora podemos ser amigos!

    • Mariana on 11 de Dezembro de 2016 at 20:21
    • Responder

    O governo preocupou-se ao menos em saber quantos professores têm atualmente a quem paga salários altos e que ainda não colocou por falta de lugar? Vai colocar mais 10 000. Não percebe ele que não pode ter um professor a ser pago 12 meses para fazer uma substituição de 1 mês. Só se não percebe isto é que pode querer reduzir o nº de contratos ou então pensa mesmo em gastar milhões dos contribuintes em professores que vão trabalhar 1 mês ou 6 horas semanais. Loucuras de governos que não sabem o que governam ou desgovernem. E no futuro pagamos todos.

      • anónimo on 11 de Dezembro de 2016 at 22:03
      • Responder

      Pois; Mariana, Não é só a questão económica que está em jogo.
      Se entrarem mais 10 000 docentes para os quadros com o argumento de se acabar com a precariedade, o que vai acontecer é que vão passar a ser todos precários. Os lugares dos efetivos vão deixar de estar seguros como até aqui.

        • Luis Torre on 12 de Dezembro de 2016 at 12:20
        • Responder

        Então que explicação encontra para o facto de só no 1º periodo serem necessários mais de 20.000 contratados ?
        Outra questão : se fosse contratado 10/15 anos tinha a mesma opinião ?

          • Vanda on 12 de Dezembro de 2016 at 14:48

          Muitos. Centenas que estão em mobilidade por doença e que não estão doentes mas apenas a apoiar familiares a somar aos que de facto estão doentes e ficaram este ano sem turma por decisão do me em fazer o concurso depois da mobilidade (pedido dos sindicatos) e logo foram necessários muitas centenas para ocupar o lugar daqueles. Medidas como as tutorias que sendo irrelevantes porque os alunos nem as frequentam mas criaram milhares de necessidades de horários incompletos. Desses muitos que fala só algumas centenas é que têm horários completos e anuais (e alguns pelo motivo referido acima) e esses terão ao fazer os 3 ou 4 anos seguidos vincularão. Agora não podemos estar a falar de horários de 4 horas semanais ou temporários como necessidades permanentes e que justifiquem vinculação. Uma coisa é acabar com recibos verdes e fazer contratos dignos com direito a caducidade inclusive, outra é vincular sabendo que necessidades se trata,

      • paula on 12 de Dezembro de 2016 at 21:54
      • Responder

      Estão com horário zero? mas isso é porque deixaram de se deslocar para onde existem horário, é mais fácil usar o contratado. Se calhar a Mariana até tem menos anos de serviço que muitos contratados (e estes não têm horários zero nem direito a ficar doentes).

    • João on 11 de Dezembro de 2016 at 20:54
    • Responder

    Se vincularem 10.000 podem aprovar um Regime Especial de Aposentação Docente….

    Deixa de existir justificação para manter professores com mais de 60 anos a leccionar

    http://www.fenprof.pt/Download/FENPROF/M_Html/Mid_181/Imagens/banner_36anos.jpg

      • Antonio Pinto on 11 de Dezembro de 2016 at 21:45
      • Responder

      Caro João
      O M.E. só pode abrir os quadros se criar um regime especial de aposentação no imediato ; esta problemática anda adormecida ,pela Fenprof comparativamente com o ruído que fazia com o governo anterior. Dá que pensar…….tem um governo e um parlamento para negociar com força este tema. Passou 1 ano e os resultados são um silencio sindical …

        • João on 11 de Dezembro de 2016 at 22:25
        • Responder

        Concordo plenamente consigo.

        É uma questão de justiça poderem aposentar-se todos os docentes acima dos 60 anos de idade.

        Esta justiça decorre de um desgaste extremo em resultado de ATURAR jovens /adolescentes numa Escola de Massas em que um docente está sujeito a agressões físicas e psicológicas a todo o momento. Sim!…o ambiente de Sala de Aula é agressivo onde reina um clima de tensão permanente.

