… é adiar a entrada no sistema de crianças com menos de 4 anos permitindo que o distanciamento se faça de forma natural, com menos crianças por sala.
Limitar mesmo assim o grupo a 18/20 crianças por educador(a), permitindo o alargamento de salas onde tal seja possível.
Não consigo imaginar outra solução para o funcionamento do pré-escolar que não este, para além da separação dos grupos, dos intervalos e do período de almoço.
A organização do funcionamento do 1.º Ciclo para 2020/2021 não se afigura simples em muitas escolas. Os centros escolares que foram construídos, em substituição das antigas escolas primárias, muitas vezes foram feitos em economia de espaço e para substituir escolas com espaços vazios. Sorte ainda têm as escolas que não foram substituídas e que sobram em muitos casos salas de aula vazias.
Aqui também é preciso olhar para a realidade de cada escola para se adaptar um plano para 2020/2021. Existem muitas turmas neste ciclo que não chegam a 20 alunos, em especial nas zonas mais desertas e escolas onde o limite de alunos (20 ou 24) que muitas vezes são ultrapassados devido à continuidade dos alunos na turma que viram no meio do percurso existir direito a redução de turma, mas que se tornaria impossível mandar os alunos embora da escola.
As contas devem ser sempre feitas para existir o distanciamento entre os alunos da turma. Assim, nada melhor do que cada escola saber ao certo que distância de segurança poderá ter fazendo as contas com o número de alunos da turma e os metros quadrados da sala.
Há escolas com salas livre e outras sem qualquer espaço livre.
Há turmas com 20 alunos ou menos e há turmas com 24, 25 ou 26 alunos no 1.º ciclo.
Há escolas com apenas 4 turmas e há escolas com 16 ou até 20 turmas.
Apesar de existirem realidades diferentes, o ideal é desfasar o horário de entrada dos alunos, incluindo recreio e almoço ou até mesmo desfasar o funcionamento do horário das turmas de normal para duplo.
Também deve ser acautelado a realidade das famílias de cada escola. Aqui existe uma enorme diversidade de necessidades conforme o local de implantação da escola. Existem em muitos locais crianças que têm a família com disponibilidade para os acolher ao longo de parte do dia e noutros locais onde isso não acontece tão facilmente.
Por isso um plano para 2020/2021 neste ciclo se torna complicado para decidir.
Estando ainda muito em embrião o que penso para este ciclo e tendo em conta a realidade que conheço deixo no ar o que penso para o meu caso, sempre à espera de soluções que o melhore.
Parto do seguinte para encontrar esta solução:
Necessidade de uma sala livre em cada escola para permitir que as turmas com mais de 20 alunos possam ser desdobradas e usar a sala livre (usando o crédito de horas dos docentes ao abrigo do n.º 3 do artigo 79.º);
Reduzir para metade o número de alunos que necessitariam do serviço de refeições, não impedindo que os alunos com esclão pudessem usufruir deste serviço;
Tornar mais simples o desfasamento do horário de entrada, dos intervalos, do serviço de refeições e da saída da escola:
Entraves que necessitariam de revisão na legislação.
As escolas estão obrigadas a oferecer as atividades de enriquecimento curricular que complementa a matriz curricular dos alunos do 1.º ciclo. Não sendo de frequência obrigatória por parte dos alunos são de oferta obrigatória e as orientações para a organização do ano letivo 2020/2021 não fazem alusão a isto (talvez por esquecimento, não sei).
A opção que faço é manter o 1.º e 2.º ano no regime normal e transformar o 3.º e 4.º ano em regime duplo para dar cumprimento às necessidades que identifiquei em cima.
Carecerá de autorização a opção por colocar as AEC a funcionar em regime de coadjuvação no 3.º e no 4.º ano. Mas tendo em conta a inexistência de espaços não me parece descabida esta solução, até porque iria trazer um enorme acréscimo qualitativo ao trabalho na área da Educação Artística (3.º ano) e nas Expressões Artísticas e Físico Motoras (4.º ano).
Para 2020/2021 cada escola deve olhar para a sua realidade estrutural para conceber o melhor plano que permita seguir as recomendações da DGE no que respeita ao distanciamento social a ter no próximo ano letivo entre os alunos, no entanto, a realidade das escolas podem ser muitos diferentes entre si e os planos a conceber devem ir ao encontro da sua própria realidade.
Ter serviço de transportes ou não pode implicar seguir caminhos diferentes no desenho de um plano, assim como o número de alunos por turma que a escola tem.
Não tenho qualquer problema em mostrar aquilo que estou a pensar fazer tendo em conta a realidade que tenho: ausência de rede de transportes para os alunos se deslocarem para a escola e no limite terei 22 alunos por turma do 5.º ao 9.º ano. A distribuição dos alunos com redução de turma deve ser muito bem pensada para se atingir este limite, se bem que ache que para 2020/2021 não deveria ser necessária esta obrigação e o limite devia ser mesmo os 20 alunos por turma para qualquer caso. A generalidade das turmas na minha escola são de 20 alunos e as maiores salas comportam 20 mesas que permitem o distanciamento suficiente entre alunos. Algumas salas pela sua dimensão conseguem mesmo ter 23 mesas.
No que respeita ao 2.º e ao 3.º Ciclo pondero separar os dois ciclos por turnos (2.º ciclo da parte da manhã e 3.º ciclo da parte de tarde). Mais adiante poderei escrever sobre o Pré-Escolar e o 1.º Ciclo.
Maior problema que o ajuntamento nos intervalos é manter um elevado número de alunos a almoçar na cantina. A opção pela divisão em turnos acaba por eliminar em grande parte este problema. A opção por manter aulas de 100 minutos que podem ter intervalo entre duas disciplinas de 50 minutos ou no tempo previsto para o intervalo distribui praticamente metade das turmas por intervalos diferentes.
Obviamente que o currículo destes 2 ciclos não cabem em 25 tempos da mancha horária de cada um dos turnos, nem penso alargar o período para 6 tempo diários de 50 minutos em cada turno, pois 4 horas e meia de máscara já me parece demasiado tempo.
Por isso a opção passa por um sistema misto onde os tempos em falta passariam para o turno contrário, neste caso a Educação Física, com entrada e saída direta por outra entrada e uma ou outra sessão síncrona, que no caso do 2.º Ciclo seria apenas uma ou duas , e no 3.º Ciclo seriam 4 ou 5, conforme o aluno tivesse escolhido a opção de EMRC ou não e sem contar com os tempos para a possibilidade do Apoio ser à distância.
Estas opções ainda não estão fechadas, mas não me importo de lançar estas ideias até porque sei que existe alguma dificuldade, de um dia para o outro, em chegar-se a boas soluções. E também sei que olhar para isto e receber contributos podem ajudar a melhorar estas ideias.
Fica aqui o exemplo do 5.º ano para perceberem essa distribuição.
Após este vídeo que coloquei aqui no blogue sobre o envelhecimento docente no 1º e 2º ciclos, publico agora outro com os dados relativos ao 3º ciclo e secundário. Os dados relacionam o nº de docentes com mais de 50 anos por cada 100 docentes com menos de 30.
Vejam o vídeo e tirem a vossas conclusões: FONTE: PORDATA
As autoridades locais esperam o resultado de dezenas de exames.
“Há uns dias uma criança com sintomas fez um teste e foi detetado covid-19”, explica o presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha.
“Neste momento já foram detedas situações em cinco crianças, três colaboradores, e quatro familiares de crianças (…) Foram realizados mais 40 testes e ainda não temos os resultados”, explica ainda o autarca.