Os primeiros dados divulgados diziam que a Educação iria receber um reforço de 179,4 milhões, mas afinal vai sofrer um corte de 169,5 milhões.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, vai esta noite à SIC explicar a polémica em torno do orçamento da Educação depois do i ter divulgado que a educação vai, afinal, sofrer um corte de 169,5 milhões de euros em 2017, ao contrário do que foi inicialmente divulgado pelo governo, na proposta de Orçamento entregue no parlamento.
Os últimos dados enviados pelas Finanças permitem ver que a despesa executada em 2016 (o que realmente foi gasto) foi de 6.192,2 milhões de euros. Com uma dotação prevista de 6.022,7 milhões de euros, há, de facto, uma redução na despesa com a Educação em 2017.
No entanto, em nota enviada às redações depois da notícia do “i” de ontem, o governo rejeita a ideia de corte na despesa com a Educação. A diferença está na forma como as Finanças tratam e divulgam os dados. Para Mário Centeno só se devem comparar as dotações previstas, excluindo os reforços que se vão fazendo ao longo do ano. Desta forma não é tido em conta o que realmente se gasta.
Os primeiros dados divulgados pelas Finanças diziam que a Educação iria receber um reforço de 179,4 milhões de euros nas verbas para 2017.
O corte de 170 milhões apanhou de surpresa as escolas e o presidente da Associação Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, garante que “não foi isso que o ministro prometeu”. Também a Fenprof diz que quer saber em que áreas se vão sentir estes cortes.
O quadro seguinte apresenta o número de colocados até à Reserva de Recrutamento 9 desde o ano 2012 e a previsão do número de docentes a serem colocados na próxima sexta-feira.
Os links em baixo apresentam os artigos referentes às colocações da Reserva de Recrutamento 9 desde 2012 com o número de colocados por grupo de recrutamento, duração do contrato e número de horas.
Esta semana apresento um número provável de colocações reduzindo o intervalo de erro para 40 colocações.
Se em 2012 e 2013 a Reserva de Recrutamento 9 teve mais colocações do que a reserva anterior o mesmo já não aconteceu em 2014 e 2015, e também acho provável que este ano isso também não aconteça.
Na reserva de recrutamento 9 foram colocados 209 docentes contratados. Dos 209, apenas 60 obtiveram uma colocação em horário anual e dos 60 apenas 30 obtiveram em horário completo.
Link permanente para este artigo: https://www.arlindovsky.net/2016/11/historico-de-colocacoes-na-reserva-de-recrutamento-9-e-previsao-do-numero-de-colocacoes/
Neste artigo ficam as datas de publicação das listas das Reservas de Recrutamento desde o ano lectivo 2011/2012 e as previsões assinaladas a vermelho para a publicação das reserva de recrutamento ainda no ano 2016. Relembro que este ano lectivo as reservas de recrutamento vão ser publicadas até final do ano lectivo.
Apesar dos feriados de Dezembro, 1 e 8, julgo que nessas duas semanas irão ser publicadas listas de colocações nos dias 2 e 9. Fazendo uma comparação com os anos anteriores é possível que a Reserva de dia 9 de Dezembro seja a penúltima do ano 2016 e seja publicada uma última lista em final de Dezembro, tal como nos anos anteriores.
Ainda há várias pontas soltas no caso das falsas licenciaturas, noticiado pelo Observador. O que é que Tiago Brandão Rodrigues sabia? E tentou interferir na secretaria de Estado?
Houve um certo consenso (no Governo, à esquerda e na oposição) sobre a demissão do chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Nuno Félix, como consequência das falsas licenciaturas noticiadas pelo Observador. Mas há versões contraditórias sobre o nível de envolvimento do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. Das muitas perguntas, há uma fundamental: o ministro sabia ou não do caso? E uma segunda que daí decorre: era possível não saber? A oposição até já pediu a demissão do governante, mas a discussão política coloca-se agora na resposta a estas perguntas.