29 de Abril de 2020 archive

Pré-escolar reabre a 1 de junho

Para quem não queria acreditar…

Creches reabrem a 18 de maio e pré-escolar a 1 de junho

As creches, destinadas a crianças entre os zero e os três anos de idade, vão reabrir a 18 de Maio e o pré-escolar, para crianças entre os quatro e os seis anos de idade, a 1 de Junho, avançou o jornal Público, de acordo com declarações dos parceiros sociais, que reuniram esta manhã com o primeiro-ministro, António Costa.

Além das creches, também vão reabrir os centros de actividades ocupacionais para pessoas com deficiência no dia 18. Apesar deste ser o plano inicial do Governo, tudo irá depender da evolução da covid-19 no país.

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FAQ – Exames do Ensino Secundário

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Norma 1/JNE/2020 (Versão Atualizada)

Nova versão da Norma 1/JNE/2020.

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Comemora-se hoje, dia 29 de abril, o Dia Internacional do Cão-guia.🐶

Hoje comemora-se o Dia Internacional do Cão-guia, uma data com uma importância especial.

É também o dia de homenagearmos todos aqueles que, com o seu trabalho, apoio e profissionalismo, levam a bom porto esta grande tarefa que é educar Cães-guia para Cegos.

Como posso obter um cão-guia?

A pessoa cega que queira ser utilizadora de cão-guia deve apresentar uma candidatura junto da Escola de Cães-Guia para Cegos. Saiba como no website da Escola.

Como é que o cão-guia sabe que pode atravessar a rua?

Esta e outras decisões como, por exemplo, virar à esquerda ou à direita, não são tomadas pelo cão-guia. É o dono que decide qual o percurso que pretende fazer, bem como o momento certo para prosseguir a marcha. 

Posso doar um cão para ser um futuro cão-guia?

Não. A Escola de Cães Guia para Cegos é a única instituição portuguesa responsável pela formação de duplas cão-guia/cegos, pelo que deverá contactar esta entidade.

Um cão-guia pode estar em todos os locais públicos?

Sim, pode desde que acompanhado pelo seu utilizador, educador ou família de acolhimento devidamente identificados. Este é um direito conferido pelo Decreto-Lei n.º 74/2007, de 27 de Março que revogou o Decreto-Lei n.º 118/99, de 14 de Abril. 

Quem treina cães-guia em Portugal?

Em Portugal existe apenas uma única escola responsável pela formação de cães-guia para cegos – a Escola de Cães-Guia para Cegos

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Resumo da reunião do conselho nacional de segurança sobre o (des)confinamento

Esta informação chegou-nos mais ainda carece de confirmação oficial, no entanto fica uma ideia do que pode acontecer, seja como for são apenas recomendações…

Depois da reunião do conselho nacional de segurança (resumo rápido)

Haverá 3 fases

-Primeira fase

4 de Maio (1 A)
– Trabalho recomeça a 4 de maio, respeitando a distância social ( 1,5 m).
Se for impossível, uso de máscara obrigatório.
Teletrabalho será a norma a respeitar.
Transportes públicos – uso obrigatório de máscara.
Deslocações não essenciais proibidas.
Estar fora a fazer desporto com máximo de duas pessoas que não vivam sob o mesmo teto …respeitando a distância.

– 11 de Maio (fase 1 B )
Lojas abrem excepto as profissões de contacto ( cabeleireiros dentistas etc ).
Não será autorizada a utilização 2a residência até 19 maio (mínimo).
Viagens não essenciais ao estrangeiro assim como os grandes eventos proibidos.

2a fase

-18 de Maio Escolas – 1o 2o e 6o ano e secundárias ( 3 anos) serão abertas, mas recomeçam por fases a 18 de maio. – 10 alunos por sala de aula.
Alunos com mais de 12 anos e professores terão uso de máscaras obrigatório.
As ditas profissões de contacto poderão recomeçar.
Idem abertura museus e visitas a casa.
Restaurantes permanecem fechados.

