Quem quiser corrigir, força. Implicar, idem. ‘tou nem aí.
Eu enviei isto e concorri sem problemas. Posso não conseguir ajudar, mas não perco nada em tentar.
Já sabemos que o não é garantido.
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Assunto: Recrutamento
Bom dia.
Como é do conhecimento público, encontramo-nos a atravessar uma pandemia e tudo o que de diferente ela proporciona.
Nas últimas três semanas os docentes foram dominados por um horário completamente distinto do normal, que requeria feedback quase instantâneo aos seus discentes e/ou encarregados de educação e a quantidade de trabalho duplicou ou triplicou se acrescentarmos os docentes com cargos como, por exemplo, a direcção de turma. As reuniões de avaliação não foram adiadas e apenas foram exequíveis porque, de uma maneira ou de outra, todos os docentes fizeram por isso.
A par da atenção dada à sua profissão, temos mulheres e homens que se encontram preocupados com as suas famílias, algumas distantes e sem hipótese a curto prazo de serem visitadas.
Atendendo à situação actual, apelo a que seja possível a implementação de tempo extra para o concurso, como 2 ou 3 dias úteis, para os docentes que não conseguiram submeter a sua candidatura no tempo previsto.
Entrevistamos o Secretário de Estado Adjunto e da Educação de Portugal, o Dr. João Costa, sobre a situação do ensino público português durante a pandemia de COVID-19. Ouve a Rádio Miúdos! http://radiomiudos.pt/
O objetivo é fazer chegar às crianças, através das personagens da Joaninha, a sua família e amigos, as instruções da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre o novo coronavírus.
Todas as informações que constam do livro foram retiradas do site da DGS.
Com as escolas encerradas por causa da pandemia de covid-19, a solução tem passado pelo ensino à distância. Mas esta é uma solução que está longe de ser simples e de acesso universal: falta formação aos professores para o e-learning e muitos alunos não têm computadores e internet para acompanhar este tipo de aulas. Foi a pensar no primeiro problema que o professor Vítor Bastos criou o grupo E-Learning Apoio, que conta já com mais de 22 mil membros. Para a segunda dificuldade, criou agora o projeto #SomosSolução .
A ideia é a de fazer a ponte entre quem quer ajudar alunos carenciados a ter as ferramentas necessárias para continuar a aprender durante este período de isolamento social e as escolas que identificam as situações de necessidade.
“Fiz contactos com empresas e particulares que eu achava que estariam abertos a dar e a HP avançou logo com uma primeira oferta 20 computadores portáteis”, conta à SÁBADO o docente que teve a ideia, mas lançou o projeto em conjunto com Luís Fernandes, o antigo diretor do Agrupamento do Freixo (atualmente diretor do Centro de Formação da Póvoa do Varzim). “Fazia sentido ser o meu parceiro nisto porque tem os contactos todos dos diretores, é honesto e é bem conhecido no meio”.
Além da HP, respondeu à chamada a OMC, uma empresa que ofereceu cinco impressoras para que as escolas que não tinham outra forma de garantir o ensino durante o período de encerramento possam imprimir trabalhos para os alunos levarem para casa.
A ideia é, contudo, que qualquer um possa contribuir. Quem quiser doar um portátil, só precisa de inscrever-se no site e estar disponível para pagar “uma máquina de baixo custo, mas com todas as características necessárias, por cerca de 350 euros”.
Outra opção para particulares ou empresas será aderir à campanha de usados recondicionados. “Há computadores usados que já não servem as empresas, mas ainda têm todas as condições para ser usados pelos alunos no ensino à distância”, diz Vítor Bastos.
A crise do coronavírus vai forçar o contador a zero em diferentes setores italianos, a fim de avançar. E a educação, na reta final do ano, aprecia como fazê-lo para se encaixar no complicado puzzle dos diferentes anos. A Itália está a finalizar um decreto-lei para regular o final do ano letivo e preparar o regresso em setembro. Todos os alunos passarão para o próximo ano, independentemente das notas obtidas nos últimos exames. Ninguém vai ficar para trás. Os tempos do coronavírus, desta forma, trarão à Itália uma aprovação geral que permitirá passar de ano e retomar as aulas no próximo com alguma normalidade. O que parece claro, mesmo que essa possibilidade ainda esteja no ar, é que as salas de aula só reabrirão em setembro.
