Parece ser esta a solução a encontrar para que todos os alunos do 1º ciclo passem de facto a ter esta disciplina curricular no seu horário. E se a coadjuvação vier a acontecer como norma (já acontece em algumas escolas), a actividade extracurricular física e motora poderá desaparecer como desapareceu o Inglês não curricular no 3º e 4º ano.
Ver reportagem no Jornal das 8 da TVI entre o intervalo 1:01:22 e 1:05:12 clicando na imagem.
Criam-se expectativas da ofertas de recursos para combater o insucesso escolar, obrigam-se as escolas em pleno final do ano lectivo anterior a criar planos que contemplam esses recursos e o que depois se oferece são 100 recursos humanos para todo o País.
Se há sucesso neste plano é que ele vai promover o sucesso escolar a baixo custo.
O ministro referiu que tinham sido afectados a este programa mais de 1000 docentes, mas a maior parte já se encontrava nas escolas.
O Ministério da Educação (ME) esclareceu, nesta terça-feira, em resposta ao PÚBLICO, que foram contratados cerca de 100 professores no âmbito do Programa Nacional para o Sucesso Escolar.
Na semana passada, o ministro Tiago Brandão Rodrigues indicou no parlamento que tinham sido chamados para este programa mais de mil docentes, por contratação directa e indirecta. Na mesma audição tinha referido anteriormente que tinham sido “alocados” mais de 1500 docentes às iniciativas de promoção do sucesso escolar, incluindo as tutorias que abrangerão cerca de 25 mil alunos.
Eu aproveitei para separar os dados do Ministério da Educação e verifiquei que quase 40% dos empregos perdidos desde essa altura são de trabalhadores deste ministério.
Em 31 de Dezembro de 2011 havia 196.407 trabalhadores do Ministério da Educação e em Outubro de 2016 havia 168.310 trabalhadores.
Elaborei o quadro seguinte para se perceber em que ano mais trabalhadores saíram do Ministério da Educação. Só em 2012 saíram do Ministério da Educação 14.512 trabalhadores e só o ano 2015 teve um saldo positivo nestes 5 anos em estudo.
Mais um motivo para que os professores vejam as suas pretensões de um regime especial de aposentação “ouvidas” pelos responsáveis políticos.
Professor
A Educação e o seu papel na sociedade são temas sempre na ordem do dia; e sempre que são discutidos, também o é o papel do educador! Devido às políticas educativas em prática em Portugal e noutros países do mundo, os professores têm chamado a si responsabilidades que extrapolam o ensino; por outro lado, muitos sentem-se desautorizados e desprovidos das ferramentas clássicas de controlo comportamental dos alunos.
A isto acresce a necessidade de falar para grandes grupos de pessoas diariamente, inclusive para aquelas menos motivadas para aprender! O professor tem que ser, todos os dias, líder. Não admira que passe por altos níveis de stress!
O nosso Tiago encomendou um estudo para perceber certos factos sobre a eventual redução de alunos por turma, mas o CNE já o fez. Era escusado gastar mais tempo e dinheiro. Bastava perceber qual o impacto financeiro da medida. Porque essa é a principal questão, neste momento.
Mas ficam alguns dados para conhecimento geral.
Em 2015/2016, no pré-escolar o número médio de crianças por turma é de 19,6. No 1.º ciclo, o número médio é de 20,7. No 1º ciclo, 32% das turmas têm alunos de mais de um ano de escolaridade, sendo que 226 turmas são constituídas pelos quatro anos de escolaridade. No 2.º ciclo, o número médio de alunos por turma é de 22,1. No 3.º ciclo, o número médio é de 22,4. Nestes dois ciclos existem turmas com 31 alunos, excedendo o limite de alunos por turma. Verifica-se que cerca de 45% das turmas do 1.º ciclo, 25% do 2.º ciclo e 32% do 3.º ciclo estão subdimensionadas. Estão sobredimensionadas, aproximadamente, 20% das turmas do 1.º ciclo, 21% das turmas do 2.º ciclo e 17% das turmas do 3.º ciclo. No Ensino Secundário, o número médio de alunos por turma é de 24,5 havendo, também, 174 turmas que têm 31 alunos ou mais, ultrapassando o limite máximo.
Há vários pontos que são influenciados pela dimensão das turmas. O sucesso escolar e as estratégias de qualificação das aprendizagens são dois bons exemplos.
Está aberta a sessão. O nosso Tiago já falou sobre a redução de alunos por turma e mais uns quantos assuntos. Fiquei com a impressão que o tema da “redução de alunos” vai avançar, mas como o Tiago não tem a experiência de “campo”, encomendou um estudo para saber quais as consequências dessa redução. Também quer saber se tem salas suficientes para albergar as novas turmas que se irão formar. E é claro, o impacto financeiro que a medida vai ter. Mas diz que quer começar a implementar esta medida, já no próximo ano.
Começar a implementar…
Temos de saber claramente os benefícios da redução do número de alunos por turma. É nosso compromisso no próximo ano letivo começar esse esforço. Encomendámos um estudo para avaliar a correlação do número de alunos por turma e os resultados escolares.
Acrescentou que é também importante…
Avaliar o impacto financeiro da redução para valores anteriores ao do XIX Governo Constitucional. E não pode deixar de ter em conta os constrangimentos físicos em alguns estabelecimentos.
O Tiago quer perceber…
Onde é mais eficaz reduzir. Não podendo fazer a redução que pretendíamos, temos de perceber onde podemos fazer essa redução de forma paulatina e onde é mais necessária.
Sendo que em Portugal continental a média de alunos por turma é de 21,4, Tiago refere que isso….
Nos diz, claramente, que as turmas com um número perto do limite superior ou acima do limite se concentram em zonas urbanas, principalmente na Grande Lisboa e Grande Porto.
Temos mesmo que aguardar para ver e ler as conclusões do tal estudo. Desengane-se quem achava que as propostas apresentadas pelos partidos, até hoje, iriam servir de modelo a seguir.