3a fase – a partir de 8 de junho.
Os cafés, dancings restaurantes e cinemas poderão, talvez, abrir.
Mas os grandes eventos proibidos até 31 de Agosto. Possíveis viagens ao estrangeiro a partir desta data (8 junho).
Assunto será revisto permanentemente.

 

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FAQ’s do JNE relativas ao ensino básico e ao ensino secundário

 

Perguntas Frequentes (FAQ’s)

 

Sempre que seja necessário ou adequado, atualizaremos as perguntas

 

 

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Covid-19 – Educação, Desafios e Oportunidades

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Falta a audiodescrição para cegos no #Estudo Em Casa

A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) pediu hoje que as aulas do programa #Estudo Em Casa, que arrancou na segunda-feira na RTP Memória, incluam audiodescrição para os alunos cegos.

Em comunicado, a CNIPE lamentou a ausência nas primeiras aulas do projeto de audiodescrição para os alunos cegos, sublinhando que a “escola inclusiva não pode deixar de o ser agora”.

De acordo com a Confederação, as primeiras aulas só tiveram em consideração os alunos surdos.

“A audiodescrição ou descrição de imagens, esquemas, mapas e frases, é essencial para estes alunos poderem acompanhar o raciocínio lógico do encadeamento do que vai sendo dito, uma vez que a informação visual da matéria complementa, significativamente, o que é dito pelo professor”, sublinha a CNIPE.

A Confederação refere que no atual contexto, não é recomendável remeter para os pais a descrição de toda a informação visual, justificando que “a maioria dos pais não domina os conteúdos abordados ou, se os domina, receia induzir o filho em erro”.

Não é recomendável também, segundo a CNIPE, porque “uma audiodescrição feita por um adulto em casa enquanto o professor fala/explica a matéria é extremamente confuso para o aluno e mesmo para o audiodescritor”.

Segundo a CNIPE, a limitada duração de cada aula implica também uma concentração de conteúdos num curto espaço de tempo.

Por isso, a CNIPE pede que seja revisto o modo de operacionalização das aulas com a inclusão da audiodescrição nas próximas gravações.

O programa #Estudo Em Casa arrancou na segunda-feira na RTP Memória com um conjunto suplementar de recursos educativos, criado pelo Ministério da Educação e que conta com 112 docentes de seis escolas públicas, duas privadas e da ciberescola.

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Balanço do E@D – O que dizem os professores?

 

Têm-nos chegado alguns relatos sobre o E@D. Alguns são hilariantes, outros de preocupação, uns de dificuldades técnicas, enquanto há quem se queixe de orientações superiores sem nexo. Damos conta que a maior parte das escolas se organizou, de uma forma ou de outra, mas há ainda quem ande à procura de rumo, perdidos. Excesso de trabalho, tarefas sem sentido, falta de conhecimentos tenológicos, má educação por parte dos alunos e professores, falta de coordenação pedagógica, ausência de distribuição de serviço e, até, desentendimentos entre colegas. Fora estes casos pontuais, tudo aparenta estar a correr sobre rodas.

O que gostávamos de saber, é qual o balanço que os professores fazem do E@D. Como estão a correr as aulas  nas vossas escolas?

Partilhem connosco na caixa de comentários as vossas novas experiências…

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Se fosse preciso, preparávamos aulas na Lua, por Lúcia Vaz Pedro

Se fosse preciso, preparávamos aulas na Lua

Ninguém estava à espera, mas rapidamente nos adaptámos. Nós, os professores. Eles, os alunos. Apesar de tantas vezes as relações não terem sido as mais amistosas, numa fase difícil, parece que todos nos unimos, inclusivamente os encarregados de educação, que, sobrecarregados com o teletrabalho, passaram a acompanhar os filhos.

