Escola em casa: vantagens e desvantagens de um ensino em isolamento
Esta repentina e inesperada pandemia, pede mudança de hábitos a nível mundial, mudanças para sempre ou por um período prolongado já que o desconforto relacionado com morte ou essa possibilidade vai, infelizmente, ficar na mente de todos.
O trabalho à partida de casa, perda de emprego, isolamento social, entretenimento em família e com os meios tecnológicos e suporte escolar em casa foram algumas das medidas impostas pelas exigências do momento.
Algumas famílias resolveram bem e positivamente todas estas questões, mas outras não.
Para famílias cuja contenção financeira foi uma necessidade, novas regras e opções são agora decididas.
Homeschooling, ou escola em casa, é um conceito há muito apreciado por algumas famílias e teve o seu grande boom em Inglaterra em 1970. Esta modalidade pode tornar-se agora um fator presente e inteligente para ultrapassar as questões escolares dos mais pequenos.
Quem se dedica a estudar os benefícios e pontos frágeis do Homeschooling dão nota positiva a este sistema por razões que irei expor.
É muito importante que os pais tenham preparação académica e psicológica para assegurar um bom desempenho e suporte aos mais pequenos.
Em tempos normais, estudar em casa foi apontado como uma decisão muito forte e adequada para o bom desenvolvimento, criatividade e expansão dos dons naturais da criança devido a um seguimento e apoio próximo, personalizado, ao ritmo da criança e dos pais. Um sistema muito bom para perceber e apoiar as características inatas das crianças.
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Benefícios da escola em casa
– Educação à medida de cada família.
– As crianças tornam-se mais responsáveis, confiantes e independentes.
– Possibilidade de contratação de um professor.
– Educação integrada e consistente.
– Crianças e jovens fora dos fenómenos de moda.
– Integridade física e psicológica.
– Não há o stresse dos trabalhos de casa.
– Os exames exigidos pelas entidades competentes podem ser feitos com serenidade e responsabilidade por parte das crianças que são previamente preparadas.
– Proteção de doenças e perigos sociais.
– Alimentação saudável.
– Relações familiares sólidas.
– Responsabilização e maturidade das crianças, alargamento de horizontes culturais e sociais.
– Enriquecimento do currículo académico e cultural.
Em 2018 cerca de 600 famílias foram apuradas, em Portugal, como praticantes integrais de Homeschooling e cerca de 60 países no mundo têm permissão legal para o praticar livremente. Portugal é um deles.
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A preparação esmerada das crianças e sua educação mas com responsabilidade assumida a 100% por parte dos pais e/ou partilhada com professores é algo que adultos conscientes escolhem.
Estados de pandemia são assustadores, obriga todos repensar e aprender novos aspetos práticos de vida, e estes encerram questões de maior fundo.
A mudança de um país, ocorre através da preparação dos seus membros. Os mais pequenos, quanto mais cultos, inteligentes, bem formados forem mais fácil é a renovação dos pilares que governam e orientam a sociedade.
Autor: Isabel Leal
2 comentários
A acrescentar a saídas dos professores da sua ” área de conforto”, agilizando daqui para diante os apoios a alunos que se ausentam temporariamente da escola, como por exemplo para efetuarem tratamentos oncológico ou outros…
Tenho uma proposta: calar 99,9% da malta que se pronuncia sobre dois temas – o momento que atravessamos e Educação.
Calem-se, pá!