O Documento da DGS em Discussão Pública

E esta chamada de atenção que recebi.

 

A Direção-Geral da Saúde coloca em discussão pública, até ao dia 15 de julho de 2015, a Estratégia Nacional para a Promoção da Atividade Física e Bem-estar.

A submissão de contributos deve ser efetuada através do endereço eletrónico: ENPAF@dgs.pt.

Lê-se no documento em apreciação, na página 13: “O Ministério da Educação tem desenvolvido diversos programas para aumentar o número dos alunos que, nos diversos graus de ensino, praticam regularmente atividade física e desporto“.
Como é possível ter a desfaçatez de se afirmar uma inverdade deste calibre, quando foi precisamente este ministério que reduziu a carga horária da disciplina de Educação Física na escola pública, bem como desvalorizou a disciplina ao retira-la do cálculo da nota final do ensino secundário???

 

Clicar na imagem para abrir o documento Estratégia Nacional para a Promoção da Atividade Física, Saúde e Bem-estar (DGES), que se encontra em discussão pública até ao dia 15 de Julho.

 

dgs

 

Mais informações:

Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2015/06/o-documento-da-dgs-em-discussao-publica/

13 comentários

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    • José on 29 de Junho de 2015 at 14:58
    • Responder

    Mata e depois diz que vai ressuscitar… o mais certo é continuar morto. Mas fica bem estas coisas. Tristes.

    • Zé Morgado on 29 de Junho de 2015 at 18:29
    • Responder

    O despudor sem fim http://atentainquietude.blogspot.pt/2015/06/pedala-miudo-pedala.html

    • Paulo Pereira on 29 de Junho de 2015 at 18:33
    • Responder

    Nunca nos habituaremos à hipocrisia dos discursos dos políticos.
    Os factos são os da redução da carga lectiva semanal de Ed. Física e a alegada “desvalorização” da disciplina ao retirá-la do cálculo da média final, no 12.º Ano.

    Quanto aos factos, há aspectos que não são considerados, mas dever-se-iam considerar:
    – As actividades de Desporto Escolar dão emprego a muitos docentes de Educação Física, e ainda bem!
    – Foi retirada, no cálculo da média final do 12.º ano, a disciplina de Educação Física e, na minha opinião, e na de muitos Pais, ainda bem! O prestígio da disciplina mantém-se, e a “desvalorização” da disciplina é um argumento algo obtuso, convenhamos.
    – Não há-de ser em tempos dispersos de Educação Física na mancha horária semanal dos alunos que fará deles pessoas saudáveis. Esse desígnio cumpre-se, de forma mais eficaz, no Desporto Escolar e/ou em actividades desportivas praticadas regularmente fora do horário lectivo. Sobre este assunto, sempre considerei algo caricato haver tempos de 45 minutos para Educação Física, dos quais 10 a 15 minutos são para equipar/desequipar.
    – O desígnio da disciplina de Educação Física está contido no próprio nome da disciplina: Educar para a actividade física. Com a consequente carga teórica e sensibilização do aluno para tal. E só neste campo há um universo de acção pedagógica a desenvolver. E está a par com outra disciplina de grande importância, que é a Educação Visual, erradamente conotada com a realização de rabiscos mandados fazer pelo professor.
    – É pedagogicamente errado penalizar alunos que, tendo vontade, não têm jeito nem aptências, natas ou inatas. Tão errado é chumbar um aluno que nunca saberá desenhar, como chumbar um aluno à conta dos registos do cronómetro.

      • Helio martins on 29 de Junho de 2015 at 22:35
      • Responder

      Concordo! Também acho errado penalizar alunos que, tendo vontade, não tem aptências para o cálculo mental, e chumbam às custas de uma máquina de calcular… E aqueles que não têm aptências para a escrita, leitura, e chumbam às custas de um texto, de uma interpretação… Apesar dos muitos tempos letivos empregues, e de muitos professores-explicadores pagos pelos pais.

