Sou, por estes dias, fã, e fanático, de todos os professores. Conheço alguns. Sei das dificuldades de todos.
Ser professor é, em tempos de pandemia e de confinamento, ainda mais complexo. Um labirinto sem saída à vista. Um mar de impossibilidades. Um caos burocrático. Um mundo de limitações. Em casa, há que conseguir coordenar aulas e coordenar a própria casa — muitas vezes com filhos a terem, eles próprios, outras aulas ali ao lado. E depois ainda há que imaginar estratégias que possam trazer respostas para estes novos desafios. E soluções que têm de estar prontas ontem. Ou anteontem, se possível.
Conseguir atacar quem está, por estes dias, a dar o seu melhor, a tentar, como todos os outros, adaptar-se a uma situação de todo inesperada — e até inusitada — não é apenas um acto de cobardia. É um acto de burrice. Felizmente essas vozes não chegam ao céu.
Força, professores.
7 comentários
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Só palavras, discurso oco, repetitivo. Este “estado de graça” docente não vai durar muito. No próximo ano lectivo, vá para os portões das escolas bater palmas. Mas o pior é que este discurso meloso deslumbra muita gente. Não há paciência!
Se me permite a curiosidade gostava de perguntar-lhe sobre as suas ações e gostava ainda mais de vê-las. É que, desta perspetiva, só consigo ver palavras azedas, destiladas de malquerença e agressão.
Para isso, garanto-lhe, perco a paciência!
Obrigado, vimaranense.
Ofereceram-me dois livros deste “artista” e não consegui passar da 1ª página.
São gostos, como professor deverias ter mente mais aberta. Qts livros escreveste?
Como professor tenho o direito de expressar uma opinião. Esta é depreciativa. E não escrevi nenhum livro porque não tenho jeito.
“Força, professores.”
Bestiais agora, bestas há bem pouco tempo.
A classe docente, para além de muito mal representada, é muito mal tratada. Sei que muitos professores gostam, e acham sempre que está tudo bem, empurrando os problemas para a frente com a barriga.
Estes discursos do divino, de que juntos vamos conseguir e tal, foram o tipo de discursos que nos trouxeram aqui, culminando na falta de docentes em determinadas disciplinas, falta de pessoal não docente, equipamento informático inexistente ou desactualizado, entre muitos outros problemas.