        Por outro lado, fica mais barato ao Estado a aposentação dos docentes com mais de 60 anos do que pagar Baixas Médicas, absentismo, fármacos…..

        Por fim e corroborando as suas palavras diria que a abertura dos quadros a contratados só se justifica num cenário de um Regime Especial de Aposentação Docente, na medida em que as outras variáveis apontam em sentido contrário (natalidade, número de alunos no sistema…)

    • Rainha da sucata on 11 de Dezembro de 2016 at 23:00
    • Responder

    Espero que eu esyeja incluida. Tenho 15 anos em escola com contrato de associação e vou no 4.○contrato anual no público!

  1. Ficaram com o contacto da troika ? 🙂

      • Pepe on 12 de Dezembro de 2016 at 10:03
      • Responder

      Em breve estarão de volta… 🙁

    • Biobody on 12 de Dezembro de 2016 at 11:13
    • Responder

    Colegas,
    Fico atónico com alguns comentários. Sou professor contratado há 18 anos. Nestes 18 anos, conto mais de 6400 dias de serviço e uma dezena de colocações em horários anuais e completos. Não consideram que sou uma necessidade permanente? Mereço continuar precário, apesar de todos estes anos a trabalhar na escola público e apesar dos meus 41 anos de idade? Dos 20000 colegas contratados este ano, pelo menos metade correspondem a necessidades permanentes das escolas e já é hora de integrarem os quadros.

      • Biobody on 12 de Dezembro de 2016 at 11:15
      • Responder

      atónito (obviamente)

      • paula on 12 de Dezembro de 2016 at 21:59
      • Responder

      Quem está safo não se importa com os outros, estão com medo de acabarem com horários zeros e outros… quantos colegas se fingem de doentes e arranjam atestados? (infelizmente vejo alguns casos que me arrepiam) o contratado não falta…

      • BB on 13 de Dezembro de 2016 at 15:08
      • Responder

      Como é que conseguiu em 18 ANOS SÓ PERDER 100 DIAS ????

    • Farto on 12 de Dezembro de 2016 at 14:44
    • Responder

    Vinculações sim, mas DEPOIS de se respeitarem as preferências dos docentes já integrados na carreira que pretendem concorrer tb para onde abrem vagas nos QZP. Há que se respeitar as Prioridades que sempre existirem até aos Concursos Externos Extraordinários. E disto não vejo nenhum Sindicato falar, pois o que faz parangonas na TV e afins são os coitados dos contratados. Então e os dos QA/QZP desterrados que tentam há anos aproximação e nunca abrem vagas? Para depois se abrirem ao fim de 4 anos para um colega contratado?

      • paula on 12 de Dezembro de 2016 at 22:05
      • Responder

      Mas concorreu a uma zona longe da sua residência?, só para garantir a entrada no quadro, então agora tem que ter calma ou então volte a ser contratado (é tão bom e ainda temos a regalia de ficar no QZP onde queremos!).

        • Farto on 13 de Dezembro de 2016 at 15:54
        • Responder

        A Paula deve ser uma eterna contratada que só não entrou porque talvez tenha feito escolhas e acerca disso cada um sabe de si. Agora, também não pode atacar quem foi para mais longe, entrou e queira naturalmente a aproximação. Acho que faria exatamente o mesmo. O problema é que há quem esteja nos quadros há anos e não consegue aproximação, pois efetivamente não abrem vagas. Não sei há quanto tempo está no ensino, mas deve saber que há grupos em que por mais tempo de serviço que se tenha, por mais quilómetros calcorreados, simplesmente não há vagas. Continuo a achar que a ordem natural das coisas seja feita em função das prioridades como foi até certa altura. Ao menos sabíamos com que contar. Se arrisco efetivar para mais longe, sei que a seguir posso concorrer numa prioridade acima, enquanto quadro. E isto agora com os externos extraordinários não acontece.

    • Farto on 12 de Dezembro de 2016 at 14:46
    • Responder

    “existiram”

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