27 de Abril de 2020 archive

Carta aos professores, por Luís Osório

 

POSTAL DO DIA

Carta aos professores

  1. E os professores?

Acordei a pensar nisto.

E os professores, o que se pede a quem é professor, o que se exige de capacidade de adaptação, de capacidade para sem tempo e num clima de emergência fazer diferente do que sempre fez?

2. Não é fácil imaginar ou colocar-me na pele de muitas professoras e professores. Maltratados nos últimos anos, esquecidos bastas vezes, a ter de lidar com as aceleradas mudanças sociais em que perderam a respeitabilidade que lhes era devida, menosprezados nos seus papéis, atacados por pais e alunos e sem poder para impor uma disciplina mínima na sala de aula.

3. Nas últimas semanas falei de médicos, enfermeiros, auxiliares.

Mas ainda não escrevera sobre professores, uma das mais belas profissões a que se pode ambicionar. Muitas das suas reivindicações são justas – se são praticáveis ou não é um outro departamento, um outro texto que um dia escreverei. Os professores existem, são feitos de carne e de osso, têm sentimentos e todos os dias estão na primeira linha entre os que constroem o nosso futuro. Sem eles não há futuro.

4. E tem sido muito bom ver a forma como os professores disseram presente. Tem sido muito bom ver o modo como se têm tentado adaptar a um ensino à distância, tecnológico e que obriga a usar ferramentas que uma larga maioria certamente jamais experimentara desta forma. Provaram estar vivos. Provaram com enormíssima coragem o seu brio profissional, a sua capacidade de adaptação e a sua resiliência.

5. Não me esqueço também do que tenho visto na telescola. Sem tempo para serem preparados cerca de 100 professores avançaram e estão a fazer genericamente bem. Melhor do que muitos profissionais que não são capazes de ser tão empáticos ou genuínos.

6. E toda esta mudança foi feita num clima de instabilidade psicológica e profissional. A média de idade dos professores no ensino secundário está bem acima dos 50 anos. Muitos estão numa idade já crítica se forem contagiados. O assunto ainda não se colocou, mas estará certamente na cabeça de muitos quando voltarem a dar aulas na presença física de alunos. Como na cabeça de muitos estará também o que está em cada uma das nossas – receio, insegurança, incredulidade. Foi neste cenário que disseram presente e será pelo seu esforço e capacidade que passará uma parte importante do sucesso do regresso à vida.

Era só isto, pouco para o que desejava dizer. Se os médicos e enfermeiros ajudam a salvar vidas, professores ajudam vidas a encontrar-se com o futuro.

LO

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Manual de Apoio à Aprendizagem Flexível durante a Interrupção do Ensino Regular

Partilha do documento “Manual de Apoio à Aprendizagem Flexível durante a Interrupção do Ensino Regular“, publicado pela UNESCO. 

 

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Escolas vão cumprir regras de saúde no regresso das aulas

 

Escolas vão cumprir regras de saúde no regresso das aulas

O Governo já está a preparar o regresso às aulas dos alunos dos 11º e 12º anos. Este reabertura das escolas poderá ter lugar a 18 de maio, como avançou hoje o Público, com a diretora-geral da Saúde a garantir que várias regras de saúde vão ter de ser cumpridas por alunos e docentes.

“Está a ser preparado o regresso. Todas essas medidas são ponderadas entre o ministério da Saúde e o da Educação. Há um conjunto de regras que todos conhecemos e que vao ser aplicadas também às escolas e a estas turmas”, disse hoje a líder da Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Vão ser estudadas situações especificas, como o caso dos docentes, e discentes, que possam ser mais vulneráveis”, afirmou Graça Freitas.

Conforme aponta, no caso dos docentes serão “analisadas em conjunto com as autoridade de saúde os “critérios de idade” e “patologia de doença de base que justifique alguma situação específica”.

No caso do alunos, serão tidos em conta os casos dos “imunosuprimidos ou doença base grave” que poderá gerar “medidas de exceção”.

“As medidas estão a ser trabalhadas em conjunto pelos dois ministerios, seguindo regras basicas e depois especificando regras muito concretas para o ambiente escolar e o grupo etario”, afirmou Graça Freitas.

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Centro Nacional de Cibersegurança – Divulgação de boas práticas

 

Senhores(as) Diretores(as) / Presidentes de CAP

O Centro Nacional de Cibersegurança disponibiliza aqui – https://www.cncs.gov.pt/recursos/boas-praticas/ – um conjunto de boas práticas a utilizar no âmbito do trabalho a partir de casa, desde o contexto de aulas não presenciais até reuniões, passando por cuidados a ter no download de apps e outros comportamentos defensivos que devem ser adotados especialmente neste período.

Com os melhores cumprimentos,

Maria Manuela Pastor Faria

Diretora-Geral dos Estabelecimentos Escolares

 

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Quando a aula online termina para pais, professores e alunos, por Sofia Ramires

A vida dos professores por estes dias…

Quando a aula online termina para pais, professores e alunos

A aula online acaba. O professor tem agendada, dentro de 30 segundos, uma reunião com o conselho pedagógico para definir estratégias de futuro. Sai e recebe um e-mail com o novo ID e senha para a reunião de “como preparar as aulas da semana seguinte”. As aulas terão de ser lúdicas, interactivas, cheias de criatividade, interessantes, divertidas, alegres, espectaculares, espantosas e encantadas, sem esquecer o conteúdo, o programa, as metas, as linhas orientadoras do currículo nacional, o peso dos alunos com os trabalhos de outras disciplinas, aqueles que não têm internet ou computador em casa. Tem ainda de responder aos pais que pedem mais trabalhos e se queixam da falta de preparação das escolas, aos que reclamam da quantidade exorbitante de tarefas a serem dadas aos filhotes e, ainda, aos que não dão sinal de vida. Serão 23h e, de rabo espalmado, olhos inchados, cheio de fome, com três chamadas não atendidas de um familiar e sem ter tido tempo de ir à casa de banho, decide dormir porque tem aula às 8h30 do dia seguinte. Isto foi o caso do professor solteiro. Imagine-se aquele que tem três filhos com aulas online.

