Após a publicação da Reserva de Recrutamento 12 analisei o número de candidatos que não estão colocados nesta data e comparei com o número de candidatos iniciais a cada grupo de recrutamento.
Nesta altura existem apenas 21,1% de “reservistas” para assegurar dois longos períodos letivos.
No entanto a média global sobre porque o grupo de recrutamento 100 faz disparar essa média porque ainda tem 2.597 educadores nas listas de não colocados (53,7%).
13 grupos de recrutamento já têm menos de 10% de candidatos nas listas e 16 grupos de recrutamento têm entre 10 e 20% de candidatos.
Ambos os grupos de Educação Física (260 e 620) parecem ser os grupos de recrutamento onde não devem existir problemas ao longo do resto do ano porque ambos ainda têm 38,6% e 38,2% de candidatos nas listas. O mesmo acontece com a Educação Pré-Escolar com 53,7%.
Até o primeiro ciclo poderá vir a ter problemas na substituição de professores lá mais para a frente, pois neste momento tem apenas 24,9% de candidatos em concurso.
4 comentários
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E alguns dos candidatos apenas concorrem para ver em que posição estão nas listas, ou outras razões, mas concorrem com critérios que sabem que dificilmente serão colocados (só a uma escola horários completos e anuais, por exemplo).
Em muitos grupos de recrutamento, em algumas zonas dos país, em horários mais pequenos, na realidade já não há nenhum candidato… mas há sempre alguém que dirá que não temos falta de professores!! A partidarite é uma doença muito contagiosa! 🙂
Falta de professores não há. Há falta de quem tenha motivação para dar aulas. Há que fazer uma distinção.
Quem diria…. o 1º Ciclo (com quase 10 mil candidatos!!) e o 910 que vendiam saúde…. agora estão pelas ruas da amargura. Este ano, ainda com 6 meses de aulas pela frente (aulas no 1º ciclo até 30 de junho!!!), com apenas uma semana de férias na Páscoa, com milhares às portas da reforma em 2021 (segundo o blog e o ME) e com o Covid pelo meio, cheira-me que até no norte os diretores vão sentir o que os do sul sentem! É uma pena, principalmente para quem tem filhos às portas da universidade, mas quem semeia ventos….
Custa acreditar…. uma profissão tão boa, 2 mil euros por mês, 3 meses de férias no verão e quando fazem greve são uns malandrecos! Ironias à parte… mesmo que o governo, do nada, decida enganar os jovens do secundário prometendo mundos e fundos no futuro, caso escolhem o curso de formação de professores, só lá para 2028 é que temos sangue novo. Até lá andamos a soro? o que faz o ME??? disse que este ano não iria haver falta de professores pois a economia já não estava pujante e os professores iria ter que aceitar esses horários pequenos.
Solução há? sim há, pelos menos para acalmar a falta de docentes.
Vontade? não! nenhuma.
– Rever dias descontos para a SS;
– Dar aos professores (que pagam para trabalhar em Lisboa, Santarém, Setúbal e Algarve) um bónus de 20%/30% de TS…já que dinheiro para alojamento já todos vimos que não vai haver.
– Eliminar parte da burocracia nas escolas (relatórios, grelhas e etc), até porque o aluno transita sempre!!!
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Meus amigos!….este ano letivo temos mais de 12.000 professores de Baixa Médica fora outras situações nebulosas…….Repito: – Mais de 12.000 Baixas Médicas……a maioria delas de educadoras e de professores primários.
Agora!…. veja-se!….afinal onde está a falta de professores?????????
Além disto, temos Milhares de Tapa Buracos (também conhecidos por CONTRATADOS) …..sim!….são Dezenas de Milhar de DESGRAÇADOS…..
Os Negacionistas do DESEMPREGO DOCENTE continuam a meter a cabeça na areia.
Há Desemprego de Professores e é na casa das Dezenas de Milhar de Educadoras de Infancia, Professores Primários e professores de educação fisica/Ginastica. Quem negar isto está a negar factos.
Esta gente formada em Piagets e nas ESEs alimenta os Centros de Emprego e as Reservas de Recrutamento.
Depois existe uma outra realidade que são os formados em Universidades (Informatica, Economia, Gestão, Engenharia, Matemática, Fisica……que tem muitas outras saidas profissionais alem do Ensino. Aqui Sim!…esta gente é capaz de não aceitar horários incompletos a centenas de Km de casa porque tem outras saídas profissionais.
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