Os professores desdobraram-se em reuniões onde procuraram as melhores soluções para chegarem até aos seus alunos. Aprendem e ensinam, reaprendem e atualizam-se, formando-se rapidamente, durante o dia, à noite, sem tempo, sem horas. Mas estão lá. E as aulas nascem! A maior parte dos alunos cumpre. Os meus, particularmente, têm sido excecionais. São pontuais, obedientes, respeitadores. Cumprem as tarefas. Ouvem-me com atenção. Sei que o tempo é pouco e não tão rentável como o seria numa situação habitual. Eles sabem-no também. Parecem ter consciência da importância do saber aproveitar o tempo. Esse tempo que temos de rentabilizar, porque estamos confinados. Esse tempo que serve para aprender a estudar sozinho, a organizar, a refletir, a meditar sobre a vida e o que queremos dela.

Na primeira aula que lhes dei, confessei-lhes o quanto eles me faziam falta, as saudades que sentia. Falei-lhes da importância do isolamento para amadurecerem, para aprenderem a dar valor àquilo que têm. Eles ouviram. Consentiram. Concordaram. Passou algum tempo. As aulas continuam. As tarefas continuam, ponderadas, doseadas, porque os computadores não abundam, o tempo é muito, mas as disciplinas são muitas também. Os professores são responsáveis e, se fosse preciso, preparavam aulas na lua.

Estou orgulhosa de nós, povo humilde português. Um povo lutador! Um povo capaz de atos grandiosos! Um povo que ensina os seus filhos a proteger os mais fracos, os mais velhos, os mais frágeis. Estou orgulhosa de fazer parte deste grupo lusitano que, discreta e organizadamente, tem dado passos pequenos, mas seguros: médicos, enfermeiros, bombeiros, assistentes operacionais, padeiros, funcionários de supermercado, políticos, pais responsáveis que se desdobram em casa, professores.

Afinal, somos portugueses. Professores portugueses! Só poderíamos ser bons!

In Público

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Retirar o Limite de 40 Minutos das Contas Zoom

A plataforma ZOOM no dia 13 de março permitiu que as contas institucionais das escolas portuguesas pudessem ultrapassar o limite de 40 minutos de cada sessão zoom. Para se ultrapassar esta barreira não podem ser usadas as contas que não sejam de domínio da escola. Para tal precisam de ir a este link e preencher os dados da vossa escola. Demora até 72 horas a confirmação da eliminação do limite de 40 minutos das contas zoom.

 

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Ensino à distância funciona nos Açores com dificuldades e muita boa vontade

 

Ensino à distância funciona nos Açores com dificuldades e muita boa vontade

 O professor João Francisco Linhares dá aulas à distância a três turmas, duas do PROFIJ com 9 alunos cada, equivalentes ao Básico e 15 alunos num Curso Profissional, correspondente ao ensino secundário, na Escola Secundária Antero Quental.
Os alunos de João Linhares, na generalidade, “são responsáveis, empenhados e mais ordeiros na utilização do tempo online, mas porque as regras estabelecidas a isso conduziu”.
Todavia, prossegue o professor, “falta a percepção da dúvida do aluno, que se consegue numa aula presencial. As aulas presenciais têm mais efeito psicológico na motivação e mobilização dos alunos. Proporciona um contacto onde se percebe, mesmo no aluno mais introvertido, a sua dúvida, o momento em que perdeu o interesse”.
No entender de João Francisco Linhares, do lado dos professores, há “realidades muito diferentes, conforme o tipo de conteúdos ou de disciplinas. Mas haverá um denominador comum, mais trabalho pois muito do que é o esclarecimento oral de dúvidas tem de ser passado para escrito, em resposta a mensagens de dúvidas, a par da preparação de materiais que têm de sofrer adaptações para uma realidade diferente da de aulas presenciais”.
“No meu caso”, afirma o professor, “esse envolvimento não será grande. Os alunos têm, no mínimo, 16 anos. Todavia, na fase de ‘recrutamento’ dos alunos para a plataforma do Classroom, senti necessidade de recorrer aos directores de turma para comunicarem com os encarregados de educação, o que surtiu efeito. Mas foram poucos os casos. Sei que, com alunos mais novos, há envolvimento e nem sempre no melhor sentido”.
“E quando digo nem sempre no melhor sentido, refiro-me a intervenção no processo, a condicionamento do formato de aulas. Ouve-se falar de outros casos, mas o que tenho conhecimento directo tem a ver com pretender que a filha não tivesse aulas em videoconferência”.