Os pais, que assistiram à aula no canto da secretária para não serem apanhados pela câmara, monitorizaram a criança que não sabe (pensam eles) mexer no Zoom, no Microsoft Teams, no Classroom, na escola virtual, no e-mail e nos documentos e nas pastas, uma para cada disciplina, cada ano, cada filho, cada idade, cada professor e triplamente organizadas em “Por fazer”, “Feito, pronto a enviar”, “Recebido, a corrigir”. Agora já sabem que não só os filhos sabem mexer com tudo isto, como já sabem cortar os áudios e vídeos dos colegas e professor durante as aulas online e partilhar as suas telas por 20 minutos, desculpando-se com o súbito “acidente” provocado. No final da aula, os pais recebem um telefonema do trabalho com o alertas de prazos finais, outro do cônjuge a pedir ajuda com o almoço porque também ele esteve num outro computador, numa outra aula online. Tem de ser, claro, uma decisão rápida porque são 13h30 e as aulas da parte da tarde começam às 14h.

aula online terminou e os alunos organizam pastas de trabalhos a fazer, trabalhos já corrigidos com necessidade de revisão rápida e cadernos das aulas que vêm a seguir. Limpam ao mesmo tempo a parte do quarto à qual a câmara dá acesso, colocando a pilha de roupa que estava do lado esquerdo no direito e os pacotes de bolachas que estavam atrás do ecrã do computador passam de novo para a frente, já que agora podem comer sem serem vistos. Agarram no telemóvel e partilham printscreens uns com os outros pelo WhatsApp e Messenger de momentos em que a imagem parou e o João estava de olhos fechados, a Maria inclinava-se para a frente de tal forma que só a testa era visível e a professora estava de boca aberta porque relembrava o Canto X dos Lusíadas. Como só têm a tarefa ter aulas online e não fazer nada, são transformados, de forma injusta, em autênticas fadas do lar, aprendendo a separar roupa preta, branca e vermelha para as várias rondas que a máquina de lavar roupa faz, a passar a ferro camisas que devem ficar bem vincadas na parte dos ombros para que os pais se apresentem elegantes aquando de reuniões pela câmara com os chefes, a aspirar, cozinhar e outras tantas actividades que deixem todos felizes, menos carregados e mais ou menos cansados.

No geral, reina o estranho sentimento de pensar que se pode finalmente ver um filme ou outro com três reuniões agendadas, tarefas por entregar, e-mails a enviar, propostas a definir, chamadas a atender, outras tantas por fazer e filas de espera em frente à porta do supermercado a aguentar. Isto tudo, claro, sem esquecer o treino do Paulo e Helena no Insta às 19h30. A mensagem é clara: Fiquem em casa, abram os vossos habituais cinco separadores: e-mail, YouTube, Classroom, Microsoft Teams, Facebook/Instagram. Preparem o cabelo, o espaço que a câmara do vosso PC apanha para a vossa próxima reunião Zoom e entrem com o ID: pais, alunos e professores; Senha: covid-19.

In Megafone

 

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Condições relativas à candidatura dos titulares dos cursos de dupla certificação de nível secundário e cursos artísticos especializados aos ciclos de estudo de licenciatura e de mestrado integrado

 

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Acesso à renovação da MPD enquanto o site está em manutenção

O site da DGAE encontra-se em manutenção desde sábado.

Quem pretender aceder à sua área pessoal no SIGRHE deverá faze-lo diretamente.

Cliquem na imagem

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Prorrogação da suspensão das atividades letivas e não letivas e formativas presenciais

 

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Professores da EPE receiam contágio no regresso às aulas

 

Professores de português no estrangeiro receiam contágio no regresso às aulas

Com o anúncio da reabertura em maio das escolas em alguns países europeus, vários professores do Ensino do Português no Estrangeiro receiam ficar infetados com a Covid-19 e consideram-se esquecidos.

“No país onde trabalho [a pandemia de Covid-19] está muito, mas muito pior do que em Portugal e querem abrir as escolas para lecionar presencialmente”, contou à agência Lusa um professor do Ensino do Português no Estrangeiro (EPE) num país europeu, que solicitou anonimato.

Para este docente, abrir as portas das escolas é um risco, pois “a maioria das turmas é grande, algumas com alunos do primeiro ao 12.º ano, confinados em salas pequenas e sem qualquer hipótese de manter a distância”. “O nosso maior receio é ficarmos infetados [pela Covid-19], os professores e os alunos”, pois “algumas salas são demasiadamente pequenas. Saem uns alunos e entram logo outros, sem que seja feita qualquer higienização, pois o horário também não permite”, disse.

 

 

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Guia sobre saúde mental em regime de teletrabalho

 

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Em Itália as escolas só reabrirão em setembro

 

O plano italiano: Visitas à família e parques reabertos em maio. Escolas só em setembro

Já as escolas só voltam a reabrir em setembro. Conte diz que este será um momento perigoso, dado que grande parte dos professores estão no grupo etário de maior risco, e que os especialistas apontam para um grande número de contagens se o ano letivo recomeçar nesta fase.

 

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