14 de Setembro de 2021 archive

O que evidenciam os resultados da mobilidade interna, contratação inicial e reservas de recrutamento 01 e 02 de 2021?

Apesar das recomendações de vários grupos parlamentares, entidades sindicais, associações de professores e de diretores, o Governo manteve-se inflexível na sua decisão – só disponibilizou horários completos no concurso de mobilidade interna de 2021, considerando apenas os horários incompletos a partir da primeira reserva de recrutamento (publicitada no passado dia 1 de setembro).
O conhecimento recente dos resultados destes dois momentos de colocação de professores expôs, à semelhança de 2017, uma inversão na atribuição das colocações disponíveis, ficando docentes de maior graduação colocados em escolas mais distantes das preferências que tinham manifestado como prioritárias.
Atente-se nas listas de colocação definitiva da RR01 respeitantes aos grupos de recrutamento 120, 200, 240, 250, 290, 300 ou 910, por exemplo.
Viram-se, assim, ultrapassados por docentes com menor graduação profissional (em muitos casos, com o mesmo vínculo) e colocados em agrupamentos/escolas a centenas de quilómetros das suas residências.
Mais uma vez, não se compreende este atentado à dignidade profissional da classe docente.
A realidade colide com as palavras proferidas pela deputada Sílvia Torres, do grupo parlamentar do Partido Socialista, na Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, aquando da discussão da Petição No 199/XIV/2a – “A valorização dos profissionais que trabalham nas escolas e, em particular, a criação das condições para a estabilidade da função docente, assumem para o Partido Socialista um papel insubstituível na promoção da escola pública. (…) O grupo parlamentar do Partido Socialista reafirma, assim, a sua convicção de que o Ministério da Educação continuará a assentar a sua ação na valorização do papel dos docentes, assegurando desde logo a maior estabilidade e previsibilidade possíveis.”
Bem como com a justificação que adiantou para o procedimento adotado pelo Governo no concurso de mobilidade interna – “É da consciência da realidade e da necessidade de adotar a solução que melhor sirva o sistema educativo, assente numa adequada gestão dos recursos humanos docentes e na boa utilização dos dinheiros públicos, que resultam as decisões por vezes difíceis do Ministério da Educação.”

Proceda-se, então, a uma análise comparativa dos resultados obtidos quer no concurso de Contratação Inicial de 2018 (com a vinda imediata de horários completos e incompletos) e de 2021 (com a disponibilização apenas de horários completos), quer nas Reservas de Recrutamento 01 e 02 de ambos os anos.
2018 – Contratação Inicial
3330 docentes contratados com horário completo
2018 – Reserva de Recrutamento 01: 496 docentes contratados com horário completo anual
2018 – Reserva de Recrutamento 02: 545 docentes contratados com horário completo e anual
2021 – Contratação Inicial
6581 docentes contratados com horário completo (mais 3251)
2021 – Reserva de Recrutamento 01: 1792 docentes contratados com horário completo anual (mais 1296)
2021 – Reserva de Recrutamento 02: 618 docentes contratados com horário completo anual (mais 73)
Afinal, onde está a boa utilização dos dinheiros públicos, se, até ao momento, o Ministério de Educação já contratou mais 4620 docentes com horário completo anual comparativamente a 2018?
Perante o exposto, urge corrigir de imediato a situação e os atropelos descritos.
Lígia Violas e Paulo Fazenda Pelo Grupo de Docentes Lesados a 25 de Agosto

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Quem é que andará desatento, Tiago?

 

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, sublinhou esta terça-feira na Básica e Secundária do Cerco que, este ano letivo, as escolas estão mais bem preparadas para lidar com as dificuldades geradas pela pandemia, destacando que só “um diretor muito desatento” é que poderia dizer que o Governo está a pedir que os docentes e não docentes façam mais com o mesmo.

Questionado sobre a falta de recursos denunciada por alguns diretores de agrupamentos escolares, o ministro refere que “existe, este ano, um reforço de mais 3.500 professores que podem trabalhar nas tutorias, nos projetos pedagógicos das escolas. Temos mais técnicos especializados, através dos planos de intervenção em cada uma das escolas – de desenvolvimento social e comunitário. Só um diretor muito desatento é que poderia eventualmente dizer isso”.

“Obviamente que os diretores, assim como as organizações que representam os trabalhadores, querem sempre mais. Mas é nesse equilíbrio que nós conseguimos construir estes planos”, assinala Brandão Rodrigues.

 

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Hoje há GREVE

Ano letivo começa com greve de professores e funcionários

Professores e pessoal não docente iniciam esta terça-feira uma semana de greve contra a precariedade e por melhores condições de trabalho, um protesto que coincide com o arranque do ano letivo no ensino obrigatório.

Todos os profissionais de educação, incluindo os trabalhadores do ensino superior, estão abrangidos pelos avisos de greve do Sindicato de Todos os Professores (STOP), em vigor entre hoje e termina a 17 de setembro.

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