27 de Junho de 2015 archive

Descubra a Diferença

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Confesso que me perturba e assusta alguns discursos contra os pais. Não porque eu seja melhor, ou que tenha lido muito mais sobre psicologia, ou que seja mais simpático do que alguns colegas.

Na realidade muitas das lacunas que temos na nossa profissão resumem-se à falta de sensibilização na nossa formação inicial ou na formação ao longo da vida.

Antes de ser professor fui técnico comercial de vários produtos. Uma das empresas onde trabalhei tinha uma política de vendas muito agressiva. Um dos nossos maiores desafios era receber um cliente mal disposto e conseguir vender-lhe o produto. Quando isso acontecia comemorávamos o acontecimento com um banho de champanhe. Todos ambicionávamos esse momento.

Travar guerras com pais não nos leva a lado nenhum, ter pais como aliados leva-nos ao sucesso. Para isso não podemos ser agressivos no nosso discurso, mas temos que ser agressivos nos nossos objetivos.

Como é que eu posso ter os pais do meu lado? Esta pode ser uma boa pergunta para ajudar-nos a unir esforços.

Não compreender que ter os pais do nosso lado pode ser um passo para dominar a turma e querer dominar sem qualquer estratégia que não seja a ideia de que somos professores e que nos devem respeito, é estar num processo de negação.

Experimentar pela primeira vez pode não trazer resultados imediatos. É necessário ter abertura para falhar, mas como diria Samuel Beckett: “Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor”.

Experimenta e descobre a diferença.

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É o Que Faz Pagar Directamente a (Algumas) Famílias

Ficam os “professores” sem o vencimento, os alunos sem aulas no próximo ano e as famílias com a “despensa” cheia.

 

Ai quando o “cheque ensino” for para a frente…

 

pagamento as familias

 

 

Em causa está o modelo de pagamento do subsídio de educação especial, que passou a ser pago aos pais.

 

 

Marta Santos é terapeuta da fala. Dá apoio a crianças na escola de um bairro carenciado de Porto Salvo, em Oeiras. Ajuda crianças com dificuldades em soletrar determinados sons, crianças com gaguez e com problemas de expressão. Mas três crianças que acompanhou até agora não vão receber apoio no próximo ano lectivo, porque os pais não lhe chegaram a fazer o pagamento de vários meses de trabalho. “Faz-me muita pena e é revoltante”, desabafa, lamentando as consequências para os jovens das atitudes “menos honestas” dos pais. “Uma destas crianças até se abraçou a mim a chorar quando soube que não ia acompanhá-la mais, fez-me um desenho em que dizia que eu era a melhor amiga dela”, relata.

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Também me Chegaram Informações que o Recurso Hierárquico não Funcionou Ontem à Noite

A aplicação do Recuso Hierárquico devia estar em funcionamento até às 23:59 de ontem, contudo, chegou-me mais do que um e-mail de quem estava a tentar submeter o recurso às 22 horas e já não o conseguiu fazer.

Se é anormal alguém deixar coisas destas para a última hora, mais anormal é a DGAE ter fechado a aplicação antes do seu termo.

Não deverão ser muitos a não ter conseguido submeter o recurso hierárquico, mas nem que fosse apenas um já merecia que eu fizesse este artigo.

ADENDA: por ter sido dito por outros colegas que às 23 horas conseguiram submeter o recurso, o mais provável é que quem não conseguiu submeter se deveu a problemas no acesso que os impediu se submeter.

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E Quem Não Aceitou a Colocação na Aplicação?

Parece mentira, mas no dia seguinte ao fim do prazo das aceitações recebo sempre vários e-mails a dizerem-me que deixaram passar o prazo de aceitação e a perguntar o que devem fazer agora.

Neste momento a aceitação pode ser feita de forma presencial na escola de colocação ou na escola onde se colocavam à data da candidatura, no caso do concurso externo.

 

Diz o artigo 16º do Decreto-Lei 83-A/2014, de 23 de Maio.

 

 

Artigo 16.º
Aceitação

 
1 — Os candidatos colocados na sequência do concurso interno ou externo devem aceitar a colocação na aplicação informática a disponibilizar pela Direção-Geral da Administração Escolar, no prazo de cinco dias úteis.
2 — Os candidatos colocados na sequência dos restantes concursos devem aceitar a colocação na aplicação informática a disponibilizar pela Direção-Geral da Administração Escolar, no prazo de 48 horas, correspondentes aos dois primeiros dias úteis seguintes à publicitação da lista de colocação, com exceção dos candidatos à contratação de escola, nos termos do n.º 3 do artigo 40.º
3 — Aos candidatos colocados nos concursos interno e de contratação é dada a faculdade de, dentro dos prazos indicados, poderem aceitar a colocação de modo presencial na sede do agrupamento ou na escola onde foram colocados e no caso do concurso externo, na sede do agrupamento ou escola onde se encontravam à data da candidatura.

