2 de Abril de 2022 archive

Vai ser encurtado o periodo de três anos, com horário completo, para vincular

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Lista Colorida – RR28

Lista Colorida atualizada com colocados e retirados da RR28. No final deste 2º período, 9 professores estão no seu 5º contrato

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222 Contratados na RR28

Foram colocados 222 contratados, distribuídos de acordo com a tabela seguinte:

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Programa do Governo para a Educação

 

O governo apresenta no seu programa para 2022/2026 (páginas 32 a 35 e páginas 130 a 133) um conjunto de autoelogios pelos últimos 6 anos de governação e um conjunto de ideias gerais  sobre o que pretende desenvolver durante a legislatura que tem agora o seu início.

Um Pacto Social para a Educação: Educação de Qualidade para Todos 
Nos últimos seis anos promoveram-se transformações no sistema educativo que tornam Portugal uma referência a nível mundial em várias dimensões e com impactos visíveis nos resultados. Uma política assente na melhoria das aprendizagens, na inclusão e na promoção de uma cidadania ativa produziu resultados traduzidos em indicadores robustos: uma redução significativa da taxa de abandono escolar precoce (de 13,7% em 2015 para 5,9% em 2021), tendo sido superadas as metas europeias; uma melhoria notável dos resultados escolares, com uma redução de mais de 70% nas taxas de retenção e desistência no ensino básico; um aumento de 14% das conclusões do ensino secundário em 3 anos. Estes resultados permitem que tenhamos hoje o maior número de alunos a frequentar o ensino superior da nossa história.Porém, a pandemia abalou o nosso sistema educativo, tal como os sistemas educativos de todo o mundo. O Governo respondeu aos desafios colocados, garantindo proteção social aos alunos e escolas de acolhimento e lançando instrumentos nacionais de suporte, como o Apoio às Escolas, o #EstudoEmCasa e a formação para o ensino a distância. Porém, houve impactos negativos e a necessidade de responder com mais meios, mais recursos humanos e com um reforço da autonomia das escolas. O plano de recuperação das aprendizagens 21|23 Escola+, o Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas e as medidas inscritas no PRR são instrumentos para a necessidade de trabalhar algumas dimensões curriculares com mais intensidade, o papel das competências sociais e emocionais na aprendizagem e na recuperação, a importância dos apoios aos alunos mais vulneráveis e a urgência da transição digital (para diversificar oportunidades de aprendizagem mesmo em situações de afastamento físico forçado, durante ou após a pandemia). 33Face ao risco que representam as desigualdades agravadas pela pandemia, o país precisa de continuidade e estabilidade nas políticas públicas de educação, respondendo às novas necessidades e dando o melhor aproveitamento aos novos recursos. Para isso, o Governo propõe a construção de um “Pacto Social para a Educação: Uma Educação de Qualidade para Todos”. Para tal, quer mobilizar os profissionais, os pais e encarregados de educação, os estudantes, os parceiros sociais e as forças políticas, a academia e as comunidades. Esta construção de convergências será potenciada pela identificação de fatores estratégicos, com os quais nos comprometemos, tais como a boa governação na educação, o trabalho com os profissionais da educação, a luta pelo combate às desigualdades através da Educação, a contínua melhoria das aprendizagens e a participação dos alunos no processo educativo.
 Autonomia das escolas, descentralização e desburocratização 
O caminho, feito nos últimos seis anos, de alargamento do espaço de decisão das lideranças escolares e dos professores, tem vindo a dar frutos para o sucesso escolar. A resposta das comunidades educativas aos novos desafios que a pandemia trouxe demonstrou, mais uma vez, que a autonomia amplia a capacidade das escolas para responder adequada e atempadamente ao contexto local e à dinâmica das circunstâncias. Assim, o Governo irá:
Continuar o reforço da autonomia curricular e organizativa das escolas, aprofundando e generalizando medidas previstas no plano 21|23 Escola+, para a recuperação das aprendizagens comprometidas pelas dificuldades que se verificaram na pandemia;
Pilotar experiências de autonomia administrativa e financeira das escolas, associadas a medidas de avaliação de eficiência e eficácia na gestão;
Reforçar o modelo de autonomia, administração e gestão das escolas, perspetivando uma maior participação e integração de toda a comunidade educativa, a valorização das lideranças intermédias e o reforço da inserção da escola na comunidade (onde a autonomia reforça a escola e a descentralização reforça a proximidade e qualifica o contexto da comunidade educativa);
Acompanhar o processo de descentralização de competências para os municípios, assegurando a autonomia pedagógica plena das escolas e o cumprimento do objetivo de alívio de tarefas administrativas;
• Proceder, no âmbito do SIMPLEX, ao desenho de um modelo de interoperabilidade de sistemas e plataformas eletrónicas das estruturas orgânicas do Ministério da Educação;
Redução das tarefas burocráticas que constrangem a atividade educativa dos docentes;
• Avaliar a organização do sistema educativo e a sua adequação às necessidades presentes e futuras.
Garantir à escola pública os professores necessários à sua missão 
Nos últimos anos tem existido um investimento nos profissionais da escola pública, desde docentes a técnicos especializados, passando pelo pessoal não docente, em várias dimensões: aumento do número de profissionais nas escolas, combate à precariedade e promoção da vinculação, descongelamento das carreiras e voltando às progressões, investimento na formação contínua, devolução aos docentes de um papel mais ativo no desenvolvimento curricular.Importa continuar e ampliar esse esforço. No caso concreto dos docentes, o diagnóstico de necessidades docentes a curto e médio prazo (5 e a 10 anos) indica a necessidade de uma resposta determinada. Com o objetivo de garantir à escola pública, de forma sustentável, os professores em número, qualidade e motivação necessárias à sua missão, o Governo irá:
Alterar o regime de recrutamento, com a introdução de fatores de estabilidade reforçada no acesso à carreira e no desenvolvimento dos projetos pedagógicos, com a redução da mobilidade entre escolas, sempre que se justifique, com a vinculação direta em quadro de agrupamento ou quadro de escola e com a reorganização dos quadros de zona pedagógica (permitindo reduzir as respetivas áreas geográficas, quando adequado);
• Estabelecer um contrato-programa com Instituições de Ensino Superior para desenvolver um modelo de formação de professores coerente com as necessidades e que confira capacidade formativa às instituições, incluindo alterações no modelo de estágios profissionais, que voltarão a ser remunerados.
Desenvolver um programa de atração de titulares com habilitação profissional para a docência, mediante condições de estabilidade, e será revisto o regime de habilitações para a docência
.• Criar incentivos à carreira docente e ao desenvolvimento de funções docentes dirigidos às zonas do país onde a oferta é escassa e onde a partilha de recursos se mostre fundamental para a manutenção de oferta educativa e formativa.

