percentagem / porcentagem [Ortografia / Derivação]
Tenho curiosidade em saber, de uma vez por todas, qual a palavra mais correcta a usar: percentagem ou porcentagem?
Espírito Santo (Angola)
A palavra percentagem, mais comum em Portugal do que no Brasil, tem origem no inglês percentage, enquanto a forma porcentagem, mais usual no Brasil, é formada por justaposição e sufixação da locução por cento. A palavra inglesa percentage deriva das palavras latinas per e centum, que estão também na origem dos portugueses pore cento. Tem sido discutida por alguns autores a preferência a dar a cada uma destas formas, mas a questão não parece consensual. Assim, o uso de qualquer uma destas palavras é perfeitamente aceitável, tanto mais que ambas se encontram registadas em dicionários de língua portuguesa. Alguns destes marcam a palavra porcentagem como brasileirismo, mas a análise da sua frequência em corpora e em motores de pesquisa da internet em sítios portugueses indica que, apesar de menos usada que no Brasil, a sua utilização por falantes portugueses é, ainda assim, significativa.
No que diz respeito aos derivados de percentagem/porcentagem também parece haver alguma ilogicidade no seu uso. Apesar de a variante porcentagem ser muito frequente no Brasil, o adjectivo percentual tem bastante mais frequência queporcentual (esta forma nem sequer se encontra registada nos mais recentes dicionários editados no Brasil, apesar de poder ser encontrada no Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras). Ora, parece natural que, se se der preferência à forma porcentagem num texto, se dê também preferência à forma correlata porcentual, o mesmo se aplicando a percentagem e percentual. Esta última é também correntemente usada como substantivo masculino, com o mesmo significado que percentagem/porcentagem, daí que possa persistir alguma indeterminação no uso de todas estas variantes.
Ver também: porcentagem ou percentagem / por cento
Incrível, ainda há mais de 16% que vota PSD/CDS… enfim, eu não faço a mínima ideia qual é o partido que vai
governar melhor, mas uma coisa sei, desde que estou minimamente atento ao fenómeno da política, que constato que
os portugueses são bastante tolerantes com a mentira, mesmo quando elas
são claras, mesmo quando elas fariam corar de vergonha qualquer pessoa
com um mínimo de vergonha na cara (eu bastava-me mentir 10% do que ele
mentiu antes das eleições e já não conseguiria encarar uma única
pessoa)… e depois admiram-se de ter políticos mentirosos, corruptos,
etc…
O syriza também prometeu mundo e fundos. Nunca tive partido nem fação, mas sei que nestes últimos 4 anos o dinheirinho caiu sempre certinho na conta e nunca me impuseram limites aos levantamentos bancários. Só para recordar, nos últimos meses do PS, os professores e alunos da minha escola levavam papel higiénico de casa para limpar o rabo, caso necessitassem de fazer o serviço na escola. Falar é muito bonito, ladrões são todos!!
510, a questão não é essa, acho devias ler com mais atenção o que escrevi. Aliás o que Passos Coelho fez foi mais ou menos o mesmo que o Tsipras, a diferença é que chegou ao governo e fez tudo menos aquilo que prometeu que ia fazer. E, aparentemente, muita gente acha normal… tal como disse, nem sei se o PSD governará melhor ou pior que o PS (o meu voto com toda a certeza nenhum destes partidos terá) mas votar no PSD/CDS significa dizer, “podem mentir à vontade, dizer algo e fazer o contrário”, independentemente de aquilo que fazem será o melhor ou não, isso é de difícil e subjetiva avaliação. O que não tem nenhuma subjetividade é dizer que se vai por um caminho para ganhar as eleições e depois fazer exatamente o contrário, o Sócrates também já tinha feito o mesmo antes, e todos o têm feito, mas Passos Coelho acho que bateu todos os recordes, de aldrabice… aliás, o Tsipras, se fizer algo muito diferente do que prometeu aos gregos na campanha eleitoral dificilmente não pedirá a demissão. O problema atual está mesmo aí, eles pensavam que a Europa cederia mais do que aquilo que está a ceder, e isso deixa o Syriza numa situação delicada perante o povo grego. Só mesmo em Portugal é que ninguém fica em posição delicada, demitir-se nem pensar, mesmo que se minta com todos os dentes que têm. O Isaltino também ganha todas as eleições que quiser em Oeiras, parece que “rouba mas faz”, como dizem muitos… enquanto a tolerância à mentira se mantiver nestes níveis em Portugal, dificilmente teremos um país com mais igualdade social e menos corrupção.
12 comentários
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Será que os professores já se esqueceram da MLR? Já se esqueceram das politicas implementadas durante 6 anos?
Adorei “PORCENTAGEM”. Não se pode pedir muito mais a um professor de ET.
Que comentário mais ESTÚPIDO…
Comentário triste e de alguma ignorância.
percentagem / porcentagem [Ortografia / Derivação]
Tenho curiosidade em saber, de uma vez por todas, qual a palavra mais correcta a usar: percentagem ou porcentagem?
