Governo coloca quatro mil professores nos quadros nesta legislatura, diz Nuno Crato
Ao fim de quatro anos, mais de quatro mil professores passam a ter um lugar definitivo no sistema de ensino.
Um número anunciado pelo ministro da Educação na entrevista que deu à Antena 1 e ao Diário Económico.
Nuno Crato sublinha que há muitos anos não havia uma abertura tão grande de vagas deste género, embora não indique quantos professores saíram do sistema durante esse período.
O concurso a decorrer para a vinculação dos professores à função pública vai permitir o acesso ao sistema de um conjunto de professores que até agora por via da chamada “lei travão” estavam impedidos de sair da situação de precariedade.
A entrevista ao ministro da Educação pode ser ouvida na Antena 1, no programa Este Sábado com a jornalista Rosário Lira.
A entrevista pode ser ouvida aqui na integra.
Entrevista a Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência
Em apenas uma legislatura, mais de quatro mil professores passam a ter um lugar definitivo no sistema de ensino, refere o ministro Nuno Crato.
O concurso a decorrer para a vinculação dos professores à função pública vai permitir o acesso ao sistema de um conjunto de professores que, até agora, por via da chamada “lei travão” estavam impedidos de sair da situação de precariedade. Anúncio feito à Antena1 e Diário Economico pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
Até agora, apenas entravam nos quadros os professores com mais de cinco anos de serviço e cinco contratos anuais completos e sucessivos. Nuno Crato anunciou, nesta entrevista à Antena1 e ao Diário Económico, que também um conjunto de professores que não satisfazem esta condição, mas têm mais graduação possam ter acesso aos quadros. No total, no final da legislatura, segundo Nuno Crato, 4000 professores passarão a ter um vínculo laboral com o Estado.
Nuno Crato adianta que são 62 os professores que serão indemnizados por terem sido vítimas do erro do ministério nas colocações. No total estes professores vão receber cerca de 50 mil euros. De resto ,se pudesse voltar atrás neste problema que afetou dezenas de professores, o ministro garante que teria verificado que a transposição da lei estava correta. Nuno Crato admite que foi elevado o preço político que o governo teve de pagar e garante que os alunos foram compensados.
Nesta entrevista à Antena1 e Diário Económico, o ministro da Educação diz que o ano letivo vai começar sem atrasos e adianta que está para breve a publicação do calendário escolar e da rede de ofertas educativas, e garante que os ajustamentos que havia a fazer foram feitos e todo o calendário foi antecipado para evitar atrasos. Tudo estará pronto a tempo do início das aulas, sem que na base da decisão esteja o facto de ser ano de eleições. De resto, Nuno Crato não vai alterar metas curriculares definidas para o português e a matemática no ensino básico.
Olhando para as linhas gerais do programa do PS em relação à Educação, Nuno Crato chama a atenção para o facto de existirem muitas medidas introduzidas pelo atual governo que os socialistas pretendem seguir mas também refere que há outras, como as relativas à contratação de professores que não fazem sentido.
Nesta entrevista, Nuno Crato revela ainda que não percebe a preocupação de alguns reitores das universidades em relação à nova lei de enquadramento orçamental. Nuno Crato adianta que a lei não se aplicará às universidades, apesar dos artigos se referirem expressamente às instituições de ensino superior. Mesmo assim, admite propor no parlamento que o texto da lei seja mais claro e está disponível para reunir com os reitores.
12 comentários
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Eleições todos os anos, já!!!!!
O senhor ministro está mesmo convencido de que o número de professores colocados na sua legislatura supera todos os outros das últimas DÉCADAS?!
No comments!
O que significa “vagas a mais além das norma-travão”? Em lado nenhum refere que vai criar mais vagas além das que estão agora a concurso. Anda a iludir os professores contratados mais velhos, com maior graduação. Diz apenas que, depois deste concurso se verá… LINDO, ver os jornais a contribuírem para uma mentira. E as 4000 vagas são ao longo da legislatura, fala no presente para enganar o povo parvo que julga q agora entram 4000 profs no sistema.
Significa que não há 1453 docentes em 1ª prioridade para ocupar a totalidade das vagas abertas, logo as vagas sobrantes serão para os melhores graduados da 2ª prioridade.
Exatamente.
É um “Lobo esfomeado” com “pele de cordeiro”. Arrasa a classe docente principalmente os contratados e vem para as redes sociais afirmar barbaridades. Eu dou o exemplo do meu caso em que vejo 8, dos 9 docentes que este ministro pretende efetivar, a me ultrapassar nas listas e alguns deles vindos de TEIP’S e sabe Deus como é que eles lá entraram.
A promiscuidade, irresponsabilidade e a farsa assumem o seu apogeu
E o colega está cheio de sorte por só lhe ultrapassarem 8, eu vejo perto de 100 a ultrapassarem-me, isto sim é um atropelo às liberdades, direitos e garantias dos cidadãos, já não falo professores porque já não somos professores, somos carne para canhão !!!
Concordo. Estamos no limbo entre pais, chefias e autarquia. Vencem os mais bem falantes e com mais cunhas. Valha-me Deus. Onde me fui meter. Bem haja!
Chama-se mentir com os números. É quase como chamar requalificação a despedimentos ou funcionários a contínuos. Trocam as palavras negativas por palavras mais bonitas e tratam os números de vários anos como se fossem números de um ano só!
O povo, que não entende, diz… Os professores queixam-se porquê? Até entraram 4000!! Aqueles privilegiados que ganham uma fortuna, não fazem nada, devem ser postos na linha… E depois, votam neste partido!
A oposição e os sindicatos, entretêm-se a discutir banalidades, tipo quem fica em 1ª prioridade, quais as disciplinas do 1º ciclo, quem tem mais pelos no rabo ou quem tem mais anos nas ancas e são papados como lorpas…
Por isso, temos uma classe falida e trabalhamos numa atividade que será vendida ao desbarato a favor dos interesses de alguns.
E depois destas minhas palavras, aposto que a esmagadora maioria dos colegas passará ao lado desta mensagem e estará mais interessado em verificar se tenho erros semânticos ou sintáticos, em vez de se revoltar e partir isto tudo, tal como 200 lesados do bes fazem com toda a altivez louvável.
Mas os fúteis desta classe, continuarão a discutir futilidades, enquanto este ministro lhes come a sopa na cabeça. Por isso, para todos os que não têm ligações aos professores, este é o melhor ministro dos últimos tempos. Porque consegue levar todas as reformas avante sem grandes contestações!
Esta entrevista é prova disso. É o anúncio de vitória de uma legislativa… Embrulhem professores e não se esqueçam, têm de continuar a vossa vidinha fútil, não se esqueçam de entregar o relatório de autoavaliação, de berrar contra os 10 que estão à vossa frente nas listas e de se preocuparem com quem vai ou não para o 120! Esqueçam que baixaram as calças nos últimos anos e foram estuprados por este gajo nestes últimos anos. Vão calados votar e continuem a corrigir os vossos testinhos… Ele agradece.
legislatura!
Este Senhor Ministro nada tem feito pela educação. Anda tudo do avesso e ele não dá por nada. Qualquer dia a palavra “educação” é eliminada do vocabulário porque os envolvidos no processo de educar andam todos em pontinhas de pés utilizando termos como “frustração”, “traumas”, “hiperatividade”, “sensibilidade”. Com tudo isto falta o bom senso e a competência. O que deveria falar mais alto deveriam ser o currículo de cada um dos professores e o seu percurso de vida. Há que acreditar. Afinal, os anjos caem de pé.