      • EF - FP on 30 de Junho de 2015 at 0:05
      • Responder

      Quando a ignorância é tão grande…!!!! Devia ter vergonha em dizer tantas barbaridades num texto tão pequeno. Não sei se é educador, mas se sim e se é de uma das áreas das expressões, o meu espanto é ainda maior…!! Não acredito que não saiba que existem uma serie de estudos que correlacionam de forma extremamente significativa as áreas de expressão e o seu aumento no espaço letivo, com a melhoria dos resultados escolares. Dizer que o nível que abordamos a educação física depende de “apetências” inatas é outra barbaridade do tamanho do mundo, e por isso espero que não seja educador. Percebe-se que não sabe nada de pscimotricidade e isso até poderia compreender, mas é mais grave, demonstra percebe muito pouco dos sistemas neuronais e a forma como são influenciados/desenvolvidos pelas aprendizagens. Sabe, o nosso reportório motor, assim como todos os restantes reportórios são fruto na sua grande, mas mesmo grande maioria, fruto das vivências. Teria muito para lhe escrever aqui e para lhe demonstrar que está enganado, muitas coisas que na área da educação física naturalmente não iria entender, alguns estudos que poderiam demonstrar o que referi anteriormente, palestras na área da actividade física para desmistificar os mitos que ainda existem, mas ainda assim não me parece o mais indicado. Isto porquê? Porque tenho a certeza que não teria qualquer interesse e não os iria sequer ver. Assim deixo-lhe uma palestra de uma pessoa que não é da área da atividade física, mas sim da filosofia, onde desmistifica o conceito do inato, entre outras questões que me parecem importantes para todos os educadores. Só lhe peço que assista, não se vai arrepender certamente. Não está relacionada com a educação física, por isso acredito que não será preconceituoso. Depois, estude um pouco sobre os diversos temas antes de dizer barbaridades do tamanho do mundo. Só sei que nada sei, ao contrário de si, que pelos visto sabe tudo e de todas as áreas…

      Palestra: https://www.youtube.com/watch?v=WjWeJbOVYP8

        • Paulo Pereira on 30 de Junho de 2015 at 15:27
        • Responder

        (Se há alguém com preconceitos contra o interlocutor, não sou eu, certamente. Mas observar isso não está ao alcance de qualquer um, particularmente quando liga o registo da agressividade emocional)

        Teorias e estudos, há-os em abundância.
        E valem na medida dos interesses de cada um, obviamente.

        No Ensino Superior particularmente em disciplinas específicas de formação de docentes, há muitas orientações resultantes de estudos profundos sobre o fenómeno da Educação/Instrução. Que, acredito, são perspectivas extremamente válidas para o todo de conhecimentos que um profissional do ensino deve ter.

        Só que a diferença entre ter tais conhecimentos teóricos e colocá-los em prática tem muito que se diga. E nada melhor que observar as práticas no Terreno. Não queira pôr as mãos no fogo por ninguém da SUA área, caro EF.

        As Expressões são desvalorizadas na nossa Sociedade, é um facto. Mas vamos a factos aferíveis no Terreno:
        Nunca a promoção das actividades físicas para o bem-estar dos cidadãos tiveram, como têm hoje, tanta divulgação. E ainda bem! Contudo, entendo que a Escola tem o papel fundamental de EDUCAR os cidadãos em formação para os benefícios do exercício físico, de forma explícita e não de forma implícita. Empatar alunos com actividades cronometradas e quantificadas, como se de um campeonato se tratasse, não só vai contra o desígnio do que se pretende de uma efectiva Educação Física, como é algo redundante, pois geralmente os alunos com bons préstimos na actividade física não o devem à disciplina em si, mas a práticas saudáveis e reiteradas fora da Escola, cujas destrezas, já desenvolvidas, lhes permitem melhor desempenho em outras modalidades, mesmo que experimentais. Prove-me o contrário com exemplos!

        O Ensino Articulado está a emergir em força nas escolas públicas e ainda bem! a generalidade dos resultados de alunos que frequentam esta modalidade de ensino demarca-se indisfarçavelmente dos alunos do Ensino Regular. Alunos que, no Básico, frequentaram esta modalidade de ensino são facilmente identificados nos resultados obtidos nas disciplinas do Ensino Secundário. Tem uma aptência especial para se manterem concentrados e atentos, como resultado da experiência desenvolvida no domínio de um instrumento musical. Além de que os alunos do Articulado têm muito mais disciplinas que os do Ensino Regular, advindo daí a necessidade de desenvolverem destrezas ao nível da gestão do seu tempo livre e do tempo de trabalho. E alguns também praticam desportos fora da Escola.

