19 de Abril de 2022 archive

O Paulo Guinote Que Me Perdoe

… mas a legenda de rodapé só a consegui fotografar desta forma.

Um excelente debate sobre as razões que nos trouxeram à falta de professores nas escolas, bem retratado pelo Paulo Guinote, pelo Filinto Lima e pelo Luís Braga.

A frase de rodapé diz tudo sobre a pessoa que nos trouxe até aqui.  Mesmo que não queira saber, todos podemos dizer que chegamos aqui por sua exclusiva responsabilidade.

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Agenda para Hoje à Noite

Agenda Nocturna

 

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“É preferível termos alguém na escola com uma boa formação científica do que ter alunos sem aulas”

“Há professores que estão a lecionar em substituição sem habilitação própria”, revelou Ana Araújo, professora de português na Escola Preparatória Nuno Gonçalves, em Lisboa, à TSF.

É preferível do que alunos sem aulas.” Ministro admite que há professores a lecionar sem habilitação específica

Nos últimos anos, a situação tem-se agravado, lembra a professora, mas isto, segundo a docente, “não é uma surpresa para a maior parte das pessoas”.

À TSF, o Ministro da Educação, João Costa, confirmou que existem docentes apenas com “formação científica adequada”, mas que terão de a “complementar com a sua formação profissional adequada.”

“É preferível termos alguém na escola com uma boa formação científica do que ter alunos sem aulas”, explica o ministro, dizendo que “pior seria termos pessoas absolutamente subqualificadas, e só seria mau se estivéssemos a perspetivar que estas pessoas têm acompanhamento pelos seus coordenadores de departamento (pessoas mais experientes), e se não estivéssemos a desenhar estes modelos de formação ao longo dos desempenhos de funções destes professores”, conclui.

 

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Calendário do Concurso (Atualizado)

… com as datas da validação do aperfeiçoamento (que aumentou de 2 para 3 dias).

E após o dia 21 de abril as candidaturas ficam prontas para que se proceda à publicação das listas provisórias de ordenação, pelo que aponto para que sejam publicadas ainda durante a 1.ª quinzena de maio.

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ᴘʀᴏᴄᴇᴅɪᴍᴇɴᴛᴏꜱ ᴄᴏɴᴄᴜʀꜱᴀɪꜱ ᴇᴍ 2022 ʀᴇʟᴀᴛɪᴠᴏꜱ ᴀ Áꜰʀɪᴄᴀ ᴅᴏ ꜱᴜʟ

 

Informam-se todos os interessados que se encontra aberto um procedimento concursal simplificado destinado ao recrutamento de um docente de português ao nível do 𝗲𝗻𝘀𝗶𝗻𝗼 𝘀𝘂𝗽𝗲𝗿𝗶𝗼𝗿, em regime de substituição, para a 𝗨𝗻𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗲 𝗪𝗶𝘁𝘄𝗮𝘁𝗲𝗿𝘀𝗿𝗮𝗻𝗱 , Joanesburgo, África do Sul.
Aviso de abertura

 

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Concursos de pessoal docente para o ano escolar 2022/2023 – Madeira

 

Informação relativamente aos concursos interno, de afetação aos quadros de zona pedagógica, mobilidade interna, externo/contratação inicial e de reserva de recrutamento19-04-2022 Direção Regional de Administração Escolar

Os candidatos sem vínculo aos estabelecimentos de educação, de ensino ou instituições de educação especial da Região Autónoma da Madeira (redes pública e privada),

devem remeter a inscrição acompanhada dos documentos constantes no ponto 11, exclusivamente por correio eletrónico, para o endereço gpd.regular@madeira.gov.pt, solicitando o respetivo recibo de entrega da mensagem enviada;

INFORMAÇÃO

Candidaturas por via eletrónica através da Aplicação de Gestão Integrada de Recursos (AGIR), em https://agir.madeira.gov.pt/.

