Mestrado é a qualificação mínima para aceder à profissão. Caminho é diferente em função do nível de ensino em que se quer dar aulas.
10 de Abril de 2022 archive
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Abr 10 2022
Programa do Governo e Educação Cívica – Filipe do Paulo
Almeja-se difundir “de forma lúdica” o conhecimento dos direitos, liberdades e garantias, bem como a adesão aos valores e princípios democráticos “por parte dos mais novos”.
Programa do Governo e Educação Cívica
No Programa do Governo que se encontra atualmente em discussão pública e que genericamente parece ser pouco surpreendente, pois vislumbra-se nele uma espécie de evolução na continuidade, particularmente visível no setor da Educação com a subida do secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, a ministro, introduz-se não no capítulo do ensino e educação, mas numa outra secção, algo inovador que ainda não vi até ao momento ser tratado no espaço mediático, embora seja matéria de algum relevo constitucional.
Refiro-me à secção sob o título “Promover a literacia democrática e a cidadania”, na qual se explica a – em princípio – meritória ideia do Governo da República de lançar um Plano Nacional de Literacia Democrática à semelhança, aliás, dos já existentes Plano Nacional de Leitura e Plano Nacional das Artes.
Tal plano visa expressamente “incluir o estudo da Constituição em todos os níveis de ensino, com crescente nível de profundidade” e também se propõe instituir o Dia Nacional da Cidadania, “nomeadamente nas escolas, com vista à divulgação dos ideais democráticos”.
Almeja-se ainda difundir “de forma lúdica” o conhecimento dos direitos, liberdades e garantias, bem como a adesão aos valores e princípios democráticos “por parte dos mais novos”.
Nem sequer poderá haver lugar a qualquer sectarismo de endoutrinação político-partidária a qual, aliás, se traduziria, nomeadamente, na violação grosseira do art.º 43º da Constituição da República Portuguesa (CRP) e seria precisamente a negação do conteúdo dos direitos, liberdades e garantias que se pretende levar à “gente nova” (como dizia António Sérgio, in “Educação Cívica”, no ano de 1915).
Outro sim, estou em crer que a estratégia governamental ora gizada (note-se que na página 131 do Programa, em vez do termo “Plano Nacional” adota-se a designação de “Estratégia Nacional”) surge na sequência de propostas que ao longo dos anos têm vindo a público, por parte de alguns constitucionalistas como é o caso do professor Vital Moreira, antigo eurodeputado independente pelo PS. Aliás, modéstia à parte, eu próprio cheguei a fazer idêntica proposta em alguns fóruns socialistas.
Recordo-me que em tempos um grupo de trabalho, no âmbito do Ministério da Educação, coordenado pela politóloga Marina Costa Lobo, chegou a elaborar o programa daquilo que seria uma unidade curricular de Introdução à Ciência Política para alunos do ensino secundário, porém não é essa a opção que resulta deste Programa de Governo “sub judice”.
Na sequência da Lei de Bases do Sistema Educativo de 1986 existiu uma área denominada Educação Pessoal e Social, autores há que propuseram o termo Educação para a Democracia e atualmente existe a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. Mas, tanto quanto se alcança do citado Programa do Governo, estaremos em presença de uma Educação para a Cidadania, se bem que haja quem considere que “o conceito de educação cívica concerna uma esfera de contornos mais suscetíveis de descrição objetiva do que o conceito de educação para a cidadania” (vidé Maria Praia, outubro de 1991).
De acordo com o plasmado em sede de Programa do Governo e os respetivos objetivos suprarreferidos talvez se possa inferir a necessidade da criação de um espaço disciplinar próprio de natureza disciplinar. Se vier a ser essa a opção do legislador ordinário, serão prioritariamente os docentes licenciados ou mestres em Direito os seus responsáveis?
A estas e outras questões de âmbito educativo, talvez o sr. ministro e o seu secretário de Estado da Educação possam responder em sede parlamentar.
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Abr 10 2022
Medidas do Governo consideradas insuficientes para resolver falta de professores
Medidas do Governo consideradas insuficientes para resolver falta de professores
Incentivos para a fixação de professores, alargamento do leque dos cursos de acesso à docência ou estagiários a dar aulas são medidas que dependem sobretudo de factores que escapam ao controlo do Governo e cujos impactos, a concretizarem-se, não terão efeitos a curto prazo, dizem especialistas.
Para formar 34 mil professores na próxima década é preciso duplicar o actual número de diplomados
Universidades e politécnicos têm 4200 vagas nos cursos que garantem profissionalização para a docência e formam pouco mais de 2000 professores por ano. Só mexidas na carreira podem tornar profissão atractiva, defendem responsáveis do ensino superior.
Municípios com poucas ou nenhumas respostas para alojamento de professores
Em Lisboa e Cascais não há ainda respostas para acolher professores colocados nas escolas dos concelhos que sejam de outras partes do país. Em Oeiras, há alguns alojamentos disponíveis e a autarquia planeia construir uma residência.
Nesta escola do Seixal fazem-se “remendos” com horas extraordinárias
A tendência da falta de professores, que já é sentida na Escola Secundária João de Barros, no Seixal, vai agravar-se ainda mais com a aposentação de 39 docentes nos próximos anos. “Nem temos tempo para pensar. Que tipo de avaliação é que nós vamos fazer?”, pergunta uma das professoras de Matemática.
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Abr 10 2022
Integração de Crianças Refugiadas na Educação Pré-Escolar
Deixo mais um documento orientador da DGE para a integração de crianças refugiadas neste caso para a Educação Pré-Escolar.
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