        O parente pobre, mal compreendido, sujeito a ideias feitas sobre a sua utilidade prática no currículo nacional, é a vertente da Educação Visual. Num estudo mais atento, constata-se que esta área é transversal a todas as disciplinas e áreas do saber. À semelhança das demais áreas das Expressões, o adestramento destas competências deve ser feito desde cedo, o que, fatalmente, não acontece.
        O Desenho de representação da realidade é uma das formas de adestrar a capacidade de observação. Mas há outras formas. Isto para dizer que o “jeito para o desenho” é algo ainda mal entendido por muitos professores, alguns deles julgando erradamente que “já nasce com o dom”. O desenho aprende-se! E é logo desde antes do pré-escolar, quando a criança começa a observar o mundo que o rodeia e o tenta representar no papel. A observação requer silêncio e atenção, característica que não é universal em todas as crianças pelos mais variados motivos, particularmente ao nível psicológico. Uma criança irrequieta tende a desenvolver tardiamente as destrezas do desenho de representação, pelos motivos que julgo óbvios.
        A Escria é uma forma de desenho, embora pessoas insuspeitas não tenham presente essa correlação. E também se adestra!
        Se um professor do 1.º Ciclo (e não só) inculca numa criança formas estereotipadas do que é uma “Árvore”, por exemplo, perdeu uma oportunidade de Ouro para fazer verdadeira pedagogia, levando a criança a observar in-loco uma árvore, com as suas proporções, diversidades e detalhes.
        No pré-escolar, é rara a criança que não tenha gosto por desenhar os seus rabiscos. Está na sua fase inicial de adestramento da mão e da observação do que a rodeia. No 3.º ciclo constata-se algo aterrador: crianças que não gostam de desenhar, que acham que não têm jeito, resignando-se a essa condição de incapazes… O que se passou, entretanto, ao longo do percurso escolar, que as levou a interiorizar esse estigma? Bem, a resposta é chocante, mas é factual: foram, a dada altura, os seus professores, ao longo do seu percurso escolar.
        —–

        Sempre me fez confusão os discursos corporativistas e lobbyistas em torno de algo, de forma inflamada, atendo-se, nas suas vistas curtas, como geralmente acontece, ao assunto da sua área de interesse.
        Ora essa atitude não beneficia em nada qualquer discurso que se queira isento e, tanto quanto possível, suficientemente abrangente, de modo a se ter uma perspectiva do Todo, e não de uma parte do mesmo.
        Um carpinteiro é especialista na sua área de actuação e é algo arriscado generalizar sobre áreas que desconhece;
        Um sociólogo ou alguém com formação em Ciências Sociais tem mais capacidade para se isentar e se demarcar das pressões lobbyistas de um oude outro grupo. Está, como se costuma dizer, “out of the box”.
        A minha opinião tenta, tanto quanto possível, evitar contaminações de grupos de interesse, como por exemplo o forte lobby da Educação Física, que não se furta à adjectivação insultuosa para fazer valer os seuis pontos de vista. Pois bem, temos pena! Não são mais nem menos que os outros, valem o que valem, ou seja, o mesmo que os demais.
        Pois há mais Vida, igualmente válida, fora dos círculos corporativistas dos senhores da Educação Física.

        Paulo Pereira,
        Professor de Artes Visuais,
        pertencente a um Agrupamento de Expressões há décadas,
        com a deformação profissional de saber observar o que o rodeia, muito devido à sua formação em Arquitectura.
        No seu currículo constam disciplinas de Ciências Sociais, Psicologia da Educação entre outras insuspeitas.

          • José on 1 de Julho de 2015 at 0:23

          “Não são mais nem menos que os outros, valem o que valem, ou seja, o mesmo que os demais.” Se assim é, se assim pensa não entendo essa “diarreia mental”, mas também não deve ser para entender Sr. Arquitecto e com tantas décadas deve/devia estar reformado e pense que os profissionais de Educação Física actualmente não são aqueles que conheceu no ensino, no mesmo ensino onde ia parar tudo… engenheiros, arquitectos e outros. e há muitas maneiras de insultar… até a sorrir e de forma muito educada. Mas acredito que ainda existam alguns “professores” de Educação Física do seu tempo no ensino.

          • Marco on 1 de Julho de 2015 at 10:38

          Por armor de deus! Comentario rico em vocabulario e tao miseravel de conteudo.

