15 de Setembro de 2021 archive

Professores são “o fermento” da evolução da sociedade, diz Gouveia e Melo

 

O responsável pela ‘task-force’ que coordena o programa de vacinas contra a covid-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, disse hoje, numa escola onde estudou e encontrou paz, que os professores são “o verdadeiro fermento” da evolução da sociedade.

Professores são “o fermento” da evolução da sociedade, diz Gouveia e Melo

Gouveia e Melo esteve na Escola Secundária Alves Martins (ESAM), antigo Liceu de Viseu, onde estudou em 1975/76 quando regressou de África por ter ido viver com uma tia-avó em Viseu.

“Sinto quase que uma viagem na minha história pessoal e quero tentar contar-vos, através da minha história, a importância que os senhores têm, enquanto professores, e enquanto futuro do país”, destacou.

O vice-almirante falava para dezenas de professores, a convite da ESAM, para assinalar o início do novo ano escolar e, onde regressou 44 anos depois e visitou pontos da escola onde estudou “num período muito especial” da sua vida pelo regresso de África e a separação dos pais.

“Fui excecionalmente bem recebido, integrei-me imediatamente e fiz logo uma data de amigos e recomecei a vida outra vez. (…) Foi o primeiro sítio onde voltei a sentir-me verdadeiramente português, regressado ao território pátria, porque tinha vivido sempre fora e foi muito interessante e contribuiu imenso para voltar a integrar-me e continuar a caminhar, era um miúdo”, disse aos jornalistas.

Às dezenas de professores que o aguardavam no ginásio, Gouveia e Melo falou da “vida um pouco desarticulada” que a família viveu no regresso de África, em que os pais ficaram em Lisboa e ele foi “mandado para casa de uma tia-avó” quase um ano, em que frequentou o quarto ano do liceu, atual oitavo ano de escolaridade.

Gouveia e Melo lembrou a “senhora muito simpática, mas tia-avó” e ele um jovem de 15 anos “confuso” e recordou o sentimento de “estar dentro de uma máquina de lavar” que tanto a ele como à sua família o “enrolava” sem que tivessem “o mínimo controlo sobre os destinos”.

“E vim encontrar paz aqui, neste Liceu. Essa paz foi-me transmitida, muito pelos professores e é isso que vos quero dizer enquanto professores. Os senhores são o verdadeiro fermento da evolução, a farinha são os alunos”, comparou por entre aplausos.

Gouveia e Melo disse aos professores que, apesar de acabarem por recordar três ou quatro alunos, “os alunos lembram-se de todos” os professores.

 

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Acho Curiosa a Nota Informativa da RR2

…quando começa o articulado com “Em cumprimento do disposto nos artigos 36.º e 37.º do Decreto-Lei n.º 132/2012, de 27 de junho na redação em vigor” para depois logo na segunda página entrar em claro incumprimento do artigo 38.º:

O que diz o artigo 38.º do Decreto Lei n.º 132/2012 na redação em vigor é:

Artigo 38.º Objeto

1 – As necessidades temporárias de serviço docente e de formação em áreas técnicas específicas podem ser asseguradas pelos agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas, mediante contratos de trabalho a termo resolutivo a celebrar com pessoal docente ou pessoal técnico especializado.

2 – Para efeitos do número anterior, consideram-se necessidades temporárias:

a) [Revogada];

b) Os horários inferiores a oito horas letivas, desde que não sejam utilizados para completamento;

c) As resultantes de duas não colocações na reserva de recrutamento, referentes ao mesmo horário, independentemente do motivo;

d) As resultantes de duas não aceitações, referentes ao mesmo horário, nas colocações da reserva de recrutamento

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Listas de Colocações Temporárias na Madeira

Mais uma lista de colocações de substituição temporária na Região Autónoma da Madeira.

 

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Entregar a escola a este modelo de gestão autárquica? – Paulo Prudêncio

 

É importante sublinhar que a gestão das escolas pelos municípios implicará avultadas transferências financeiras e um vasto conjunto de decisões e de concursos públicos que se prestam a parcialidades.

Entregar a escola a este modelo de gestão autárquica?

 

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Escola Portuguesa de Luanda – Necessidades Docentes

A Escola Portuguesa de Luanda – Centro de Ensino e Língua Portuguesa tem necessidade de três docentes com qualificação profissional para os grupos de recrutamento 110 (1.º CEB), 200 (Português e Estudos Sociais/História) e 520 (Biologia e Geologia), a recrutar em mobilidade estatutária, por destacamento, para lecionarem naquele estabelecimento escolar no ano de 2021/2022.   

                                              

Os interessados devem enviar a sua manifestação de interesse e o respetivo Curriculum Vitae para o seguinte endereço eletrónico: geral@epluanda.pt, até dia 17 de setembro.