Concurso interno: 19 a 22 de abril/2022

Concurso  externo e de contratação inicial: 29 de abril a 2 de maio/2022

Mobilidade interna: 30 de maio a 01 de junho/2022

 

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Validação do Aperfeiçoamento 19 a 21 de Abril

Validação do Aperfeiçoamento – Concurso Externo/Contratação Inicial/Reserva de Recrutamento.

 

Aplicação eletrónica disponível entre o dia 19 de abril e as 18:00 horas de 21 de abril de 2022 (hora de Portugal continental) para efetuar a Validação do Aperfeiçoamento da candidatura ao Concurso Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento, destinados a Educadores de Infância e a Professores dos Ensinos Básico e Secundário.

Nota Informativa – Validação do Aperfeiçoamento da Candidatura ao Concurso Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2022/2023

SIGRHE – Validação do Aperfeiçoamento da Candidatura ao Concurso Externo/Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento 2022/2023

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Pais protestam contra a falta de professores

 

Alunos continuam sem professores de inglês e matemática, no 3º período, na Quinta do Conde

A Escola Básica 2,3/s Michel Giacometti, na Quinta do Conde, é palco de uma manifestação amanhã, dia 19, pelas 7h30, “contra a falta de professores no dia em que se inicia o terceiro período.”

Assim, “cerca de duas centenas de alunos de várias escolas do concelho continuam sem professores, sobretudo às disciplinas de matemática e inglês”, explica em nota.

Os pais estão “preocupados com o impacto que esta falta de aulas terá no percurso escolar dos seus filhos” e, por isso, vão-se manifestar “em frente à Escola Básica 2,3/S. Michel Giacometti, na Quinta do Conde, que está a ser particularmente afetada com a situação.”

“O protesto contará com a presença da vereadora do Pelouro da Educação, Felícia Costa. A Câmara Municipal demonstra assim a sua solidariedade com pais e alunos, e relembra os esforços e alertas feitos pela autarquia para resolver a situação.”

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Sobre as alegadas agressões a uma aluna – Luís S. Braga

Já sei que este post não vai ser popular.
A racionalidade é impopular face à emoção massificada.

A notícia é do CM. Se a professora bateu ou não, só quem lá esteve sabe. O que a notícia diz é o que tem legalmente de acontecer: a professora foi afastada da aluna, tem um processo disciplinar e será punida, ou não, de acordo com o processo.

Há outras instituições envolvidas (CPCJ), mas pouco terão a fazer no âmbito da vida da professora, dado que ela já é visada num processo disciplinar e a CPCJ não tem competência de punição de professores.

Se a mãe quiser pode apresentar queixa crime. O processo disciplinar esperará pelo resultado do processo crime.

A mãe queixa-se de não saber nada do que se passa. Não tem de se saber até à fase de acusação (agora deve estar na instrução): os processos disciplinares são secretos até ser deduzida acusação. Os de professores e todos os outros.

Os queixosos só têm direito de saber no fim do processo. É a lei e é assim por muito boas razões.

Quanto à acusação de que há professores colegas da visada a tentar influenciar as testemunhas, crianças, além da gravidade ética do ato, têm relevância disciplinar.

Já fui instrutor de processos disciplinares no Estado e em IPSS.O fim último dum PD é descobrir a verdade plena e condenar, ou não, com base nessa verdade.

Num dos que fiz, tive de explicar à diretora do agrupamento que, como instrutor, só tinha de me guiar pela lei e pela minha consciência e não pelas suas ordens. Não fiquei mais popular por isso.

Não terei sido dos piores instrutores do mundo: não tive recursos administrativos ou judiciais das decisões, com base nas minhas propostas.

Tive um caso, que terá sido parecido com este, em que propus a condenação da professora (apesar de, além dos factos, terem de se ver as atenuantes: imaginem, por hipótese, que, no dia dos factos, ela, único apoio da sua mãe, soube que tinha um cancro e que podia morrer em 6 meses e se passou, o vosso julgamento de culpa seria o mesmo?)