E como é um dia de aulas com o professor João Linhares? “Um dia de aulas, comigo”, responde, “envolve trabalho que foi preparado na noite ou dias anteriores. Conforme o horário dos alunos, são colocados os materiais preparados na hora em que se inicia uma aula assíncrona. Esses materiais são textos de apoio e, eventualmente, links para videos disponíveis na internet que podem apoiar o texto. Um conjunto de perguntas de resposta simples que permitem avaliar a compreensão do texto. Algumas perguntas vão buscar directamente conteúdo do texto, outras apelam à compreensão desses conteúdos e à interacção com a realidade. Essas perguntas têm um prazo de resposta até ao fim da aula seguinte, sempre em dia posterior. Entretanto, elas vão aparecendo resolvidas e, no tal trabalho fora de aulas, vai-se lendo, avaliando e esclarecendo por mensagem e individualmente os alunos. Em cada dia há uma ou duas aulas síncronas com as diferentes turmas. Para a aula síncrona já foram percebidas as dúvidas que os alunos apresentaram nas perguntas de resposta simples, pelo que parte da aula estende-se a toda a turma os esclarecimentos de dúvidas que se foram observando. Esclarecem-se outras dúvidas e faz-se a relação com a realidade em muitos dos conteúdos. Conclui-se a aula síncrona com uma ficha de trabalho, cujo tempo de resposta é muito limitado, normalmente 10 minutos para 10 a 15 perguntas de escolha múltipla. Há alunos que permanecem na videoconferência, outros, porque usam telemóvel em vez de computador, optam por sair da videoconferência e responder à ficha de trabalho à parte. Quando terminam a ficha de trabalho, dentro dos 10 minutos, têm automaticamente a avaliação da ficha de trabalho e o esclarecimento sobre as respostas erradas”.
“As aulas vão evoluindo durante parte do dia, conforme o horário de cada turma no início do ano lectivo, em aulas assíncronas, em que são colocados os materiais, e aulas síncronas, em que é feita videoconferência com todos os alunos. Entretanto, vai-se adaptando material para o ensino à distância, que será disponibilizado aos alunos nos dias seguintes. Vão também surgindo dúvidas dos alunos a que se dá resposta, tão imediata quanto possível. Escreve uma mensagem…”
E os professores estão a trabalhar mais horas? “Da minha parte”, responde João Linhares, “houve que adaptar material que tinha para outra realidade, e isso tomou-me muito tempo, a somar ao tempo que usei a preparar material para aulas presenciais que acabei por não dar (preparo módulos de matéria o que implica que já tinha material que deixou de poder ser utilizado no formato em que estava)”.
“Todavia”, prossegue, “o tempo de trabalho vai depender muito dos conteúdos e da forma como se trabalha com os alunos. Sinto que os directores de turma (não sou) terão tido muito trabalho acrescido, relativamente ao trabalho que tinham num funcionamento normal. Em certos casos por falta de sensibilidade de colegas que transferiram para o director de turma todo o trabalho de ‘recrutamento”’ de alunos para as plataformas, mas também da tutela e das direcções das Escolas, pela recolha de elementos sobre as possibilidades dos alunos acederem à internet, em certos casos com pedidos de repetição de recolha desses mesmos elementos. Acresce uma maior quantidade de contactos de email com alunos e encarregados de educação. Creio que os directores de turma tiveram um acréscimo muito grande de trabalho. Se juntarmos a isso, alguma inadaptação de alguns docentes às novas tecnologias, vendo-se forçados a aprender tudo por si a par da necessidade de trabalho a realizar, terão existido professores que tiveram muito mais horas de trabalho do que tinham num funcionamento normal”, completa.