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Professores e alunos de risco ficam em casa

Professores e alunos de risco ficam em casa

Governo acredita que devido à elevada vacinação, número de requerentes irá diminuir. Federações defendem que condições de regresso são determinantes.

Tanto professores como alunos sinalizados como doentes de risco vão manter o acesso aos regimes excecionais, aprovados por causa da pandemia, independentemente da vacinação completa, confirmou ao JN o Ministério da Educação (ME). A partir de hoje e até sexta-feira, cerca de 1,2 milhões de alunos e mais de 100 mil docentes regressam às escolas. Será o terceiro ano em pandemia e o primeiro da aplicação de um plano de recuperação das aprendizagens perdidas durante o ensino à distância.

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Projeto C.A.F.E., Timor-Leste, em 2022

Procedimento Concursal com vista à constituição de uma bolsa anual de docentes para o exercício de funções docentes no Projeto Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (Projeto C.A.F.E.), Timor-Leste, em 2022.

CAFE de Timor-Leste 2021/22 – Home – Projetos em Língua Portuguesa

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Procedimentos Concursais em 2021 – 1.º, 2.º CEB – relativos a França

 

Aviso de abertura de procedimento concursal simplificado (local) –  França – horário LYO13, RPA06, RPA21, RPA57 e RPA64

Informam-se todos os interessados que se encontra aberto um procedimento concursal simplificado (local) destinado ao recrutamento local de 4 professores do ensino português no estrangeiro para o 1.º, 2.º CEB – língua francesa– horário a prover, em substituição, horário LYO13; RPA06; RPA21; RPA57; RPA64

 

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O PRIMEIRO DIA DO RESTO DAS SUAS VIDAS

!

De olhar curioso, muitas são as crianças que irão cruzar o portão da escola pela primeira vez. Mesmo que já tenham frequentado o jardim-de-infância no mesmo edifício, há uma mudança no pensamento: agora vão para a ESCOLA. Para elas é um passo de gigante que estão a dar. Sentem-se “crescidas” e estão prontas para embarcar numa nova viagem. Uma aventura que fará toda a diferença nas suas vidas.

Há as destemidas, que chegam e correm pelo espaço. Sem receios exploram tudo o que há para explorar. Mesmo sem conhecerem os amigos, querem logo abraçá-los.

As curiosas chegam e observam tudo com atenção. Durante anos construíram a imagem de uma escola na sua imaginação. Uma escola que tantos lhe falaram e está agora ali. Chegou o dia, a escola deixou de ser uma representação. É real e é, finalmente, sua!

Há também as faladoras… bom, sobre essas, há sempre tanto para dizer. Querem saber tudo, têm tanto para contar. Mas também gostam de ouvir. De conversar. São comunicadoras natas e, por norma, isso vai continuar! E é tão bom!

Entram algumas mais tímidas, com uma certa apreensão no olhar. Algumas estão com receio, mas ao mesmo tempo entusiasmadas. É isso que as faz ir, sem olhar para trás. Confiam e nada as fará recuar.

Há aquelas para quem tudo é novidade. Mas há outras que se sentem sós, como se estivessem sozinhas numa nova cidade.

Há também as que choram, que chegam com alguns medos espelhados em algumas lágrimas que lhes caem pelo rosto. Aqui que ninguém nos ouve, algumas, se pudessem, perpetuavam o mês de agosto! (Bom, quanto a isso…até nós!)

E aquelas que entram a gritar? Sim, as que voltam a dar vida à escola. Porque a escola só é escola porque nela vivem crianças. Vida pura!

Bem, quanto a estas últimas, pelo menos durante o primeiro, segundo ou terceiro dia – no máximo. Depois disso acabam todos a gritar ao mesmo tempo e, verdade seja dita, acaba por ser cansativo.

Sim, porque ao fim de dois ou três dias tudo muda. Tudo!

– As que derramaram algumas lágrimas, ficam mais do que integradas…. lágrimas só de tanto rirem;
– As que entraram timidamente, andam a correr e a gritar pelos espaços;
– As que se sentiam sozinhas passam a estar rodeadas de amigos;
– As faladoras continuam sem se calar;
– E as destemidas…. ficaram ainda mais destemidas!

Os corações estão apertados: os das próprias crianças e os dos pais. Mas há uma comunidade escolar pronta para as receber.

Os professores não estão lá apenas para as ensinar a ler ou escrever, estão lá para as ajudar neste processo de transição. E rapidamente será nos professores que irão confiar, do dia para a noite. De olhos fechados!

Sabem porquê?

