Parece que a ANDAEP enviou um documento ao Ministro da Educação. Nesse documento elabora-se uma lista do que não está a correr bem e fazem-se propostas para a melhoria.
Entre as constatações da ANDAEP figuram os concursos, referindo os constrangimentos detectados e propondo alterações; Descentralização de Competências (Municipalização), revelando que as experiências-piloto têm demonstrado ingerências a nível politico; Diploma Legal de administração e gestão das escolas, onde constatam que nem tudo está bem, mas afirmando que não querem voltar ao antigo sistema, querem introduzir melhorias no atual; Reembolsos e procedimentos onde constatam que nem tudo corre bem no funcionamento diário das escolas.
Fica aqui o documento para consulta dos interessados. (clicar na imagem)
A referência não é minha, é do próprio ministro, mas fiquei com a ideia de que é como quer ficar conhecido. Não tenho nada contra o MacGyver, pelo contrário, também eu não perdia um episódio. Não tinha mais nada para ver na nossa, tão diversa, televisão da altura.
Até me agrada a ideia do improviso, mas não como método a longo prazo. Temos de pensar na educação a longo prazo. Temos que fazer reformas, Temos que debater o futuro da educação no nosso país com seriedade. Isto, se queremos quebrar o ciclo de 4 anos em que caímos e parece eternizar-se. Mas isso não se faz baseado em improvisos. Faz-se com medidas que melhorem um sistema que já não responde às necessidades de uma sociedade e que contemplem todos os intervenientes como parceiros.
Senhor Ministro, ouça também os professores.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, também teve um herói. “A minha geração sabe o que quero dizer quando falo no efeito MacGyver”, afirmou o investigador, esta tarde, na Web Summit. Esse efeito, disse Brandão Rodrigues, passava por “encontrar soluções para os problemas”.
Era isso que MacGyver fazia. E é isso que os empreendedores precisam de continuar a fazer para mudar o mundo, porque o movimento empreendedor “não é novo – está é a espalhar-se na Europa”, apontou o ministro, sublinhando que “o mundo foi e continua a ser feito por fazedores”.
Tiago Brandão Rodrigues falou das suas funções, dizendo que, sendo Ministro, tem “a oportunidade de pensar em como podemos modelar o nosso sistema de educação [português] e introduzir esta ideia do movimento de fazedores [ou empreendedores]” na Educação. E deixou algumas dicas sobre o que considera importante fazer para que tal aconteça, como “personalizar a educação” – porque “a aprendizagem é algo de muito pessoal” – e “flexibilizar o currículo” escolar dos alunos.
“Há uma grande discussão neste momento [em Portugal] sobre como podemos melhorar e tornar o currículo [dos alunos] mais flexível – e também sobre se isso é ou não apropriado”, apontou. O ministério, diz, tem trabalhado sobre o assunto. Foi por isso que Tiago Brandão Rodrigues esteve, na sexta-feira passada, “num evento com estudantes que se chamava A voz dos alunos”.