A avaliação é um “problema novo que tem de ter resposta… E quanto à avaliação? No entender do professor João Linhares, este “vai ser um problema novo. E, novamente aqui, vai depender muito do tipo de conteúdos. Imagino que não será a mesma coisa avaliar História, Inglês ou Matemática, para não falar de Educação Física. Alguns terão de recorrer ao que se passou no 1º e 2º Períodos. Outros poderão fazer uma avaliação mais efectiva do trabalho desde o início do ensino à distância”.
Como explica, “há Universidades que avaliam com perguntas de escolha múltipla, que terão, no ensino à distância, um acuidade maior, do que perguntas de resposta mais longa, com tempos de resolução mais estendidos. Saber se foi o aluno que fez ou não, é outro problema, que pode igualmente diferenciar alunos entre os que podem ter um suporte em casa e os que não têm. Vai ter de haver bom senso e alguma adaptação”.
“Quando as aulas presenciais foram interrompidas, tinha acabado de fazer revisões de conteúdos com uma turma, para a ficha de avaliação que faria na semana seguinte. A turma acabou por fazer a Ficha de Avaliação por internet (ainda não se falava em aulas síncronas e eu marquei um dia e hora para que todos fizessem ao mesmo tempo a ficha de avaliação). Foi uma Ficha de Avaliação com 40 perguntas de escolha múltipla a resolver em 20 minutos. Os resultados obtidos não diferiram muito do que era normal a turma obter ao longo do 1º período e parte substancial do 2º período, pelo que assumi os resultados na avaliação do módulo, conforme dei conhecimento depois em reunião de Conselho de Turma”.
O professor João Francisco Linhares aponta ainda duas situações constatáveis no arranque do ensino à distância. “Quando a tutela (regional e nacional) se preocupou com alunos terem ou não meios de acesso à internet, esqueceu-se dos professores. Há professores deslocados que não os têm. Usavam os meios das escolas e, claro, para lá podem continuar a ir para fazer o seu trabalho, mas faltou uma palavra. Também há professores com filhos e poucos recursos em casa, e quando são as Escolas a agendar as aulas síncronas dos docentes, esquecem o ‘conflito’ com filhos a terem aulas síncronas na mesma hora”.
Uma outra questão, concluiu, “a tutela tem desvalorizado muito a possível avaliação dos alunos neste período, o que tem desmobilizado alunos. Falta aqui uma mensagem da tutela a filhos e encarregados de educação de que a avaliação deste ensino pode ter alguma influência e que será dada alguma latitude à autoridade e bom senso dos professores”.

In Correio dos Açores

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O retorno à escola pela Europa

 

Em Portugal, as escolas secundárias abrirão em 18 de maio para os alunos do 11.º e 12.º ano. Nos outros países da União Europeia, as aulas já foram retomadas, enquanto cinco países optaram por não reabrir até setembro.

Não é claro que todos os alunos suecos estavam cientes da chegada da epidemia. No país escandinavo, que optou por não decretar confinamento, as escolas nunca fecharam. Na Dinamarca, as aulas pararam, mas já foram retomadas. No resto da Europa, as reaberturas estão a ser preparadas, mas numa ordem dispersa.

Para a Alemanha, será a 4 de maio. Uma semana depois, será o início do ano letivo para os alunos franceses e holandeses, depois a 18 de maio na Bélgica e a 25 na República Checa. Mas em alguns países, as aulas só serão retomadas em setembro. Cinco fizeram essa escolha: Irlanda, Roménia, Portugal (com a exceção dos anos acima nomeados) , provavelmente Espanha e Itália. No Reino Unido, o país da Europa mais afetado pela pandemia, as aulas terão sido suspensas por seis meses.