Espírito Santo (Angola)
A palavra percentagem, mais comum em Portugal do que no Brasil, tem origem no inglês percentage, enquanto a forma porcentagem, mais usual no Brasil, é formada por justaposição e sufixação da locução por cento. A palavra inglesa percentage deriva das palavras latinas per e centum, que estão também na origem dos portugueses pore cento. Tem sido discutida por alguns autores a preferência a dar a cada uma destas formas, mas a questão não parece consensual. Assim, o uso de qualquer uma destas palavras é perfeitamente aceitável, tanto mais que ambas se encontram registadas em dicionários de língua portuguesa. Alguns destes marcam a palavra porcentagem como brasileirismo, mas a análise da sua frequência em corpora e em motores de pesquisa da internet em sítios portugueses indica que, apesar de menos usada que no Brasil, a sua utilização por falantes portugueses é, ainda assim, significativa.
No que diz respeito aos derivados de percentagem/porcentagem também parece haver alguma ilogicidade no seu uso. Apesar de a variante porcentagem ser muito frequente no Brasil, o adjectivo percentual tem bastante mais frequência queporcentual (esta forma nem sequer se encontra registada nos mais recentes dicionários editados no Brasil, apesar de poder ser encontrada no Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras). Ora, parece natural que, se se der preferência à forma porcentagem num texto, se dê também preferência à forma correlata porcentual, o mesmo se aplicando a percentagem e percentual. Esta última é também correntemente usada como substantivo masculino, com o mesmo significado que percentagem/porcentagem, daí que possa persistir alguma indeterminação no uso de todas estas variantes.
Ver também: porcentagem ou percentagem / por cento
Fonte: http://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica.aspx?DID=764
Pensei que eras professora em Portugal. Para justificar a imbecilidade, tudo é possível.
Tens de pedir ao polldaddy a correcção das traduções, não a mim.
E dos resultados, também gostaste?
A memória de alguns portugueses é bem curta!
Incrível, ainda há mais de 16% que vota PSD/CDS… enfim, eu não faço a mínima ideia qual é o partido que vai
governar melhor, mas uma coisa sei, desde que estou minimamente atento ao fenómeno da política, que constato que
os portugueses são bastante tolerantes com a mentira, mesmo quando elas
são claras, mesmo quando elas fariam corar de vergonha qualquer pessoa
com um mínimo de vergonha na cara (eu bastava-me mentir 10% do que ele
mentiu antes das eleições e já não conseguiria encarar uma única
pessoa)… e depois admiram-se de ter políticos mentirosos, corruptos,
etc…
O syriza também prometeu mundo e fundos. Nunca tive partido nem fação, mas sei que nestes últimos 4 anos o dinheirinho caiu sempre certinho na conta e nunca me impuseram limites aos levantamentos bancários. Só para recordar, nos últimos meses do PS, os professores e alunos da minha escola levavam papel higiénico de casa para limpar o rabo, caso necessitassem de fazer o serviço na escola. Falar é muito bonito, ladrões são todos!!
510, a questão não é essa, acho devias ler com mais atenção o que escrevi. Aliás o que Passos Coelho fez foi mais ou menos o mesmo que o Tsipras, a diferença é que chegou ao governo e fez tudo menos aquilo que prometeu que ia fazer. E, aparentemente, muita gente acha normal… tal como disse, nem sei se o PSD governará melhor ou pior que o PS (o meu voto com toda a certeza nenhum destes partidos terá) mas votar no PSD/CDS significa dizer, “podem mentir à vontade, dizer algo e fazer o contrário”, independentemente de aquilo que fazem será o melhor ou não, isso é de difícil e subjetiva avaliação. O que não tem nenhuma subjetividade é dizer que se vai por um caminho para ganhar as eleições e depois fazer exatamente o contrário, o Sócrates também já tinha feito o mesmo antes, e todos o têm feito, mas Passos Coelho acho que bateu todos os recordes, de aldrabice… aliás, o Tsipras, se fizer algo muito diferente do que prometeu aos gregos na campanha eleitoral dificilmente não pedirá a demissão. O problema atual está mesmo aí, eles pensavam que a Europa cederia mais do que aquilo que está a ceder, e isso deixa o Syriza numa situação delicada perante o povo grego. Só mesmo em Portugal é que ninguém fica em posição delicada, demitir-se nem pensar, mesmo que se minta com todos os dentes que têm. O Isaltino também ganha todas as eleições que quiser em Oeiras, parece que “rouba mas faz”, como dizem muitos… enquanto a tolerância à mentira se mantiver nestes níveis em Portugal, dificilmente teremos um país com mais igualdade social e menos corrupção.
Olha que bom. O dinheirinho caiu na conta. Nem que um dia só lá caiam uns trocos… mas cai.
À minha volta posso ter 20% de desempregados e milhares a emigrar, mas na minha conta… na minha conta.
Esta cidadania…