Já tinha previsto este assunto AQUI (será que a DGS anda a ler o blog?). As escolas não vão encerrar novamente. Os alunos ou funcionários infetados entram em quarentena, mas o resto da escola permanece em pleno funcionamento.
DGS mantém escolas abertas mesmo com casos de covid-19
Uma escola onde seja identificado um caso positivo de covid-19 deve encerrar? “Não”, é a resposta da Direção-Geral de Saúde (DGS), que só recomenda que fiquem em quarentena “os alunos da turma/auxiliares/professores identificados como contactos próximos com alto risco de exposição ao vírus”.
“Só os alunos que foram considerados contactos próximos de alto risco de exposição ao vírus é que devem ficar em isolamento”, sublinha fonte oficial da DGS em resposta escrita à SÁBADO na qual se admite que “tratando-se de um menor, um dos encarregados de educação/progenitor poderá ficar no domicílio por assistência à família”. Ou seja, não há indicações para que os outros membros do agregado familiar do contacto de risco cumpram o isolamento profilático de 14 dias.
De acordo com a DGS, sempre que exista um caso suspeito em meio escolar, o estabelecimento de ensino deve “deve ativar o seu plano de contingência e encaminhar o aluno para a sala de isolamento até ser encaminhado para avaliação clínica”.
Depois disso e caso se confirme um caso positivo, entra em campo o delegado de saúde local, que se deve articular com a direção da escola.
Como explica a DGS, “o delegado de saúde realiza a investigação epidemiológica e aplica inquérito epidemiológico ao caso confirmado e aos seus contactos (ou encarregado de educação)” para encontrar os tais “contactos próximos de alto risco” que deverão ficar em casa durante 14 dias.
48 comentários
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Não sei qual o motivo para tanta perplexidade. Claro que, perante uma situação destas, a escola não deve fechar. Concordo com a postura da DGS. Já não há paciência para esta histeria “covidiana”.
Mas onde está a identificar a perplexidade? É que já ninguém fica perplexo com a estupidez da DGS e do Ministério. A sua é que não deixa de nos espantar.
Esta figurinha (luluzinha), deveria estar junto ao par de jarras da DGS.
Os chineses devem sofrer desse mal de certeza. Com 55 casos isolam logo dois a três milhões de pessoas.
Mas tem razão, nós somos como os brasileiros, desculpe, eles é que são como nós, segundo o Bolsonaro um caso de estudo… 😉
Fala assim porque nem o vírus está para a aturar.
Por outro lado, não constitui motivo algum de perplexidade o comentariozinho da personificação do “ressabiamento”.
Lulu quando é que percebes que isto é uma zona de debate de ideias informal?
Ja ningume te atura
Histeria covidiana? Olhe o Bolsonaro… Ria-se do COVID… testou positivo pela 3ª vez… Agora já usa máscara…
Por mim, gente deste calibre, até podia morrer da doença.
Poderá ser o destino de muita gente que anda a brincar com a saúde da população…
Já todos sabemos que existem vários tipos de portugueses, isto é, primeira, segunda, terceira, etc… Vamos ver se vai ser mesmo assim, o tempo o dirá… Dúvidas muitas dúvidas….
Os professores portugueses devem ser de 99_• categoria. No mínimo!
O blog é que é capaz de ler o que a DGS diz.
Tal como em outros sectores e profissões, raramente todo o local é fechado. Isolam-se os contagiados e contactos próximos.
Por isso é que a maior parte das medidas propostas passam pela separação dos grupos de alunos, criando “bolhas” que reduzam os contactos próximos.
Os contactos indirectos (por exemplo, os alunos das outras turmas dos professores que estiveram em contacto com o aluno infectado) raramente ficam em isolamento .
Faz todo o sentido que assim seja, ou quer que o país pare a 100% e de vez?
Oh Rui, tanta perplexidade porquê?
Tem usado máscara no contacto com os seus colegas? Não, pois não?