 

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Cartoon para setembro – O regresso…

 

 

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Esta comédia desumana e triste – Santana Castilho

Esta comédia desumana e triste

1. Já me referi ao tema. Mas é imperioso que a ele volte, agora que, tudo indica, a emergência dará lugar à calamidade. Estão em processo de continuidade ideias torturadoras dos mais velhos. É pois altura de ser claro: enquanto estiver lúcido e não prejudicar os outros, sou eu que decido os riscos que quero correr. Amedronta-me menos o vírus circulante que os perímetros abdominais e as papadas de alguns políticos que me querem proteger. Basta de paternalismos cívicos!
Em tempo de restrições como nunca tivemos depois de Abril, a liberdade é o valor maior que me apetece invocar, num país sob uma autofágica polarização: os que querem permanecer fechados, encurralados pelo pânico, e os que, embora reconhecendo a gravidade da situação, sacodem cabrestos e discriminações que julgavam afastadas.
São livres os portugueses presos em lares miseráveis, que não percebem porque lhes desapareceram filhos e netos? Não é um défice de liberdade a falta de conhecimento para interpretar com serenidade o fenómeno que nos atormenta? São hoje livres os milhares de portugueses que ficaram ontem sem emprego? Os que já viviam na fronteira da sobrevivência e hoje desesperam, esses, são livres?
Porque não tenho senhores e penso livremente, ouso perguntar ainda: será que um estado de emergência duas vezes repetido, com tão pequeno questionamento e tão generalizada aceitação, pode ser socialmente havido como um resquício da ditadura de que Abril nos livrou? Como aceitar, sem enorme perplexidade, os delatores que a covid-19 destapou? Antes, a PIDE zelava pela ordem que o Estado Novo determinava e a censura amordaçava-nos. Hoje há quem defenda certificados de imunidade e a georreferenciação das pessoas, enquanto, sofredores, resignados, confinados, de máscara posta, adoecemos mentalmente.
Vão-me dizendo que as decisões políticas são tomadas depois de ouvir os especialistas. Mas há especialistas que não são ouvidos. Não são ouvidos os virologistas e os epidemiologistas que pensam a contrario sensu dos que são seguidos por Marcelo e Costa, muito menos são ouvidos outros especialistas, de outras áreas (psicólogos sociais e psiquiatras, por exemplo), que poderiam complementar o saber médico e epidemiológico e explicar as consequências do autêntico assédio moral que tem sido exercido sobre os mais velhos, ou a influência depressiva do massacre noticioso dos telejornais, sobre toda a população.
Deputados do PS, do PSD e do CDS, chumbaram no Parlamento a atribuição temporária de um subsídio de risco aos trabalhadores que asseguram actividades críticas, enquanto o resto do país está em casa (protegido, dizem). A ministra buzina permitiu que médicos e enfermeiros fossem miseravelmente discriminados quanto ao indecoroso aumento salarial dos restantes funcionários públicos. Depois batem-lhes palmas à janela e chamam-lhes heróis.
No Parlamento, as propostas que visavam a proibição da distribuição de dividendos relativos a lucros de 2019 (e que exigiam das empresas apoiadas que não despedissem) foram rejeitadas pelo PS e pelo PSD. Depois abrem-se linhas de crédito, que a banca aproveita para transformar créditos antigos, com risco seu, em créditos novos, com risco do Estado.
A minha geração, aquela que mais lutou pela liberdade, essa, pelo menos, entenderá como me revolta tudo isto e entenderá que não esteja passivamente disponível para assistir à erosão das liberdades individuais, em moldes inaceitáveis numa democracia aberta e plural.

2. Subliminarmente, António Costa apelou a uma certa união nacional em torno das aulas da novel telescola, quando classificou de “mesquinhas” as críticas feitas nas redes sociais às primeiras sessões e argumentou que os professores “não são actores de cinema”. O problema não está em pedir aos professores, que foram formados para ensinar em sala de aula, que sejam profissionais de TV. O problema está nos erros científicos e pedagógicos expostos. Porque torrei a paciência a ver as primeiras aulas e ele não, e porque sempre defendi os professores e ele não, posso, serenamente, dizer isto. Teria sido melhor não acrescentar os professores à paranoia das palmas à janela, depois de, no anterior Governo, lhes ter roubado o tempo de serviço efectivamente prestado. Citando Torga, “o que não presta é isto, esta mentira quotidiana. Esta comédia desumana e triste”.

In “Público” de 29.4.20

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