Já se começam a contar miúdos…
Os agrupamentos de escolas já começam a ter uma ideia das turmas que vão conseguir constituir, o prazo de para novas matrículas para a entrada no 1º ciclo já estão quase a terminar, dia 15 de junho.
Na minha escola o futuro não é risonho. No ano passado houve 10 novas matrículas, perdeu-se uma turma, a escola passou de 4 turmas para 3. Os miúdos do 1º ano foram divididos pelas turmas do 3º e 4º ano, 5 para cada. Este ano a “coisa” piorou, 3 matriculas já dadas como certas e uma outra que pode ser ou não. Quatro miúdos, quatro…
A minha pequena escola, é apenas um exemplo do que se passa por todo o país, serão raras as escolas que terão aumento de turmas ou, sequer, de matrículas. O futuro que se avizinha não é o mais risonho.
O nosso ministro já veio a publico anunciar que este ano não encerrará escolas do 1º ciclo, mas não falou sobre a diminuição de turmas, o que não é a mesma coisa, e para que tal declaração tenha sido proferida foi necessário ser ano de eleições. Não se iludam, é apenas um interregno, para o ano, esteja lá quem lá estiver, o encerramento irá continuar a ser feito.
Não tardará, começaremos a ouvir falar da junção de agrupamentos entre concelhos pela mesma razão.
A redução da taxa de nascimentos é deveras preocupante e reflete-se no número de crianças a ingressar na escolaridade obrigatória. Os anos que se avizinham não trarão “melhoras”, bem pelo contrário.
Este panorama não vai melhorar, mas não será apenas o 1º ciclo a ressentir-se destes números, em breve os outros ciclos estarão com o mesmo problema.
O País tem um problema de demografia que não está a ser resolvido, as consequências vão ser bem notórias a médio prazo.
Quais?…
Basta usar a imaginação…