Então acha que sendo irresponsável pode acusar o ministério de irresponsabilidade? É tão lindo acharem que só as criancinhas levam o vírus para a escola…
Dêem o exemplo, usem máscara também nos contactos sociais fora das escolas, pois as grandes vitimas da irresponsabilidade serão as crianças!
Já dizia o ditado: “Quem tem telhado de vidro não atira pedras ao do vizinho!”
Claro que o país não pode nem vai parar, mas a fatura vai ser alta. Espero que esteja preparada para ela…
Como docente, compreendo perfeitamente a sua perspectiva. Acredite que muitos colegas meus que aqui comentam, se não tivessem recebido a totalidade do vencimento, quando ficaram em causa, mudariam, de imediato, de opinião. Eis, resumidamente, o que esta gente ainda pensa: todos os sectores funcionariam, excepto as escolas (mas, sempre a receber salário, claro.) Enfim…
Lamento mas não sou professor, já fui mas foi no tempo da outra senhora… E posso dizer que nunca parei de trabalhar, muito pelo contrário, este ano ainda não tirei um único dia de férias / fim de semana, tão pouco. Mas se o ensino necessitar da minha pessoa, provavelmente vou lá deitar uma mão, e não tenho qualquer necessidade de o fazer. Chamar-se amor a camisola, coisa que hoje em dia nem no futebol existe. 😉
Ainda está a tempo de ir para professora.. Para depois poder gozar à brava na praia de patas para o ar…. É só regalias loucas!
Mas quem é esta peça que julga saber quem usa ou não máscara? Será uma daquelas câmeras que os chineses colocam em todo o lado? Ou terá o dom da ubiquidade?
Resposta: nenhuma das hipóteses anteriores.
Conjectura 1 : a gritaria é um sintoma da falta de neurónios .
Conjectura 2 : não sabe ler, caso contrário saberia que o Rui não formulou qualquer opinião sobre o assunto
Conjectura 3 : já não é a primeira vez que vem cá defender com unhas e dentes o ME, usando, para tal, ruído e uns soundbites, logo…
Muito bem!
No início nenhuma escola vai fechar, mas em outubro, novembro falamos… 😉
Olhe, pela forma como se exprime, Deus queira que NUNCA precise ” ir lá deitar uma mão.” porque só esta expressão já é, por si só, suficiente assustadora para avaliar a sua suposta habilitação científica e pedagógica.
Já reparei que sua excelência deve ser uma pessoa muito sabia. É uma pena não ir trabalharam para uma escola, que tamanho desperdício. Peço desculpa sua santidade, pode trocar por favor ( , por /). Que grande capacidade de avaliação/ julgamento. Você é mesmo fantástica, é pessoas destas que necessito na minha empresa.
Mas pela sua capacidade de escrita, já deu para reparar que deve ganhar muito dinheiro a vender livros. E tem certamente uma empresa que ajuda a economia nacional. Acho que o nome que escolheu não faz justiça a tal capacidade, deveria ser antes Luluzona.
https://www.publico.pt/2020/06/17/sociedade/noticia/investigadores-estimam-20-criancas-turma-contactam-800-pessoas-dois-dias-1920967
Bem pelo que estou a ver …. podem deixar-se das tretas de distanciamento nas lojas, hipers, transportes, salas de espetáculo, praias, piscinas , hotéis, fabricas, obras, clinicas, CC, escritórios, etc…
A partir de setembro as escolas basicas e secundarias podem sentar na sala de aula, alunos na mesma mesa lado a lado alem de terem cantinas lotadas com 300 alunos em simultaneo. Curtam ate setembro depois vai ficar endémico.
O puto leva a doença para a turma e a turma para casa, a casa para outra casa , etc…
As salas de aula estão no grau mais elevado de contágio e também se estima “que 20 crianças de uma turma contactam com mais de 800 pessoas em dois dias”.