Se este fosse meu, faria alguns atos :
1. Ouvia rapidamente a queixosa e prevenia-a do quadro de sigilo.
2. Pedia instauração de processo disciplinar às professoras que alegadamente foram falar com as testemunhas crianças.
3. Comunicava ao Ministério Público, COMO É OBRIGATÓRIO, dado que os factos alegados constituem crime.
4. Ouvia as testemunhas depressa para não se enrodilhar a verdade.
5. Por divertimento, notificava o jornalista do CM para ser testemunha.

 

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Não amordacem a Escola! – Carlos Grosso

Com a manutenção das máscaras em contexto escolar, estamos perante uma palermice que está prenhe de estupidez e vem montada às cavalitas da malvadez. Para que servem as paletes de estudos que demonstram os efeitos nefastos da utilização de máscaras nas aprendizagens das crianças? O atraso dos petizes não incomoda esta gente?

Já viram os apresentadores e apresentadoras dos telejornais a chegarem a vossa casa mascarados? Já viram as senhoras e os senhores deputados da nação a discursarem de máscara? Não, nunca viram, nem vão ver. E porque não? Porque é necessário que se entenda o que dizem, e que se entenda de forma clara, sem “ruídos” que perturbem a mensagem, sem panos que tapem a boca e escondam o movimento dos lábios, sem máscaras que ocultem a expressão facial. Claro, clarinho, como a água fresca da bela fonte.

Porém, são os mesmos senhores da governança, que obrigam, por decreto lavrado, assinado e devidamente publicado, que os profissionais que maior necessidade têm da comunicação oral, os professores, têm de manter a máscara em todos os momentos da ação educativa. A contradição, o absurdo não lhes chega? Acredito que grande parte deles tenha aprendido na escola, em tempos sem máscara, o que é uma demonstração por absurdo (reductio ad absurdum). Mas uma coisa é ensinar, e outra é aprender. Seria absolutamente desejável e fortemente expectável que estes dois processos se desenrolassem de mãos dadas e com grande simultaneidade, contudo, infelizmente, nem sempre assim é. Os professores dos nossos governantes certamente que se esforçaram, sem máscara, para lhes ensinar o que é uma reductio ad absurdum, todavia, a aprendizagem não se terá efetivado.

É certo e sabido que muita da aprendizagem que se desenvolve ao longo da vida resulta de observações casuísticas, de processos informais não propriamente organizados para produzir aprendizagens. Equilibrando a equação, também é verdade que uma parte do que é ensinado não é aprendido (já se constatou a falha de aprendizagem dos nossos governantes relativamente à identificação de absurdos). Pois se, sem máscara, a taxa de eficácia do ensino fica sempre aquém das expectativas, o que dizer da eficácia do ensino com o presente exagero de anos letivos mascarados?

Não amordacem o ensino! Não prejudiquem as aprendizagens! Empenhem-se em aumentar o mais possível a taxa de eficácia do processo educativo, aproximando, por todos os meios, o que se aprende àquilo que é ensinado. Retirem a obrigatoriedade da utilização das máscaras por professores. Sigam o exemplo de Boris Johnson (The Guardian), que há já três meses apelava a todos os professores para deixarem as máscaras. «As crianças têm sido das mais duramente atingidas pelas mudanças durante a pandemia (…) é vital que as crianças recebam educação presencial e possam desfrutar de uma experiência normal na sala de aula».

Será que os alunos não se incomodam com esta farsa? Incomodam-se. Estão fartinhos. Logo que saem das aulas, retiram as máscaras. No recreio, onde se amontoam sem quaisquer regras de distanciamento, absolutamente impróprias para crianças e jovens, não usam máscara. Se pudesse existir transmissão do vírus em ambiente escolar, estava tudo contaminado. Como é que não lhes chega o absurdo? Será que algum dos nossos governantes seria capaz de frequentar um restaurante onde se lavassem os copos, mas não os pratos (que nojo!), onde se desinfetassem colheres, mas não garfos e facas? Aposto que não seriam capazes, e seria uma aposta ganha. E o argumento dos espaços fechados é ridículo e falso, porque bem sabemos que os restaurantes e as discotecas são espaços fechados e com amontoados de gente que não têm qualquer comparação com uma sala de aula.