Combate às Desigualdades através da Educação 

É sabido que as desigualdades socioeconómicas continuam a ser o principal preditor do insucesso escolar, mas sabemos igualmente que também aí não há determinismo e que podemos agir no sentido de tornar menos desiguais as condições de acesso e de sucesso na escola.

Importa, pois, continuar a aposta na inclusão de todos os alunos, abandonando conceções de escola centradas numa segregação dos que têm mais dificuldades.

O caminho para a escola inclusiva, que, como o Plano 21|23 Escola+ prevê, será robustecida pela capacitação das escolas e com novos programas de apoio às aprendizagens e ao desenvolvimento de competências socioemocionais, será continuado através das seguintes medidas:

Consolidar os apoios tutoriais, generalizando-os a todos os alunos com dificuldades atestadas nos instrumentos de aferição e com especial atenção aos impactos da pandemia;

Dar continuidade ao reforço das políticas de Ação Social Escolar, estabelecendo-as como ferramentas fundamentais de combate às desigualdades e ao insucesso escolar;

Reabilitar as residências escolares, instituindo a gratuitidade da sua utilização durante a escolaridade obrigatória, estudando também a possibilidade de acolher professores deslocados;

Implementar um Programa de Apoio a famílias vulneráveis, desenvolvendo redes permanentes de apoio à infância e à juventude, de base autárquica, que articulem e tornem eficaz a ação da escola, da família e da segurança social no terreno;

Concluir o processo de renovação do Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, com condições especiais de estabilização das equipas pedagógicas, reforço da abordagem comunitária à vulnerabilidade das crianças e jovens e com maior acompanhamento no desenvolvimento de projetos educativos inovadores e diversificados;

Reforçar a orientação vocacional dos alunos, garantindo que as escolhas dos percursos concorram para a promoção do sucesso escolar;

• Promover o contributo de todos os programas e medidas na área da educação para a inclusão efetiva dos alunos mais vulneráveis (Plano Nacional de Leitura, Plano Nacional das Artes, Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, entre outros);

• Continuar a produção de indicadores que elejam a mobilidade social e a promoção da equidade como um dos principais instrumentos de avaliação da qualidade das escolas.