Recentemente, o Ministério da Educação enviou às escolas um documento com orientações para o ano letivo 2020-2021 que provocou algum protesto por parte de diretores, professores e encarregados de educação. Uma das medidas mais polémicas tem que ver com o número de alunos por sala nas turmas do ensino básico e secundário. Uma vez que o Ministério da Educação não prevê a redução do número de alunos por turma, estamos perante a possibilidade de ter até 28 alunos numa sala de aula, com distanciamento, sempre que possível, de pelo menos um metro. Efetivamente, no dia 24 de junho de 2020 a proposta da redução do número de alunos por turma foi rejeitada no Parlamento, deitando por terra as aspirações que há muito professores e investigadores têm acalentado como uma das medidas mais urgentes para melhorar a qualidade do ensino público e mais ainda no presente tempo de pandemia.
Diretores, professores e encarregados de educação não compreendem como é que estas medidas poderão garantir a segurança de docentes, alunos, famílias e funcionários. Sabe-se que há vários alunos com doenças crónicas, a classe docente revela-se muito envelhecida e prevê-se que muitos recorrerão a baixa médica para se protegerem nestas circunstâncias. As famílias serão igualmente afetadas via crianças.
Eu estou de acordo com esta medida…. tratar um problema caso a caso! Se nevar em Bragança fecha-se as escolas desse concelho onde não ha condições, não se vai fechar todas as escolas de Bragança ou do país!! Eu sou contratado e quero é as escolas abertas para trabalhar, não tenho medo da covid… tenho é angustia de se fecharem as escolas e passarem a ensino a distância…. quem é doente fica logo bom, poucos metem baixa nessa situação. Pode ser injusto estas palavras mas tenho que pensar em mim
Olha este falou o que eu penso…. muito bem.
Infelizmente é a triste realidade . No entanto acho uma enorme negligência não reduzirem o número de alunos em sala de aula. Ser que o ME pensa que os alunos são “ múmias “?
Meu caro, disse bem: se nevar em Bragança, fecham as escolas da região. A questão é outra: se aparecer alguém contaminado em Bragança, não fecha nada. Isto é, não fecha até o caos se instalar. Depois fecha tudo e só abrem o cemitério.
O caro não quer trabalhar, quer receber um salário. Sejamos honestos! E faz bem!
Depois de ler tanta opinião umbilical, resta-me o seguinte: estamos (professores) a marimbarmo-nos uns para os outros e nem respeitamos quem, na sua legítima intimidade, tem medo da doença, por diversos motivos. Podem chamar-me o que quiserem, mas esta é altura de união. Para uns, porque querem voltar à escola, para outros, que querendo, têm receio face aos moldes em que a coisa se talha…eu também quero, os meus filhos também querem, o meu marido também quer…mas estes “querer” ficam menos fortes perante o ” tudo ao molho”! Está errado, como doente oncológica, ter receio? Está errado, com um filho de 14 anos, asmático, exigir que as condições que lhe oferecem são ” se possível a um metro”? Está errado exigir que esta profissão seja tratada com o mesmo respeito que outras? Está errado pensar que perante um caso ( por negligência da tutela) que surja na família pode transformar-se em situações muito complicadas ou graves? Se alguém responder/criticar o meu comentário, por favor faça- o com respeito e consideração, pois é isso que mereço ( e os meus filhos), depois de quase 5 meses ( sim, a conta está certa, não é exagero meu, porque trabalho numa profissional) sentada 8 a 10 h ( média…)por dia à frente de um computador. Resultado: esgotamento com baixa de 10 dias. Que querem mais? Não trabalhamos o suficiente? Ainda tenho que me pôr em risco para realmente merecer uma merda de um lugar de quadro e por uma remuneração que não paga a responsabilidade e cargos que tenho? Não sou contra o regresso, sou contra a forma impensada e precipitada com que se está a delinear, a qual mostra que nos vão experimentar para a tão almejada imunidade de grupo. É contra isto que luto, grito e gritarei!