As que precisarem de um abraço serão abraçadas!
As mais inseguras tornar-se-ão mais confiantes.
Vai haver tempo para acalmar as que precisam de tranquilidade.

E isto não se encontra nas aprendizagens essenciais de português ou matemática.

Que seja um bom ano. Que seja um ano em que as crianças possam iniciar um caminho feliz, com professores felizes!

Um professor do 1º Ciclo,
Fábio Gonçalves

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O dever de proteger não justifica a supressão das liberdades – Santana Castilho

Com o pensamento em dois grandes portugueses, que nos deixaram ao mesmo tempo: Jorge Sampaio e Manuel Patrício.

Recordámos há quatro dias um 11 de Setembro, o do World Trade Center. Ficou esquecido um outro 11 de Setembro, o do Chile, de 1973.
O que Bush iniciou a 11 de Setembro de 2001 e outros continuaram, em nome do combate ao terrorismo, é um percurso que não serviu a paz, desprezou liberdades e democracia e ampliou o terror que inicialmente queria combater. Mostra a realidade que ao terror inorgânico se somou o terror de Estado, com milhões de mortos e refugiados e a legalização da violação de direitos humanos fundamentais. Mostra a realidade que a responsabilidade dos estados protegerem os seus cidadãos se exerceu trocando liberdade por aparente segurança e permitindo que os senhores da guerra se afirmassem, no campo político, como simples sugadores de fragilidades, usadas para controlar os recursos energéticos e as riquezas dos outros.
Muito do que sempre foi determinante para influenciar o comportamento das pessoas, e impor ideias hegemónicas idênticas às que serviram todos os projectos imperiais, resultou do aproveitamento das emoções causadas por fenómenos de impacto global. Para obstar a tal processo, a democracia precisa do empenho dos cidadãos por causas e as causas precisam de razões demonstradas. A ausência da demonstração da razão afasta o empenho, abre portas à debilidade da democracia e permite que ideias erradas se imponham, varrendo tudo o que resta de um estar geral abúlico. Porque mais do que as agressões ao nosso modo de viver, são os actos com que lhes respondemos que mudam o mundo.¬
Interrogo-me continuadamente sobre se é o medo que gera a indiferença perante o racional ou se é essa indiferença que favorece a instalação do medo. Seja como for, vejo hoje muita indiferença e demasiado medo, particularmente no campo da saúde, onde é visível a utilização do pânico causado pela pandemia para retirar direitos e liberdades e reprimir, com a imprópria designação de negacionismo, tudo o que questione o discurso politicamente correcto, por mais fundamentados e cientificamente sérios que sejam os argumentos que se lhe opõem.
Há ano e meio que assisto à tomada de medidas por parte da maioria dos governos do mundo, que não logram obter os resultados que prometeram. Há ano e meio que assisto, em nome da emergência pandémica, a uma sucessão de medidas frequentemente contraditórias, ilógicas e ineficazes, limitadoras de direitos e liberdades, mas genericamente aceites pela sociedade como os crentes aceitam os dogmas das religiões. Há ano e meio que assisto à promoção de cientistas, pagos a ouro pela indústria farmacêutica, a uma espécie de sacerdotes infalíveis, enquanto outros, com créditos científicos bem mais sólidos e eticamente impolutos, são destratados como hereges e queimados na novel inquisição da opinião pública, vigiada e censurada. Dir-se-ia que à pandemia da covid-19 se juntou uma pandemia de fideísmo, que leva a maioria a acreditar agora em políticos que lhes mentiram toda a vida.
No regresso das nossas crianças às creches e à escola, e apesar de se ler na imprensa que 99% dos seus cuidadores estão vacinados, a Direcção- Geral da Saúde não foi sensível a vários estudos que identificam atrasos no desenvolvimento dos mais pequenos, atribuíveis à ausência da interacção fundamental com o rosto dos adultos, cobertos por máscaras.
Muitas das crianças que estão a ser violentadas na escola por regras sem sentido, serão enviadas para restauro muitas vezes ao longo da vida. Porque, embora não o manifestem de modo a que os adultos o entendam, mais do que nunca sentem-se assustadas na escola. Porque os perigos sanitários a que as poupamos são nada quando cotejados com os custos garantidos dos défices motores, mentais e emocionais que estamos a infligir ao seu desenvolvimento são. E não há vacinas que as protejam das chagas deixadas pela imobilidade forçada, pelos recreios livres suprimidos e pela habituação à inexpressividade de rostos mascarados dentro das quatro paredes das salas, onde passam a maior parte da vida que lhes estamos a roubar. Tantos constrangimentos e tantos isolamentos só podem fazer mal, mais mal do que aquele que evita uma escola tão protectora, mas tão pouco amigável.

In “Público” de 15.9.21

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