 
Se fizeram essa “apresentação” a escola deverá conseguir proceder à aceitação pelo docente.

Mas se nem uma coisa nem outra fizeram sujeitam-se à aplicação do artigo 18º do mesmo diploma.
 

Artigo 18.º
Deveres de aceitação e apresentação

 
O não cumprimento dos deveres de aceitação e apresentação é considerado, para todos os efeitos legais, como não aceitação da colocação e determina a:
a) Anulação da colocação obtida;
b) Instauração de processo disciplinar aos docentes de carreira com vista à demissão ou despedimento;
c) Impossibilidade de os docentes não integrados na carreira serem colocados em exercício de funções docentes nesse ano, através dos procedimentos concursais regulados no presente diploma.

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Notícias Soltas do Dia de Hoje

Há pais de crianças com necessidades educativas especiais a gastar apoios do Estado em férias e tablets

Pais que fiquem com subsídio de educação especial incorrem em crime de negligência – Observador

Um ano presos apenas por Matemática – PÚBLICO

 

A escola é para ensinar | Notícias de Coimbra

Crato sob pressão – JN

PISA: quinze anos depois – PÚBLICO

Uma Agenda de Inovação para Portugal – PÚBLICO

 

Governo envia calendário escolar para publicação em Diário da República > TVI24

Ministério ultima protocolo com instituto chinês sob suspeita noutros países – PÚBLICO

Professores querem regime especial de aposentação > TVI24

Dgae não reconhece erros nos concursos de professores – fenprof – SAPO

Fenprof acusa MEC de financiar “interesses privados com dinheiros públicos”

Sindicato critica atraso na entrada em vigor do Estatuto da Carreira do Docente nos Açores – Açoriano Oriental

Madeira anuncia vinculação de mais 194 professores no próximo ano letivo | Jornal da Madeira

Governo dos Açores nega encerramento de escola na Terceira e na Graciosa – Açoriano Oriental

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Calendário Escolar e Exames 2015/2016

Despacho n.º 7104-A/2015 – Diário da República n.º 123/2015, 3º Suplemento, Série II de 2015-06-26

 

 

Ministério da Educação e Ciência – Gabinetes dos Secretários de Estado do Ensino e da Administração Escolar e do Ensino Básico e Secundário

 

Determina o Calendário Escolar e o Calendário de realização das provas finais do ensino básico, do Preliminary English Test, dos exames finais nacionais do ensino secundário, das provas de equivalência à frequência e de afixação dos respetivos resultados para o ano escolar de 2015-2016

 
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Download do documento (PDF, Unknown)

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Pois…

(…)

No entanto, políticas de intervenção na primeira infância em famílias em situação de pobreza que visam a promover a igualdade de oportunidades nos primeiros anos de vida das crianças, são políticas que promovem a justiça social e ao mesmo a eficiência económica, nomeadamente a criação de capital humano, aumento de produtividade, e, consequentemente, o crescimento económico.

James Heckman, prémio Nobel da Economia e professor da Universidade de Chicago, em cooperação com vários investigadores de universidades norte-americanas e europeias, tem-no demonstrado através de várias experiências sociais que consistem em intervenções na primeira infância, sendo as crianças seguidas depois por várias décadas. Muitos destes programas põem crianças desfavorecidas em pé de igualdade com crianças de uma classe média.

A título de exemplo, intervenções em crianças desfavorecidas nos Estados Unidos com apenas 6 a 8 semanas de vida, que consistem na providência de alimentos, exames médicos, atividades lúdicas com educadores de forma continuada nos primeiros anos de vida, mostraram ter um impacto positivo no quociente de inteligência até aos 21 anos de idade. Uma outra intervenção, em crianças desfavorecidas na Jamaica, mostrou que 1 hora por semana despendida em atividades lúdicas teve maior impacto do que apenas providenciar melhor nutrição, mas sendo preferível a combinação de ambas. Esta experiência em particular, mostrou que as crianças que foram sujeitas à intervenção auferiram, na fase adulta, de um rendimento 25% maior do que crianças que não receberem qualquer ajuda.

Os recursos na economia são limitados, é certo. Mas pagamos impostos e exigimos que quem nos governa decida da melhor forma o que fazer com essas receitas. Ora, já que investir na igualdade de oportunidades na primeira infância tem demonstrado criar valor económico que supera os custos, ao mesmo tempo que promove a justiça social, faz sentido que políticas de promoção da igualdade no início de vida das crianças superem diferenças ideológicas e estejam presentes nos programas de governo da esquerda e da direita. (…)

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Compreendo-te: Quando a Mesma Sai na Farinha Amparo…

“A licenciatura é uma mágoa que eu transporto”

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