Venham então as críticas. Os que acham mariquice, dramatismo, sei lá, talvez a alguns falte terem filhos e uma vida própria… E não me corrijam erros, possivelmente cometi-os ao escrever, não tenho pretensão a José Saramago…
É uma opinião totalmente válida, muito bem… 👍
Deviam ser criadas “bolhas” para certas criaturas:
Passo 1: Colocam-se certas criaturas dentro de uma “bolha”, bem juntinhas umas às outras, que a ordem dada superiormente é para optimizar recursos e equipamentos;
Passo 2: Depois da “bolha” ter atingido a sua capacidade máxima (que seria de 2 criaturas, mas colocaram-se nela 3, de forma a cumprir o desígnio enunciado no Passo 2), fecha-se a mesma. Deve ter-se em atenção que a “bolha” só deve poder abrir-se pelo lado de fora;
Passo 3: Esperam-se as horas necessárias para que as criaturas troquem, abundantemente, vários fluidos corporais (sobretudo, suor e gotículas respiratórias, mas isso deve ficar ao critério das próprias criaturas) exalados através da pele, da boca e do nariz. Além desses fluidos, algumas criaturas também podem exalar algum tipo de substância tóxica, como veneno, que normalmente é eliminado através da língua…
O número de horas necessário à troca abundante de fluidos é variável, consoante as criaturas sejam mais ou menos exudativas;
Passo 4: Passadas as horas necessárias para que as criaturas evidenciem sintomas como febre, tosse, dificuldades respiratórias, odinofagia e dores musculares generalizadas, administram-se às mesmas doses cavalares dos seguintes paliativos: tranquilidade, confiança, serenidade, despreocupação, calma e optimismo. Àquelas que ainda respirem, também se pode aconselhar que inspirem pelo nariz e expirem pela boca, com uma cadência pausada e regular;
Passo 5: Se a administração anterior não surtiu os efeitos desejados (alívio e/ou eliminação dos sintomas), pode desistir-se de qualquer tratamento, nada mais haverá a fazer…
Nota: Às criaturas que sobreviverem, deve ser dada a oportunidade de poderem organizar palestras, simpósios e/ou conferências, onde relatarão, na primeira pessoa, a experiência vivida… Esses eventos deverão ter um carácter iminentemente místico, quase religioso, e para os mesmos é obrigatório endereçar convite ao Ministro da área profissional das criaturas sobreviventes e a todo o seu “staff”…
Sempre que a criatura sobrevivente seja profissional de Educação, é também obrigatória a presença d@ respectiv@ Director@, a quem caberá a realização do discurso inicial e final… A criatura sobrevivente não pode, nunca, esquecer-se de elogiar o papel fulcral que @ Director@ teve na sua sobrevivência, mesmo que este último desconheça sua existência…
(Alerta-se para a possibilidade deste devaneio poder ferir algumas sensibilidades… Alerta-se para o facto de qualquer semelhança com alguma realidade seja mera coincidência..).
Antes que… 🙂
Corrijo:
mesmo que este último desconheça a sua existência…
…Alerta-se para o facto de qualquer semelhança com alguma realidade ser mera coincidência..).
E as casas de Banho? E as maçanetas das portas onde esse aluno infetado tocou? Não Conta. Todos sabemos que nos intervalos os alunos mistruram-se e apenas mandar o aluno e a sua turma para quarentena não vai ser solução. O que a DGS está a fazer é vergonhoso. Até aqui eram 3 m de distancia depois a DGS adotou 1,5m e agora ja diz que é só 1 metro. Afinal em que é que ficamos? Isto é brincar com a saúde dos Portugueses!
E se muitos profs mandarem alunos para a rua devido a indisciplina? Não se cruzam ?
Há tantas variáveis nesta profissão…
Vê-se mesmo que estas decisões têm a ver com pressões do governo perante a DGS, o que é extremamente vergonhoso, desumano,..
Estamos para ver as consequências…
Já estou como o outro (o Tomalaquejaalmoçaste).. quero é trabalhar e ter um salário (trabalhando na escola). Quem não quiser que meta baixa por tempo indeterminado, há muita gente (contratados) com pujança e sem receio cá fora!
Exactamente.