Melhoria das Aprendizagens 

O Programa Nacional para a Promoção do Sucesso Escolar, instituído em 2016, assumiu que o êxito não se traduz apenas numa melhoria estatística dos resultados, mas fundamentalmente na avaliação da qualidade do que se aprende, pelo que se desenharam estratégias integradas assentes em princípios como a diferenciação pedagógica, a identificação de competênciaschave, inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, a melhoria qualitativa dos instrumentos de aferição, a melhoria e diversificação das estratégias de aprendizagem e, sobretudo, a ação ao primeiro sinal de dificuldade. Apostados na estabilidade e consolidação destas medidas, importa continuar o trabalho iniciado, com resultados positivos atestados, através das seguintes dimensões:

• Começar cedo:

o Concluir as Orientações Pedagógicas para a Creche e continuar a disponibilização da oferta da educação pré-escolar de qualidade para todos;o Criar mecanismos para que se possam identificar precocemente dificuldades de aprendizagem, para desenvolver imediatamente estratégias que evitem o avolumar de problemas;

• Aprender bem:

o Investir na formação científico-pedagógica dos professores, em particular nas didáticas específicas, na atualização científica, na utilização de recursos digitais e ambientes inovadores de aprendizagem;

o Divulgar práticas pedagógicas de qualidade, fomentando a partilha entre escolas das estratégias que melhor garantem a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de competências;o Continuar o reforço do ensino experimental das ciências, com a generalização dos Clubes Ciência Viva na Escola;

o Concluir o processo de modernização e atualização do ensino da matemática, incluindo o ensino da computação; o Aprofundar, nas escolas, a literacia em saúde e bem-estar;

o Dar continuidade ao programa de transição digital na educação, através do reforço previsto no PRR de instrumentos e meios de modernização tecnológica (infraestruturação, criação de laboratórios digitais, melhoria da internet das escolas, manutenção de equipamentos e redes), a que se associam os planos pedagógicos para a sua potenciação plena – sempre na ótica do digital ao serviço das aprendizagens e nunca como substituto da relação educativa como relação humana social;

o Promover a generalização das competências digitais de alunos e dos professores, apostando na digitalização dos manuais escolares e outros instrumentos pedagógicos, promovendo modelos de aprendizagem ativos, potenciando a articulação com o universo social e empresarial, numa perspetiva produtiva, criativa e transformadora e fomentando o espírito de observação, experimentação, inovação e construção de conceções alternativas;

 o Modernizar o Ensino Profissional, mediante a criação dos Centros Tecnológicos Especializados e aprofundando a adequação da oferta às necessidades sociais, locais e das empresas, introduzindo novas complementaridades e parcerias entre a oferta das escolas e de outros parceiros;

o Diversificar as formas de organização do Ensino Secundário, através da permeabilidade entre ofertas formativas e da exploração de percursos formativos próprios adequados aos interesses específicos dos alunos;

o Reforçar o Plano Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, especialmente ao nível do ensino secundário, onde se encontra o principal foco de insucesso;

o Avaliar a melhoria a introduzir no acesso ao ensino superior, com vista à separação entre a certificação do ensino secundário e o acesso ao ensino superior e à valorização de todas as vias e percursos de ensino.

• Aprender sempre:

o Aprofundar o Programa Qualifica como chave para a elevação de qualificações da população adulta, assim como a permanente adequação aos novos desafios do mercado de trabalho;

o Continuar as parcerias para que sejam alargados os pontos locais de contacto do Programa Qualifica e os programas específicos (na Administração Pública, nas empresas);

o Concluir a revisão do Catálogo Nacional de Qualificações, flexibilizando e adaptando-o a novas necessidades e qualificações emergentes, atualizando também os referenciais de formação, para garantir uma maior relevância das aprendizagens;

o Erradicar as bolsas de analfabetismo e promover a aprendizagem da língua portuguesa junto das comunidades imigrantes através de planos conjuntos entre escolas-municípios-delegações do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

