O que se verifica nos horários em concurso é que o número é muito superior e neste momento são 323 horários distribuídos por 22 grupos de recrutamento.
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As aulas, que devem arrancar no período de 13 a 16 deste mês, vão arrancar com menos 257 profissionais do que os que, até ao mês passado, estavam no ativo nas escolas públicas, avança o “Público”.
O ano letivo vai arrancar com um novo máximo de professores e educadores de infância a reformarem-se. As aulas, que devem arrancar no período de 13 a 16 deste mês, vão arrancar com menos 257 profissionais em comparação com os que, até ao mês passado, estavam no ativo nas escolas públicas.
A notícia é avançada este domingo pelo “Público”, citando dados que constam da lista mensal de aposentados e reformados da Caixa Geral de Aposentações (CGA).
De acordo com o jornal, além de setembro marcar um recorde no número de reformados do Ministério de Educação num só mês, os primeiros nove meses do ano marcam o período em que saíram mais professores (1.666) desde que o Governo de António Costa tomou posse para o primeiro mandato.
O Ministério da Educação foi questionado pela publicação sobre que medidas estão a ser preparadas para responder ao aumento do número de aposentados e à escassez de professores nas escolas, mas não obteve resposta.
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Passaram cerca de quatro meses desde que Mário Nogueira se apresentou a partir pratos, em sentido literal, com grande alarido e mediatismo…
Fazendo uso de várias imagens visuais e recorrendo a uma oportuna estratégia comunicacional, conseguiu, na altura, ilustrar simbolicamente o caos em que se encontra a Carreira Docente, transmitindo eficazmente a mensagem pretendida…
Por via do anterior, alguns terão acreditado que Mário Nogueira havia “renascido das cinzas” e que a maior Federação Sindical de Professores (FENPROF) não deixaria de encetar, a curto termo, algumas consequentes e competentes formas de luta, face aos vícios graves observados ao longo dos últimos anos na ADD, com consequências danosas e irrecuperáveis ao nível dos mecanismos de progressão na Carreira Docente, tão bem retratadas pelo seu líder…
Muito se passou depois dessa intervenção do dirigente da FENPROF: tem-se assistido a sucessivos atropelos à dignidade profissional dos Docentes, perpetrados pela Tutela, nomeadamente aqueles que se referem aos critérios dos Concursos de MPD e da Colocação de Professores ou à alteração das habilitações necessárias para a Docência…
Perante tantos vitupérios, Mário Nogueira bem poderá partir várias baixelas de loiça, apesar de também não ser certamente isso que anulará a descrença generalizada dos Professores na maior parte das estruturas sindicais que supostamente os representam…
A inacção dos maiores Sindicatos de Professores é incontornável há mais de seis anos, o previsível apego a determinadas “agendas políticas” e a “fretes políticos” parece ser o principal factor de descredibilização dessas estruturas corporativas, como sobejamente apontado por muitos…
“Exigências” fazem-se muitas, quase todas as semanas, mas só em termos de discurso… A acção, concreta e verdadeiramente consequente, tem ficado retida “na gaveta”…
“Coreografias bem encenadas” também parece haver muitas, plausivelmente dominadas por “pactos de não agressão” em relação à Tutela…
Afinal, a quem servem os Sindicatos?
Que outras ignomínias terão ainda que acontecer para se encetarem verdadeiras e concretas acções reivindicativas e contestatárias, que não passem apenas por partir alguns pratos?
A simbologia e determinadas “manobras de diversão” até podem ter alguma graça momentânea, mas não resolvem problemas…
“Cuidado com o cão”, é um aviso, por vezes, afixado nos portões de algumas casas…
Caricato e risível é passar em frente a um desses portões e depararmo-nos com um cão da raça Chihuahua, a ladrar estridentemente, mas na verdade inofensivo…
E, metaforicamente, esse cenário faz lembrar a postura de alguns Sindicatos, que falam, falam, falam, mas não geram reacções contundentes de contestação, nem dão visibilidade à insatisfação dos seus supostos representados…
As muitas palavras parecem servir apenas para esconder ou disfarçar a passividade, acabando por reforçar as políticas erráticas da Tutela…
E nem a maioria absoluta do actual Governo poderá justificar tanta inércia porque durante os seis anos da Geringonça a postura dos maiores Sindicatos foi igualmente pautada pela bonomia e pela aceitação, pelo menos em termos tácitos…
Desde o ambiente claustrofóbico e asfixiante que se vive em muitos Agrupamentos de Escolas até às políticas do Ministério da Educação que, frequentemente, culminam em monumentais injustiças, trapalhadas e absurdos, motivos não faltam aos Sindicatos de Educação para reivindicarem de forma explícita e pública…
Porque não o fazem?
O “velho” Sindicalismo está enfermo de caducidade, tem-se mostrado muito pouco inspirador, absolutamente previsível, ultrapassado pela realidade e não tem conseguido suscitar a confiança dos seus supostos representados, antes pelo contrário…
Quem não vê isso e não o assume arrisca-se a ser o “coveiro” do seu próprio “funeral”… A reforma do actual modelo sindical é urgente e inevitável…
Má sorte para quem é Professor em Portugal: ter que contestar, além da Tutela, os próprios Sindicatos é demasiado inusitado, bizarro e confrangedor… Talvez até seja caso único no Mundo…
Mas é isso que acontece neste “paraíso”, à beira-mar plantado, onde até os principais Sindicatos parecem abandonar os seus supostos representados…
Nos últimos anos, alguém se lembra de alguma acção encetada por algum Sindicato da Educação que tenha obrigado a Tutela a retroceder definitivamente em alguma medida ou política educativa, como frequentemente acontece por esse Mundo fora?
(Matilde)
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