Esse é problema de muita gente… quererem trabalhar e ganhar 0! Já outros ganham muito e pelos vistos querem ficar por casa! Não entendo o ataque a quem quer trabalhar nestas condições sinceramente…. atacar colegas. Segundo a Amelia o colega em questão não devia ganhar nem 500 pela categoria…. apenas foi sincero! Deve ser daquelas que têm trabalho garantido com ou sem covid…
Colocam um professor na sala de aula com 28 alunos durante. 50 minutos ou 90 minutos. Saiem estes alunos para intervalo e passado pouco minutos o professor está novamente.com outros 28 alunos noutra sala que não se sabe se foi arejada e desinfetada. Existem professores que por dia podem ter mais de cem alunos diferentes. Alguns chegam a ter dez e onze turmas. A maior parte dos professores estão envelhecidos e estão na sala com uma simples máscara . Mas isto não interessa.
Há professores que têm 18 e 20 turmas, o que equivale a uma média de 550 alunos por semana.
Dizem que os cemitérios estão cheios de heróis… Urge construir mais alguns para lá meterem mais estes
Continuam no ataque… lamentável…em vez de estarmos num local construtivo, não… afinal mostramos que temos o merecido…que falta de classe! Que importa se há quem ganhe 500 ou 2000?? E quem está no topo, já com a vida organizada, com reduções letivas substanciais e turminhas escolhidas a dedo? Se é para falar, falemos de todos! A mim pouco me importa, um colega é um colega. Devo-lhe correção e respeito, a não ser que me tenha dado motivos para o contrário. Tenham decência e parem de se atacar, pois na verdade não sabem da realidade de cada um e fazer juízos de valor é muito perigoso…
Bem, se passou a haver um filtro no chat deste blog, está na altura de haver filtro aqui nesta parte…isto já parece conversa de tasca…
Lembram-se do grande foco do Alentejo onde além de um lar fecharam também as escolas de tinham reaberto?
Pois está a penar nos cuidados intensivos de um hospital um colega nosso desse dito foco, que está mais para lá do que para cá…e colegas nossos que vivem e/ou trabalham nessa zona foram estigmatizados pelos próprios colegas. Reflitam se acontecer convosco.
Quando houver um caso a partir de setembro, e digo UM CASO, nas vossas escolas, quero ver como vai ser a vossa reacção.
Tudo se prevê que vá correr mal e tudo aponta isso…
Como a História de repete e olhando ao que se passou no século XX, será que estão a tentar criar guetos nas escolas para ver quantos escapam ao vírus? Ou não?
Longe de mim por em causa tamanha habilitação científica e pedagógica, aproveite e faça também a correção da seguinte publicação: Luluzinha on 23 de Julho de 2020 at 18:05 #. Muito provavelmente queria escrever ( … )casa (…) em vez de (…) causa (…). Peço desculpa pelo abuso, é apenas uma sugestão.
O que devia guiar a reabertura das escolas deveria ser a Ciência… mas, ao que parece, é apenas a política! Não sou especialista em nada disto , pelo facto limito-me a ler o que dizem os que sabem da ”poda”… Vou lendo e há uma quase unanimidade no que é necessário para abrir escolas: uma baixa taxa de transmissão na comunidade; distanciamento social dentro dos espaços; higiene… Ora mesmo que tenhamos assegurado todas estas variáveis não é certo que as coisas corram bem.., Se as não assegurarmos há uma boa probabilidade que corram mal… porque os vírus fazem o seu trabalho de vírus e vão-se reproduzindo enquanto podem. Isto são factos.
Não é também tolerável que uma entidade tenha um distanciamento social de 2m nuns locais e os reduza para o que calhar nas escolas… Onde está a Ciência? É também quase unânime que uma grande quantidade de carga viral irá existir num espaço fechado com pouco distanciamento e arejamento reduzido..
Não falarei sequer da disparidade entre os planos entre dos Agrupamentos e… onde nuns se maximizarão medidas e noutros não se fará quase nada e esperaremos a ajuda da Divina Providência!
