Nesta edição, o secretário de Estado da Educação explica que as gravações já começaram, com o apoio da produção da RTP. Aulas vão ter 30 minutos e combinam conteúdos de vários anos escolares.
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Juntamente com a grelha oficial, o Ministério da Educação enviou também uma nota através de qual informa que “durante o 3º período letivo, a RTP Memória cede emissão a conteúdos pedagógicos temáticos, lecionados por professores, para alunos do ensino básico. #EstudoEmCasa é o nome do espaço que vai ocupar a grelha das 09h às 17h50, com conteúdos organizados para diferentes anos letivos, uma ferramenta importante para complementar o trabalho dos professores com os seus alunos. Estes conteúdos pedagógicos temáticos contemplam matérias que fazem parte das aprendizagens essenciais do 1º ao 9º ano, agrupados por: 1º e 2º anos, 3º e 4º anos, 5º e 6º anos, 7º e 8º anos e 9º ano, abrangendo matérias de uma ou mais disciplinas do currículo, as quais servirão de complemento ao trabalho dos professores com os seus alunos”.
“Com a emissão do #EstudoEmCasa, através do sinal da RTP Memória, é alcançada a generalidade dos alunos, atendendo a que o canal emite na TDT, mas também na televisão por cabo e por satélite, ficando ainda disponíveis nas plataformas digitais da RTP e da Direção-Geral da Educação (DGE), com todas as emissões e respetivos conteúdos disponíveis. Assim, nos primeiros dias do 3º período letivo, professores e alunos terão oportunidade de ficar a conhecer em detalhe o que irá comportar ‘a escola na televisão’, considerando o material a seguir para as escolas. Na segunda-feira, dia 20 de abril, arrancam as emissões do #EstudoEmCasa, que decorrerão até ao final do ano letivo, de segunda a sexta-feira”, acrescenta-se na nota à comunicação social.
Bem sei que o prazo do concurso foi de 7 dias úteis, tempo suficiente para se fazer um concurso que demoraria no máximo 15 minutos.
A questão do tempo que esteve aberta da plataforma ou tempo que demoraria a fazer o concurso não serve apenas de desculpa para não se voltar a abrir de forma excecional a plataforma novamente.
Na data que abriu o concurso muitos professores estavam ausentes das escolas, em muitos casos em reuniões de avaliação não presenciais, sem contacto presencial com outros docentes ou com os serviços administrativos que os lembrassem dos prazos para o concursos.
Os tempos excecionais que vivemos deveriam permitir à DGAE ter em atenção o número elevado de candidatos que não submeteram a candidatura este ano e possibilitar a reabertura da plataforma do concurso 2020/2021 durante dois dias úteis antes do fim do prazo de validação das candidaturas, que termina no dia 17 de abril.
Os relatos que me têm chegado são imensos e com razões muito válidas para eu fazer novamente aqui este pedido.
E escusado será acusarem na caixa de comentários que não se justifica este meu pedido, porque justifica-se.
guardava por esta notícia com um misto de sensações. O meu lado quase à beira de um ataque de nervos, em clausura forçada, teletrabalho e com a prole em casa, queria ver estes quatro seres agitados, barulhentos e devoradores de despensas que são os meus filhos daqui para fora, lá nas suas escolinhas onde reinam os abençoados professores. O meu lado ponderado e racional, esse, claro que sabia que não existia qualquer tipo hipótese para que tal acontecesse agora.
Tal como em meados de março encerrar as escolas foi a decisão mais difícil de todas, reabri-las será ainda mais complicado. A saúde pública está em primeiro lugar e falta ainda segurança para famílias, alunos, professores e toda a comunidade. É preciso perceber que, quando o tema é o ensino, falamos de 2 milhões de alunos, desde o pré-escolar até às universidade. Um universo gigantesco de muitos potenciais assintomáticos – um enorme ameaça invisível que faz capa desta edição da VISÃO – que poderão fazer disparar a propagação do vírus se regressarem à sua vida normal, onde o distanciamento social é praticamente impossível.
As medidas anunciadas hoje são equilibradas, sensatas e já eram expectáveis. Todas as intervenções dos últimos dias, do Primeiro-Ministro ao Presidente passando pelo Ministro da Educação, já o indiciavam. Sem grandes surpresas, soube-se hoje que os alunos do ensino básico já não vão regressar às escolas ao longo de todo o terceiro período. Os meus dois rapazes, portanto, estão condenados a ficarem em casa (e eu a trabalhar com eles por aqui). Todos os exames foram abolidos e os miúdos terão agora de descobrir a velhinha Telescola, na RTP Memória, como complemento do trabalho de ensino à distância que os professores vão fazer. Se dúvidas houvesse – e eu não as tinha – sobre o sentido (e a necessidade) de ter um canal público de televisão, ficam agora todas desfeitas.
Quanto aos alunos do secundário, onde está a minha filha mais velha, terão de esperar pelo mês de maio para se reavaliar se existem condições de segurança para voltarem às escolas. A acontecer, o ensino presencial será reduzido ao mínimo e será sempre com uso de máscara obrigatório para todos. E o ano letivo será empurrado mais para a frente (até 26 de junho), para que os exames possam ser feitos, na primeira fase, de 6 a 23 de julho. Naturalmente, os professores e restante pessoal escolar que pertençam a grupos de risco terão de ser protegidos ou dispensados.
