“Nada substitui o papel do professor e o que este estudo nos mostra é que, mesmo em contexto de ensino à distância,a presença do professor em interação direta com os alunos é muito melhor para as aprendizagens“, sublinhou o secretário de Estado e Adjunto da Educação na sessão de apresentação do relatório.
Segundo os resultados do estudo de diagnóstico, os alunos que tiveram aulas síncronas ‘online’ conseguiram melhores desempenhos nas três áreas avaliadas.
“Isto volta a reforçar o reconhecimento que todos temos de ter do papel que os professores desempenham e não endeusarmos máquinas que nunca vão substituir o papel dos professores”, defendeu João Costa.
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“A não ser que tenhamos outra vez – esperemos que não e tudo indica que não – alguma excecionalidade, o caminho é o da retoma da normalidade também a respeito da avaliação externa”, afirmou João Costa, à margem da apresentação dos resultados de três estudos realizados pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE).
Na escola, cujo nome omitimos por questões de confidencialidade, estava tudo bem e esteve sempre tudo bem. Até não estar. Até porque a professora de Inglês já vinha a fungar desde as férias. A fungar, mas também a tossir. Os testes rápidos, no entanto, não deixavam margem para dúvidas: negativo, e por conseguinte uma constipação apenas. Até deixar de o ser. Depois foi o professor de Educação Visual a ficar doente. À 5ª de manhã toda a gente faz o teste rápido e como era 5ª e era de manhã o teste deu obviamente negativo mas como o professor insistia em dizer que não se sentia bem, toca de fazer outro teste em casa à noitinha e o teste positivo por conseguinte e por conseguinte já vamos em dois professores em casa. Depois foi o contínuo da escola, o faz-tudo que arranja tudo e tudo arranja a testar positivo e a ficar doente e em poucos dias já vamos em três. Ironia das ironias, quem a seguir ficou doente foi a Directora que nunca lá esteve durante o primeiro ano da pandemia sob o pretexto de ter um pretexto, um familiar doente, ao que parece mas nunca confirmado. Ninguém sabe ao certo, mesmo se todos sabem. Mas como a Directora é a Directora e só quem está por cima é que tem direito a ter medo das duas uma, ou o resto do mundo está cheio de corajosos ou então não temos outro remédio. Outro remédio senão continuar. E continuámos. Ainda aqui estamos. E ai de quem disser alguma coisa, mesmo se todos dizem todos os dias na escola a trabalhar, com ou sem pandemia ao longo dos 18 meses mais longos desta vida. Mas continuemos, a sangria não se fica por aqui e temo estar ainda por continuar e de facto continua ou não estivesse a professora de Ciências agora em casa, professora essa que por acaso não quis ser vacinada e o marido, por acaso, com uma insuficiência renal, só por acaso e eu já não sei o que pensar sobre o que esta gente pensa, ou talvez não haja nada para pensar e se calhar somos nós que somos muito exigentes. Ou preocupados. Ou conscientes. Mas agora é tarde e aqui vai mais uma para casa com o coração nas mãos. De caminho, e no espaço de duas semanas, já são cinco os professores doentes, não, minto, seis, o professor de Informática foi ontem para casa e agora diz que também testou positivo, ele e dois alunos com quem esteve e a pergunta que toda a gente faz é por que carga de água não ficou mais ninguém doente, a escola já é conhecida como a “escola do coronavírus” e entre mais miúdos e pessoal auxiliar supostamente doentes, ou assim lhes dizem entre desculpas esfarrapadas para não vir, a escola já está a metade, tal e qual como nos tempos da pandemia. Mas ainda estamos na pandemia. Por isso é que está toda a gente doente. A única diferença é a ausência de hospitalizações e óbitos e na ausência de hospitalizações e óbitos as autoridades de saúde não lhes dizem nada, continuem a fazer testes rápidos que a escola é para continuar aberta e quanto ao uso de máscara é convosco e a escola ao deus-dará, daqui a pouco sem alunos nem professores mas ainda e sempre aberta, qual aldeia gaulesa, ainda e sempre resistente ao invasor. Porque sim. Porque a imunidade de grupo, a almejada imunidade de grupo tão apregoada pelo governo de sua majestade nos primeiros tempos da pandemia parece ser, lá está, ainda o objectivo final. Até porque na corrida das vacinações o Reino Unido acabou por ficar um pouco para trás, agora com 70% da população vacinada e a precisar de um empurrão extra. Por conseguinte, deixe-se o vírus à solta. Livre. Sem rédeas. Mas a que preço? Na escola ainda ninguém está gravemente doente e ainda bem. Mas do susto já ninguém os livra.