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Como recrutar 35 mil professores até 2030

Um estudo recente pedido pelo Ministério da Educação concluiu que será necessário recrutar 35 mil professores até 2030. Mas o ritmo atual de formação não é suficiente. O programa de Governo entregue esta sexta-feira na AR indica já algumas medidas que serão tomadas

Estágios remunerados, entrada direta nos quadros de escola, atrair ex-docentes. O que vai fazer o Governo para evitar uma crise anunciada

O próprio programa de Governo assume que é necessária uma “resposta determinada” para garantir à escola pública os professores em “número, qualidade e motivação necessárias à sua missão”. E para evitar que a falta de professores que já se faz sentir em algumas regiões e disciplinas se agrave, confirma um conjunto de medidas que pretende tomar nos próximos quatro anos.

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Vêm aí mudanças no acesso ao superior

Exames do secundário podem passar a ser usados apenas para entrar num curso superior, como aconteceu desde o início da pandemia, de forma permanente.

Programa do Governo abre a porta a mudanças no acesso ao superior

O modelo de acesso ao ensino superior vai ser reavaliado durante a nova legislatura. O programa do Governo, que foi conhecido esta sexta-feira, não se compromete com mudanças concretas, mas promete abrir a discussão sobre a reforma de um sistema de ingresso que não tem mexidas há 18 anos. A intenção é fazer a “separação entre a certificação do ensino secundário e o acesso ao ensino superior”, o que abre a porta a que os exames do ensino secundário passem a ser feitos apenas como prova específic…

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Uma “tempestade perfeita”…

 

 O meu entusiasmo pela indigitação de João Costa como Ministro da Educação deve ser semelhante à euforia evidenciada por um prisioneiro condenado à morte, a caminho do cadafalso…

Infelizmente, o exagero dessa imagem não é uma figura de estilo… A desesperança é muito real, assim como a descrença de que algo venha a mudar para melhor…

João Costa, como sucessor natural do anterior Ministro, não terá, plausivelmente, nada de novo a oferecer, no sentido em que não se prenunciam alterações significativas ao que foi implementado ao longo dos últimos seis anos…

Ao que tudo indica, o próximo Ministério da Educação não deixará de pautar-se por uma política educativa de continuidade, alinhada com a anterior…

E isso significará, entre outros, que os “lobbies da teoria educativa vigente”, patenteados nos últimos anos, continuarão a exercer o seu domínio e a sua influência e que a “lenga-lenga” já conhecida prosseguirá o seu curso…

Mudará, talvez, a comunicação do Ministério com o exterior, assente na capacidade oratória de João Costa, com um estilo de comunicação muito mais hábil do que o seu antecessor…

Os próximos tempos serão penosos…

Penosos, por muitos e variados motivos:

– Por uma guerra que se instalou na Europa, provocada por uma mente alienada, com consequências previsivelmente devastadoras ao nível humano, económico e social. Obviamente, não ficaremos a salvo dessa colossal crise nem imunes a ela;

– Por uma pandemia que ainda não foi ultrapassada;

– Pelas políticas educativas nacionais desastrosas para a Escola Pública, que parecem ter como objectivo final a sua destruição;

– E, penosos, também, por essas políticas educativas permitirem a existência de superiores hierárquicos que, para se sentirem muito fortes, capazes e poderosos, precisam de agrilhoar, humilhar e tratar com desprezo os seus subordinados…

Abomino qualquer tipo ou forma de Ditadura… E também não suporto tiranos que, com todo o gáudio, parecem dispostos a infernizar a vida de outros, procurando, dessa forma, esconder as suas próprias fraquezas e inseguranças…

Lembrando Salgueiro Maia, um Homem verdadeiramente íntegro e democrata, na esperança de que as suas palavras possam inspirar alguns: “Há alturas em que é preciso desobedecer”

O exercício do Poder pode não corromper, mas, fatalmente, revelará o verdadeiro carácter…

A Lei e a Ordem são imprescindíveis para regular o funcionamento das instituições, o que não faz falta nenhuma é o Poder exercido de uma forma patológica e a tirania praticada a coberto e em nome das leis e da justiça…

Por tudo o anterior, parecem estar criadas as condições para a formação de uma “tempestade perfeita” nos próximos tempos…

A bem de todos, espero estar enganada…

(Matilde)

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