          • Vitor Vassalo on 1 de Julho de 2015 at 13:27

          O Sr. Paulo Pereira é ignorante e não sabe do que fala. Mas este facto não o isenta de culpa. Vá IMEDIATAMENTE ler o programa de EF e tire dúvidas com alguém da área. SÓ a seguir deveria voltar a escrever. Quanto ao cronómetro, use-o para avaliar quanto tempo aguenta sem dizer barbaridades.

    • Jorge on 29 de Junho de 2015 at 19:53
    • Responder

    Sr Paulo Pereira, a sua ignorância fica claramente demonstrada em tudo aquilo que escreveu. Como professor devia ter vergonha em diferenciar disciplinas e em ser apologista do “dar notas”, como pai devia ter vergonha em defender o beneficio de meia dúzia de alunos em detrimento da maioria (que ficou prejudicada com a não inclusão da nota de Educaçao Física na média final). E fica a pergunta: que dignidade e importância pode ter uma disciplina que não tem valor avaliativo?

      • Paulo Pereira on 29 de Junho de 2015 at 22:43
      • Responder

      Caro Jorge, não se limite a adjectivar e pense um pouco:
      Que dignidade e importância pode ter uma disciplina que não tem valor avaliativo, como EMRC e Área de Integração, por exemplo?

      As argumentações que apresenta são casos particulares, que, por si mesmo, devem ser relativizadas. Não se tome a parte pelo todo!
      Evidencia poucos conhecimentos relativamente às diferentes tipologias das Áreas do Saber e, no seu curto comentário, acabou por não dar a sua opinião sobre as capacidades/limitações de alunos nas suas prestações ao nível das Expressões, na qual se incluem as actividades desportivas.
      Há disciplinas que lidam com a componente de destrezas, que muitas vezes foram adestradas ao longo do pré-escolar e se manifestam ou não no 3.º Ciclo e Secundário.
      Isto para dizer que há competências que se adestram com o tempo, pois dependem muito da componente física; outras são de âmbito mais mental.
      Educação Física/ Educação Visual têm valências absolutamente distintas de outras disciplinas, como as Línguas, Matemática, etc.
      Quer exemplos práticos? Educação Física e Educação Visual, têm a mesma tipologia de estudo que, por exemplo, Português, em que o aluno fica acomodado, sentado em frente à sua mesa de trabalho a estudar? Quer-me parecer que não. Penalizar um aluno brilhante intelectualmente mas que é descoordenado fisicamente é absurdo! Pois o aluno, por mais que se esforce, não vai, em um triénio, e com a carga horária semanal diversificada, ter qualquer melhoria!
      Esta constatação é básica!

      Se sou apologista do “dar notas”… Uma avaliação final, quer queira quer não, é quantitativa. Queria dar o quê, mais?
      Benefício de meia-dúzia de alunos e etc. Se a disciplina não conta para efeito de médias de 12.º ano, não estou a ver quem seja prejudicado, pois há equidade. Além de que o aluno sempre pode valer-se da nota final de Filosofia.

      Quanto à “dignidade” de uma disciplina… Bem, a dignidade da mesma é dada pelo professor que a lecciona, através da sua pedagogia e dos conhecimentos que o aluno adquire.
      Eu estou sintonizado na formação integral do Aluno, e não na “quantificação” dos seus desempenhos. A atitude de um aluno face a um problema; a motivação do mesmo, o empenho, a vontade em saber e em superar os desafios.
      Uma aluna em cadeira de rodas pode ter uma excelente “educação física”, independentemente de ter ou não adequações curriculares!
      Um aluno amputado das mãos pode ter uma excelente “educação visual”.
      Se ler os termos entre aspas liberto do lugar-comum que é o nome da disciplina, talvez perceba a minha mensagem.

      Ah, e ignorante é a sua tia!
      Carece, no entanto, de demonstração, mas esse é problema seu.

        • josé on 29 de Junho de 2015 at 22:58
        • Responder

        Procure estudos e verá que alunos “brilhantes” também o são na Educação Física. Se sabe o que é a psicomotricidade e a motricidade entenderá. E não insulte a tia de ninguém. Se alguém o insultou, mostre que é melhor. Argumente como tem feito. Quem gosta come e quem não gosta não olhe.

    • Fafe on 29 de Junho de 2015 at 20:04
    • Responder

    Tenho um botão para Discussão Pública – mas nunca funcionou, a culpa é minha não saber a hora e o local.

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