Ouve-se dizer que os senhores governantes nutrem uma grande paixão pela educação, e todos eles certamente sabem que o desempenho da função docente, em relação ao qual depositam as maiores esperanças na capacidade para ensinar as crianças e jovens, assenta em variadas dimensões e tem a comunicação oral como o veículo principal da relação pedagógica.

O senhor ministro da Educação tinha agora uma boa oportunidade para vir a terreiro proclamar a defesa das aprendizagens, defendendo a queda das máscaras nas escolas e mostrando-se um pouco mais do que o seu antecessor. Espero-o? Não. Apenas sou capaz de formular o desejo de que acontecesse, a coberto do desgastado ditado popular “a esperança é a última a morrer”. Garanto-vos que a esperança é pouca, quase nula. Lembro que foi o atual ministro da Educação, na altura secretário de estado Adjunto e da Educação, o responsável pela abolição de todos os programas escolares (Despacho n.º 6605-A/2021), substituindo-os pelas aprendizagens essenciais. O que se poderá esperar de quem defende o mínimo para as aprendizagens? Pouco, pouco, muito pouco. Por vezes ponho-me a divagar se o senhor ministro também fará essa defesa do essencial consigo próprio e na sua própria casa. Será que a gravata lhe é essencial? E uma mesa com cadeiras para jantar é essencial? E água canalizada? E camisa lavada? É essencial para quê? Tivemos antepassados, não muito longínquos, para os quais era essencial ter um monte de lenha em casa para poderem cozinhar o jantar, mas não é isso que acontece na casa do senhor ministro. Defender o mínimo é empobrecer, e esse não é, por certo, o desejo da maioria, mesmo que a maioria tenha votado na manutenção de uma equipa governativa que demonstrou ter a qualidade de ser capaz de empobrecer o país.

Bem sei que já fomos obrigados a ir votar com a cara coberta com máscaras cirúrgicas (nome intimamente ligado à respetiva utilização durante as cirurgias, que só por excecional metáfora se pode aplicar ao processo eleitoral ou ao processo educativo), mas votar não exige discurso oral. Porém, ensinar exige-o. Não se ensina com a qualidade devida sem discurso oral, e este não deve ser infetado por obstáculos ridículos. E se os senhores governantes dispensam a utilização de máscara para favorecer a qualidade das comunicações que fazem, sejam então capazes de perceber o enorme disparate de manter e prolongar a obrigação do uso de máscaras pelos professores.

Alguém imagina a revolta que seria se, no ano letivo de 2018/2019, os professores de uma determinada escola decidissem ministrar as suas aulas de máscara? O que é que não diriam os alunos, os pais e as autoridades governativas? Que não se ouvia bem o que dizia? Que a comunicação oral, pilar fundamental da docência, estava coartada? Que a eficácia do ensino estava comprometida? Que os senhores professores eram charolas? Logo manifestações de alunos e de pais, notícias na comunicação social a denunciar o absurdo, seriam acompanhadas de um despacho ministerial a proibir tal prática, pois claro.

Mas o mundo mudou, a prepotência dos governos aumentou, a subordinação do povo às ordens estapafúrdias igualmente, e, portanto, caladinhos e mascarados, que é preciso medo e respeitinho. Se a senhora diretora-geral da Saúde (que declarou que a utilização de máscara era prejudicial porque dava uma falsa sensação de segurança) se combina com a senhora ministra da Saúde e com o senhor primeiro-ministro (todos aconchegados no colo sagrado do senhor Presidente da República, tal e qual o Menino no colinho do Santo António) para nos dizer, sem máscara, que nos obrigam a usar máscaras nas escolas até ao final do ano letivo (que depois logo se verá, porque a pandemia ainda por aí andará…), o que devemos fazer? O que devemos fazer? Vem-me à memória uma canção do Abrunhosa.

Observador

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