“Um homem subitamente deixa de ver, vítima de uma cegueira branca, que começa a se
espalhar, causando caos na cidade. Mas será que o caos foi causado pela cegueira? Ou o caos já
existia, mas só “visto” com a chegada da cegueira?
É preciso cegarem-se todos, para que enxerguemos a essencia de cada um?
Obrigada, colegas! De uma sexta-feira 13 para a segunda-feira seguinte, os professores de Portugal, de todos os níveis de ensino, mostraram aquilo de que são capazes. Que orgulho ter visto o que vi e fazer parte desta geração de professores que encontrou, quase de um dia para o outro, soluções alternativas para dar continuidade às atividades letivas e ao contacto quase diário com os seus (muitos) alunos.
A quarentena e o isolamento social impostos pela pandemia do Covid-19 que nos invade levaram professores de todo o mundo a procurar soluções ou estratégias para minimizar, tanto quanto possível, a perda de aulas decorrente do encerramento das escolas, numa tentativa de dar continuidade aos currículos. Não estamos perante uma tarefa fácil, desengane-se quem assim a considerar. Porém, foi com enorme alegria que constatei a nossa organização, a imediata procura de meios alternativos, a adesão às plataformas digitais, ao uso incansável de correio eletrónico e às redes sociais, para dar a mão aos alunos e às suas famílias que, do outro lado da linha, nas suas casas, puderam sentir que estamos (como sempre estivemos) na linha da frente, prontos a apoiar os jovens e adolescentes que ensinamos me com quem aprendemos tanto também.
Perante a situação em que nos encontramos (professores, pais e alunos), face a um terceiro período que se avizinha nublado, afirmo que após quatro conselhos de turma realizados online às horas marcadas e sem qualquer atraso, em que discutimos com ainda maior empenho (se tal for possível) o futuro dos nossos alunos, inventando e reinventando mil e uma estratégias de trabalho alternativo, os professores estão preparados para o que der e vier. Destaco em todo este processo, o papel fundamental dos colegas que exercem a função de diretores de turma e que, nestas duas semanas, mantiveram o contacto diário e permanente com os seus alunos, minimizando os efeitos negativos da interrupção precoce das atividades letivas, duas semanas antes do previsto. Assim, em teletrabalho, fomos conseguindo fazer com que a maioria dos alunos mantivesse o foco na escola, embora tenhamos consciência da dificuldade que tal processo implicou e implicará ainda, para pais, alunos e professores, ao longo do terceiro período, a manter-se – como se prevê – o encerramento das instituições de ensino.
Muitos professores correram a fazer formação sobre novas plataformas de ensino a distância e cruzaram-se informações, conselhos, apoios, materiais, fichas, powerpoints. Sei de muitos colegas que saíram das suas casas propositadamente para adquirir microfones, auscultadores e até computadores portáteis. Sim, acreditem. Há alunos info-excluídos por este país fora e também há professores que trabalham com um computador arcaico por falta de disponibilidade para investirem em novos equipamentos. E sei também que foram muitos os pais que se queixaram do excesso de tarefas que fomos atribuindo aos seus educandos. Com razão, reconheço. Mas, pais e encarregados de educação deste país, por todos nós vos peço desculpa. Somos professores a ideia de que os nossos alunos ficariam em casa sem orientações de estudo, de trabalho, de pesquisa assustou-nos. Sim, talvez tivéssemos exagerado um pouco… Porém, a incerteza do futuro, nomeadamente em anos de exame nacional, justificou a nossa preocupação.
Foi com orgulho que hoje terminei a última reunião de avaliação com um dos muitos grupos de docentes que, no país e no mundo, transformaram as suas casas em salas de aula improvisadas, mantendo horários e procurando fazer com que os alunos mantivessem alguma rotina de estudo, num apoio sem precedentes à função dos pais e dos educadores. Lamento apenas não ter ouvido uma palavra de louvor do Senhor Primeiro Ministro António Costa aos professores de Portugal. E tinha-lhe ficado tão bem.
Obrigada, colegas! Nota: Não me refiro aqui ao Senhor Ministro da Educação porque este não revela capacidade para compreender o valor dos professores de Portugal.