É preciso perceber que as aulas, essas, em qualquer dos casos, vão continuar. À distância ou não, os miúdos vão ter de estar a trabalhar e a aprender. É evidente que as desigualdades sociais ficarão mais expostas: nem todas as famílias estão em pé de igualdade para fazer face a este desafio, tanto em termos de acesso tecnológico como de disponibilidade para apoiar as crianças.
Como mãe de 4 (e com formação germânica, que nestas coisas dá algum jeito), atrevo-me a dar alguns conselhos práticos para sobreviver ao resto da quarentena com os filhos em ensino à distância:
1 – Responsabilizar sempre os miúdos, seja qual for a sua idades. Explicar que esta é uma situação excecional ditada por necessidades maiores, e que também eles são chamados a contribuir com a sua parte.
2 – Não os menorizar, nunca. As crianças são bem capazes de perceber estas mensagens, e têm uma capacidade de adaptação bem maior do que a nossa. É evidente que os pais devem acompanhar e apoiá-los no que necessitem para encarrilar, mas não devem fazer de pombos correios entre os professores e os alunos.
3 – É fundamental procurar manter, ao máximo, as rotinas, os horários e as tarefas que sempre tiveram antes.
4 – Os professores devem entregar os horários, fichas e trabalhos diretamente aos miúdos, como se estivessem na sala de aula. Eles têm de perceber que estas são as suas tarefas, que lhe chegam agora de outras formas – mail, grupos de whatsapp, escola virtual, o que seja.
5 – Todo o trabalho escolar deve ser feito por eles, sozinhos, e não pelos pais – algo que aliás sempre defendi também para os TPC. Não são os pais que andam na escola, são os filhos. Apenas os que, com condições especiais, precisavam de orientação antes devem continuar a mantê-la.
6 – É preciso dar-lhes espaço e tempo de estudo sossegado – e de preferência longe dos pais. E privacidade também, para falarem com os colegas, socializarem e estarem “cara a cara” nem que seja pelas redes, e não apenas a falar por mensagens.
7 – Ajuda mostrar-lhes alguma cenoura à frente do nariz. Portam-se bem e poderão jogar playstation ao fim de semana. Têm boas avaliações e ganham o direito a, quando a quarentena acabar, fazer uma festança de arromba em casa com todos os amigos. E os castigos também: quem não se empenha, perde o acesso ao Tik tok e ao Instagram. Não há nada mais doloroso para teenagers… e eficiente.
8 – Devemos dar-lhes espaço para descobrirem outras coisas, explorarem novos gostos, terem tempo para desenvolverem hobbies. Lá por estarem em casa, não têm de estar sempre ocupados a estudar.
9 – E para os pais, (alerta de ironia) recomendo a ioga, que ensina a aguentar desconforto e sofrimento com um serenidade e até mesmo com um sorriso. E a meditação. E banhos de imersão. Isto para não se entregarem a calmantes, drogas e álcool.
Vai ser uma longa viagem até Agosto, ó se vai… Mas como costumo dizer, fomos nós que os fizemos, agora temos de ser nós a aguentá-los. E pelo caminho, aproveitar este processo para os ajudar a tornarem-se melhores seres humanos. Levá-los a descobrir novos interesses e envolvê-los em projetos de solidariedade. E, claro, no final disto tudo, depois de estarmos fechados com crianças em casa três meses, é fazer uma estátua aos professores… que, como todos já percebemos à força da Covid-19, deviam ter um lugarinho no céu!
O ComRegras teve acesso à grelha final da Telescola que irá começar no próximo dia 20 de abril. A imagem não é a melhor, mas é percetível a divisão do 1º e 2º ciclo pela parte da manhã e do 3º ciclo pela parte da tarde. Que reproduzimos aqui.
“As provas contam única e exclusivamente para a entrada no Ensino Superior. As notas de cada uma das disciplinas são atribuídas pela nota interna. É uma separação do que é a conclusão do Ensino Secundário, quem faz os exames é quem quer ir para o Ensino Superior”. (Tiago Brandão Rodrigues)
Nesta situação seriam bem vindos a muitas famílias… mas não entrem em aventuras.
Magalhães 2.0? O “compromisso” de Costa que promete computador e net aos alunos
António Costa anunciou que, para combater as desigualdades, pretende que todos os alunos tenham acesso a equipamentos e internet. Para alguns alunos será um “esforço” para breve, mas a medida será “universal” no próximo ano letivo.
O governo disponibilizou uma forma de responder às duvidas que vão surgindo neta época tão ímpar. Qualquer um pode preencher um formulário e pôr as suas duvidas sobre diversas áreas. já pode encontrar nesta página uma série de Perguntas Frequentes (FAQ).
As medidas anunciadas para o 3.º período não surpreenderam os representantes dos pais, dos directores e dos professores, que as consideram “adequadas” ao momento que se vive. Estudantes reafirmam que “não faz sentido” realizarem-se exames nacionais este ano.