Sem desdobramento de turmas; uso de máscaras generalizado (também no 1º Ciclo) ; fortes medidas de higiene; abertura de escolas ao mesmo tempo; taxa de transmissão muito baixa do vírus na comunidade podem espernear que o vírus avança… Não estou aqui a falar da taxa de mortalidade; ou das sequelas que o vírus poderá deixar , ou não, falo tão somente na questão da propagação da doença…
Com uma abertura caótica ,como se prevê que será a portuguesa, com o andar do inverno, não me parece que o resultado vá ser bom… Espero estar redondamente enganado…
Para menos especulações , em vez de inventarem , porque não se dedicam a ler o que dizem os maiores especialistas do mundo da área? Bem sei que não está na moda e a crença e o umbiguismo parecem prevalecer sobre a parte racional, nestes estranhos tempos em que vivemos… Leituras aconselháveis: Marc Lipsitch, Universidade de Harvard e Ashish Jhada mesma instituição…
O lado positivo do distanciamento social, desinfecção, uso de máscara etc…. é que esta ano e adiante não haverá: constipação; gripe; amigdalite…. O país irá poupar em baixas médicas e medicamentos para compensar a queda do confinamento. 🙂
Entretanto, por espanha:
3. Los centros educativos calcularán la distancia entre puestos escolares y reorganizarán los
espacios de forma que el alumnado cuente con una separación de al menos 1,5 metros
entre personas. Adicionalmente a dicha distancia de seguridad, se podrán incorporar
elementos efímeros (mamparas, paneles, etc.) que faciliten la separación entre el
alumnado asegurando, en todo caso, una ventilación adecuada y su correcta limpieza.
https://www.educacionyfp.gob.es/dam/jcr:7e90bfc0-502b-4f18-b206-f414ea3cdb5c/medidas-centros-educativos-curso-20-21.pdf
Existem dados significativos a nível mundial que demonstram que a distância de 2 metros não é suficiente para evitar contágios em espaços fechados, mesmo que desinfectados. Crê-se que uma só criança, através dos contactos cruzados com outras crianças e adultos poderá manter uma rede diária de contactos directos e indirectos (ou seja, de potencial contaminação) de 800 pessoas. No entanto, o Ministério da Saúde, a Direcção Geral de Saúde e o Ministério da Educação situaram a distância entre alunos em sala de aula em apenas um metro e, incrivelmente, adicionaram a esta distância a expressão “se possível”, o que significa que a distância entre alunos pode ser inferior a um metro, sempre que necessário. E vai ser necessário. Esperei alguns dias e nada aconteceu. Espanta-me esta ausência de uma onda de indignação protagonizada pelos pais e encarregados de educação, por exemplo, pela CONFAP.
O Ministério da Educação não permite a redução do número de alunos por turma, o que significa que os alunos estarão, efectivamente, em sala de aula a distâncias inferiores a um metro, na esmagadora maioria das escolas.
E nas cantinas e bares, como será?
Onde está a movimentação dos encarregados de educação no protesto à roleta russa que é colocada sobre a saúde dos seus educandos? Onde está a movimentação pela alteração do miserável paradigma funcional que se anuncia a partir de Setembro?
Até há bem pouco tempo atrás, a situação de pandemia em Israel esteve muito bem controlada e era considerada um caso de sucesso, sendo apresentado como um modelo a ser copiado por outros países. A abertura precoce das suas escolas e da sociedade levou rapidamente (em cerca de duas semanas – https://www.npr.org/sections/coronavirus-live-updates/2020/06/03/868507524/israel-orders-schools-to-close-when-covid-19-cases-are-discovered?t=1595871737118) à existência de uma nova vaga da doença, com uma velocidade de propagação em provável aceleração. Alguns artigos de imprensa falaram mesmo num tsunami.
É claro que não podemos nem devemos parar o país, mas onde estão os planos abertamente discutidos em sociedade, com os vários sectores profissionais, para que possam ser estabelecidas medidas adequadas e de base alargada de consenso, estruturadas numa acção conjunta, com a intervenção dos vários sectores da sociedade? Onde estão os planos A, B, C, D? Onde está a democracia participada?
Declarações vagas e optimistas por parte dos dirigentes políticos são sempre perigosas, pois creio que estamos numa fase de positivismo político tóxico, serôdio e razoavelmente cego – silly season, provavelmente.