Chama-se a Isto Agilizar as Colocações

Kafka responderia.

 

Mais de dois milhões de candidaturas a um lugar nas escolas

 

 

Colocações através da Bolsa de Contratação de Escola devem arrancar nos primeiros dias de Setembro.

É superior a dois milhões o número de candidaturas submetidas no âmbito da Bolsa de Contratação de Escola (BCE), através da qual são colocados professores nos 304 agrupamentos ou escolas não agrupadas com contratos de autonomia ou integradas nos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária. O númerod e candidaturas é superior ao de candidatos.

Mais concretamente, segundo dados avançados nesta sexta-feira pelo Ministério da Educação e Ciência, foram submetidas 2.346.659 candidaturas na BCE para um total de 7573 concursos abertos pelas escolas.

Segundo o MEC, a maior parte dos 2132 lugares que ficaram por preencher esta sexta-feira passarão também para a BCE. As candidaturas a esta bolsa de contratações tinham encerrado no final de Julho.

O númerod e candidaturas não é igual ao número de candidatos porque os docentes podem candidatar-se, se tiverem habilitações para tal, às vagas de diferentes grupos de docência e também a diferentes escolas ou até a todas.  No ano passado, o primeiro da aplicação da BCE, houve por exemplo um docente colocado em 95 escolas. Os professores têm um prazo de 24 horas para aceitar ou declinar a colocação. Enquanto não o fazem, a vaga fica bloqueada aos outros candidatos que se seguem na lista.

Este ano, a responsabilidade de contactar e colocar os candidatos será das direcções das escolas, conforme já aconteceu na fase final deste concurso em 2014. Inicialmente este contacto inicial era feito pela Direcção-Geral da Administração Escolar, o que, em conjunto com um erro na fórmula de ordenação dos docentes, contribuiu também para atrasar as colocações.

Antes da criação do BCE, cada escola abria as vagas e seleccionava directamente os docentes em falta. Com a BCE as direcções continuaram a poder definir critérios de selecção, mas passou a existir uma lista de ordenação que tem em conta a graduação profissional dos professores (que depende da nota do curso, anos de serviço e resultados da avaliação e desempenho) e o procedimento foi  centralizado através de uma plataforma informática criada pelo MEC.

 

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5 comentários

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    • gerimbeco . on 30 de Agosto de 2015 at 18:13
    • Responder

    E, como aconteceu no ano passado, muitas colocações vão acontecer na base do amiguismo e da trafulhice. Os professores vão reclamar, os agrupamentos não vão ligar nenhuma e o MEC idem. Muitos vão achar que a BCE funciona bem, outros, vão achar que é uma forma de colocar os amigos, usar as cunhas e toda a forma de sacanice possível.
    Portugal como o conhecemos, um país atrasado.

    • Pois on 30 de Agosto de 2015 at 19:15
    • Responder

    Para quê simplificar quando se pode complicar! Assim justifica-se o não funcionamento da escola pública e a sua entrega à gestão privada. Viva a democracia neoliberal…

  1. Espero que saiam listas pois o ano passado foi uma vergonha.

    • Sketchbook E-Mag on 31 de Agosto de 2015 at 2:19
    • Responder

    Ai Buiça, Buiça..a falta que fazes.

    • prof quando calha on 31 de Agosto de 2015 at 11:25
    • Responder

    A BCE é um processo irracional do princípio ao fim.
    Todos os anos dá problemas.
    Apenas se insiste nele por causa da “vaca sagrada” da autonomia das escolas, tão proclamada pelos teóricos da educação (um deles até quer ser Presidente da República, vejam bem ao ponto que isto chegou…) e pelos demagogos a quem arranjamos todos um tacho, mas que de escola não percebem nada nem querem perceber.
    Bom e é isto, nada de novo, portanto.
    O concurso nacional é uma chatice para a tutela, a colocação de professores podia bem ser um assunto de cada escola, a opinião pública está-se nas tintas e assim mais ano menos ano, as autarquias tratam disso ou entregam a entidades privadas, leia-se agências de recrutamento de recursos humanos.

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